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segunda-feira, setembro 25, 2023

terça-feira, dezembro 14, 2010

Os maravilhosos resultados PISA 2009 - um contributo para a sua compreensão

(imagem daqui)

Exmos. Srs.: Jornalistas:
Cansada de ouvir elogios aos resultados do PISA 2009, transcrevo abaixo carta com aviso de recepção enviada aos serviços centrais do PISA em Bruxelas, que questiona a seleção aleatória de alunos que deveria ter acontecido, e que nunca mereceu qualquer resposta. Na altura tentei também fazer chegar esta minha preocupação aos media, sem sucesso.
Confrontada com os resultados agora divulgados estou firmemente convencida que houve manipulação dos alunos selecionados, ou seja, estando o Ministério da Educação na posse informatizada das classificações anteriores dos alunos, selecionou os que entendeu por melhor. Desafio os srs. jornalistas a ir junto das turmas e dos alunos selecionados no 10º ano, na Escola ****************, em ************, confirmarem que as amostras escolhidas para serem analisadas estão longe de aleatórias; e junto do Secretariado do PISA confirmar se alguma medida de fiscalização foi tomada.
Possuo ainda o aviso de recepção.
Obrigada pela vossa atenção
.
Eis a carta:
“Lisbon, May 25, 2009
Subject: Portugal students selection for Pisa 2009
Dear Sir/Madam:
Having sent the email below on May 7th, and getting no answer, I’ve decided to write you to make sure that some checking procedures were taken to evaluate whether or not, students were chosen by chance, on the 10th grade, to perform Pisa tests 2009 in Portugal.
The reason why I’m writing directly to you, and not through any Portuguese authorities, is that the person chosen to lead Pisa process in Portugal is the same which is been widely criticized, by teachers organizations in subjects such as maths, physics, and Portuguese, over the last two or three years, because of lack of quality – specially scientific level of questions asked (too low) – of Portuguese internal nacional tests performed by GAVE (the organism this person represents).
This organism has actively manipulated internal tests results, and might be preparing to do the same to external tests, such as Pisa. Although this might improve Portugal image externally, it’s irresponsible and leads to disaster in productivity results and general achievements of future generations.
Kind regards,
********************************
.

From: ***********************
Sent: Thursday, May 07, 2009 4:00 PM
To: edu.pisa@oecd.org
Subject: Portugal students selection for Pisa 2009
Dear Sir/Madam:
My name is ******************** and I’m a teacher in a secondary level scholl in Portugal, in a city called ******************. The scholl name is *****************************
I teach to three of the six 10th grade classes where students where pick to do the Pisa test on April 29th. When I was consulting the list of students invited to do the test, I was surprised by the fact that none of the students where low level students, and more, in fact best students in each of the three classes where always invited. This made me wonder wether or not portuguese autorities where in fact respecting the instructions and procedures regardind students selection.
Considering Pisa is the only precious external evaluation of its type taken by portuguese school system, I would appreciate if the Secretariat could check that in fact random criteria where taken, and not, for instance, school results in the last school year.
Kind regards

in A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote

terça-feira, dezembro 07, 2010

A ética republicana e socialista - versão negros preços dos medicamentos

Interessa a quem?

Este fim-de-semana desloquei-me à farmácia para aviar um medicamento que tomo com regularidade mediante receita médica. Olhei para a embalagem, para confirmar a dosagem e verifiquei que na etiqueta de barras o preço de venda estava pintado a preto. Questionei a farmacêutica porque razão o preço não estava indicado. Respondeu-me na ponta da língua com um decreto-lei do governo e foi dizendo que também ela não percebia porque razão o utente tinha deixado de ter o direito a ler o preço na embalagem.

Estive a ler o dito decreto-lei e francamente que não consigo entender o que li:

"Finalmente, o presente decreto-lei permite que seja eliminada da embalagem de medicamentos a indicação dos preços de venda ao público, apenas nos casos dos medicamentos sujeitos a receita médica comparticipados, quando o utente beneficie da comparticipação. Nestes casos, garante -se ao utente a correcta informação sobre o preço dos medicamentos no momento de dispensa nas farmácias, em que é emitida a factura. (...) A prossecução de todas estas medidas visa, no fundo, a sustentabilidade do SNS, através de um sistema de comparticipação do Estado nos medicamentos mais adequado e que garanta a efectiva acessibilidade dos cidadãos com menos rendimentos a medicamentos de qualidade, eficazes e seguros e a custos comportáveis."


Com mais ou menos comparticipação ou sem ela, a informação do preço é um direito elementar dos consumidores. Numa altura em que há uma preocupação crescente de defesa dos direitos e interesses dos consumidores, que são sempre o elo mais fraco da cadeia de valor, designadamente o direito à informação sobre os preços e as condições de venda dos bens e serviços, não se compreende a decisão do governo, nem tão pouco os seus argumentos. Acresce o facto de o medicamento não ser um produto qualquer. Pelo contrário, é um produto com exigências económicas, técnicas e éticas especiais, consumido por milhões de pessoas e que movimenta uma factura de centenas de milhões de euros. Sem preço não é possível a comparabilidade de preços e não resulta claro o nível de comparticipação e o custo final para o consumidor. Esconder o preço interessa a quem?

in 4R - post de Margarida Corrêa de Aguiar

sábado, outubro 30, 2010

Uns comem o marisco, os outros pagam a conta - notícia completa

Pagam por sandes em festa da GNR


Rui Pereira presidiu à inauguração do Quartel de Silves antes do almoço numa marisqueira da cidade

Marisqueira exclusiva para entidades oficiais após inauguração do quartel de Silves.


Acabada a cerimónia de inauguração do quartel da GNR, em Silves, na quarta-feira, seguiu-se o almoço. A refeição foi servida na marisqueira Rui, mas foi exclusiva para as entidades oficiais. Aos militares foi servido um lanche, com sandes, mas cada um teve de pagar 2,80 €.

Foram 25 os participantes no almoço, onde foi servido arroz de marisco. Entre eles, o ministro Rui Pereira, que presidiu à inauguração. A conta ficou a cargo da câmara.

"Fomos contactados pelo Governo Civil para saber se oferecíamos o almoço", conta a presidente da autarquia, Isabel Soares. "Apesar da contenção, aceitámos por ser no nosso concelho", explica, referindo que a lista de convidados foi feita "depois de consultado o Governo Civil e a GNR".

Aos militares que trabalham no Quartel, por iniciativa do comandante, foi servido um lanche, a meio da tarde, mas cada um teve de pagar a sua parte. "Na crise actual, a população portuguesa pode tirar as suas conclusões deste caso", comentou ao CM a delegação sul da Associação Profissional da Guarda. "É elucidativo do País. Quem tem menos é que paga", disse, por seu lado, José Alho, da Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda. 

in CM - ler notícia

sexta-feira, outubro 29, 2010

Uns comem o marisco, os outros pagam a conta...

Cartoon de Antero (Blog Anterozóide )


Ainda sem link para a notícia completa, aqui fica a estória: na inauguração do quartel de Silves da GNR o Ministro foi comer, sem pagar, um generoso Arroz de Marisco com as individualidades presentes - os soldados tiveram direito a um tardio lanche de sandes pagas (a 2,8 euros a dose...). Se era para pagar o marisco, acho pouco, mesmo que os desgraçados tenham repetido - devia ser bastante mais, para os que pagam sempre se irem habituando.



ADENDA: a notícia já está completa no site do CM - e vale a pena ler...

domingo, outubro 10, 2010

Roubar, vilanagem


PSP e GNR obrigadas a pagar mais ao Estado que a privados

Governo criou empresa pública para gerir helicópteros e obrigou as forças e organismos de segurança a pagar um serviço que, no privado, sairia por menos de metade do valor.

O Governo criou uma empresa para gerir os meios aéreos das forças e serviços de segurança mas, por falta de verba, obrigou cada força a pagar todo os encargos do contrato. Só a GNR e a PSP têm de pagar, cada uma, mais um milhão de euros por ano num pacote de horas que, no serviço privado, custa menos de metade (366 650 euros).

O contrato de prestação de serviços, a que o DN teve acesso, foi celebrado em Outubro de 2008, um ano depois de criada a Empresa de Meios Aéreos (EMA), e obriga a GNR, PSP, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a só solicitarem serviços aéreos aquela entidade.

GNR e PSP têm de pagar um milhão de euros (mais 21% de IVA) por um serviço que inclui 71 horas, de voo do helicóptero Ecureuil B3, e 114 horas do russo Kamov 32A 11BC. Já ANSR tem de pagar dois milhões de euros e o SEF, 1,5 milhões (perfazendo 5,5 milhões de euros anuais, mais IVA). Um valor muito mais elevado que o praticado nas empresas privadas.

Contactada pelo DN, fonte da empresa HeliPortugal referiu que o preço por hora de um Ecureuil é de 1150 euros (mais IVA) e de um equivalente ao Kamov, para transporte de 15 passageiros, ronda os 2500 euros. Ou seja, num pacote com as mesmas horas, GNR e PSP gastariam apenas 366 650 euros (mais IVA), menos de metade.

"Um valor acrescido quando há equipamento de combate aos fogos, rondando os 4500 euros por hora no caso do Kamov", referiu a fonte. Ainda assim, menor que o cobrado pela EMA por cada hora extra. Segundo o contrato, uma hora de voo (não fraccionável) adicional num Kamov custa 5299,07 euros e num Ecureuil 3463,05.

Este ano, apurou o DN junto de fonte policial, a GNR vai pagar à EMA 1 ,4 milhões de euros (IVA incluído), devido a 30 horas de voo extras no Ecureuil. É que, segundo uma outra fonte policial, é este o helicóptero mais usado pelos militares. Por outro lado, sobraram horas contratadas no Kamov, mas terão de ser pagas igualmente.

"Se pudéssemos recorrer a uma empresa privada, só pagaríamos as horas gastas e escolhíamos o helicóptero que melhor nos servisse", critica a mesma fonte. O que seria uma grande poupança no orçamento da Guarda.

De acordo com o contrato, servem os seis Kamov e os três Ecureuil da EMA para "missão primária de prevenção e combate a incêndios florestais, vigilância de fronteiras, recuperação de sinistrados, segurança rodoviária, apoio às forças e serviços de segurança, protecção e socorro".

Mas, na prática, só a GNR tem competência para o combate inicial aos fogos. E os meios usados pelo Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro são da Autoridade Nacional de Bombeiros e Protecção Civil - no âmbito de um outro contrato com a EMA e com outras empresas privadas nacionais e internacionais. Logo, horas de combate aos fogos não entram nas contas. Restam as outras missões.

Segundo o porta-voz da Direcção Nacional da PSP, Paulo Flor, estes meios servem para apoio em operações em bairros problemáticos da Grande Lisboa, prevenção do trânsito e "monitorização do espaço aéreo" - dando como exemplo a derrocada na CREL que obrigou a desvios de trânsito. Foram ainda usados na visita do Papa a Portugal, tal como serão na Cimeira da NATO, em Novembro. O DN contactou a EMA para perceber os contornos do contrato, explicações para os preços e saber quando é que um dos seus meios aéreos - que se despenhou em 2007 em Melgaço - será substituído. A EMA recusou responder, remetendo o DN para o Ministério da Administração Interna. Também este não deu qualquer resposta até ao fecho do jornal. O mesmo fez o SEF e a ANSR.

O Governo adquiriu meios aéreos para evitar recorrer aos privados, cujos preços não conheciam concorrência. No entanto, parte da frota actual da EMA é alugada a empresas como a HeliPortugal.


in DN - ler notícia

terça-feira, agosto 11, 2009

Eu gosto deste governo

Não, não é a Comissão Liquidatária presidida por um mentiroso pseudo-engenheiro - é DESTE.

valter hugo mãe, escritor, estreia-se com vocalista dos "governo". Ouçam-no, aqui, em "meio bicho e fogo".
Dos governo fazem parte António Rafael e Miguel Pedro (dos Mão Morta), Henrique Monteiro (dos Mécanosphère) e valter hugo mãe, na voz. Este duplo CD* custa apenas 4 euros e os lucros revertem a favor da AMI, para combate à info-exclusão.
valter hugo mãe, neste governo, não só escreveu os poemas como os interpreta.

* compilação "novos talentos fnac 2009"