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terça-feira, dezembro 19, 2023

Os últimos homens a pisar a Lua aterraram há cinquenta e um anos...

Estatísticas da missão


Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           
 
 

 

 Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

A Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.


in Wikipédia

quinta-feira, dezembro 14, 2023

Faz hoje cinquenta e um anos que um Geólogo foi o último homem a pisar a Lua...

Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           

Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)


 

A Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.

  

  
Harrison Hagan "Jack" Schmitt (Santa Rita, 3 de julho de 1935) é um astronauta, geólogo e ex-senador dos Estados Unidos. Foi um dos integrantes da missão Apollo 17, a última a pousar na Lua, em dezembro de 1972. Nesta missão, ele tornou-se o primeiro membro do grupo de astronautas-cientistas da NASA a ir para o espaço. Ele continua a ser o único cientista profissional a ter voado numa órbita para fora da Terra e a ter visitado a Lua. Foi um membro bastante influente da comunidade de geólogos do Programa Apollo e, antes de começar sua própria preparação para a missão, fazia parte da equipa de cientistas que fazia treino rotineiro visando uma viagem à Lua.
 

terça-feira, setembro 12, 2023

O triste caso do geólogo que foi à Lua e era alérgico à mesma...

O único cientista a andar na Lua, afinal… era alérgico a ela

 

 

 

O único cientista a caminhar na Lua, afinal era alérgico a ela. A descoberta aconteceu na última missão tripulada à Lua - Apollo XVII - antes do fim do programa Apollo, em dezembro de 1972.

Harrison H. Schmitt andou na Lua e descobriu que era alérgico à poeira lunar ao regressar ao módulo de aterragem, ainda na superfície lunar.

Segundo o IFLScience, enquanto esteve na superfície, Schimitt passou o tempo a recolher amostras de rochas à volta do vale Taurus-Littrow, perto do Mar da Serenidade.

Quando tirou o fato na segurança do módulo de aterragem, o geólogo entrou em contacto com poeira lunar, que tinha sido distribuída pela cabine.

“A primeira vez que senti o cheiro da poeira tive uma reação alérgica, o interior do meu nariz ficou inchado, podia ouvir-se na minha voz”, disse Schmitt no festival espacial Starmus em 2019, segundo o Telegraph.

“Mas […] gradualmente isso desapareceu para mim e na quarta vez que inalei poeira lunar não notei isso”.

Schmitt contou que não foi a única pessoa a sofrer uma reação alérgica à poeira lunar. Um cirurgião de voo teve de parar o trabalho, enquanto retirava fatos do módulo de comando, devido à força da reação que teve.

O cientista disse que o problema tinha implicações para futuras missões.

“Para alguns indivíduos, temos de descobrir se vão ter uma reação, se vão ser expostos cronicamente a poeira lunar”, disse.

“A minha sugestão é que nunca os deixemos expostos à poeira lunar e há muitas soluções de engenharia, desde que voei, para manter a poeira fora da cabine, para a manter fora do fato. Vai ser sobretudo um problema de engenharia“.

De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), todos os outros astronautas sofreram, em certa medida, de “febre do feno lunar“.

Geralmente, os sintomas experimentados eram espirros ligeiros e congestão nasal que desapareciam rapidamente, embora por vezes pudessem demorar alguns dias.

Estão em curso esforços para resolver o problema, possivelmente agravado por um fenómeno improvável: a estática.

Na Terra, as partículas são suavizadas pela erosão do vento e da água, explicou a ESA, ao passo que na Lua – sem estas condições para as corroer – a poeira permanece afiada e pontiaguda.

Como a Lua não tem a nossa atmosfera para a proteger da radiação, o solo fica carregado estaticamente, enviando por vezes estas partículas pontiagudas para o ar e tornando-as mais suscetíveis de cobrir equipamento e entrar nos pulmões das pessoas.

“O tamanho das partículas de poeira lunar é particularmente preocupante e uma das questões que terá de ser abordada à medida que enviarmos mais astronautas de volta à Lua”.

As partículas, 50 vezes mais pequenas do que um cabelo humano, podem permanecer durante meses nos pulmões”, afirmou Kim Prisk, fisiologista pulmonar envolvida em voos espaciais tripulados.

“Quanto mais tempo a partícula permanecer, maior é a probabilidade de efeitos tóxicos”.

Mas se para uns a poeira lunar pode ser a causa de uma alergia, para outros - nomeadamente o nosso planeta -, as nuvens de poeira lunar podem salvá-lo das alterações climáticas.

Um grupo de cientistas norte-americanos propôs um plano pouco ortodoxo para combater o aquecimento global: criar grandes nuvens de poeira lunar no Espaço para refletir a luz solar e arrefecer a Terra.

A proposta, que envolve o lançamento de cerca de 10 milhões de toneladas de poeira lunar no Espaço a cada ano, é engenhosa de certa forma – e se funcionar como anunciado do ponto de vista técnico, pode dar ao mundo algum tempo vital para controlar as emissões de carbono.

 

in ZAP

segunda-feira, dezembro 19, 2022

Os últimos homens a pisar a Lua aterraram há cinquenta anos...!

Apollo XVII
Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           
Esq. p/ dir: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)
Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)


Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.


in Wikipédia

 

quarta-feira, dezembro 14, 2022

Um Geólogo foi o último homem a pisar a Lua - faz hoje cinquenta anos...

Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           
Esq. p/ dir: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)
Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)


A Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.

  
  
Eugene Cernan and Harrison Schmitt successfully lifted off from the lunar surface in the ascent stage of the Lunar Module on December 14, at 05.55 PM EST (22.55 UTC). After a successful rendezvous and docking with Ron Evans in the Command/Service Module in orbit, the crew transferred equipment and lunar samples between the LM and the CSM for return to Earth. Following this, the LM ascent stage was sealed off and jettisoned at 01.31 AM on December 15. The ascent stage was then deliberately crashed into the Moon in a collision recorded by seismometers deployed on Apollo XVII and previous Apollo expeditions.
On December 17, during the trip back to Earth, at 03.27 PM EST, Ron Evans successfully conducted a one hour and seven minute spacewalk to retrieve exposed film from the instrument bay on the exterior of the CSM.
On December 19, the crew jettisoned the no-longer-needed Service Module, leaving only the Command Module for return to Earth. The Apollo XVII spacecraft reentered Earth's atmosphere and landed safely in the Pacific Ocean at 02.25 PM (19.25 UTC), 6.4 kilometres (4.0 mi) from the recovery ship, the USS Ticonderoga. Cernan, Evans and Schmitt were then retrieved by a recovery helicopter and were safely aboard the recovery ship fifty-two minutes after landing.
 

domingo, dezembro 19, 2021

Os últimos homens a pisar a Lua regressaram há 49 anos

Apollo XVII
Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           
Esq. p/ dir: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)
Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.


in Wikipédia

terça-feira, dezembro 14, 2021

Há 49 anos um Geólogo foi o último homem a pisar a Lua

Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           
Esq. p/ dir: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)
Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)


Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.

  
 
Eugene Cernan and Harrison Schmitt successfully lifted off from the lunar surface in the ascent stage of the Lunar Module on December 14, at 05.55 PM EST (22.55 UTC). After a successful rendezvous and docking with Ron Evans in the Command/Service Module in orbit, the crew transferred equipment and lunar samples between the LM and the CSM for return to Earth. Following this, the LM ascent stage was sealed off and jettisoned at 01.31 AM on December 15. The ascent stage was then deliberately crashed into the Moon in a collision recorded by seismometers deployed on Apollo XVII and previous Apollo expeditions.
On December 17, during the trip back to Earth, at 03.27 PM EST, Ron Evans successfully conducted a one hour and seven minute spacewalk to retrieve exposed film from the instrument bay on the exterior of the CSM.
On December 19, the crew jettisoned the no-longer-needed Service Module, leaving only the Command Module for return to Earth. The Apollo XVII spacecraft reentered Earth's atmosphere and landed safely in the Pacific Ocean at 02.25 PM (19.25 UTC), 6.4 kilometres (4.0 mi) from the recovery ship, the USS Ticonderoga. Cernan, Evans and Schmitt were then retrieved by a recovery helicopter and were safely aboard the recovery ship fifty-two minutes after landing.

quarta-feira, dezembro 19, 2012

Os últimos homens a pisar a Lua regressaram há 40 anos


Apollo XVII
Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           
Esq. p/ dir: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)
Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.

On December 19, the crew jettisoned the no-longer-needed Service Module, leaving only the Command Module for return to Earth. The Apollo XVII spacecraft reentered Earth's atmosphere and landed safely in the Pacific Ocean at 2:25 PM (19.25 UTC), 6.4 kilometres (4.0 mi) from the recovery ship, the USS Ticonderoga. Cernan, Evans and Schmitt were then retrieved by a recovery helicopter and were safely aboard the recovery ship fifty-two minutes after landing.

Apollo XVII post-landing recovery operations

sexta-feira, dezembro 14, 2012

Quem é o geólogo que foi o último Homem a pisar a Lua?

Harrison Hagan "Jack" Schmitt (Santa Rita, Condado de Grant, 3 de julho de 1935) é geólogo, astronauta, ex-senador dos Estados Unidos e foi o 12º e último homem a pisar na superfície da Lua, como membro da missão Apollo XVII, a última a pousar no nosso satélite natural, em dezembro de 1972.
Antes de se juntar à NASA, como membro de primeira equipa de astronautas-cientistas da agência espacial, em 1965, “Jack” Schmitt trabalhou no Centro de Astrogeologia dos Estados Unidos, onde realizou diversas experiências e desenvolveu técnicas de geologia de campo que viriam a ser utilizadas pelas tripulações das missões Apollo. Após sua admissão, Schmitt exerceu um papel chave no treino dos astronautas do programa Apollo para ajudá-los a ser bons observadores geológicos quando estivessem nas missões lunares e competentes geólogos de campo na superfície do satélite. Após o fim de cada missão, ele participava dos exames e avaliações do material recolhido e ajudava as equipas nos aspectos científicos de suas missões.
Como ele era o único geólogo profissional no grupo de astronautas, e tinha feito com sucesso a formação de piloto dos módulos de comando e lunar, não foi surpresa quando foi escolhido para se tornar tripulante da última das missões lunares, a Apollo XVII, onde exerceu um trabalho fundamental no exame e recolha de materiais rochosos da região lunar de Taurus-Littrow, em companhia do comandante da missão, Eugene Cernan. Na volta para a Terra, Schmitt tirou uma das mais famosas e divulgadas fotografias da terra vista do espaço, A pequena bola azul, mostrando integralmente todo o planeta azul e esférico brilhando no espaço.
Em agosto de 1975, Harrison Schmitt deixou a NASA para concorrer ao senado americano pelo Partido Republicano e foi eleito senador pelo estado do Novo México, seu estado natal. Derrotado nas eleições para um segundo mandato, passou a trabalhar como consultor em geologia, espaço e políticas públicas.
Ainda hoje ele continua advogando o retorno a Lua, para que se possa utilizar o satélite como fonte de Helio-3, um tipo de isótopo radioativo de hélio abundante na Lua, combustível fundamental para o desenvolvimento de reatores nucleares a serem usados como propulsores de motores de naves espaciais, capaz de atingir velocidades muito maiores que as atuais, possibilitando a exploração espacial dos satélites e planetas mais distantes do nosso sistema solar.

Há 40 anos um geólogo foi o último homem a pisar a Lua

Apollo XVII
Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           
Esq. p/ dir: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)
Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.


Eugene Cernan and Harrison Schmitt successfully lifted off from the lunar surface in the ascent stage of the Lunar Module on December 14, at 05.55 PM EST (22.55 UTC). After a successful rendezvous and docking with Ron Evans in the Command/Service Module in orbit, the crew transferred equipment and lunar samples between the LM and the CSM for return to Earth. Following this, the LM ascent stage was sealed off and jettisoned at 01.31 AM on December 15. The ascent stage was then deliberately crashed into the Moon in a collision recorded by seismometers deployed on Apollo XVII and previous Apollo expeditions.
On December 17, during the trip back to Earth, at 03.27 PM EST, Ron Evans successfully conducted a one hour and seven minute spacewalk to retrieve exposed film from the instrument bay on the exterior of the CSM.
On December 19, the crew jettisoned the no-longer-needed Service Module, leaving only the Command Module for return to Earth. The Apollo XVII spacecraft reentered Earth's atmosphere and landed safely in the Pacific Ocean at 02.25 PM (19.25 UTC), 6.4 kilometres (4.0 mi) from the recovery ship, the USS Ticonderoga. Cernan, Evans and Schmitt were then retrieved by a recovery helicopter and were safely aboard the recovery ship fifty-two minutes after landing.

terça-feira, dezembro 11, 2012

O último voo tripulado à Lua chegou ao nosso satélite há 40 anos

Apollo XVII
Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 seguntos
                                  Imagem da tripulação                                           
Esq. p/ dir: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)
Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.

Tripulação

O Fim do Começo
Apesar da cortina estar-se a fechar sobre o Programa Apollo, o ato final foi espetacular. A área de alunagem do Módulo Lunar Challenger, num bonito vale cercado de montanhas no limite do Mar da Serenidade, prometia ser um paraíso geológico. Em fotografias tiradas antes da missão, a área escolhida para o pouso, Taurus-Littrow, estava cheia de pedras roladas das montanhas em volta, e no vale no centro destas montanhas podiam ser vistas inúmeras crateras escuras, provavelmente produzidas por material vulcânico.
Para explorar esta preciosidade geológica, a direção de voo tinha escolhido uma tripulação de dois homens com, talvez, a mais ampla gama de capacidades de todas as tripulações da Apollo. O comandante Eugene Cernan era um veterano de duas missões anteriores, tendo voado na Gemini IX e na Apollo X. Era o único comandante que já havia pilotado o Módulo Lunar no espaço e havia poucos, no corpo de astronautas, que conheciam a nave espacial tão profundamente. E o seu co-piloto e piloto do ML Challenger, Harrison "Jack" Schmitt, não apenas conhecia o módulo profundamente, mas também era um geólogo profissional, que havia sido um ativo participante no planeamento das primeiras missões Apollo. Se a região lunar de Taurus-Littrow era um paraíso geológico, então Harrison Schmitt era o geólogo.

A montagem dos materiais das experiências
Após o pouso perfeito, Cernan e Schmitt começaram seu trabalho na superfície, descarregando e montando o  rover lunar e depois as experiências do ALSEP - sigla que denominava o conjunto de material e materiais tecnológicos que acompanhava cada missão. Muitos destes materiais tecnológicos eram exclusivos da Apollo XVII e de vários deles esperava-se que transmitissem informações da estrutura geológica ao redor do vale de Taurus-Littrow. Os materiais tecnológicos que já haviam sido usados em missões anteriores, incluíam o material de circulação de calor, um detector de raios cósmicos semelhante ao usado na Apollo XVI e um tubo de núcleo como aqueles perfurados nas Apollos XV e XVI.
Os novos materiais tecnológicos levados incluíam um instrumento para determinar a composição da fina atmosfera lunar, um invento para detectar meteoritos e um gravímetro de longa duração, feito com a intenção de que fosse um detector de ondas gravitacionais.

O rover lunar em Taurus-Littrow

Eugene, o reparador e bate-chapas
Em algumas das missões anteriores, os astronautas passaram um tempo na cabine do Módulo Lunar, entre as atividades extra-veiculares, fazendo pequenas reparações em equipamentos estragados. Charles Conrad e Alan Bean, da Apollo XII consertaram uma escala partida e David Scott e James Irwin, da Apollo XV, usaram fita adesiva para prender uma antena quebrada do equipamento de emergência. E, é claro, a tripulação da Apollo XIII usou fita isolante, papelão e tubos para que as caixas de metal de hidróxido de lítio do Módulo de Comando, pudessem funcionar na batalha contra a elevação do nível de dióxido de carbono na nave, na sua célebre viagem quase catastrófica.
Durante o período de descanso após a primeira AEV (Atividade Extra-Veicular, o período que os astronautas passavam fora do módulo, na superfície lunar) da Apollo XVII, Eugene Cernan praticou a arte de bate-chapas, usando fita adesiva e mapas de reserva, para substituir um guarda-lamas perdido durante o começo da primeira excursão lunar.
O que aconteceu é que, enquanto Cernan carregava equipamento no rover, no início da AEV, ele acidentalmente prendeu o seu martelo sob o guarda-lamas traseiro direito do rover e arrancou-o. Ele então prendeu o guarda-lamas com fita adesiva de volta ao lugar, com alguma dificuldade por causa da poeira que cobria tudo e impedia uma boa colagem. Mas apesar dos melhores esforços, durante o regresso ao ML, a fita soltou-se e o guarda-lamas perdeu-se. A tripulação da Apollo XVI perdeu um guarda-lamas quase do mesmo modo e, interessado em evitar problemas como superaquecimento de baterias e trincos travados no rover lunar, Cernan queria moldar um novo guarda-lamas de substituição. Enquanto eles dormiam, membros da equipe de apoio no Centro Espacial Johnson, em Houston, descobriram como fazer um guarda-lamas substituto e como prendê-lo ao ro lunar e John Young, comandante da Apollo XVI, vestiu uma roupa espacial para testá-lo. Pela manhã, Young e Cernan conversaram sobre como fazê-lo e o conserto foi um sucesso.
O primeiro passeio lunar foi um pouco frustrante para o geólogo-astronauta Schmitt, porque graças ao defeito do rover eles puderam recolher muito pouco material do solo lunar.

Harrison Schmitt no solo lunar

O Buraco-na-Parede
No segundo dia na Lua, para iniciar os trabalhos, Cernan e Schmitt dirigiram seis quilómetros para oeste, num lugar chamado Buraco-na-Parede - porque, visto e fotografado do espaço, que era a referência para denominação de todos os acidentes geográficos lunares pela NASA, ele parecia, obviamente, com um buraco numa parede - na base de uma escarpa de montanhas. Nas fotografias tiradas em órbita pela Módulo de Comando da Apollo XV, ele parecia ser um lugar por onde seria possível subir os oitenta metros até ao topo da escarpa, sem forçar as capacidades do rover lunar. Do módulo Challenger, durante o descanso, Cernan e Schmitt podiam ver uma parte do Buraco-na-Parede no horizonte, além da borda da cratera chamada Camelot. Ele estava, como Cernan o descreveu, a uma pequena distância na direção sul. A superfície era suave e apesar de estarem a a andar uma boa parte do caminho numa encosta da montanha, não precisaram de muito esforço para subir. Uma vez no topo, eles dirigiram mais um quilómetro, até ao sopé do Maciço Sul das montanhas e lá passaram uma hora recolhendo amostras de pedras soltas, roladas no alto.
Apesar de terem gasto a maioria de seu tempo de trabalho num declive bastante íngreme e precisar vigiar os lugares onde pisavam, eles acharam o declive muito pouco desconfortável, assim como a tripulação da Apollo XVI. Os dois astronautas conseguiam movimentar-se com relativa facilidade dentro de suas roupas pressurizadas e usavam as suas ferramentas de mão como bengalas para se levantarem do chão, após se abaixarem para ver mais de perto alguma pedra no solo.
A primeira paragem da dupla para recolha geológica foi tranquila, e por isso o Controle de Voo em Houston decidiu alongar a estada deles, até o máximo permitido por uma volta a pé forçada, por causa do stock de oxigénio. Com a experiência feita pela tripulação da Apollo XIV como guia, a NASA havia feito uma estimativa conservadora de que, na ocorrência de uma quebra do rover, os astronautas poderiam manter uma média de velocidade a pé no retorno de 2.7 km/h. Mantendo uma margem de reserva – mas sem margem para a capacidade de stock do Sistema de Purificação de Oxigénio – a estimativa de uma velocidade média de retorno de 2.7 km/h significava que Cernan e Schmitt teriam que deixar este local no máximo após três horas e meia de AEV.

Queda de Schmitt na Lua

A jornada lunar continua
Continuando o passeio, a tripulação coletava amostras sem precisar descer do rover, nem retirar o cinto de segurança, usando uma pá de cabo longo para apanhar as amostras de pedras mais vistosas do solo. O tempo nestas excursões lunares sempre era muito controlado. Enquanto Schmitt recolhia amostras, Cernan aproveitava para tirar fotos, com a nova lente de 500 mm fabricada para a NASA.
A maneira como os astronautas subiam de novo no rover lunar, após descer para observar e recolher amostras, ou tirar fotografias, era interessante: para fazer isso, eles ficavam em pé ao lado do veículo, perto de seus assentos e olhando para a frente. Pulavam para os assentos e se tivessem sorte, com a ajuda da baixa gravidade, caíam sentados na posição certa; mas, numa das vezes, Cernan errou o salto e caiu sentado no chão.
A próxima paragem da dupla estava planeada para a borda de uma pequena cratera, algumas centenas de metros a norte do Buraco-na-Parede, na base da escarpa da montanha. Os dois tiveram uma viagem algo perigosa descendo a ladeira e, quando saíram dela, Cernan pediu uma homologação de recorde de velocidade lunar, de 18 km/h. Apesar da seu pedido não poder ser controlado por fonte independente, não há dúvidas de que ele estava andando rapidamente e ainda teve que manobrar para evitar um pião na descida da encosta.
A ferramenta favorita de Schmitt era uma pá com a qual ele podia ser mais seletivo na recolha e também podia ser usada para cavar pequenas valetas. Durante a missão, ele trabalhou com uma técnica de descansar a ponta da pá no chão e descer seus dedos pela haste do cabo o suficiente para que o ato de despejar a rocha recolha dentro do saco se tornasse algo mais fácil; mas mesmo assim, a recolha de solo provou ser uma incumbência mais difícil do que havia sido para outros astronautas, que usavam equipamentos com cabos longos e pinças, como ferramentas das suas recolhas. Num certo momento, ele teve uma queda espetacular, caindo girando até ficar com mãos e joelhos no chão, e quando se levantou teve que esperar alguns minutos, para se certificar que a sua câmara não se tinha estragado. Felizmente, câmara e lentes estavam incólumes e Cernan chegou com um par de pinças para ajudar Schmitt a apanhar o material espalhado.

Vídeo dos astronautas da Apollo XVII caminhando e cantando na Lua

Solo laranja na Lua
Trinta e sete minutos após terem parado, Eugene Cernan e Harrison Schmitt estavam em movimento novamente. O próximo alvo era uma cratera chamada Shorty e todos tinham grandes esperanças de que fossem encontrado algo geologicamente pouco usual. Vista da órbita, a Shorty parecia ser sinistra e diferente. Ela localiza-se logo após a extremidade de um terreno que desabou da montanha e é muito mais escura que a região em redor. Como era típico durante as paragens geológicas da Apollo XVII, quando Cernan estacionava o rover lunar, Schmitt pulava para fora e dava uma rápida vi em volta, enquanto Cernan cuidava de limpar a poeira no rover e outros "afazeres domésticos". Eles estavam parados perto de uma grande pedra quebrada e Schmitt saiu primeiro para olhar e depois levar uma tina de recolha de amostras. Estando um pouco envergonhado com a sua primeira queda lunar, ele não começou a recolha de amostras até que Cernan estivesse pronto para ajudá-lo. Tendo visto de perto uma grande pedra arredondada e quebrada na sua frente, ele voltou para apanhar a tina e começar a apanhar amostras, quando imediatamente notou que havia algo muito pouco comum no solo que havia mexido com seus pés e parou por uma fração de segundos. Na paragem na escarpa da montanha, ele havia visto pontos coloridos no solo, os quais, após um momento de considerações, pareciam ser pontos de luz do Sol, refletidos pela chapa dourada da frente no rover. E ali na cratera Shorty, a tripulação da Apolo XVII havia achado solo cor de laranja na Lua.
Como eles podiam andar três vezes mais rápido do que a velocidade de uma caminhada a pé presumida pelos planeadores da AEV, quando Cernan e Schmitt dirigiam-se de rover em direção ao ML Challenger, o tempo necessário para a caminhada a pé deixou de ser uma coisa importante. Após andarem uma parte do caminho de volta, fizeram uma breve paragem para montar uma carga sísmica, fazer uma rápida recolha de amostras e continuaram em direção à borda sul da Cratera Camelot, uma grande cratera de impacto um quilómetro a oeste do ML.
Por cerca de vinte minutos, Cernan e Schmitt trabalharam num quadrante limitado de um campo de rochas na Camelot, conscientes do potencial de tropeçarem em algo. Recolheram amostras de rocha, amostras de solo caídos sobre as rochas por impactos próximos e compararam amostras de solo escavado entre as rochas. Trabalharam rápida e eficientemente e satisfeitos com eles próprios por um dia de trabalho bem feito, pulavam e cantavam enquanto faziam o seu caminho de volta até ao rover lunar e depois, para o ML.

Eugene Cernan em Taurus-Littrow; ao fundo, o Maciço Sul

O último passeio da Missão Apollo na Lua
Os planos para o terceiro e último dia eram tão desafiadores quanto os do Dia 2 e o trabalho acabou sendo igualmente recompensador. Saindo do Módulo Lunar, Cernan e Schmitt dirigiram-se para norte cerca de três quilómetros, até à base do 'Maciço Norte' e lá cruzaram 400 m de encosta para nordeste, em direção a uma grande rocha partida, que havia sido vista nas fotografias de Apollo XV. Na verdade, um certo número de rochas havia sido selecionadas nas fotos antes da missão e a rocha partida, em particular, parecia ter traços em comum. Após o pouso, Schmitt pôde escolher rochas e percursos no 'Maciço Norte' e agora, a medida que se aproximavam da montanha, se tornava evidente que os percursos no solo vistos nas fotos, como aqueles que eles tinham visto no dia anterior no 'Maciço Sul', consistiam em cadeias de depressões parecidas com crateras, escavados pelas rochas quando elas balançavam, tombavam e escorregavam pela montanha abaixo. A rocha dividida assentava exatamente abaixo de uma falha considerável na encosta e, evidentemente, tinha caído, batido no solo com força considerável, partido e escorregado alguns metros até parar. Observando em detalhe, ela havia se quebrado em cinco pedaços, tendo o maior deles de seis a dez metros num dos lados.
Apesar do lado da montanha ser consideravelmente íngreme logo acima da pedra, quando Cernan estacionou o rover, ele e Schmitt descobriram que seu trabalho seria bem difícil. Eles pouco tinham reparado sobre os detalhes da escarpa quando se dirigiam à rocha partida; mas quando pularam do rover  lunar, tiveram que se inclinar para a frente a fim de ficarem em pé no talude. Nos lugares em volta da pedra, eles podiam se empertigar no sulco que ela havia cavado, mas na maior parte da hora que passaram ali, precisaram lutar contra a inclinação da montanha. Foi graças à confiança que havia sido conquistada com os trabalhos anteriores em taludes e encostas das Apollo XV e XVI – além dos dois primeiros dias de sua própria missão – que, enquanto eles riam e faziam piadas sobre o talude, não mostraram nenhuma hesitação em completar o trabalho.
Após a missão, apenas Cernan teve algum pesar com seu trabalho no penúltimo local de recolha; ele estava triste de não ter tido tempo de escrever o nome de sua filha na saliência superior coberta de poeira da rocha. Ele recolheu uma amostra da poeira e o ponto pode ser visto numa famosa fotografia tirada por Schmitt, com o vale visível ao fundo. Alan Bean, que se tornou pintor após ter ido a lua na Apollo XII, depois corrigiu a falha de Cernan pintando a cena e colocando o nome de Tracy, a filha de Cernan, no lugar. Para aqueles que conhecem a história, a rocha partida do penúltimo ponto de recolha na Lua se tornou conhecida como a Pedra de Tracy.
Se a subida até a pedra havia sido extenuante – e é importante dizer que apesar do esforço nenhum deles teve batimentos cardíacos superiores a 130 por minuto – a descida não deixou de ser divertida. Após terminar sua coleta sob a Pedra de Tracy, Cernan voltou em direção ao jipe pulando muito rápido. Quando ele se aproximava vindo pelo trilho formado pela queda da pedra, colocou muito peso sobre o seu pé direito e caiu de forma espetacular. Como o solo era macio, sem pedras protuberantes no chão e como Cernan estava em descida, a queda pareceu ser pior do que realmente foi. Na verdade, caiu bastante devagar, graças à baixa gravidade, podendo manter algum controle e aterrou em cima das mãos e dos joelhos, evitando bater com a sua câmara no chão. Era a segunda queda de um astronauta na Lua.
Neste momento, os astronautas já estavam fora do ML há cerca de cinco horas. Eles tinham estado trabalhando duro o dia inteiro, andando em terreno áspero e rugoso em volta das escarpas. Apesar do controle de Houston insistisse que eles deviam partir imediatamente, Cernan e Schmitt decidiram ficar por mais alguns minutos, de maneira que pudessem acabar a trincheira, tirar algumas fotografias e guardar algumas amostras. Trabalharam rápida e eficientemente. Houston não os interrompeu.

O ML Challenger no espaço, indo ao reencontro do MC America para a volta para a Terra, após três dias na Lua

O encerramento da missão Apollo
Nenhuma das missões Apollo podia ser mais do que uma rápida viagem de reconhecimento a uma área de alunagem em particular, em virtude da contenção de custos de todo o Projeto Apollo. O prazo final dado em 1962 pelo Presidente John Kennedy para uma alunagem tripulada - fim da década de 60 - havia forçado a NASA a desenvolver o mais simples hardware capaz de completar uma missão de alunagem e foi devido às equipes de construtores que, na época destas missões, as tripulações pudessem passar três dias na Lua e tivessem o rover lunar para ampliar o seu alcance na superfície. Não havia mais nenhuma esperança de fazer algo, além de arranhar a superfície lunar e produzir um esboço da história geológica da Lua.
No final da missão Apollo XVII, havia amostras suficientes de lava das regiões montanhosas, para que os geólogos estivessem confiantes de terem entendido como as grandes bacias lunares, como o Mar da Serenidade, haviam sido criadas pelos impactos de meteoros, como as montanhas se tinham erguido e como os 'maria' (de lava, arrefecida durante milhões de anos na superfície lunar, se haviam formado pelas erupções de lava que venham de tempos em tempos do interior do satélite. E havia detalhes intrigantes, os quais, se não foram completamente explicados, pareciam ser consistentes com as ideias gerais. Se, por exemplo, alguns geólogos se desapontaram com o facto de não terem encontrado evidências de vulcanismo em qualquer das áreas de alunagem das Apollo, a descoberta dos solos negro e alaranjado na cratera Shorty – combinado com o subsequente mapeamento feito em órbita por Schmitt, de regiões similares por todos os lugares em volta das bordas do Mar da Serenidade – tornou fácil para os geólogos descreverem a fase de formação dos 'maria' (plural de mare) na evolução lunar.
Eugene Cernan gostava de descrever a Apollo XVII como 'o fim do começo' e, certamente, de uma perspectiva científica, a Apollo foi um começo maravilhoso.
Como estavam capacitados pelas experiências das missões anteriores, Cernan e Schmitt ficaram com todos os recordes de tempo gasto na superfície, distância percorrida, números de amostras recolhidas e quantidade de fotografias tiradas; as experiências anteriores lhes deram confiança em suas habilidades para fazer um trabalho bem feito. Como as outras tripulações, eles aprenderam rapidamente como tirar proveito das condições do ambiente lunar. Então, apesar do facto que equipamentos e procedimentos mais eficazes ainda serão produzidos no futuro para tornar possível a condução de operações lunares de maneira mais efetiva, há muito o que ainda pode ser aprendido com a experiência das missões Apollo.
in Wikipédia

sexta-feira, dezembro 07, 2012

A última missão Apollo que levou homens à Lua foi lançada há 40 anos

Harrison Schmitt no solo lunar

Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.
                                               Apollo XVII                                                         
Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 7 de dezembro de 1972
Cabo Kennedy
Alunissagem 11 de dezembro de 1972
Taurus-Littrow
Aterrissagem 19 de dezembro de 1972
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 d 13 h 51 m 59 s
Imagem da tripulação
Esq. p/ dir: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)
Esq. p/ dir: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)


Factos marcantes
  • Schmitt e Cernan andaram 34 km no solo da Lua de jipe lunar. Schmitt foi o primeiro cientista-geólogo a viajar para a Lua para pesquisar seu solo. Uma das descobertas científicas desta missão foi a existência de solo cor de laranja no satélite.


  •   Foi nesta missão que foi tirada a famosa foto "Pequena Bola Azul", em que aparece o disco azulado da Terra de forma nítida, amplamente divulgada, e que teve um impacto muito grande para o aparecimento de uma cultura ecológica nos anos seguintes.
  • Os astronautas deixaram na Lua uma placa que diz: Here Man completed his first exploration of the Moon, December 1972 A.D. May the spirit of peace in which we came be reflected in the lives of all mankind (Aqui os homens completaram sua primeira exploração da Lua, dezembro de 1972. Possa o espírito de paz no qual viemos, refletir-se nas vidas de toda a Humanidade).

domingo, março 18, 2012

O geólogo e astronauta James Reilly nasceu há 58 anos


Nacionalidade norte-americano
Nascimento 18 de Março de 1954 (58 anos)
Base Aérea de Mountain Home, EUA
Missões STS-89, STS-104, STS-117

James Francis Reilly II (Base Aérea de Mountain Home, Idaho, 18 de março de 1954) é um astronauta e geólogo norte-americano, veterano de três missões no espaço do programa do Vaivém Espacial.
Graduado com bacharelado, mestrado e doutorado em Geociências, Reilly é oficial da reserva da Marinha dos Estados Unidos. Como geólogo, participou de expedições científicas à Antártida e trabalhou para empresas particulares de exploração de minérios e prospecção de gás e petróleo do fim dos anos 1970 ao começo dos anos 1990. Paralelamente, participou de projetos de pesquisa biológica em águas profundas, passando 22 dias submerso em veículos de pesquisa marinha em grande profundidade, operados por institutos oceanográficos e pela marinha americana.
Selecionado pela NASA em 1994, Reily completou um ano de treino no Centro Espacial Johnson, em Houston, e foi qualificado como especialista de missão em voos orbitais. Foi ao espaço pela primeira vez em 1998 na nave Endeavour e novamente em 2001 na missão STS-104, trabalhando tanto na Estação Espacial Internacional quanto na estação russa Mir. Nestas duas primeiras missões, acumulou um total de 517 horas em órbita, incluindo três caminhadas no espaço.
Em 8 de junho de 2007 subiu ao espaço pela terceira vez na missão STS-117 Atlantis, para uma missão de treze dias na ISS, que instalou os grandes painéis solares da estação.


NOTA: num blog de Geologia há que recordar que os geólogos são dos raros civis (em conjunto com os médicos) que são bastante apreciados como astronautas - aproveitemos para recordar que o último homem que teve a honra de pisar a Lua, faz este ano quarenta anos, foi um geólogo: Harrison Schmitt.