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quinta-feira, fevereiro 15, 2024

O jornal Avante! faz hoje 93 anos


 

O Avante! é o jornal oficial do Partido Comunista Português, e iniciou, clandestinamente, a sua publicação a 15 de fevereiro de 1931. O seu lema é «Proletários de todos os países, UNI-VOS!» .

Só o primeiro número foi impresso numa tipografia legal, próxima do Largo de São Paulo, em Lisboa, graças a um estudante do liceu Gil Vicente que convenceu o tipógrafo a imprimir, além de um boletim estudantil, mais umas quantas folhas - o «Avante!». A partir daí e até ao 25 de abril, o jornal foi sempre impresso em tipografias clandestinas. Por altura da apanha da azeitona chegaram a cair jornais «Avante!» das oliveiras em terras alentejanas, uma das muitas formas encontradas para distribuir clandestinamente o órgão central do PCP. O trabalho era todo feito manualmente, por funcionários que pareciam ter uma vida normal. Algumas vezes a perseguição da PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) resultou na morte dos tipógrafos. No dia 24 de janeiro de 1950, o corpo do funcionário José Moreira deu entrada na morgue com a indicação de que caíra de uma janela, no entanto, o operário vidreiro e responsável pelas tipografias do Jornal «Avante!», foi capturado durante assalto a uma casa clandestina do PCP em Vila do Paço e torturado pela PIDE, que o interrogou e espancou até à morte, acabando por o atirar da janela. Joaquim Barradas de Carvalho afirma que o operário "foi torturado pela PIDE e foi morto na tortura sem ter dito uma palavra acerca daquilo que era conveniente guardar acerca do trabalho do Partido Comunista Português na clandestinidade". Maria Machado, professora primária e militante do PCP do qual foi funcionária clandestina entre 1942 e 1945, trabalhava numa tipografia na povoação de Barqueiro, em Alvaiázere, quando a PIDE a assaltou. Tendo ficado para trás para permitir a fuga aos restantes tipógrafos, foi presa e torturada, e não prestou nenhuma declaração. Enquanto era arrastada pelos agentes da PIDE, gritou: «Se a liberdade de imprensa não fosse uma farsa, esta tipografia não precisava de ser clandestina. Isto aqui é a tipografia do jornal clandestino «Avante!». O «Avante!» defende os interesses do povo trabalhador de Portugal.». Joaquim Rafael teve uma vida de inteira abnegação dedicada à imprensa clandestina do Partido. Entre 1943 e 1945, Joaquim Rafael esteve ligado à distribuição do «Avante!», passando depois para as tipografias. Nos vinte e cinco anos que se seguiram, tornou-se num dos melhores tipógrafos clandestino e um mestre para novos camaradas que entravam para as tipografias. Referência maior na história da imprensa clandestina, morreu em 1974. José Dias Coelho, escultor e funcionário do PCP, foi assassinado a tiro pela PIDE em 1961, quando se dirigia para um encontro clandestino. Pondo os seus dotes de artista plástico ao serviço da sua causa e do seu Partido, deu um contributo decisivo para a melhoria do aspeto gráfico de vários órgãos de imprensa clandestina, nomeadamente do «Avante!». Das suas mãos saíram muitas das famosas gravuras – de linóleo ou de madeira – que se podem encontrar em numerosos exemplares do «Avante!» clandestino. Em 1972, o cantor Zeca Afonso homenageia-o com a música A Morte Saiu à Rua.

Segundo o jornal Público, as regras para quem trabalhava na clandestinidade eram rigorosas ao ponto de ter que se fazer as malas à mínima suspeita de se ter dado nas vistas.

Em 17 de maio de 1974 foi publicado o primeiro número fora da clandestinidade, tendo passado a semanário desde essa data.

 

quarta-feira, fevereiro 15, 2023

O Avante! faz hoje 92 anos


 

O Avante! é o jornal oficial do Partido Comunista Português, e iniciou, clandestinamente, a sua publicação a 15 de fevereiro de 1931. O seu lema é «Proletários de todos os países, UNI-VOS!» .

Só o primeiro número foi impresso numa tipografia legal, próxima do Largo de São Paulo, em Lisboa, graças a um estudante do liceu Gil Vicente que convenceu o tipógrafo a imprimir, além de um boletim estudantil, mais umas quantas folhas - o «Avante!». A partir daí e até ao 25 de abril, o jornal foi sempre impresso em tipografias clandestinas. Por altura da apanha da azeitona chegaram a cair jornais «Avante!» das oliveiras em terras alentejanas, uma das muitas formas encontradas para distribuir clandestinamente o órgão central do PCP. O trabalho era todo feito manualmente, por funcionários que pareciam ter uma vida normal. Algumas vezes a perseguição da PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) resultou na morte dos tipógrafos. No dia 24 de janeiro de 1950, o corpo do funcionário José Moreira deu entrada na morgue com a indicação de que caíra de uma janela, no entanto, o operário vidreiro e responsável pelas tipografias do Jornal «Avante!», foi capturado durante assalto a uma casa clandestina do PCP em Vila do Paço e torturado pela PIDE, que o interrogou e espancou até à morte, acabando por o atirar da janela. Joaquim Barradas de Carvalho afirma que o operário "foi torturado pela PIDE e foi morto na tortura sem ter dito uma palavra acerca daquilo que era conveniente guardar acerca do trabalho do Partido Comunista Português na clandestinidade". Maria Machado, professora primária e militante do PCP do qual foi funcionária clandestina entre 1942 e 1945, trabalhava numa tipografia na povoação de Barqueiro, em Alvaiázere, quando a PIDE a assaltou. Tendo ficado para trás para permitir a fuga aos restantes tipógrafos, foi presa e torturada, e não prestou nenhuma declaração. Enquanto era arrastada pelos agentes da PIDE, gritou: «Se a liberdade de imprensa não fosse uma farsa, esta tipografia não precisava de ser clandestina. Isto aqui é a tipografia do jornal clandestino «Avante!». O «Avante!» defende os interesses do povo trabalhador de Portugal.». Joaquim Rafael teve uma vida de inteira abnegação dedicada à imprensa clandestina do Partido. Entre 1943 e 1945, Joaquim Rafael esteve ligado à distribuição do «Avante!», passando depois para as tipografias. Nos vinte e cinco anos que se seguiram, tornou-se num dos melhores tipógrafos clandestino e um mestre para novos camaradas que entravam para as tipografias. Referência maior na história da imprensa clandestina, morreu em 1974. José Dias Coelho, escultor e funcionário do PCP, foi assassinado a tiro pela PIDE em 1961, quando se dirigia para um encontro clandestino. Pondo os seus dotes de artista plástico ao serviço da sua causa e do seu Partido, deu um contributo decisivo para a melhoria do aspeto gráfico de vários órgãos de imprensa clandestina, nomeadamente do «Avante!». Das suas mãos saíram muitas das famosas gravuras – de linóleo ou de madeira – que se podem encontrar em numerosos exemplares do «Avante!» clandestino. Em 1972, o cantor Zeca Afonso homenageia-o com a música A Morte Saiu à Rua.

Segundo o jornal Público, as regras para quem trabalhava na clandestinidade eram rigorosas ao ponto de ter que se fazer as malas à mínima suspeita de se ter dado nas vistas.

Em 17 de maio de 1974 foi publicado o primeiro número fora da clandestinidade, tendo passado a semanário desde essa data.

 

terça-feira, fevereiro 15, 2022

O jornal Avante! faz hoje 91 anos


 

O Avante! é o jornal oficial do Partido Comunista Português, e iniciou, clandestinamente, a sua publicação a 15 de fevereiro de 1931. O seu lema é «Proletários de todos os países, UNI-VOS!» 

 

segunda-feira, fevereiro 15, 2021

O Avante! faz hoje noventa anos!

 

 

O Avante! é o jornal oficial do Partido Comunista Português, e iniciou clandestinamente a sua publicação em 15 de fevereiro de 1931. O seu lema é «Proletários de todos os países, UNI-VOS!» 

 

in Wikipédia

domingo, novembro 09, 2014

O Muro de Berlim caiu há 25 anos - viva a Liberdade!


Filme com o Google Doodle de 09.11.2014 - 25º aniversário da queda do Muro de Berlim

NOTA: o jornal oficial do PCP, o "Avante!", tem, na sua edição de 6 de novembro, um texto que não sei bem qualificar (Humorístico? Pedagógico? Educacional? Surrealista?!?) e que vale a pena ler:

25 anos depois
A chamada «queda do muro de Berlim»