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quinta-feira, janeiro 18, 2024

Saudades de Ary...

 

Desfolhada Portuguesa - Simone de Oliveira
      

Corpo de linho
Lábios de mosto
Meu corpo lindo
Meu fogo posto
Eira de milho
Luar de Agosto
Quem faz um filho
Fá-lo por gosto

É milho-rei
Milho vermelho
Cravo de carne
Bago de amor
Filho de um rei
Que sendo velho
Volta a nascer
Quando há calor

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Minha raiz de pinho verde
Meu céu azul tocando a serra
Oh minha mágoa e minha sede
Oh mar ao sul da minha terra

É trigo loiro
É além tejo
O meu país
Neste momento
O sol o queima
O vento o beija
Seara louca em movimento

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Olhos de amêndoa
Cisterna escura
Onde se alpendra
A desventura
Moira escondida
Moira encantada
Lenda perdida
Lenda encontrada

Oh minha terra
Minha aventura
Casca de noz
Desamparada
Oh minha terra
Minha lonjura
Por mim perdida
Por mim achada

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal
De madrugada
Amor amor, amor amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada

 

Hoje é dia de cantar Ary dos Santos...

 

Meu Amor, Meu Amor
Poema de Ary dos Santos
Música de Alain Oulman

   
  

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

 

NOTA: Lhasa de Sela também contou esta música:

 

 


quinta-feira, dezembro 28, 2023

Salvador Sobral comemora hoje trinta e quatro anos


Salvador Thiam Vilar Braamcamp Sobral (Lisboa, 28 de dezembro de 1989) é um cantor português.

Venceu o Festival Eurovisão da Canção 2017, com a pontuação histórica (a mais elevada de sempre, atribuída a uma canção vencedora) de 758 pontos, trazendo pela primeira vez o troféu da Eurovisão para Portugal, após vencer o Festival RTP da Canção 2017 com a música Amar pelos Dois, da autoria da sua irmã, Luísa Sobral

 

 


quinta-feira, dezembro 21, 2023

Carlos do Carmo nasceu há oitenta e quatro anos...

  
Carlos do Carmo, nome artístico de Carlos do Carmo de Ascensão de Almeida (Lisboa, 21 de dezembro de 1939Lisboa, 1 de janeiro de 2021), foi um cantor e intérprete de fado português.
  

 


terça-feira, outubro 24, 2023

Madalena Iglésias nasceu há 84 anos...

      

Madalena Iglésias, de nome completo Madalena Lucília Iglésias do Vale de Oliveira Portugal (Lisboa, 24 de outubro de 1939Barcelona, 16 de janeiro de 2018), foi uma cantora portuguesa.
Venceu o Festival RTP da Canção de 1966 com "Ele e Ela". A par de Simone de Oliveira, tornou-se numa das vozes mais importantes do chamado nacional-cançonetismo, que dominou a música nacional na década de 60.

     

 


segunda-feira, maio 15, 2023

Música adequada à data...

Paulo de Carvalho nasceu há 76 anos

(imagem daqui)
   
Manuel Paulo de Carvalho da Costa (Lisboa, 15 de maio de 1947) é um cantor português.
Filho de Aureliano Bragança da Costa e de sua mulher, Adriana de Carvalho, Paulo de Carvalho começou como baterista. Em 1963 foi um dos fundadores dos Sheiks.
       

 


quarta-feira, março 29, 2023

Fernando Tordo - 75 anos...!

    
Fernando Travassos Tordo (Lisboa, 29 de março de 1948) é um cantor e compositor português. Compôs algumas das músicas mais emblemáticas do cancioneiro da língua portuguesa com o poeta José Carlos Ary dos Santos entre elas "Tourada", "Estrela da Tarde", "Lisboa Menina e Moça", "Cavalo à Solta", "Balada para os Nossos Filhos" e "O amigo que eu canto". Os seus temas são cantados por intérpretes como Carlos do Carmo, Mariza, Carminho, Amor Electro e Simone de Oliveira, entre outros. Venceu também o Festival RTP da Canção, em 1973 com "Tourada" e, em 1977, com "Portugal no Coração". É considerado uma figura tutelar da música portuguesa, pela extensão e originalidade da sua obra.
    

 


Cavalo à solta - Fernando Tordo

Minha laranja amarga e doce
Meu poema feito de gomos de saudade
Minha pena pesada e leve
Secreta e pura
Minha passagem para o breve
Breve instante da loucura
  
Minha ousadia, meu galope, minha rédea,
Meu potro doido, minha chama,
Minha réstia de luz intensa, de voz aberta
Minha denúncia do que pensa
Do que sente a gente certa
  
Em ti respiro, em ti eu provo
Por ti consigo esta força que de novo
Em ti persigo, em ti percorro
Cavalo à solta pela margem do teu corpo
   
Minha alegria, minha amargura,
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha laranja amarga e doce
Minha espada, poema feito de dois gumes
Tudo ou nada
Por ti renego, por ti aceito
Este corcel que não sossego
À desfilada no meu peito
   
Por isso digo canção, castigo
Amêndoa, travo, corpo, alma
Amante, amigo
Por isso canto, por isso digo
Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo
   
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura

sábado, fevereiro 11, 2023

Música adequada à data...!

 

Desfolhada Portuguesa - Simone de Oliveira
      

Corpo de linho
Lábios de mosto
Meu corpo lindo
Meu fogo posto
Eira de milho
Luar de Agosto
Quem faz um filho
Fá-lo por gosto

É milho-rei
Milho vermelho
Cravo de carne
Bago de amor
Filho de um rei
Que sendo velho
Volta a nascer
Quando há calor

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Minha raiz de pinho verde
Meu céu azul tocando a serra
Oh minha mágoa e minha sede
Oh mar ao sul da minha terra

É trigo loiro
É além tejo
O meu país
Neste momento
O sol o queima
O vento o beija
Seara louca em movimento

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Olhos de amêndoa
Cisterna escura
Onde se alpendra
A desventura
Moira escondida
Moira encantada
Lenda perdida
Lenda encontrada

Oh minha terra
Minha aventura
Casca de noz
Desamparada
Oh minha terra
Minha lonjura
Por mim perdida
Por mim achada

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal
De madrugada
Amor amor, amor amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada

 

Simone de Oliveira faz hoje 85 anos...!

(imagem daqui)

    
Simone de Macedo e Oliveira (Lisboa, 11 de fevereiro de 1938) é uma cantora, apresentadora e atriz portuguesa.
 
Vida
Filha de Guy de Macedo de Oliveira, falecido em Lisboa em 1970, e da sua mulher Maria do Carmo Tavares Lopes da Silva, neta paterna de Egídio de Macedo de Oliveira, nascido em São Tomé e falecido em Lisboa, de ascendência portuguesa e são-tomense (descendente do primeiro e único proclamado Rei de São Tomé e Príncipe), e de sua mulher Jeanette Prado Pluvier, nascida em Bruxelas e falecida em Lisboa, em 1948, de ascendência belga e portuguesa, cresceu em Lisboa com sua irmã Olga Maria de Macedo de Oliveira. Na sequência de uma depressão, aos 19 anos, o médico aconselhou-a a distrair-se tendo optado por matricular-se no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional. Começou por se apresentar nos programas de Motta Pereira.
Casou primeira vez com o eng.º António José Coimbra Mano, nascido na Figueira da Foz, a 13 de janeiro de 1930, de quem teve uma filha e um filho.
A estreia da cantora em público ocorreu em janeiro de 1958, no primeiro Festival da Canção Portuguesa, realizado no cinema Império, em Lisboa. Nos dois anos seguintes iria vencer esse mesmo Festival.
Em 1959, a editora Alvorada lança um EP com 4 artistas. Simone de Oliveira aparece com a canção "Sempre que Lisboa Canta". É lançado também um EP com os temas "Amor à Portuguesa" (La Portuguesa), "Tu", "Nos Teus Olhos Vejo o Céu" (Nel Blu Dipinto di Blu) e "Tu e Só Tu" (Love Me For Ever).
Estreia-se no teatro de revista em 1962. Vence também, nesse ano, o Festival da Canção da Figueira da Foz.
Recebe o Prémio de Imprensa do ano de 1963.
Em 1964 grava um EP com os temas "Canção Cigana", "Sempre Tu Amor", "Quero e Não Quero" e "Alguém Que Teve Coração".
Na 1ª edição do Grande Prémio TV da Canção Portuguesa Festival RTP da Canção fica em 3º lugar com "Olhos Nos Olhos". "Amar É Ressurgir", o outro tema apresentado, fica em 8º lugar.
António Calvário e Simone gravam um EP com versões do filme "My Fair Lady".
Em março de 1965 recebe o Prémio de Imprensa de 1964 para melhor cançonetista. Vence o Festival RTP da Canção de 1965 com o tema "Sol de Inverno", de Nóbrega e Sousa e Jerónimo Bragança, enquanto "Silhuetas Ao Luar" fica em 4º lugar. Representa Portugal no Festival da Eurovisão realizado em Nápoles. É eleita Rainha da Rádio.
É editado o EP "IV Festival da Canção Portuguesa" com os temas "Nem Eu Nem Vocês", "Se Tu Queres Saber Quem Sou", "Quando Será" e "Canção do Outono" e o EP "Praia de Outono" onde é acompanhada pelo Thilo's Combo e pela Orquestra de Jorge Costa Pinto. Lança também alguns discos com versões da banda sonora do filme "Música No Coração". Além do tema "Música No Coração" grava canções como "Onde Vais" (Edelweiss), "As Coisas De Que Eu Gosto" e "Dó-ré-mi".
Participa com "Começar de Novo", de David Mourão Ferreira e Nóbrega e Sousa, no primeiro Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro, realizado em 1966. Amália Rodrigues fez parte do júri e escolheu Simone de Oliveira como representante de Portugal.
Ainda em 1966, Simone grava uma versão de "A Banda" de Chico Buarque e faz parte do elenco do musical "Esta Lisboa Que Eu Amo" que esteve em cena no Teatro Monumental.
Lança um EP com "Marionette", uma versão de "Puppet On A String" de Sandie Shaw, e "Esta Lisboa Que Eu Amo". Lança também o disco "A Voz e os Êxitos" que inclui uma versão de "Yesterday" dos Beatles, entre outros temas.
Amália Rodrigues inicia uma temporada no Olympia, em França, como primeira figura do espectáculo Grand Gala du Music-Hall Portugais, inteiramente composto por um elenco português. Simone de Oliveira é um dos nomes convidados ao lado do Duo Ouro Negro, Carlos Paredes, entre outros.
Concorre ao Grande Prémio TV da Canção de 1968 com os temas "Canção Ao Meu Piano Velho" e "Dentro de Outro Mundo".
É editado um EP com os temas "Viva O Amor", "Nos Meus Braços Outra Vez", "Quando Me Enamoro" e "Para Cada Um Sua Canção" e outro com os temas "Cantiga de Amor", "Amanhã Serás O Sol" e "Não Te Peço Palavras".
Lança um disco com os temas "Aqueles Dias Felizes", "Pingos de Chuva" e "Fúria de Viver".
É em 1969 que Simone vence o Festival RTP da Canção, com o maior êxito da sua carreira - "Desfolhada Portuguesa", da autoria de José Carlos Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes, com orquestração do maestro Joaquim Luís Gomes e direção de orquestra por Ferrer Trindade.
Perde a voz, um incidente que se prolongará por cerca de dois anos. Nesta fase aceita tudo o que lhe oferecem para sobreviver. Desde o jornalismo, à rádio, à locução de continuidade ou à apresentação do concurso Miss Portugal e de espetáculos no casino da Figueira da Foz. Recupera do problema que lhe tinha afetado as cordas vocais: a voz era mais grave, mas podia continuar a cantar.
Grava um EP com temas de José Cid. O tema principal é "Glória, Glória Aleluia" que Tonicha levou ao 1º Festival da OTI.
Participa no Festival RTP da Canção de 1973 com "Apenas O Meu Povo", onde recebe o Prémio de Interpretação.
A sua carreira estava marcada por músicas e letras compostas por autores de qualidade, muitos deles antifascistas. Isso ajuda a que, após o 25 de Abril de 1974, continue a sua carreira e participe em revistas como "P'ra Trás Mija a Burra".
Em 1977 é convidada para participar no espetáculo do Jubileu de Isabel II do Reino Unido.
Vence o 1º prémio de interpretação do Festival da Nova Canção de Lisboa, de 1979, com "Sempre Que Tu Vens É Primavera".
Em 1980 representa Portugal no Festival da OTI, em Buenos Aires, com "À Tua Espera". Durante os ensaios a orquestra levantou-se para a aplaudir. Arrecadaria o prémio de interpretação do Festival Ibero-Americano da Canção.
O álbum Simone é editado em 1981. Para este disco grava "À Tua Espera" e "Quero-te Agradecer", da dupla Tozé Brito e Pedro Brito, e temas de António Sala ("Auto-retrato"), Paulo de Carvalho ("Canção") e Varela Silva ("Espetáculo"). Outros temas são as versões de "Pela Luz Dos Olhos Teus" de Vinícius de Morais e Tom Jobim e "Il S'en Va Mon Garçon" de Gilbert Bécaud. Anteriormente já gravara temas como "Reste" e "C'est Triste Venice".
No teatro faz de "Genoveva" na peça "Tragédia da Rua das Flores" baseada na obra homónima de Eça de Queirós. Participa também na série "Gente Fina É Outra Coisa" da RTP, onde contracena com nomes como Nicolau Breyner e Amélia Rey Colaço.
Comemora as bodas de prata da sua carreira com o programa televisivo "Meu Nome é Simone".
O disco Simone, Mulher, Guitarra, editado em 1984, é uma incursão da cantora no fado, com produção de Carlos do Carmo. Cinco dos temas pertencem a José Carlos Ary dos Santos e os restantes são de Luís de Camões ("Alma Minha Gentil Que Te partiste"), Fernando Pessoa ("Quadras"), Cecília Meireles ("Canção"), Florbela Espanca ("Amiga, Noiva, Irmã") e Miguel Torga ("Prece").
Em 1988 apresenta o programa de televisão "Piano Bar" da RTP.
Em 1988 ainda, Simone venceu um cancro de mama, passando a ser reconhecida também por tal, dado a ser uma doença ainda bastante dizimatória nesse tempo. É a viúva do ator Varela Silva.
Faz parte do elenco do musical "Passa por Mim no Rossio" (1991).
Em 1992 é editado o álbum Algumas Canções do Meu Caminho. Apresenta este espetáculo ao vivo no Teatro Nacional São João, TEC e no Funchal.
Filipe La Féria convida Simone para "Maldita Cocaína" de 1993.
Em 1997 celebra os seus 40 anos de carreira com um espetáculo na Aula Magna, de Lisboa. É lançado o duplo CD Simone Me Confesso. O espetáculo "Simone Me Confesso" é apresentado na Expo-98.
O álbum Mátria de Paulo de Carvalho, editado em 1999, com letras de várias mulheres portuguesas, inclui um tema com letra de Simone.
Em 2000, Simone de Oliveira participa no tema "Sem Plano" dos Cool Hipnoise. O convite surgiu após se terem conhecido em Beja, numa comemoração do dia mundial do livro.
"Kantigamente" é o nome do espetáculo apresentado no São Luiz, com produção de Fátima Bernardo (Casa das Artes). Os discos Simone e Simone, Mulher, Guitarra foram reeditados, em abril de 2003, pela Universal. Em julho de 2003 é editado o livro "Um País Chamado Simone" (Garrido Editores) do jornalista Nuno Trinta de Sá. Trata-se da segunda biografia depois de "Eu Simone Me Confesso" de Rita Olivais.
Em 2003 lança o livro "Nunca Ninguém Sabe" (Publicações D. Quixote) onde relata a sua luta contra o cancro da mama.
Simone grava um CD e um DVD, ambos com o nome Intimidades, que registam dois dias de espectáculos ao vivo, no Auditório do Fórum Cultural da Cidade do Seixal, acompanhada por José Marinho (piano) e Andrzej Michalczyk (violoncelo).
No ano 2008 Simone integra o elenco da nova versão de Vila Faia na RTP, onde vai encarnar Efigénia dos Santos Marques Vila, papel que na versão anterior era desempenhado pela atriz Mariana Rey Monteiro. No dia 25 de fevereiro Simone comemorou os 50 anos de carreira, num grandioso concerto no Coliseu de Lisboa.
Simone de Oliveira tem dois filhos, Maria Eduarda e António Pedro. Casou segunda vez com o ator Varela Silva. Recebeu vários prémios de que destaca os Prémios de Imprensa, Popularidade, Interpretação e ainda o Prémio Pozal Domingues. Foi condecorada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a 7 de Março de 1997.
Em 2007, Simone comemorou os seus 50 anos de carreira fazendo o seu primeiro Coliseu, já em 2008, com o espetáculo "Um País chamado Simone".
É editada a compilação Perfil com os seus maiores sucessos.
No Festival da Canção de 2010 subiu ao palco do Campo Pequeno onde interpretou a sua Desfolhada, vestindo inclusive o mesmo vestido que vestira 40 anos antes quando venceu o Festival da Canção de 1969, um momento único que emocionou a todos os que assistiram.
Em 2011, na XVI edição dos Globos de Ouro (Portugal), recebeu das mãos do Dr. Pinto Balsemão o Globo de Ouro Mérito e Excelência. Simone, visivelmente surpresa e emocionada, foi aplaudida de pé por todo o Coliseu de Lisboa durante vários minutos, toda uma carreira dedicada a cultura e ao seu país era assim de novo agraciada e reconhecida.
    
Atriz
A nível do teatro, Simone estreou-se nos anos 60 ainda como atração de revista, posteriormente no início dos anos 70 deu início, na peça "O Contrato" (dirigida por Ribeirinho), ao desenvolvimento das suas características de actriz, tendo na peça A Tragédia da Rua das Flores, atingido um enorme sucesso de público e de crítica, revelando as suas potencialidades de actriz dramática. Participou no Teatro Nacional D. Maria II na peça "Passa por mim no Rossio" e no Teatro Politeama em Maldita Cocaína. Já nos primeiros anos do século XXI encarnou as personagens de Marlene Dietrich e Alma Mahler-Werfel (2003, Convento dos Inglesinhos, Lisboa). Atualmente, encontra-se com o seu espetáculo em digressão, "Conversas de Camarim", espetáculo de homenagem a poetas e a gente do teatro na companhia de Vítor de Sousa e Nuno Feist.
Em homenagem às cantoras da década de 60 (Madalena Iglésias e Simone de Oliveira), a sua personalidade foi retratada na peça musical What happened to Madalena Iglésias" de Filipe La Féria.
Simone de Oliveira participou em pelo menos seis filmes, mas num só como voz.Simone de Oliveira tem participação em várias telenovelas e em séries televisivas.
Na televisão apresentou nos anos oitenta do século XX o programa Piano Bar e fez vários programas da RTP Internacional. Foi ainda membro do júri da 1ª edição do concurso Chuva de Estrelas da SIC. Participou em 2009 no programa Fátima como comentadora e na SIC ao vivo como entrevistadora. No ano de 2011 participou na sitcom da RTP "A Sagrada Família".
Em homenagem às cantoras da década de 1960 (Madalena Iglésias e Simone de Oliveira), a sua personalidade foi retratada na peça musical What happened to Madalena Iglésias" de Filipe La Féria.
Em setembro de 2017 estreou o espetáculo Simone, o musical que conta com a própria Simone e outras cantoras e atrizes que fazem dela própria.
  

 


quarta-feira, janeiro 18, 2023

Hoje é dia de ouvir a poesia de Ary dos Santos ser cantada

 

Meu Amor, Meu Amor
Poema de Ary dos Santos
Música de Alain Oulman

   
  

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

 

NOTA: Lhasa de Sela também contou esta música:



Ary dos Santos morreu há 39 anos...

(imagem daqui)
    
José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na história da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções participantes no Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
  

 


Desfolhada Portuguesa - Simone de Oliveira
      

Corpo de linho
Lábios de mosto
Meu corpo lindo
Meu fogo posto
Eira de milho
Luar de Agosto
Quem faz um filho
Fá-lo por gosto

É milho-rei
Milho vermelho
Cravo de carne
Bago de amor
Filho de um rei
Que sendo velho
Volta a nascer
Quando há calor

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Minha raiz de pinho verde
Meu céu azul tocando a serra
Oh minha mágoa e minha sede
Oh mar ao sul da minha terra

É trigo loiro
É além tejo
O meu país
Neste momento
O sol o queima
O vento o beija
Seara louca em movimento

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Olhos de amêndoa
Cisterna escura
Onde se alpendra
A desventura
Moira escondida
Moira encantada
Lenda perdida
Lenda encontrada

Oh minha terra
Minha aventura
Casca de noz
Desamparada
Oh minha terra
Minha lonjura
Por mim perdida
Por mim achada

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal
De madrugada
Amor amor, amor amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada

quarta-feira, dezembro 28, 2022

Salvador Sobral faz hoje trinta e três anos


Salvador Thiam Vilar Braamcamp Sobral (Lisboa, 28 de dezembro de 1989) é um cantor português.

Venceu o Festival Eurovisão da Canção 2017, com a pontuação histórica (a mais elevada de sempre, atribuída a uma canção vencedora) de 758 pontos, trazendo pela primeira vez o troféu da Eurovisão para Portugal, após vencer o Festival RTP da Canção 2017 com a música Amar pelos Dois, da autoria da sua irmã, Luísa Sobral

 

 


quarta-feira, dezembro 21, 2022

Saudades de Carlos do Carmo...

Carlos do Carmo nasceu há oitenta e três anos...

  
Carlos do Carmo, nome artístico de Carlos do Carmo de Ascensão de Almeida (Lisboa, 21 de dezembro de 1939Lisboa, 1 de janeiro de 2021), foi um cantor e intérprete de fado português.
  

 


segunda-feira, outubro 24, 2022

Madalena Iglésias nasceu há 83 anos

      

Madalena Iglésias, de nome completo Madalena Lucília Iglésias do Vale de Oliveira Portugal (Lisboa, 24 de outubro de 1939Barcelona, 16 de janeiro de 2018), foi uma cantora portuguesa.
Venceu o Festival RTP da Canção de 1966 com "Ele e Ela". A par de Simone de Oliveira, tornou-se numa das vozes mais importantes do chamado nacional-cançonetismo que dominou a música nacional na década de 60.

     

 


domingo, maio 15, 2022

Paulo de Carvalho - 75 anos...!

(imagem daqui)
   
Manuel Paulo de Carvalho da Costa (Lisboa, 15 de maio de 1947) é um cantor português.
Filho de Aureliano Bragança da Costa e de sua mulher, Adriana de Carvalho, Paulo de Carvalho começou como baterista. Em 1963 foi um dos fundadores dos Sheiks. O sucesso da carreira da banda, a que chamaram «os Beatles portugueses», pôs-lhe fim às veleidades futebolísticas nos juniores do Benfica.
Participa no espetáculo televisivo "A Rua de Elisa" do Duo Ouro Negro.
Em 1968 a tropa pôs fim à banda. Regressado à vida civil fez parte de vários grupos, entre eles a Banda 4, o projecto Fluido e o Thilo´s Combo de Thilo Krassmann.
O EP da Banda 4 é lançado na segunda metade de 1968. Em 1969 formou o grupo de rock psicadélico Fluido com Filipe Mendes (Chinchilas), Edmundo Silva (ex-Sheiks, ex-Banda 4) e Cristiano Semedo (ex-Banda 4). Tratava-se de um projeto músico-cultural com a colaboração de Vasco Noronha e Dórdio Guimarães.
Apesar de nos dois primeiros projetos ser o vocalista principal, só em 1970 inicia uma carreira verdadeiramente a solo, ao ser convidado, por Pedro Osório e Carlos Portugal, para cantar "Corre Nina", no Festival RTP da Canção. Canta "Walk On The Grass" de Manolo Díaz.
Obtém o Prémio Casa da Imprensa para melhor intérprete, pelo seu trabalho de vocalização em "Corre, Nina" e "A Casa da Praia" (este da autoria de Vasco Noronha e Paulo de Carvalho).
Em 1971 fica em segundo lugar no Festival RTP da Canção com "Flor Sem Tempo", da autoria de José Calvário. Colabora também com o grupo Pentágono.
A Phonogram edita, em 1971, o LP "Paulo de Carvalho" com temas dos Fluido gravados em inglês e em Português. O disco inclui "Flor Sem Nome" e "Walk On The Grass" em versões instrumentais dos Sindicato (a banda de Jorge Palma).
A Movieplay lança o álbum "Eu, Paulo de Carvalho, gravado em Madrid, com as faixas "It's Been A Long Time "(Paulo de Carvalho-Vasco Noronha), "Don't Leave Me Alone" (João Gonçalves), "Ana" (Luís Pedro da Fonseca), "Waiting For The Bus" (Manolo Diaz), "Bitter Wine" (Kevin Hoidale), "Keep Your Love Alive" (Kevin Hoidale), "You Must Be Free, Bird" (João Gonçalves), "Walk On The Grass" (Manolo Diaz), "Peter And Paul" (Rui Ressurreição-Isabel Motta) e "A Flower To Be Free" (José Calvário-José Sottomayor).
É lançado o disco coletivo "Festival de Camaradagem" com Paulo de Carvalho, Fernando Tordo, Duo Orpheu e José Carlos Ary dos Santos.
Participa no filme "Perdido Por Cem" de António Pedro Vasconcelos onde interpreta o tema título ["Menina e Moça" no filme].
O cantor decide, em cima da hora, não participar no Festival RTP da canção de 1972 mas ainda lança um single com versões dos temas "Esta Festa das Cidades"e "Vamos Cantar de Pé", apresentados no certame.
Ainda em 1972, participa no VII Festival Internacional do Rio de Janeiro com a canção "Maria, Vida Fria", de José Niza e Pedro Osório. José Afonso também participou nesse festival.
Marca presença, conjuntamente com Tonicha, Teresa Silva Carvalho e com o diretor musical Thilo Krasmann, na 14ª edição da Taça da Europa de Cantares de Knokke.
Em Fevereiro de 1973 participa no Festival RTP da Canção com "Semente".
No verão de 1973 dá-se uma transferência da Movieplay-Procope para a Orfeu-Arnaldo Trindade. Viaja até Madrid para gravar o seu primeiro LP de originais. É editado o single "Animal Farm/I'll Be There With You" com música de Paulo de Carvalho e José Calvário e letras de Kevin Hoidale.
Vence o Festival RTP da Canção de 1974 com E Depois do Adeus, que foi uma das senhas para o Revolução dos Cravos. No Festival da Eurovisão ficou em último lugar, ex-aequo com as canções representantes da Noruega, Alemanha e Suíça.
Escreve o hino do Partido Popular Democrático, a convite de Francisco Sá Carneiro.
Em 1975 regressa ao Festival RTP da Canção com os temas "Com Uma Arma, Com Uma Flor" e "Memória". Obtém o prémio de interpretação no festival de Slantchev Briag, Bulgária.
Entretanto inicia uma parceria com o músico Júlio Pereira de que resultam os álbuns "Não De Costas Mas De Frente" (1975) e "M.P.C.C." (1976).
Em 1976 estreia-se como compositor para outros, com a canção "Lisboa Menina e Moça", celebrizada por Carlos do Carmo.
É um dos fundadores da cooperativa artística "Toma Lá Disco", com Ary dos Santos, Fernando Tordo, Joaquim Pessoa, Carlos Mendes, Luís Vilas Boas, entre outros.
Grava um LP com a colaboração do Trio Araripa, com arranjos do contrabaixista José Eduardo. O disco é editado em 1977.
Entretanto, casara com Fernanda Borges, da qual se divorciara e da qual tem um filho, Paulo Nuno Borges de Carvalho da Costa.
Vence o Festival RTP da Canção de 1977 com Os Amigos. Participa no Festival da OTI 1977, realizado em Madrid, com "Amor Sem Palavras, com texto de Joaquim Pessoa. Colabora também no disco "Discretamente" de Very Nice. Nesse ano casa pela segunda vez, em Lisboa, a 11 de julho, com Teresa Maria Lobato de Faria Sacchetti (Lisboa, Santa Isabel, 3 de Junho de 1952), filha de António de Vilas-Boas Romano e Vasconcelos Barreto Ferraz Sacchetti, representante do título de Visconde da Granja, e de sua mulher Rosa Lobato de Faria, da qual tinha já uma filha, Mafalda Sachetti, nascida a 12 de março. Divorciados, ela casou novamente com Manuel Marques Correia.
Em 1978 grava o álbum "Volume I" que inclui canções como "Nini dos Meus Quinze Anos", "Gostava de Vos Ver Aqui" e "Cab'Verde na Estrela". O disco conta com arranjos de Pedro Osório e colaboração de Fernando Assis Pacheco.
Com nomes como Ary dos Santos, Joaquim Pessoa, Fernando Tordo e Carlos Mendes grava "Os Operários do Natal", uma das mais importantes obras discográficas para crianças que se fizeram em Portugal.
Em 1979 inicia atividade como produtor discográfico e A&R nacional, na editora Nova, para a qual cria a etiqueta Boom (Adelaide Ferreira, Manuela Moura Guedes, etc...).
Os Sheiks regressam em 1979 para uma série de 13 programas da RTP. O grupo grava os discos "Pintados de Fresco" e "Sheiks com Cobertura". Em 1979 grava "Cantar de Amigos" em conjunto com Tózé Brito.
Em março de 1980 obtém o 2º lugar no Festival Internacional de Viña del Mar, Chile, com "Mi Amor Por Ana". No Festival SOPOT da Polónia obtém o prémio para melhor intérprete.
Grava o álbum "Até Me Dava Jeito" com canções como "10 Anos". O disco conta com a participação especial de Rui Veloso.
Assina contrato com a Polygram, a convite de Cláudio Condé e Tózé Brito. Grava em Espanha, com produção de Joni Galvão, o álbum "Abracadabra", com canções como "Executivo" e "Abracadabra".
Em 1982 recebe o prémio da casa da imprensa
Edita "Cabra Cega", gravado novamente em Madrid e com Joni Galvão, onde é acompanhado pelos músicos Carlos Araújo, André Sarbib, Miguel Braga, Zé Rato e Fernando Nascimento. Assim nasce o Quinteto de Paulo de Carvalho.
A compilação "A Arte e a Música de Paulo de Carvalho" é lançada em 1982, reunindo alguns dos êxitos assinados entre os anos de 1971 e 1981.
Com o seu Quinteto, que entretanto passa a integrar Helena Isabel (com a qual acaba por se casar e ter um filho, Bernardo Correia Ribeiro de Carvalho da Costa, em 1987), participa no Festival RTP da Canção de 1984 com o tema "(Já) Pode Ser Tarde".
O álbum "Desculpem qualquer coisinha", de 1985, para o qual convidou o guitarrista Alcino Frazão, inclui o grande sucesso "Meninos de Huambo" de Rui Mingas e Manuel Rui Monteiro. É o primeiro disco de Ouro da sua carreira.
Em 1986 lança novo disco, "Um Homem Português", acompanhado principalmente pela guitarra portuguesa de Alcino Frazão. Inclui "Mesa no café" com poema de Mário de Sá-Carneiro.
Assina com a CBS e grava o disco "Terras da Lua Cheia", com a colaboração de Luís Oliveira. "Prelúdio-Mãe Negra", uma das canções desse disco, tem poema da angolana Alda Lara. Outro dos temas é "Coração Vagabundo" com Carlos do Carmo e a filha, Mafalda Sacchetti, canta em "Quando Eu For Grande".
Em 1989, com Carlos Mendes, Fernando Tordo e Pedro Osório participa em, "Só Nós Três", um dos espetáculos mais importantes da nossa música ligeira.
Em 1991 entra para a UPAV (União Portuguesa de Artistas de Variedades).
Grava o álbum "Gostar de Ti" com temas como "Gaivota", "Deixa Lá O Pior já Passou" e "Para um Amigo". Dos músicos participantes destacam-se Armindo Neves e Paulo Jorge Santos (guitarra portuguesa).
É um dos autores do tema "Cidade Até Ser Dia", cantada por Anabela e que venceu o Festival RTP.
Por ocasião dos 30 Anos de Carreira é homenageado pela Casa de Imprensa na Grande Noite do Fado.
Inicia o projeto Música D'Alma, onde participam músicos e compositores de cultura Ibérica e Africana, tais como Vicente Amigo (Espanha), Tito Paris (Cabo Verde), Felipe Mukenga (Angola) e Mingo (Moçambique). O projeto edita um disco com o mesmo nome e realiza espetáculos no Canadá e Cabo Verde, bem como uma digressão em Portugal.
Inicia uma colaboração com a Fundação Nacional da Luta Contra a Sida e com as ONGS, participando em espetáculos e compondo músicas cujos direitos revertem a favor da luta contra a SIDA. "Aparecida" apareceu no Festival da Canção, cantada por Zé Carvalho e ficou em 7.º lugar. Mais tarde foi a cantiga da Abraço, no Coliseu.
O espetáculo "Fado em Sinfonia em 23 de novembro" é apresentado no CCB com a Orquestra Sinfónica Portuguesa sob a direção do maestro Álvaro Cassuto.
O disco "Alma" de 1994, gravado nos estúdios de Abbey Road com a London Symphony Orchestra, incluindo uma versão de "Pomba Branca", em dueto com Dulce Pontes. O trabalho é apresentado ao vivo, em Caracas, na Venezuela, com a participação da Orquestra Sinfónica de Caracas.
Os 33 anos de carreira são assinalados em 1995 com a edição do disco "33...Vivo". Inicia colaboração discográfica com a editora BMG.
"Fados Meus" é o seu trabalho discográfico de 1996 onde colaboram nomes como Carlos do Carmo, Rita Guerra e Maria João. Participa no espetáculo "4 Caminhos".
Em 1997 pede rescisão de contrato com a BMG e inicia uma temporada de atuações no Casino Estoril, onde se mantém até ao final de 1998.
Juntamente com Ivan Lins realiza um espetáculo no Anfiteatro da Doca durante a Expo-98. Participa na banda sonora da novela "Os Lobos" com "Fado" (letra de Dulce Pontes) e "Nesta Lisboa".
Participa, conjuntamente com Rita Guerra, no espetáculo "Dagama - Concerto para 6 Músicos, 2 Cantores e 1 Computador" de Pedro Osório.
Em outubro de 1999 é editado o disco "Mátria" produzido por Ivan Lins que também interpreta as duas versões alternativas de "Mulher É Vida" e "O Fado" publicadas no final do disco.
Em 2000 participa em dois temas do CD da Campanha Pirilampo Mágico, no geral e em "Talvez em Algum Lugar", um dueto com Lara Li.
Em 2001 (ano do voluntariado) fez a música e deu voz à campanha do voluntariado. O tema "Vai e Faz" foi incluído numa coletânea internacional destinada a celebrar o Ano Internacional do Voluntariado.
A Movieplay lançou em 2002 uma Antologia, selecionada por José Niza, com 40 das suas melhores canções. Também nesse ano, a Universal Music Portugal publicou uma coletânea de músicas de  Paulo de Carvalho.
Em 2003, Paulo de Carvalho realiza uma série de espetáculos denominados "Uma Voz, Uma Vida".
Em maio de 2004 é editado o CD "Cores do Fado" que voltou a contar com a colaboração do cantor e compositor brasileiro Ivan Lins.
Em 2006 aceita o convite da editora Farol Música para regravar algumas das suas melhores canções. É lançado o disco "Vida" que se torna um grande sucesso.
Em 2008 é lançado o disco "O Amor" com temas como "Canção Para Tito Paris" (com Ivan Lins) e "O Mundo Inteiro". O disco inclui versões de "Meu Fado Calado" (original de Miguel Braga), "É Morna" (Nancy Vieira), "Rockinho Mandado"(Sheiks) e regravações de "Menina da Lua" e "Viva A Vida", gravadas anteriormente por Mafalda Sacchetti e Claud. No disco participam também Agir, Mariza e Tito Paris.
Foi condecorado com o grau de Oficial da Ordem da Liberdade, a 8 de junho de 2009.
Lança um DVD e um comemorativo dos 50 anos de carreira e, no dia 17 de setembro de 2012, recebe a Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa.
Vive em união de facto com Susana Lemos, da qual tem duas filhas, Maria e Flor, de apelido Lemos de Carvalho da Costa.
Em 18 de outubro de 2012 sairia Passado - Presente. Uma viagem ao Universo de Paulo de Carvalho, um livro de Soraia Simões no âmbito de áreas como a musicologia e etnografia, assente no percurso profissional do músico e autora também do projeto Mural Sonoro, que, entre outros aspetos, procura, segundo a autora, a "constituição de um Arquivo Vivo com as perspetivas e reflexões de vários intervenientes do espaço musical no âmbito da Música Popular de matriz urbana, num contexto diaspórico" e em que pretendeu tornar o músico num objeto de estudo e pesquisa interessante na sociedade contemporânea. Mais do que uma biografia clássica, o livro é uma reflexão sobre o caminho musical, cultural, social e artístico de Paulo de Carvalho dentro de uma sociedade abrangente e das épocas particulares que atravessou.
Este livro partiu de recolhas de conversas gravadas entre a pesquisadora e autora e o músico. Com a chancela da Chiado Editora, o lançamento do livro ocorreria no Museu da Música, situado no Alto dos Moinhos, em Lisboa.
     

 


segunda-feira, março 28, 2022

Fernando Tordo - 74 anos

    
Fernando Travassos Tordo (Lisboa, 29 de março de 1948) é um cantor e compositor português. Compôs algumas das músicas mais emblemáticas do cancioneiro da língua portuguesa com o poeta José Carlos Ary dos Santos entre elas "Tourada", "Estrela da Tarde", "Lisboa Menina e Moça", "Cavalo à Solta", "Balada para os Nossos Filhos" e "O amigo que eu canto". Os seus temas são cantados por intérpretes como Carlos do Carmo, Mariza, Carminho, Amor Electro e Simone de Oliveira, entre outros. Venceu também o Festival RTP da Canção, em 1973 com "Tourada" e, em 1977, com "Portugal no Coração". É considerado uma figura tutelar da música portuguesa pela extensão e originalidade da sua obra.