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quinta-feira, abril 11, 2024

Mais uma notícia triste para os malucos da "terra jovem"...

Há fósseis marinhos no topo do Evereste (e não, não é culpa de uma grande inundação)

 

O monte Evereste, a montanha mais alta do Mundo

 

No topo do Monte Evereste, na cordilheira dos Himalaias, há fósseis de animais marinhos no calcário sedimentar. Mas como?

No cume da montanha mais alta do mundo existem fósseis de animais marinhos, mais concretamente no calcário sedimentar, conhecido como o Calcário de Qomolangma.

Segundo o IFL Science, depois de esta informação ter sido disseminada pela Internet, vários internautas ficaram intrigados com a questão: como teriam estes restos de criaturas do mar chegado ao topo da montanha?

Os fósseis são de criaturas do período Ordovícico, entre 488 milhões e 443 milhões de anos atrás, e incluem trilobites, braquiópodes, ostracodes e crinóides, todos organismos já extintos.

Vários utilizadores apontaram, no Facebook, que o mistério é explicado por uma grande inundação, mas não. A presença dos fósseis é resultado da dinâmica das placas tectónicas, na altura em que os Himalaias ainda não eram uma cordilheira.

Quase todas as rochas sedimentares são formadas pela erosão hídrica, que tritura os minerais ao longo de milhares ou milhões de anos, antes de serem compactados e transformados sob pressão em rochas sedimentares.

A rocha e a presença de antigas criaturas marinhas são um sinal de que o cume do Monte Evereste já esteve submerso e que algo aconteceu para que aquela rocha alcançasse os mais de oito mil metros de altura.

O Evereste e os Himalaias foram formados após uma colisão entre as placas continentais da Eurásia e da Índia, que chocaram há cerca de 40-50 milhões de anos.

A placa da Eurásia foi parcialmente amassada e curvada acima da placa indiana, mas, como ambas têm uma baixa densidade e alta flutuabilidade, nenhuma pôde entrar em subducção, isto é, nenhuma delas mergulhou sob o manto.

Isso fez com que a crosta continental engrossasse e criasse falhas devido às forças de compressão, elevando os Himalaias e o planalto tibetano.

Esta é a razão que explica a presença de fósseis marinhos na montanha.

O Monte Evereste é a montanha de maior altitude do nosso planeta, com o seu pico a posicionar-se a 8849 metros acima do nível do mar. Contudo, há outras montanhas a crescer a um ritmo mais elevado, o que significa que vão ultrapassar o Evereste mais tarde ou mais cedo.

Nanga Parbat, uma montanha localizada na parte paquistanesa da cordilheira dos Himalaias, é a que se encontra mais perto de o ultrapassar. Atualmente, tem 8126 metros de altitude e cresce a um ritmo de sete milímetros por ano.

As previsões indicam que se torne a montanha mais alta do mundo numa questão de um quarto de milhão de anos.

 

in ZAP

terça-feira, janeiro 09, 2024

O geólogo Augusto Gansser morreu há doze anos

      
Augusto Gansser-Biaggi (Milão, 28 de outubro de 1910 - Massagno, 9 de janeiro de 2012) foi um geólogo e cientista italiano e suíço, conhecido como o "Pai dos Himalaias".

Estudou Geologia na Universidade de Zurique. Prospetou jazidas petrolíferas na Colômbia, Trinidad e Tobago e Irão, de 1938 a 1957, e lecionou geologia na Universidade de Zurique, de 1958 a 1977.

Gansser-Biaggi participou em várias expedições geológicas através do mundo: à América do Sul (Andes, Patagónia, Brasil, ...), ao Ártico, à Antártida, à Rússia, ao Médio Oriente, entre outras. Porém, o seu trabalho mais importante foi determinar a estrutura geológica dos Himalaias.

Foi laureado com a Medalha Wollaston de 1980 pela Sociedade Geológica de Londres e com a Medalha Gustav Steinmann de 1982.

Morreu, com 101 anos de idade, na comuna de Lugano, em Massagno, Suíça

 

quinta-feira, julho 20, 2023

Edmund Hillary nasceu há 104 anos


Sir Edmund Percival Hillary  (Tuakau, 20 de julho de 1919 - Auckland, 11 de janeiro de 2008) foi um alpinista e explorador neozelandês, famoso principalmente pela primeira escalada bem sucedida do Monte Everest. Ele e o guia sherpa Tenzing Norgay atingiram os 8.848 metros do cume, em 29 de maio de 1953.

  

quinta-feira, junho 08, 2023

O alpinista George Mallory desapareceu há 99 anos...

       
George Herbert Leigh Mallory (Mobberley, Cheshire, 18 de junho de 1886 - Monte Everest, 8 de junho de 1924) foi um alpinista britânico.
Num de seus mais famosos momentos, ao ser questionado repetidamente por repórteres em Nova Iorque, durante uma série de conferências, por que queria escalar o monte Everest, respondeu a um deles "Porque está lá", frase hoje associada para sempre a si e ao montanhismo.
           
(...)
         
      
Em 1 de maio de 1999, uma expedição norte-americana, patrocinada em parte por Nova e pela BBC, encontrou o corpo congelado de George Mallory, a 8000 metros de altitude, na face norte do Everest. No entanto, não localizaram nenhuma das duas câmaras que ele e Irvine tinham aparentemente carregado. Especialistas da Kodak afirmaram que se uma das câmaras fosse encontrada com seu filme, existiria uma boa probabilidade de que o filme pudesse ser revelado, devido à natureza do filme preto e branco utilizado e ao facto de ele ter sido mantido congelado por mais de 75 anos.
As fotos dessas câmaras poderiam finalmente esclarecer se eles realmente alcançaram o topo antes de morrerem. Em 2004, outra expedição foi organizada para procurar as câmaras e outras pistas, pouco importando sua importância, de que eles alcançaram o topo, mas nenhuma nova evidência foi encontrada. Uma terceira expedição de busca foi feita em 2005, também sem resultados. A questão do sucesso ou fracasso da dupla em alcançar o topo do Everest ficará provavelmente sem resposta para sempre, a menos que alguma nova evidência seja encontrada na montanha. Com o passar dos anos, as hipóteses de se encontrar alguma coisa diminuem cada vez mais.
      

terça-feira, abril 25, 2023

Um terramoto afetou o Nepal há oito anos

Hipocentro 15 km
Magnitude 7.8 MW
Data 25 de abril de 2015
Zonas atingidas Flag of Nepal.svg Nepal,  Índia,  Bangladesh, Paquistão e  China
Vítimas 8.259 mortos
19.000 feridos

 

  

   
O Sismo do Nepal de 2015 foi um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter, ocorrido em 25 de abril de 2015, que resultou em milhares de feridos e mortos no Nepal, Índia, Bangladesh, Paquistão e China. O mais atingido foi o Nepal, sendo este o mais violento terremoto a atingir o país em 81 anos. O governo nepalês declarou estado de emergência e mais de 4,6 milhões de pessoas foram afetadas pela tragédia.
A duração do tremor variou entre 30 segundos e 2 minutos e ele foi sentido também na Índia, Bangladesh e no Tibete, além de ter provocado uma avalanche no Monte Everest, onde causou a morte de dezoito alpinistas.

Um segundo grande terremoto ocorreu a 12 de maio de 2015, com uma magnitude de momento de 7,3. Mw. O epicentro foi perto da fronteira com a China, entre a capital Catmandu e o Monte Everest. Mais de 65 pessoas foram mortas e mais de 1.200 ficaram feridas por conta deste tremor.

  

 

segunda-feira, janeiro 09, 2023

O geólogo Augusto Gansser morreu há onze anos

      
Augusto Gansser-Biaggi (Milão, 28 de outubro de 1910 - Massagno, 9 de janeiro de 2012) foi um geólogo e cientista italiano e suíço, conhecido como o "Pai dos Himalaias".

Estudou Geologia na Universidade de Zurique. Prospetou jazidas petrolíferas na Colômbia, Trinidad e Tobago e Irão, de 1938 a 1957, e lecionou geologia na Universidade de Zurique, de 1958 a 1977.

Gansser-Biaggi participou em várias expedições geológicas através do mundo: à América do Sul (Andes, Patagónia, Brasil, ...), ao Ártico, à Antártida, à Rússia, ao Médio Oriente, entre outras. Porém, o seu trabalho mais importante foi determinar a estrutura geológica dos Himalaias.

Foi laureado com a Medalha Wollaston de 1980 pela Sociedade Geológica de Londres e com a Medalha Gustav Steinmann de 1982.

Morreu, com 101 anos de idade, na comuna de Lugano, em Massagno, Suíça

 

quarta-feira, julho 20, 2022

Edmund Hillary nasceu há 103 anos


Sir Edmund Percival Hillary  (Tuakau, 20 de julho de 1919 - Auckland, 11 de janeiro de 2008) foi um alpinista e explorador neozelandês, famoso principalmente pela primeira escalada bem sucedida do Monte Everest. Ele e o guia sherpa Tenzing Norgay atingiram os 8.848 metros do cume, em 29 de maio de 1953.

  

quarta-feira, junho 08, 2022

O alpinista George Mallory desapareceu há 98 anos

    
George Herbert Leigh Mallory (Mobberley, Cheshire, 18 de junho de 1886 - Monte Everest, 8 de junho de 1924) foi um alpinista britânico.
Num de seus mais famosos momentos, ao ser questionado repetidamente por repórteres em Nova Iorque, durante uma série de conferências, por que queria escalar o monte Everest, respondeu a um deles "Porque está lá", frase hoje associada para sempre a si e ao montanhismo.
        
(...)
       
      
Em 1 de maio de 1999, uma expedição norte-americana, patrocinada em parte por Nova e pela BBC, encontrou o corpo congelado de George Mallory a 8000 metros, na face norte do Everest. No entanto, não localizaram nenhuma das duas câmaras que ele e Irvine tinham aparentemente carregado. Especialistas da Kodak afirmaram que se uma das câmaras fosse encontrada com seu filme, existiria uma boa probabilidade de que o filme pudesse ser revelado, devido à natureza do filme preto e branco utilizado e ao facto de ele ter sido mantido congelado por mais de 75 anos.
As fotos dessas câmaras poderiam finalmente esclarecer se eles realmente alcançaram o topo antes de morrerem. Em 2004, outra expedição foi organizada para procurar as câmaras e outras pistas, pouco importando sua importância, de que eles alcançaram o topo, mas nenhuma nova evidência foi encontrada. Uma terceira expedição de busca foi feita em 2005, também sem resultados. A questão do sucesso ou fracasso da dupla em alcançar o topo do Everest ficará provavelmente sem resposta para sempre, a menos que alguma nova evidência seja encontrada na montanha. Com o passar dos anos, as hipóteses de se encontrar alguma coisa diminuem cada vez mais.
      

segunda-feira, abril 25, 2022

Um terramoto afetou o Nepal há sete anos

   
O Sismo do Nepal de 2015 foi um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter, ocorrido em 25 de abril de 2015, que resultou em milhares de feridos e mortos no Nepal, Índia, Bangladesh, Paquistão e China. O mais atingido foi o Nepal, sendo este o mais violento terremoto a atingir o país em 81 anos. O governo nepalês declarou estado de emergência e mais de 4,6 milhões de pessoas foram afetadas pela tragédia.
A duração do tremor variou entre 30 segundos e 2 minutos e ele foi sentido também na Índia, Bangladesh e no Tibete, além de ter provocado uma avalanche no Monte Everest, onde causou a morte de dezoito alpinistas.

Um segundo grande terremoto ocorreu a 12 de maio de 2015, com uma magnitude de momento de 7,3. Mw. O epicentro foi perto da fronteira com a China, entre a capital Catmandu e o Monte Everest. Mais de 65 pessoas foram mortas e mais de 1.200 ficaram feridas por conta deste tremor.

 

Hipocentro 15 km
Magnitude 7.8 MW
Data 25 de abril de 2015
Zonas atingidas Flag of Nepal.svg Nepal,  Índia,  Bangladesh, Paquistão e  China
Vítimas 8.259 mortos
19.000 feridos

 

  

domingo, janeiro 09, 2022

O geólogo Augusto Gansser morreu há dez anos

    
Augusto Gansser-Biaggi (Milão, 28 de outubro de 1910 - Massagno, 9 de janeiro de 2012) foi um geólogo e cientista italiano e suíço, conhecido como o "Pai dos Himalaias".

Estudou geologia na Universidade de Zurique. Prospectou jazidas petrolíferas na Colômbia, Trinidad e Irão, de 1938 a 1957, e lecionou geologia na Universidade de Zurique, de 1958 a 1977.

Gansser-Biaggi participou em várias expedições geológicas através do mundo: à América do Sul (Andes, Patagónia, Brasil, ...), ao Ártico, à Antártida, à Rússia, ao Médio Oriente, entre outras. Porém, o seu trabalho mais importante foi determinar a estrutura geológica dos Himalaias.

Foi laureado com a Medalha Wollaston de 1980 pela Sociedade Geológica de Londres e com a Medalha Gustav Steinmann de 1982.

Morreu, com 101 anos de idade, na comuna de Lugano, em Massagno, Suíça

 

terça-feira, julho 20, 2021

Edmund Hillary nasceu há 102 anos


Sir
Edmund Percival Hillary  (Tuakau, 20 de julho de 1919 - Auckland, 11 de janeiro de 2008) foi um alpinista e explorador neozelandês, famoso principalmente pela primeira escalada bem sucedida do Monte Everest. Ele e o guia sherpa Tenzing Norgay atingiram os 8.848,86 metros do cume, em 29 de maio de 1953.
  

terça-feira, junho 08, 2021

O alpinista George Mallory desapareceu há 97 anos

   
George Herbert Leigh Mallory (Mobberley, Cheshire, 18 de junho de 1886 - Monte Everest, 8 de junho de 1924) foi um alpinista britânico.
Num de seus mais famosos momentos, ao ser questionado repetidamente por repórteres em Nova Iorque, durante uma série de conferências, por que queria escalar o monte Everest, respondeu a um deles "Porque está lá", frase hoje associada para sempre a si e ao montanhismo.
       
(...)
     
    
Em 1 de maio de 1999, uma expedição norte-americana, patrocinada em parte por Nova e pela BBC, encontrou o corpo congelado de George Mallory a 8000 metros, na face norte do Everest. No entanto, não localizaram nenhuma das duas câmaras que ele e Irvine tinham aparentemente carregado. Especialistas da Kodak afirmaram que se uma das câmaras fosse encontrada com seu filme, existiria uma boa probabilidade de que o filme pudesse ser revelado, devido à natureza do filme preto e branco utilizado e ao facto de ele ter sido mantido congelado por mais de 75 anos.
As fotos dessas câmaras poderiam finalmente esclarecer se eles realmente alcançaram o topo antes de morrerem. Em 2004, outra expedição foi organizada para procurar as câmaras e outras pistas, pouco importando sua importância, de que eles alcançaram o topo, mas nenhuma nova evidência foi encontrada. Uma terceira expedição de busca foi feita em 2005, também sem resultados. A questão do sucesso ou fracasso da dupla em alcançar o topo do Everest ficará provavelmente sem resposta para sempre, a menos que alguma nova evidência seja encontrada na montanha. Com o passar dos anos, as hipóteses de se encontrar alguma coisa diminuem cada vez mais.
    

sábado, janeiro 09, 2021

O geólogo Augusto Gansser morreu há nove anos

 
Augusto Gansser-Biaggi (Milão, 28 de outubro de 1910 - Massagno, 9 de janeiro de 2012) foi um geólogo e cientista italiano e suíço, conhecido como o "Pai dos Himalaias".

Estudou geologia na Universidade de Zurique. Prospectou jazidas petrolíferas na Colômbia, Trinidad e Irão, de 1938 a 1957, e lecionou geologia na Universidade de Zurique, de 1958 a 1977.

Gansser-Biaggi participou em várias expedições geológicas através do mundo: à América do Sul (Andes, Patagónia, Brasil, ...), ao Ártico, à Antártida, à Rússia, ao Médio Oriente, entre outras. Porém, o seu trabalho mais importante foi determinar a estrutura geológica dos Himalaias.

Foi laureado com a Medalha Wollaston de 1980 pela Sociedade Geológica de Londres e com a Medalha Gustav Steinmann de 1982.

Morreu, com 101 anos de idade, na comuna de Lugano, em Massagno, Suíça

 

in Wikipédia

quarta-feira, novembro 11, 2020

Notícia interessante sobre a formação dos Himalaias...

Os Himalaias não se formaram da forma que os cientistas pensavam

  


O magnetismo das rochas dos Himalaias revela a complexa história tectónica destas montanhas, que têm uma origem diferente daquela que se pensava anteriormente.

Os Himalaias contêm uma estrutura geológica estreita e sinuosa que se estende ao longo da cordilheira. Conhecida como zona de sutura, tem apenas alguns quilómetros de largura e consiste em lascas de diferentes tipos de rochas, todas cortadas por zonas de falhas. Ela marca o limite onde duas placas tectónicas fundiram-se e um antigo oceano desapareceu.

Uma equipa de geólogos viajou até lá para recolher rochas que entraram em erupção como lava há mais de 60 milhões de anos. Ao descodificar os registos magnéticos preservados dentro delas, os cientistas esperavam reconstruir a geografia de antigas massas de terra – e rever a história da criação dos Himalaias.

As placas tectónicas constituem a superfície da Terra e estão constantemente em movimento – à deriva num ritmo impercetivelmente lento de apenas alguns centímetros por ano. As placas oceânicas são mais frias e densas do que o manto abaixo delas, por isso, elas afundam nas zonas de subducção.

Quando toda a placa oceânica desaparece no manto, os continentes de cada lado chocam com força suficiente para erguer grandes cinturões de montanhas, como os Himalaias. Os geólogos geralmente pensavam que os Himalaias formaram-se há 55 milhões de anos numa única colisão continental.

Mas, ao medir o magnetismo das rochas da remota região montanhosa de Ladakh, no noroeste da Índia, uma equipa de investigadores mostrou que a colisão tectónica que formou a maior cordilheira do mundo foi na verdade um processo complexo de vários estágios envolvendo pelo menos duas zonas de subducção.

 

Mensagens magnéticas, preservadas para sempre

O movimento constante do núcleo externo metálico do nosso planeta cria correntes elétricas que, por sua vez, geram o campo magnético da Terra. O campo magnético aponta sempre para o norte ou sul magnético.

Quando a lava entra em erupção e resfria para formar rocha, os minerais magnéticos internos ficam bloqueados na direção do campo magnético daquele local. Portanto, ao medir a magnetização das rochas vulcânicas, os cientistas podem determinar de que latitude elas vieram. Essencialmente, este método permite desbobinar milhões de anos de movimentos das placas tectónicas e criar mapas do mundo em diferentes momentos da história geológica.

Em várias expedições a Ladakh, a equipa de cientistas recolheu centenas de amostras de núcleos de rocha. Essas rochas formaram-se originalmente num vulcão ativo entre 66 e 61 milhões de anos atrás, na época em que começaram os primeiros estágios da colisão.

Os investigadores pretendiam reconstruir onde é que essas rochas se formaram originalmente, antes de serem ensanduichadas entre a Índia e a Eurásia e erguidas no alto dos Himalaias.

Os autores do estudo levaram as amostras para o Laboratório de Paleomagnetismo do MIT e, dentro de uma sala especial que é protegida do campo magnético moderno, aqueceram-nas até aos 680 graus Celsius para remover lentamente a magnetização.

 

Traços magnéticos constroem um mapa

Usando a direção magnética média de todo o conjunto de amostras, os cientistas puderam calcular a sua latitude antiga, à qual se referem como paleolatitude.

O modelo de colisão de estágio único original para os Himalaias prevê que essas rochas teriam-se formado perto da Eurásia, a uma latitude de cerca de 20 graus a norte, mas os dados deste novo estudo mostram que essas rochas não se formaram nos continentes indiano ou euroasiático.

Em vez disso, formaram-se numa cadeia de ilhas vulcânicas, no oceano aberto de Neotethys, a uma latitude de cerca de oito graus a norte, milhares de quilómetros a sul de onde a Eurásia estava localizada na época.

Esta descoberta pode ser explicada apenas se houvesse duas zonas de subducção a puxar a Índia rapidamente para a Eurásia, em vez de apenas uma.

Durante um período geológico conhecido como Paleocénico, a Índia alcançou a cadeia de ilhas vulcânicas e colidiu com ela, raspando as rochas que eventualmente foram recolhidas pelos cientistas. A Índia então continuou em direção a norte antes de chocar com a Eurásia, cerca de 40 a 45 milhões de anos atrás – 10 a 15 milhões de anos depois do que geralmente se pensava.

Esta colisão continental final elevou as ilhas vulcânicas do nível do mar até mais de 4.000 metros até à sua localização atual, formando os Himalaias.

 

in ZAP

segunda-feira, junho 08, 2020

O alpinista George Mallory morreu há 96 anos

   
George Herbert Leigh Mallory (18 de junho de 1886, Mobberley, Cheshire - 8 de junho de 1924, Monte Everest) foi um alpinista britânico.
Num de seus mais famosos momentos, ao ser questionado repetidamente por repórteres em Nova Iorque, durante uma série de conferências, por que queria escalar o monte Everest, respondeu a um deles "Porque está lá", frase hoje associada para sempre a si e ao montanhismo.
     
(...)
    
   
Em 1 de maio de 1999, uma expedição norte-americana, patrocinada em parte por Nova e pela BBC, encontrou o corpo congelado de George Mallory a 8000 metros, na face norte do Everest. No entanto, não localizaram nenhuma das duas câmaras que ele e Irvine tinham aparentemente carregado. Especialistas da Kodak afirmaram que se uma das câmaras fosse encontrada com seu filme, existiria uma boa probabilidade de que o filme pudesse ser revelado, devido à natureza do filme preto e branco utilizado e ao facto de ele ter sido mantido congelado por mais de 75 anos.
As fotos dessas câmaras poderiam finalmente esclarecer se eles realmente alcançaram o topo antes de morrerem. Em 2004, outra expedição foi organizada para procurar as câmaras e outras pistas, pouco importando sua importância, de que eles alcançaram o topo, mas nenhuma nova evidência foi encontrada. Uma terceira expedição de busca foi feita em 2005, também sem resultados. A questão do sucesso ou fracasso da dupla em alcançar o topo do Everest ficará provavelmente sem resposta para sempre, a menos que alguma nova evidência seja encontrada na montanha. Com o passar dos anos, as hipóteses de se encontrar alguma coisa diminuem cada vez mais.
   

sexta-feira, janeiro 11, 2013

Edmund Hillary morreu há 5 anos

Sir Edmund Percival Hillary (Tuakau, 20 de julho de 1919 - Auckland, 11 de janeiro de 2008) foi um alpinista e explorador neozelandês, famoso principalmente pela primeira escalada bem sucedida do Monte Everest. Ele e o guia sherpa Tenzing Norgay atingiram os 8850 metros do cume em 29 de maio de 1953.
Nascido na Ilha Norte, próximo de Auckland e iniciou-se no alpinismo durante a adolescência, obtendo sua primeira subida significativa em 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial foi navegador da Royal New Zealand Air Force. Participou de uma fracassada expedição neozelandesa ao Everest em 1951 antes de tomar parte da bem-sucedida tentativa britânica de 1953. Escalou outros dez picos do Himalaia em visitas posteriores em 1956, 1960-61 e 1963-65. Alcançou também o Polo Sul, como parte da Expedição Britânica Trans-Antártica, em 4 de janeiro de 1958.
Foi nomeado cavaleiro da Ordem do Império Britânico em 16 de julho de 1953, membro da Ordem da Nova Zelândia em 1987 e cavaleiro da Ordem da Jarreteira em 23 de abril de 1995.
Hillary devotou muito de sua vida para ajudar o povo Sherpa do Nepal através da Himalayan Trust que ele fundou e à qual dedicou grande parte de seu tempo e energia. Devido aos seus esforços conseguiu construir várias escolas e hospitais nessa remota região do Himalaia. Tem declarado que considera esta como sua mais importante realização. Foi também presidente honorário da American Himalayan Foundation, uma sociedade sem fins lucrativos norte-americana que contribui com a melhora nas condições ambientais e de vida no Himalaia.
Foi dele a ideia de construir o aeroporto de Lukla, que aumentou o turismo de estrangeiros, uma das grandes fontes de renda do Nepal. Este aeroporto nas montanhas é a base de onde partem os grupos de trekking no Himalaia.
O Himalayan Trust e The Sir Edmund Hillay Foundation, juntos, construíram 25 escolas, dois hospitais e doze clínicas médicas. Construíram pontes sobre rios, campos de pouso para pequenos aviões, reergueram templos budistas e centros culturais. Criaram um "berçário de árvores", que replantou, desde 1990, um milhão de mudas no Parque Nacional de Sagarmatha.
Para marcar a ocasião do aniversário de 50 anos da primeira escalada bem sucedida do Everest, o governo nepalês conferiu a cidadania honorária a Edmund Hillary em uma celebração especial do jubileu de ouro na capital Kathmandu. Edmund Hillary foi o primeiro cidadão estrangeiro a receber tal honra no Nepal.
Edmund Hillary faleceu em 11 de janeiro de 2008, num hospital em Auckland, na Nova Zelândia, aos 88 anos de idade.
 

sábado, outubro 20, 2012

A China e a Índia entraram em guerra há 50 anos

(imagem daqui)

A guerra sino-indiana, também conhecida como conflito fronteiriço sino-indiano, foi uma guerra entre a República Popular da China (RPC) e a Índia. A causa inicial do conflito foi uma região litigiosa no Himalaia, em Arunachal Pradesh, conhecida na China como Tibete do Sul.
Os combates começaram em 20 de outubro de 1962 entre o Exército Chinês de Liberação Popular e as Forças Armadas Indianas. O primeiro confronto pesado foi um ataque chinês desfechado contra uma força indiana que avançava sobre posições chinesas ao norte da Linha McMahon, após um combate em Tagla. O conflito ampliou-se de modo a incluir a região de Aksai Chin, que a RPC considerava uma ligação estratégica entre os territórios chineses do Tibete e de Xinjiang. A guerra terminou quando os chineses capturaram ambas as áreas litigiosas e declararam um cessar-fogo unilateral em 20 de novembro de 1962, vigente à meia-noite.
A guerra sino-indiana destaca-se pelo ambiente de combate de montanha, em altitudes de mais de 4267 metros, o que apresentava problemas logísticos para ambos os beligerantes.
Os resultados da guerra provocaram mudanças generalizadas nas Forças Armadas Indianas, com o objetivo de prepará-las para conflitos semelhantes no futuro, e colocou em posição politicamente difícil o primeiro-ministro da Índia, Jawaharlal Nehru, acusado de não haver previsto a invasão chinesa.

Data 20 de outubro – 21 de novembro de 1962
Local Sul de Xinjiang (Aksai Chin) e Arunachal Pradesh (Tibete do Sul)
Desfecho Vitória militar chinesa
Mudanças
territoriais
Nenhuma mudança territorial significativa em comparação com anterior à guerra. China controla Tibete excluindo área de Tawang e sul da Linha McMahon (Tibete do Sul) e retém a área de Aksai Chin (de facto); Índia controla (Tibete do Sul, área de Arunachal) (de facto).

segunda-feira, setembro 19, 2011

Notícia sobre o sismo na Índia

Operações de resgate dificultadas pelas chuvas fortes
Sobe para 50 o número de mortos do terramoto na Índia e Nepal 

Exército do Nepal reúne-se para ajudar a remover os destroços do sismo

Pelo menos 50 pessoas morreram e centenas ficaram feridas depois de um terramoto ter atingido ontem o noroeste da Índia, o Nepal e o Tibete, segundo os últimos relatos divulgados por várias fontes.

De acordo com o porta-voz do Ministério do Interior nepalês, Sudhir Kumar Shah, pelo menos sete pessoas morreram no país devido ao desabamento de edifícios e outros acidentes causados pelo sismo, que ocorreu ontem por volta das 18h10 locais (14h10 em Lisboa) e teve uma magnitude de 6,9 na escala de Richter.

A zona mais afectada foi, no entanto, a região indiana de Sikkim, onde o Serviço Geológico dos Estados Unidos localizou o epicentro do sismo. Pelo menos 23 pessoas perderam a vida e uma centena ficou ferida, informou o alto funcionário regional D. Anandan.

“A situação está sob controlo em toda a região, excepto no norte, local do epicentro. Há pessoas que ainda estão presas nos escombros. As operações de resgate estão a decorrer e Nova Deli enviou mais equipas, que se dirigem para cá”, explicou.

De acordo com aquele responsável, Sikkim, situado na cordilheira dos Himalaias, encontra-se quase incomunicável com o resto do país, uma vez que o terramoto causou deslizamentos de terra que destruíram pontes e tornou intransitável várias estradas.

Segundo fontes oficiais indianas, outras seis pessoas morreram na região vizinha de Bengala (leste) e duas em Bihar (norte) também vítimas do sismo, que chegou a sentir-se a centenas de quilómetros de distância e instalou o pânico entre a população.

Réplicas de 6,1 e 5,3 na escala de Richter sentiram-se nos 20 minutos depois do abalo inicial, e embora não tenham causado danos pessoais nem materiais, aumentaram a inquietação.

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, prometeu ajuda financeira aos familiares das vítimas e aos que ficaram prejudicados pelo desastre. O Exército indiano foi colocado em alerta e transferido para Sikkim.

As fortes chuvas, que duram há quatro dias, e os deslizamentos de terra estão a dificultar as operações de resgate, a decorrer na Índia, Nepal e Tibete. Em Sikkim muitos edifícios acabaram por ruir e a electricidade foi cortada em muitas áreas.

“A situação não é boa”, disse à Reuters um funcionário da equipa de gestão de desastres da ONU em Deli. “A minha opinião é que o número de mortos e feridos vai aumentar”.

Forem sentidos tremores em zonas no Norte da Índia, incluindo Assam, Meghalaya e Tripura, mas também noutras regiões do país: West Bengal, Bihar, Jharkhand, Uttar Pradesh, Rajasthan, Chandigarh e Deli. Os territórios vizinhos do Butão, Bangladesh e China também sentiram o terramoto. Na zona de Yadong, no Tibete, a 40 quilómetros de Sikkim, o sismo causou centenas de deslizamentos de terra, provocando danos no trânsito, telecomunicações, energia e abastecimento de água. 

quarta-feira, julho 20, 2011

Edmund Hillary nasceu há 92 anos

Sir Edmund Percival Hillary KG, KBE (Tuakau, 20 de Julho de 1919Auckland, 11 de Janeiro de 2008) foi um alpinista e explorador neozelandês, famoso principalmente pela primeira escalada bem sucedida do Monte Everest. Ele e o guia sherpa Tenzing Norgay atingiram os 8.850 metros do cume em 29 de Maio de 1953.

domingo, abril 18, 2010

João Garcia - a proeza de um alpinista de outo mundo

Alpinismo
João Garcia atinge cume de Annapurna
17.04.2010

O alpinista português João Garcia, de 42 anos, atingiu hoje o cume do monte nepalês Annapurna, a última das 14 montanhas do mundo acima dos 8000 metros que se propôs escalar.

Segundo o sistema "spot adventures", um geolocalizador com ligação satélite que João Garcia transporta consigo e que pode ser acompanhado, em tempo real, pela Internet, o alpinista português atingiu o cume do Annapurna a 8091 metros de altitude às 13h30, hora local no Nepal (8h45 de Lisboa).

Ao conseguir hoje este feito, João Garcia é o primeiro alpinista português e o décimo do mundo a completar os 14 picos do planeta acima dos 8000 metros, sem ajuda de oxigénio artificial.

O alpinista português iniciou de imediato a descida que terá de completar antes do anoitecer na região.

João Garcia iniciou em 1993 o desafio de atingir os 14 cumes mais altos do mundo que foi conquistando a partir do monte Cho Oyu, na fronteira entre o Tibete e o Nepal, onde subiu aos 8201 metros a 24 de Setembro daquele ano.

No ano seguinte, a 24 de Setembro, João Garcia subiu ao monte Dhaulagiri, na região do Nepal, a 8167 metros.

Depois de um interregno de cinco anos, João Garcia volta em 1999 às grandes montanhas para escalar o Evereste a 18 de Maio, escalada que acabaria por lhe deixar várias marcas e o obrigaria a vários meses de recuperação e onde perdeu o seu companheiro de escalada, o belga Pascal Debrower.

Em 2001 João Garcia escalou, entre a China e o Paquistão, o monte Gasherbrum, fazendo o percurso II a 8035 metros ao qual voltaria em 2004 para escalar o monte um a 8068 metros.

Em Maio 2005, entre o Nepal e o Tibete, o alpinista português subiu aos 8516 metros no monte Lhotse para em Maio de 2006 subir a 8586 metros entre a Índia e o Nepal no monte Kangchenjunga.

No mesmo ano, em Outubro, João Garcia regressa às alturas para escalar no Tibete o monte Sisha Pangma a 8013 metros, aventura em que perdeu mais um amigo, o português Bruno Carvalho que não sobreviveu a uma queda.

O famoso K2 entre a China e o Paquistão e a 8611 metros de altura foi escalado em Julho de 2007 e o Makalu, entre o Nepal e o Tibete a 8463 metros, é conquistado em Maio de 2008, dois meses antes de subir ao Broad Peak, a 8047 metros, entre o Paquistão e a China que fez em Julho.

Em 2009, o alpinista português conquistou mais duas etapas do seu objectivo: em Abril sobe aos 8163 metros no monte nepalês de Maslu e em Julho, no Paquistão, ao monte Nanga Parbat.

Hoje concluiu um sonho, subir as 14 montanhas mais altas do mundo.