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sexta-feira, março 08, 2024

Poesia para celebrar o Dia da Mulher...

Hipátia foi uma astrónoma romano-egípcia, assassinada no dia 8 de março de 415 (pintura de Charles William Mitchell, 1885)

 

A Mulher

Se é clara a luz desta vermelha margem
é porque dela se ergue uma figura nua
e o silêncio é recente e todavia antigo
enquanto se penteia na sombra da folhagem.
Que longe é ver tão perto o centro da frescura

e as linhas calmas e as brisas sossegadas!
O que ela pensa é só vagar, um ser só espaço
que no umbigo principia e fulge em transparência.
Numa deriva imóvel, o seu hálito é o tempo
que em espiral circula ao ritmo da origem.

Ela é a amante que concebe o ser no seu ouvido, na corola
do vento. Osmose branca, embriaguez vertiginosa.
O seu sorriso é a distância fluída, a subtileza do ar.
Quase dorme no suave clamor e se dissipa
e nasce do esquecimento como um sopro indivisível.
 

 

in Volante Verde (1986) - António Ramos Rosa

quarta-feira, março 08, 2023

...para celebrar o Dia da Mulher...


Hipátia foi uma astrónoma romano-egípcia, assassinada no dia 8 de março de 415 (pintura de Charles William Mitchell, 1885)

 

A Mulher

Se é clara a luz desta vermelha margem
é porque dela se ergue uma figura nua
e o silêncio é recente e todavia antigo
enquanto se penteia na sombra da folhagem.
Que longe é ver tão perto o centro da frescura

e as linhas calmas e as brisas sossegadas!
O que ela pensa é só vagar, um ser só espaço
que no umbigo principia e fulge em transparência.
Numa deriva imóvel, o seu hálito é o tempo
que em espiral circula ao ritmo da origem.

Ela é a amante que concebe o ser no seu ouvido, na corola
do vento. Osmose branca, embriaguez vertiginosa.
O seu sorriso é a distância fluída, a subtileza do ar.
Quase dorme no suave clamor e se dissipa
e nasce do esquecimento como um sopro indivisível.
 

 

in Volante Verde (1986) - António Ramos Rosa

terça-feira, março 08, 2022

Poesia para celebrar o Dia da Mulher...


Hipátia foi uma astrónoma romano-egípcia, assassinada no dia 8 de março de 415 (pintura de
Charles William Mitchell, 1885)

 

A Mulher

Se é clara a luz desta vermelha margem
é porque dela se ergue uma figura nua
e o silêncio é recente e todavia antigo
enquanto se penteia na sombra da folhagem.
Que longe é ver tão perto o centro da frescura

e as linhas calmas e as brisas sossegadas!
O que ela pensa é só vagar, um ser só espaço
que no umbigo principia e fulge em transparência.
Numa deriva imóvel, o seu hálito é o tempo
que em espiral circula ao ritmo da origem.

Ela é a amante que concebe o ser no seu ouvido, na corola
do vento. Osmose branca, embriaguez vertiginosa.
O seu sorriso é a distância fluída, a subtileza do ar.
Quase dorme no suave clamor e se dissipa
e nasce do esquecimento como um sopro indivisível.
 

 

in Volante Verde (1986) - António Ramos Rosa

segunda-feira, março 08, 2021

Poema para celebrar o dia das Mulheres...

 

Hipátia foi uma astrónoma romano-egípcia, assassinada no dia 8 de março de 415

 

A Mulher

Se é clara a luz desta vermelha margem
é porque dela se ergue uma figura nua
e o silêncio é recente e todavia antigo
enquanto se penteia na sombra da folhagem.
Que longe é ver tão perto o centro da frescura

e as linhas calmas e as brisas sossegadas!
O que ela pensa é só vagar, um ser só espaço
que no umbigo principia e fulge em transparência.
Numa deriva imóvel, o seu hálito é o tempo
que em espiral circula ao ritmo da origem.

Ela é a amante que concebe o ser no seu ouvido, na corola
do vento. Osmose branca, embriaguez vertiginosa.
O seu sorriso é a distância fluída, a subtileza do ar.
Quase dorme no suave clamor e se dissipa
e nasce do esquecimento como um sopro indivisível.
 

 

in Volante Verde (1986) - António Ramos Rosa

domingo, março 08, 2020

A filósofa e cientista Hipátia foi assassinada há 1605 anos

Hipátia de Alexandria - Gravura de Elbert Hubbard, 1908
   
Hipátia (ou Hipácia; em grego: Υπατία, transl. Ypatía) de Alexandria - circa 350 a 370 – 8 de março de 415) foi uma neoplatonista grega e filósofa do Egito Romano, a primeira mulher documentada como sendo matemática. Como chefe da escola platónica em Alexandria, também lecionou filosofia e astronomia.
Como neoplatonista, pertencia à tradição matemática da Academia de Atenas, representada por Eudoxo de Cnido e era da escola intelectual do pensador Plotino que a incentivou estudar Lógica e Matemática no lugar de investigação empírica e a estudar Direito em vez de ciências da natureza.
De acordo com a única fonte contemporânea, Hipátia foi assassinada por uma multidão de cristãos, depois de ser acusada de exacerbar um conflito entre duas figuras proeminentes na Alexandria: o governador Orestes e o bispo de Alexandria, Cirilo de Alexandria.
Kathleen Wider propõe que o assassinato de Hipátia marcou o fim da Antiguidade Clássica, e Stephen Greenblatt observa que o assassinato "efetivamente marcou a queda da vida intelectual na Alexandria". Por outro lado, Maria Dzielska e Christian Wildberg notam que a filosofia helenística continuou a florescer nos séculos V e VI, e, talvez, até a era de Justiniano.
  

domingo, março 08, 2015

A filósofa e cientista Hipátia foi assassinada há 16 séculos

Hipátia de Alexandria - Gravura de Elbert Hubbard, 1908

Hipátia (ou Hipácia; em grego: Υπατία, transl. Ypatía) de Alexandria (circa 350 a 370 – 8 de março de 415) foi uma neoplatonista grega e filósofa do Egito Romano, a primeira mulher documentada como sendo matemática. Como chefe da escola platónica em Alexandria, também lecionou filosofia e astronomia.
Como neoplatonista, pertencia à tradição matemática da Academia de Atenas, representada por Eudoxo de Cnido e era da escola intelectual do pensador Plotino que a incentivou estudar Lógica e Matemática no lugar de investigação empírica e a estudar Direito em vez de ciências da natureza.
De acordo com a única fonte contemporânea, Hipátia foi assassinada por uma multidão de cristãos, depois de ser acusada de exacerbar um conflito entre duas figuras proeminentes na Alexandria: o governador Orestes e o bispo de Alexandria, Cirilo de Alexandria.
Kathleen Wider propõe que o assassinato de Hipátia marcou o fim da Antiguidade Clássica, e Stephen Greenblatt observa que o assassinato "efetivamente marcou a queda da vida intelectual na Alexandria". Por outro lado, Maria Dzielska e Christian Wildberg notam que a filosofia helenística continuou a florescer nos séculos V e VI, e, talvez, até a era de Justiniano.