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sábado, setembro 23, 2023

Neptuno foi descoberto há 177 anos

          
Neptuno é o oitavo planeta do Sistema Solar, o último a partir do Sol, desde a reclassificação de Plutão para a categoria de planeta anão, em 2006. Pertencente ao grupo dos gigantes gasosos, possui um tamanho ligeiramente menor que o de Urano, mas maior massa, equivalente a 17 massas terrestres. Neptuno orbita o Sol a uma distância média de 30,1 unidades astronómicas.
O planeta é formado por um pequeno núcleo rochoso ao redor do qual encontra-se uma camada formada possivelmente por água, amónia e metano sobre a qual se situa a sua turbulenta atmosfera, constituída predominantemente de hidrogénio e hélio. De facto, notáveis eventos climáticos ocorrem em Neptuno, inclusive a formação de diversas camadas de nuvens, tempestades ciclónicas visíveis, como a já extinta Grande Mancha Escura, além dos ventos mais rápidos do Sistema Solar, que atingem mais de 2.000 km/h. A radiação solar recebida por Neptuno não seria suficiente para fornecer tamanha energia à turbulenta atmosfera, pelo que se descobriu que o calor irradiado do centro do planeta possui um papel importante na manutenção destes eventos meteorológicos extremos. A pequena quantidade de metano nas camadas altas da atmosfera é, em parte, responsável pela coloração azul do planeta.
Ao redor de Neptuno orbitam catorze satélites naturais conhecidos, dos quais se destaca Tritão, de longe o maior. Um ténue e pouco comum sistema de anéis também existe, exibindo uma estrutura irregular com concentrações de material que formam arcos. A sua influência gravitacional afeta as órbitas de corpos menores situados mais além, na Nuvem de Kuiper, entrando em ressonância orbital.
Visto da Terra, Neptuno apresenta uma alta magnitude (quanto mais brilhante o astro menor sua magnitude), sendo impossível observá-lo a olho nu. Suspeitou-se da sua existência somente após a observação cuidadosa da órbita de Urano, que apresentava ligeiras irregularidades por conta da perturbação gravitacional de Neptuno. Após análise matemática com conclusões obtidas independentemente por John Couch Adams e Urbain Le Verrier, obtiveram as posições aproximadas de onde o planeta deveria estar na esfera celeste. Após diversas buscas com o auxílio de telescópios, em 23 de setembro de 1846, encontraram o planeta, cujo nome escolhido posteriormente homenageia o deus romano dos mares. Até o presente momento, a única sonda espacial que visitou o planeta foi a Voyager 2, em 1989, cuja passagem permitiu obter fotografias e informações sem precedentes, ainda sendo a principal fonte de dados sobre o que atualmente se conhece sobre o planeta.

 Fotografia feita pela sonda Voyager 2 ao passar pelo planeta, em 1989
      

segunda-feira, junho 05, 2023

John Couch Adams, um dos astrónomos que descobriu Neptuno, nasceu há 204 anos

 

 

Ainda estudante do St John's College (Cambridge), propôs a teoria que o notabilizou, segundo a qual as irregularidades observadas no movimento do planeta Urano seriam provocadas pela existência de um outro planeta, até então desconhecido. Mais tarde, conseguiu provar a sua hipótese e, consequentemente, a existência desse novo planeta, que foi denominado de Neptuno. Nessa descoberta, porém, Adams foi precedido por um outro astrónomo, o francês Urbain Le Verrier.
Durante a sua vida, Adams exerceu vários cargos importantes, como presidente da Royal Astronomical Society e diretor do Observatório de Cambridge. Também realizou estudos fundamentais sobre o magnetismo terrestre e a gravitação. Foi Professor Lowndeano de Astronomia e Geometria. Está sepultado no Ascension Parish Burial Ground.
        

sexta-feira, setembro 23, 2022

Neptuno foi descoberto há 176 anos

        
Neptuno é o oitavo planeta do Sistema Solar, o último a partir do Sol, desde a reclassificação de Plutão para a categoria de planeta anão, em 2006. Pertencente ao grupo dos gigantes gasosos, possui um tamanho ligeiramente menor que o de Urano, mas maior massa, equivalente a 17 massas terrestres. Neptuno orbita o Sol a uma distância média de 30,1 unidades astronómicas.
O planeta é formado por um pequeno núcleo rochoso ao redor do qual encontra-se uma camada formada possivelmente por água, amónia e metano sobre a qual se situa a sua turbulenta atmosfera, constituída predominantemente de hidrogénio e hélio. De facto, notáveis eventos climáticos ocorrem em Neptuno, inclusive a formação de diversas camadas de nuvens, tempestades ciclónicas visíveis, como a já extinta Grande Mancha Escura, além dos ventos mais rápidos do Sistema Solar, que atingem mais de 2.000 km/h. A radiação solar recebida por Neptuno não seria suficiente para fornecer tamanha energia à turbulenta atmosfera, pelo que se descobriu que o calor irradiado do centro do planeta possui um papel importante na manutenção destes eventos meteorológicos extremos. A pequena quantidade de metano nas camadas altas da atmosfera é, em parte, responsável pela coloração azul do planeta.
Ao redor de Neptuno orbitam catorze satélites naturais conhecidos, dos quais se destaca Tritão, de longe o maior. Um ténue e pouco comum sistema de anéis também existe, exibindo uma estrutura irregular com concentrações de material que formam arcos. A sua influência gravitacional afeta as órbitas de corpos menores situados mais além, na Nuvem de Kuiper, entrando em ressonância orbital.
Visto da Terra, Neptuno apresenta uma alta magnitude (quanto mais brilhante o astro menor sua magnitude), sendo impossível observá-lo a olho nu. Suspeitou-se da sua existência somente após a observação cuidadosa da órbita de Urano, que apresentava ligeiras irregularidades por conta da perturbação gravitacional de Neptuno. Após análise matemática com conclusões obtidas independentemente por John Couch Adams e Urbain Le Verrier, obtiveram as posições aproximadas de onde o planeta deveria estar na esfera celeste. Após diversas buscas com o auxílio de telescópios, em 23 de setembro de 1846, encontraram o planeta, cujo nome escolhido posteriormente homenageia o deus romano dos mares. Até o presente momento, a única sonda espacial que visitou o planeta foi a Voyager 2, em 1989, cuja passagem permitiu obter fotografias e informações sem precedentes, ainda sendo a principal fonte de dados sobre o que atualmente se conhece sobre o planeta.

 Fotografia feita pela sonda Voyager 2 ao passar pelo planeta, em 1989
   

domingo, junho 05, 2022

John Couch Adams, um dos responsáveis pela descoberta de Neptuno, nasceu há 203 anos

     
Ainda estudante do St John's College (Cambridge), propôs a teoria que o notabilizou, segundo a qual as irregularidades observadas no movimento do planeta Urano seriam provocadas pela existência de um outro planeta, até então desconhecido. Mais tarde, conseguiu provar a sua hipótese e, consequentemente, a existência desse novo planeta, que foi denominado de Neptuno. Nessa descoberta, porém, Adams foi precedido por um outro astrónomo, o francês Urbain Le Verrier.
Durante a sua vida, Adams exerceu vários cargos importantes, como presidente da Royal Astronomical Society e diretor do Observatório de Cambridge. Também realizou estudos fundamentais sobre o magnetismo terrestre e a gravitação. Foi Professor Lowndeano de Astronomia e Geometria. Está sepultado no Ascension Parish Burial Ground.
        

quinta-feira, setembro 23, 2021

Neptuno foi descoberto há 175 anos!

Fotografia feita pela sonda Voyager 2 ao passar pelo planeta em 1989
     
Neptuno é o oitavo planeta do Sistema Solar, o último a partir do Sol, desde a reclassificação de Plutão para a categoria de planeta anão, em 2006. Pertencente ao grupo dos gigantes gasosos, possui um tamanho ligeiramente menor que o de Urano, mas maior massa, equivalente a 17 massas terrestres. Neptuno orbita o Sol a uma distância média de 30,1 unidades astronómicas.
O planeta é formado por um pequeno núcleo rochoso ao redor do qual encontra-se uma camada formada possivelmente por água, amónia e metano sobre a qual se situa a sua turbulenta atmosfera, constituída predominantemente de hidrogénio e hélio. De facto, notáveis eventos climáticos ocorrem em Neptuno, inclusive a formação de diversas camadas de nuvens, tempestades ciclónicas visíveis, como a já extinta Grande Mancha Escura, além dos ventos mais rápidos do Sistema Solar, que atingem mais de 2.000 km/h. A radiação solar recebida por Neptuno não seria suficiente para fornecer tamanha energia à turbulenta atmosfera, pelo que se descobriu que o calor irradiado do centro do planeta possui um papel importante na manutenção destes eventos meteorológicos extremos. A pequena quantidade de metano nas camadas altas da atmosfera é, em parte, responsável pela coloração azul do planeta.
Ao redor de Neptuno orbitam catorze satélites naturais conhecidos, dos quais se destaca Tritão, de longe o maior. Um ténue e pouco comum sistema de anéis também existe, exibindo uma estrutura irregular com concentrações de material que formam arcos. A sua influência gravitacional afeta as órbitas de corpos menores situados mais além, na Nuvem de Kuiper, entrando em ressonância orbital.
Visto da Terra, Neptuno apresenta uma alta magnitude (quanto mais brilhante o astro menor sua magnitude), sendo impossível observá-lo a olho nu. Suspeitou-se da sua existência somente após a observação cuidadosa da órbita de Urano, que apresentava ligeiras irregularidades por conta da perturbação gravitacional de Neptuno. Após análise matemática com conclusões obtidas independentemente por John Couch Adams e Urbain Le Verrier, obtiveram as posições aproximadas de onde o planeta deveria estar na esfera celeste. Após diversas buscas com o auxílio de telescópios, em 23 de setembro de 1846, encontraram o planeta, cujo nome escolhido posteriormente homenageia o deus romano dos mares. Até o presente momento, a única sonda espacial que visitou o planeta foi a Voyager 2, em 1989, cuja passagem permitiu obter fotografias e informações sem precedentes, ainda sendo a principal fonte de dados sobre o que atualmente se conhece sobre o planeta.
   

sábado, junho 05, 2021

John Couch Adams, um dos responsáveis pela descoberta de Neptuno, nasceu há 202 anos

  
Ainda estudante do St John's College (Cambridge), propôs a teoria que o notabilizou, segundo a qual as irregularidades observadas no movimento do planeta Urano seriam provocadas pela existência de um outro planeta, até então desconhecido. Mais tarde, conseguiu provar a sua hipótese e, consequentemente, a existência desse novo planeta, que foi denominado de Neptuno. Nessa descoberta, porém, Adams foi precedido por um outro astrónomo, o francês Urbain Le Verrier.
Durante a sua vida, Adams exerceu vários cargos importantes, como presidente da Royal Astronomical Society e diretor do Observatório de Cambridge. Também realizou estudos fundamentais sobre o magnetismo terrestre e a gravitação. Foi Professor Lowndeano de Astronomia e Geometria. Está sepultado no Ascension Parish Burial Ground.
     

segunda-feira, setembro 23, 2019

Neptuno foi descoberto há 173 anos

Neptuno - ♆

Neptuno é o oitavo planeta do Sistema Solar, e o último, em ordem de afastamento a partir do Sol, desde a reclassificação de Plutão para a categoria de planeta-anão, em 2006, que era o último dos planetas. É, tal como a Terra, conhecido como o "Planeta Azul", mas não devido à presença de água. Neptuno recebeu o nome do deus romano dos mares. É o quarto maior planeta em diâmetro, e o terceiro maior em massa. Neptuno tem 17 vezes mais massa do que a Terra e é ligeiramente mais maciço do que Úrano, que tem cerca de 15 vezes a massa da Terra e é menos denso. O seu símbolo astronómico é uma versão estilizada do tridente do deus Neptuno.
Descoberto em 23 de setembro de 1846, Neptuno foi o primeiro planeta encontrado por uma previsão matemática, em vez de uma observação empírica. Inesperadas mudanças na órbita de Úrano levaram os astrónomos a deduzir que sua órbita estava sujeita a perturbação gravitacional por um planeta desconhecido. Subsequentemente, Neptuno foi encontrado, a um grau da posição prevista. A sua maior lua, Tritão, foi descoberta pouco tempo depois, mas nenhuma das outras 13 luas do planeta foram descobertas antes do século XX. Neptuno foi visitado por uma única sonda espacial, Voyager 2, que voou pelo planeta em 25 de agosto de 1989.
A composição de Neptuno é semelhante à composição de Úrano, e ambos têm composições diferentes das dos maiores gigantes gasosos Júpiter e Saturno. A atmosfera de Neptuno, apesar de ser semelhante à de Júpiter e de Saturno por ser composta basicamente de hidrogénio e hélio, juntamente com os habituais vestígios de hidrocarbonetos e, possivelmente, azoto, contém uma percentagem mais elevada de "gelos", tais como água, amónia e metano. Como tal, os astrónomos por vezes colocam-nos numa categoria separada, os "gigantes de gelo". Em contraste, o interior de Neptuno é composto principalmente de gelo e rochas, como o de Úrano. Existem traços de metano nas regiões ultra-periféricas que contribuem, em parte, para a aparência azul do planeta.
Em oposição à relativamente monótona atmosfera de Úrano, a atmosfera de Neptuno é notável pelos seus padrões climáticos activos e visíveis. Neptuno tem os ventos mais fortes de qualquer planeta no sistema solar, que podem chegar a atingir os 2100 quilómetros por hora. Na altura do voo da Voyager 2, por exemplo, o seu hemisfério sul possuía uma Grande Mancha Escura, comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. A temperatura na alta atmosfera é geralmente próxima de -218 °C (55,1 K), um dos mais frios do sistema solar, devido à sua grande distância do sol. A temperatura no centro da Neptuno é de cerca de 7000 °C (7270 K), o que é comparável à da superfície do Sol e semelhante à encontrada no centro da maioria dos outros planetas do sistema solar. Neptuno tem um pequeno e fragmentado sistema de anéis, que pode ter sido detectado durante a década de 1960, mas só foi confirmado indiscutivelmente pela Voyager 2.
   
História
Os desenhos astronómicos de Galileu mostram que ele observou Neptuno no dia 28 de dezembro de 1612, e outra vez no dia 27 de janeiro de 1613; em ambas as ocasiões, o planeta estava muito próximo - em conjunção - com Júpiter. Mas, como pensou que se tratasse de uma estrela fixa, não lhe pode ser creditada a descoberta. Durante o período da sua primeira observação em dezembro de 1612, o movimento aparente de Neptuno estava excepcionalmente lento, pois, no mesmo dia, o planeta havia iniciado o período retrógrado do seu movimento aparente no céu, que não podia ser percebido da Terra por meio dos instrumentos primitivos de Galileu.
Descoberta
Em 1821, Alexis Bouvard publicou tabelas astronómicas da órbita do vizinho de Neptuno, Úrano. Observações subsequentes revelaram desvios substanciais das tabelas, levando Bouvard a pôr a hipótese da existência de um corpo desconhecido que perturbasse a órbita por meio de interação gravitacional. Em 1843, John Couch Adams calculou a órbita de um oitavo planeta que pudesse explicar o movimento de Úrano. Enviou os seus cálculos a Sir George Airy, o Astrónomo Real Britânico, que os rejeitou com alguma frieza, levando Adams a abandonar o assunto.
Em 1845-1846, Urbain Le Verrier, independentemente de Adams, rapidamente desenvolveu os seus próprios cálculos, mas também deparou-se com dificuldades em encorajar algum entusiasmo nos seus compatriotas. No entanto, em Junho do mesmo ano, após ver as primeiras estimativas publicadas por Le Verrier da longitude do planeta e a sua similaridade com a estimativa de Adams, Airy solicitou ao diretor do Observatório de Cambridge, James Challis, que procurasse o planeta. Challis varreu o céu de agosto a setembro, em vão.
Enquanto isso, Le Verrier, por carta, persuadiu o astrónomo Johann Gottfried Galle, do Observatório de Berlim, a procurar com o refrator do telescópio. Heinrich Louis d'Arrest, um estudante do observatório, sugeriu a Galle que eles comparassem um mapa do céu, recentemente desenhado na região do local previsto por Le Verrier, com o céu atual para procurar pelo deslocamento característico de um planeta, ao invés de uma estrela fixa. Na mesma noite do recebimento da carta de Le Verrier, Neptuno foi descoberto, em 23 de setembro de 1846, a 1° de onde Le Verrier previra que estaria, e a cerca de 12° da previsão de Adams. Posteriormente, Challis percebeu que ele havia observado o planeta duas vezes em Agosto, mas não o identificara devido à sua abordagem casual do trabalho.
Na época da descoberta, houve muita rivalidade nacionalista entre os franceses e os britânicos sobre quem tinha prioridade e merecia crédito pela descoberta. Eventualmente, chegou-se a um consenso internacional de que Le Verrier e Adams mereciam o crédito juntamente. No entanto, a questão está agora sendo reavaliada por historiadores, devido à redescoberta, em 1998, dos "papéis sobre Neptuno" (documentos históricos do Observatório de Greenwich), que foram aparentemente roubados pelo astrónomo Olin J. Eggen e escondidos por quase três décadas, sem serem redescobertos (em sua possessão) até imediatamente após sua morte. Após a revisão dos documentos, alguns historiadores agora sugerem que Adams não merece crédito igualmente a Le Verrier. Desde 1966, Dennis Rawlins tem questionado a credibilidade da reivindicação de Adams de co-descoberta. Em um artigo de 1992, em seu jornal Dio, ele considera a reivindicação britânica um "roubo". "Adams fez alguns cálculos, mas ele estava um tanto incerto sobre onde ele dizia que estava Neptuno", diz Nicholas Kollerstrom, da University College London em 2003.
O planeta também foi explorado pelo Programa Voyager e, futuramente, pela sonda Neptune/Triton Orbiter.
   
Nome
Pouco depois da sua descoberta, Neptuno foi simplesmente chamado de "planeta exterior a Úrano". Galle foi o primeiro a sugerir um nome, propondo nomeá-lo em homenagem ao deus Jano. Na Inglaterra, Challis propôs o nome Oceano.
Reivindicando o direito de nomear a sua descoberta, Le Verrier rapidamente propôs o nome Neptuno para o seu novo planeta, afirmando falsamente que o nome já havia sido oficialmente aprovado pelo Bureau des longitudes francês. Em outubro, chegou a denominar o planeta Le Verrier, com o seu próprio nome, e foi lealmente apoiado pelo diretor do Observatório de Paris, François Arago. No entanto, como essa sugestão encontrou dura oposição fora da França, os almanaques franceses rapidamente reintroduziram o nome Herschel para Úrano, em homenagem ao seu descobridor, Sir William Herschel, e Leverrier para o novo planeta.
Em 29 de dezembro de 1846, Friedrich von Struve declarou-se publicamente a favor do nome Neptuno em comunicação para a Academia de Ciências da Rússia e, em poucos anos, Neptuno tornou-se o nome internacionalmente aceite. Na mitologia romana, Neptuno é o deus dos mares, identificado com o grego Poseidon. O uso de um nome mitológico parecia concordar com a nomenclatura dos outros planetas, que foram nomeados em homenagem a deuses romanos. 
 
De 1850 até hoje 
Já a 10 de outubro de 1846, 17 dias após a descoberta de Neptuno, o astrónomo inglês William Lassell descobriu o seu principal satélite, Tritão. Ao fim do século XIX, criou-se a hipótese de que irregularidades observadas no movimento de Úrano e Neptuno fossem causados pela presença de um outro planeta mais exterior. Após extensas campanhas de busca, Plutão foi descoberto em 18 de fevereiro de 1930, nas coordenadas previstas pelos cálculos de William Henry Pickering e Percival Lowell. No entanto, o novo planeta estava muito distante para que pudesse gerar a irregularidade observada no movimento de Úrano, enquanto que a irregularidade do movimento de Neptuno era, na verdade, um erro no cálculo da massa do planeta (que foi definida com a missão da Voyager 2), e que, além disso, originava da irregularidade de Úrano. A descoberta de Plutão foi, portanto, um tanto acidental.
Devido à sua grande distância, pouco se sabia sobre Neptuno, pelo menos até a metade do século XX, quando Gerard Kuiper descobriu a sua segunda lua, Nereida. Nos anos setenta e oitenta, surgiram indícios sobre a probabilidade da presença de anéis ou arcos de anéis. Em 1981, Harold Reitsema descobriu a sua terceira lua, Larissa.
Em agosto de 1989, o conhecimento sobre Neptuno teve um grande salto quando da chegada da primeira sonda automática enviada para explorar a vizinhança do planeta, a Voyager 2. A sonda identificou importantes detalhes da atmosfera do planeta, confirmou a existência de cinco anéis e detectou novas luas além das já descobertas na Terra.
 

quarta-feira, junho 05, 2019

John Couch Adams, um dos responsáveis pela descoberta de Neptuno, nasceu há dois séculos

Ainda estudante do St John's College (Cambridge), propôs a teoria que o notabilizou, segundo a qual as irregularidades observadas no movimento do planeta Urano seriam provocadas pela existência de um outro planeta, até então desconhecido. Mais tarde, conseguiu provar a sua hipótese e, consequentemente, a existência desse novo planeta, que foi denominado de Neptuno. Nessa descoberta, porém, Adams foi precedido por um outro astrónomo, o francês Urbain Le Verrier.
Durante a sua vida, Adams exerceu vários cargos importantes como presidente da Royal Astronomical Society e diretor do Observatório de Cambridge. Também realizou estudos fundamentais sobre o magnetismo terrestre e a gravitação. Foi Professor Lowndeano de Astronomia e Geometria. Está sepultado no Ascension Parish Burial Ground.
   

quinta-feira, junho 05, 2014

John Couch Adams, um dos responsáveis pela descoberta de Neptuno, nasceu há 195 anos

Ainda estudante do St John's College (Cambridge), propôs a teoria que o notabilizou, segundo a qual as irregularidades observadas no movimento do planeta Urano seriam provocadas pela existência de um outro planeta, até então desconhecido. Mais tarde, conseguiu provar a sua hipótese e, consequentemente, a existência desse novo planeta, que foi denominado de Neptuno. Nessa descoberta, porém, Adams foi precedido por um outro astrónomo, o francês Urbain Le Verrier.
Durante a sua vida, Adams exerceu vários cargos importantes como presidente da Royal Astronomical Society e diretor do Observatório de Cambridge. Também realizou estudos fundamentais sobre o magnetismo terrestre e a gravitação. Foi Professor Lowndeano de Astronomia e Geometria. Está sepultado no Ascension Parish Burial Ground.

segunda-feira, setembro 23, 2013

Neptuno foi descoberto há 167 anos

Neptuno - ♆

Neptuno é o oitavo planeta do Sistema Solar, e o último, em ordem de afastamento a partir do Sol, desde a reclassificação de Plutão para a categoria de planeta-anão, em 2006, que era o último dos planetas. É, tal como a Terra, conhecido como o "Planeta Azul", mas não devido à presença de água. Neptuno recebeu o nome do deus romano dos mares. É o quarto maior planeta em diâmetro, e o terceiro maior em massa. Neptuno tem 17 vezes mais massa do que a Terra e é ligeiramente mais maciço do que Úrano, que tem cerca de 15 vezes a massa da Terra e é menos denso. O seu símbolo astronómico é uma versão estilizada do tridente do deus Neptuno.
Descoberto em 23 de setembro de 1846, Neptuno foi o primeiro planeta encontrado por uma previsão matemática, em vez de uma observação empírica. Inesperadas mudanças na órbita de Úrano levaram os astrónomos a deduzir que sua órbita estava sujeita a perturbação gravitacional por um planeta desconhecido. Subsequentemente, Neptuno foi encontrado, a um grau da posição prevista. A sua maior lua, Tritão, foi descoberta pouco tempo depois, mas nenhuma das outras 13 luas do planeta foram descobertas antes do século XX. Neptuno foi visitado por uma única sonda espacial, Voyager 2, que voou pelo planeta em 25 de agosto de 1989.
A composição de Neptuno é semelhante à composição de Úrano, e ambos têm composições diferentes das dos maiores gigantes gasosos Júpiter e Saturno. A atmosfera de Neptuno, apesar de ser semelhante à de Júpiter e de Saturno por ser composta basicamente de hidrogénio e hélio, juntamente com os habituais vestígios de hidrocarbonetos e, possivelmente, azoto, contém uma percentagem mais elevada de "gelos", tais como água, amónia e metano. Como tal, os astrónomos por vezes colocam-nos numa categoria separada, os "gigantes de gelo". Em contraste, o interior de Neptuno é composto principalmente de gelo e rochas, como o de Úrano. Existem traços de metano nas regiões ultra-periféricas que contribuem, em parte, para a aparência azul do planeta.
Em oposição à relativamente monótona atmosfera de Úrano, a atmosfera de Neptuno é notável pelos seus padrões climáticos activos e visíveis. Neptuno tem os ventos mais fortes de qualquer planeta no sistema solar, que podem chegar a atingir os 2100 quilómetros por hora. Na altura do voo da Voyager 2, por exemplo, o seu hemisfério sul possuía uma Grande Mancha Escura, comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. A temperatura na alta atmosfera é geralmente próxima de -218 °C (55,1 K), um dos mais frios do sistema solar, devido à sua grande distância do sol. A temperatura no centro da Neptuno é de cerca de 7000 °C (7270 K), o que é comparável à da superfície do Sol e semelhante à encontrada no centro da maioria dos outros planetas do sistema solar. Neptuno tem um pequeno e fragmentado sistema de anéis, que pode ter sido detectado durante a década de 1960, mas só foi confirmado indiscutivelmente pela Voyager 2.
   
História
Os desenhos astronómicos de Galileu mostram que ele observou Neptuno no dia 28 de dezembro de 1612, e outra vez no dia 27 de janeiro de 1613; em ambas as ocasiões, o planeta estava muito próximo - em conjunção - com Júpiter. Mas, como pensou que se tratasse de uma estrela fixa, não lhe pode ser creditada a descoberta. Durante o período da sua primeira observação em dezembro de 1612, o movimento aparente de Neptuno estava excepcionalmente lento, pois, no mesmo dia, o planeta havia iniciado o período retrógrado do seu movimento aparente no céu, que não podia ser percebido da Terra por meio dos instrumentos primitivos de Galileu.

Descoberta
Em 1821, Alexis Bouvard publicou tabelas astronómicas da órbita do vizinho de Neptuno, Úrano. Observações subsequentes revelaram desvios substanciais das tabelas, levando Bouvard a pôr a hipótese da existência de um corpo desconhecido que perturbasse a órbita por meio de interação gravitacional. Em 1843, John Couch Adams calculou a órbita de um oitavo planeta que pudesse explicar o movimento de Úrano. Enviou os seus cálculos a Sir George Airy, o Astrónomo Real Britânico, que os rejeitou com alguma frieza, levando Adams a abandonar o assunto.
Em 1845-1846, Urbain Le Verrier, independentemente de Adams, rapidamente desenvolveu os seus próprios cálculos, mas também deparou-se com dificuldades em encorajar algum entusiasmo nos seus compatriotas. No entanto, em Junho do mesmo ano, após ver as primeiras estimativas publicadas por Le Verrier da longitude do planeta e a sua similaridade com a estimativa de Adams, Airy solicitou ao diretor do Observatório de Cambridge, James Challis, que procurasse o planeta. Challis varreu o céu de agosto a setembro, em vão.
Enquanto isso, Le Verrier, por carta, persuadiu o astrónomo Johann Gottfried Galle, do Observatório de Berlim, a procurar com o refrator do telescópio. Heinrich Louis d'Arrest, um estudante do observatório, sugeriu a Galle que eles comparassem um mapa do céu, recentemente desenhado na região do local previsto por Le Verrier, com o céu atual para procurar pelo deslocamento característico de um planeta, ao invés de uma estrela fixa. Na mesma noite do recebimento da carta de Le Verrier, Neptuno foi descoberto, em 23 de setembro de 1846, a 1° de onde Le Verrier previra que estaria, e a cerca de 12° da previsão de Adams. Posteriormente, Challis percebeu que ele havia observado o planeta duas vezes em Agosto, mas não o identificara devido à sua abordagem casual do trabalho.
Na época da descoberta, houve muita rivalidade nacionalista entre os franceses e os britânicos sobre quem tinha prioridade e merecia crédito pela descoberta. Eventualmente, chegou-se a um consenso internacional de que Le Verrier e Adams mereciam o crédito juntamente. No entanto, a questão está agora sendo reavaliada por historiadores, devido à redescoberta, em 1998, dos "papéis sobre Neptuno" (documentos históricos do Observatório de Greenwich), que foram aparentemente roubados pelo astrónomo Olin J. Eggen e escondidos por quase três décadas, sem serem redescobertos (em sua possessão) até imediatamente após sua morte. Após a revisão dos documentos, alguns historiadores agora sugerem que Adams não merece crédito igualmente a Le Verrier. Desde 1966, Dennis Rawlins tem questionado a credibilidade da reivindicação de Adams de co-descoberta. Em um artigo de 1992, em seu jornal Dio, ele considera a reivindicação britânica um "roubo". "Adams fez alguns cálculos, mas ele estava um tanto incerto sobre onde ele dizia que estava Neptuno", diz Nicholas Kollerstrom, da University College London em 2003.
O planeta também foi explorado pelo Programa Voyager e, futuramente, pela sonda Neptune/Triton Orbiter.
Nome
Pouco depois da sua descoberta, Neptuno foi simplesmente chamado de "planeta exterior a Úrano". Galle foi o primeiro a sugerir um nome, propondo nomeá-lo em homenagem ao deus Jano. Na Inglaterra, Challis propôs o nome Oceano.
Reivindicando o direito de nomear a sua descoberta, Le Verrier rapidamente propôs o nome Neptuno para o seu novo planeta, afirmando falsamente que o nome já havia sido oficialmente aprovado pelo Bureau des longitudes francês. Em outubro, chegou a denominar o planeta Le Verrier, com o seu próprio nome, e foi lealmente apoiado pelo diretor do Observatório de Paris, François Arago. No entanto, como essa sugestão encontrou dura oposição fora da França, os almanaques franceses rapidamente reintroduziram o nome Herschel para Úrano, em homenagem ao seu descobridor, Sir William Herschel, e Leverrier para o novo planeta.
Em 29 de dezembro de 1846, Friedrich von Struve declarou-se publicamente a favor do nome Neptuno em comunicação para a Academia de Ciências da Rússia e, em poucos anos, Neptuno tornou-se o nome internacionalmente aceite. Na mitologia romana, Neptuno é o deus dos mares, identificado com o grego Poseidon. O uso de um nome mitológico parecia concordar com a nomenclatura dos outros planetas, que foram nomeados em homenagem a deuses romanos.

De 1850 até hoje
Já a 10 de outubro de 1846, 17 dias após a descoberta de Neptuno, o astrónomo inglês William Lassell descobriu o seu principal satélite, Tritão. Ao fim do século XIX, criou-se a hipótese de que irregularidades observadas no movimento de Úrano e Neptuno fossem causados pela presença de um outro planeta mais exterior. Após extensas campanhas de busca, Plutão foi descoberto em 18 de fevereiro de 1930, nas coordenadas previstas pelos cálculos de William Henry Pickering e Percival Lowell. No entanto, o novo planeta estava muito distante para que pudesse gerar a irregularidade observada no movimento de Úrano, enquanto que a irregularidade do movimento de Neptuno era, na verdade, um erro no cálculo da massa do planeta (que foi definida com a missão da Voyager 2), e que, além disso, originava da irregularidade de Úrano. A descoberta de Plutão foi, portanto, um tanto acidental.
Devido à sua grande distância, pouco se sabia sobre Netuno, pelo menos até a metade do século XX, quando Gerard Kuiper descobriu a sua segunda lua, Nereida. Nos anos setenta e oitenta, surgiram indícios sobre a probabilidade da presença de anéis ou arcos de anéis. Em 1981, Harold Reitsema descobriu a sua terceira lua, Larissa.
Em agosto de 1989, o conhecimento sobre Neptuno teve um grande salto quando da chegada da primeira sonda automática enviada para explorar a vizinhança do planeta, a Voyager 2. A sonda identificou importantes detalhes da atmosfera do planeta, confirmou a existência de cinco anéis e detectou novas luas além das já descobertas na Terra.

Anéis e satélites
Embora não sejam visíveis nas fotografias do telescópio espacial Hubble, Neptuno faz parte dos planetas gigantes que possuem um complexo sistema de anéis. Possui quatro anéis principais e a sua descoberta deve-se, não a uma das sondas lançadas e sim a uma observação efectuada ainda em 1984 a bordo de um avião U2. O avião espião, durante uma ocultação de uma estrela, acompanhou o deslocamento do planeta por alguns fusos horários e registou antes e depois da ocultação quatro apagões em cada lado da estrela.
Neptuno tem 14 luas conhecidas. A maior delas é Tritão, descoberta por William Lassell apenas 17 dias depois da descoberta de Neptuno.
Satélites Naturais de Neptuno
Nome Diâmetro (km) Massa (kg) Distância média a Neptuno (km) Período orbital
Náiade 58 Desconhecida 48.200 0,294396 dias
Talassa 80 Desconhecida 50.000 0,311485 dias
Despina 148 Desconhecida 52.600 0,334655 dias
Galateia 158 Desconhecida 62.000 0,428745 dias
Larissa 193 (208 × 178) Desconhecida 73.600 0,554654 dias
Proteu 418 (436 × 416 × 402) Desconhecida 117.600 1,122315 dias
Tritão 2.700 2.14×1022 354.760 -5,87685 dias **
Nereida 340 Desconhecida 5,513,400 360,1362 dias
Halimede 60 Desconhecida 15.686.000 -1874,8 dias **
Sao 38 Desconhecida 22.337.190 2925,6 dias
Laomedeia 38 Desconhecida 22.613.200 2980,4 dias
Psámata 28 Desconhecida 46.695.000 -9136,1 dias **
Neso 60 Desconhecida 47.279.670 -9007,1 dias **
* Esperando confirmação e nomeação.
** Períodos orbitais negativos indicam uma órbita retrógrada ao redor de Neptuno (oposta à rotação do planeta)
Alguns asteroides dividem os mesmos nomes que as luas de Neptuno: 74 Galateia, 1162 Larissa.
Em algumas partes dos anéis, ocorrem regiões de concentração. Isso provavelmente tem origem em satélites pastores, muito próximos dos anéis, que, alterando as suas formas, atraindo gravitacionalmente e aglomerando partículas dos fragmentos gelados e rochosos dos componentes dos anéis.


terça-feira, junho 05, 2012

Um dos astrónomos que calculou a existência e órbita de Nep

Ainda estudante do St John's College (Cambridge), propôs a teoria que o notabilizou, segundo a qual as irregularidades observadas no movimento do planeta Urano seriam provocadas pela existência de um outro planeta, até então desconhecido. Mais tarde, conseguiu provar sua hipótese e, consequentemente, a existência desse novo planeta, que foi denominado Neptuno. Nessa descoberta, porém, Adams foi precedido por um outro astrónomo, o francês Urbain Le Verrier.
Durante sua vida, Adams exerceu vários cargos importantes como presidente da Royal Astronomical Society e diretor do Observatório de Cambridge. Também realizou importantes estudos sobre o magnetismo terrestre e a gravitação. Foi Professor Lowndeano de Astronomia e Geometria.