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quarta-feira, fevereiro 28, 2024

Billy Thorpe morreu há dezassete anos...

Thorpe performing "Most People I Know" on ABC-TV's GTK, 1972
       
William Richard "Billy" Thorpe, (Manchester, 29 March 1946 – Sydney, 28 February 2007) was an English-born Australian pop/rock singer-songwriter, producer, and musician. As lead singer of his band Billy Thorpe & the Aztecs, he had success in the 1960s with "Blue Day", "Poison Ivy", "Over the Rainbow", "Sick and Tired", and "Mashed Potato"; and in the 1970s with "Most People I Know Think That I'm Crazy". Featuring in concerts at Sunbury Pop Festivals and Myer Music Bowl in the early 1970s, the Aztecs also developed the pub rock scene and were one of the loudest groups in Australia.
Thorpe also performed as a solo artist; he relocated to the United States from 1976 to 1996 where he released the space opera Children of the Sun, which peaked in the top 40 of the Billboard Pop Album chart in 1979. He worked with ex-Aztec Tony Barber to form a soft toy company in 1987 and co-wrote stories for The Puggle Tales and Tales from the Lost Forests. Thorpe also worked as a producer and composed music scores for TV series including War of the Worlds, Star Trek: The Next Generation, Columbo, Eight Is Enough and Hard Time on Planet Earth.
Thorpe returned to Australia in 1996 and continued as a performer and producer, additionally he wrote two autobiographies, Sex and Thugs and Rock 'n' Roll (1996) and Most People I Know (Think That I'm Crazy) (1998). According to Australian rock music historian Ian McFarlane, "Thorpie evolved from child star, beat pop sensation and cuddly pop crooner to finally emerge as the country's wildest and heaviest blues rocker [...] Thorpie was the unassailable monarch of Australian rock music". Thorpe was inducted into the Australian Recording Industry Association (ARIA) Hall of Fame in 1991. He died of a heart attack in February 2007 and was posthumously appointed a Member of the Order of Australia in June for his contribution to music as a musician, songwriter and producer.
    
(...)   
    
Thorpe suffered from chest pains at his home on 28 February 2007 and was taken by an ambulance to St. Vincent's Hospital in Sydney around 2:00 am AEDT after having a massive heart attack. He remained in the emergency ward in a serious condition and went into cardiac arrest around half an hour later; hospital staff unsuccessfully attempted to resuscitate him. His family was by his side when he died at 60 years of age. Thorpe is survived by his wife Lynn, and daughters Rusty and Lauren. His manager Michael Chugg said the death was a "terrible tragedy", as Thorpe had just finished recording a new album Tangier and was very happy after a recent acoustic tour. He was posthumously appointed a Member of the Order of Australia on 11 June 2007, with the citation, "For service to the entertainment industry as a musician, songwriter, producer, and as a contributor to the preservation and collection of contemporary Australian music". In December 2020, Thorpe was listed at number 31 in Rolling Stone Australia's "50 Greatest Australian Artists of All Time" issue.
     

 


segunda-feira, fevereiro 19, 2024

Mais um "fóssil-vivo" redescoberto e com novidades...

O mistério do “fóssil vivo” da árvore do tempo dos dinossauros foi resolvido

 

Há apenas pinheiros Wollemi em estado selvagem

 

Os cientistas pensavam que o pinheiro Wollemi estava extinto há 2 milhões de anos - até ser redescoberto por um grupo de caminhantes, em 1994. Agora, os cientistas descodificaram o seu genoma para compreender como sobreviveu, quase inalterado, desde a época dos dinossáurios.

Considerado extinto há 2 milhões de anos, o pinheiro Wollemi foi redescoberto em 1994 por caminhantes que encontraram “um grupo de estranhas árvores” no Parque Nacional Wollemi, a 100 quilómetros a oeste de Sydney, na Austrália.

Um novo estudo, realizado por uma equipa de cientistas da Austrália, dos Estados Unidos e de Itália, descodificou agora o genoma desta árvore ancestral, para melhor compreender a sua trajetória evolutiva e auxiliar na sua conservação.

Os resultados do estudo, que ainda aguarda revisão por pares, foram publicados recentemente no bioRxiv.

O Wollemia nobilis, por muitos considerado um “fóssil vivo”, é quase idêntico a amostras de árvores do Cretácico, período que se estende de 145 a 66 milhões de anos atrás, durante o qual os dinossáurios andaram a passear a sua superioridade pela Terra.

Atualmente, há apenas 60 destas árvores em estado selvagem, sob a constante ameaça de incêndios florestais. Em 2020, os bombeiros australianos conseguiram salvar, por pouco, esta floresta de “árvores dinossáurio”.

O Governo da Austrália mantém a sua localização exata em segredo para impedir que o Homem possa prejudicar estas árvores ancestrais.

E então, qual o segredo da sobrevivência das Wollami? A resposta parece estar no seu fascinante genoma, explica o Live Science.

De acordo com os resultados do estudo, o genoma do pinheiro Wollami tem 26 cromossomas com 12,2 mil milhões de pares de bases, ultrapassando largamente os 3 mil milhões de pares de bases do ser humano.

No entanto, estas árvores apresentam uma diversidade genética mínima, que aponta para uma redução significativa da população entre 10.000 e 26.000 anos atrás. As árvores atuais parecem reproduzir-se principalmente através da clonagem, um método denominado de coppicing.

Segundo os autores do estudo, o voluptuoso genoma destas árvores é devido à abundância de transposões, ou “genes saltadores”, que que se conseguem duplicar e movimentar pelo genoma.

O estudo permitiu também identificar que a espécie é particularmente vulnerável à doença Phytophthora cinnamomi, perigoso bolor aquático, devido à supressão de genes resistentes a doenças causada por um tipo de RNA relacionado com o desenvolvimento das suas amplas agulhas.

Curiosamente, esta doença pode ser introduzida por caminhantes que visitam o seu habitat - o que vem dar razão à decisão do governo australiano de o manter em segredo.

 

in ZAP

Saudades de Bon Scott...

Bon Scott, o vocalista original dos AC/DC, morreu tragicamente há 44 anos...


   

Ronald Belford Scott (Kirriemuir, 9 de julho de 1946 - Londres, 19 de fevereiro de 1980), mais conhecido pelo nome artístico de Bon Scott, foi um cantor escocês que ficou mundialmente conhecido por ser vocalista e compositor da banda de rock australiana AC/DC de 1974 a 1980.

Em 2006, a revista Hit Parader considerou Scott como o melhor vocalista de heavy metal de todos os tempos.
Iniciou a sua carreira com a banda The Spektors, logo depois formando The Valentines, onde conheceu o seu amigo Vince Lovergrove, que trabalharia no seu próximo projeto, os Fraternity; logo após a separação do grupo, integrou os AC/DC, onde lançou sete discos, vindo a falecer logo após o lançamento do álbum Highway to Hell, que os levou à fama mundial. Depois da sua morte foi substituído por Brian Johnson
 
 
Biografia
As suas bandas anteriores incluíram The Spektors e The Valentines, e as duas tinham um estilo diferente do que ficou conhecido no período dos AC/DC. Outro grupo do qual participou foi o Mount Lofty Rangers.
Bon estava trabalhando como motorista da banda AC/DC, quando foi chamado para fazer de baterista. Mas logo Bon decidiu ser o vocalista da banda, pois dizia que o cantor era o que mais arranjava namoradas na época.
A sua influência musical inicial veio do pai, que era músico na sua cidade natal, na Escócia. Bon tocava bateria, gaita de fole e flauta doce. Scott tocou gaita de fole em "It's a Long Way to the Top". Já na música "Seasons of Change" do Fraternity, ele foi responsável pela flauta.
As suas letras abordavam principalmente temas como mulheres, carros, bebida e curtição.
    
 
Morte

A sua morte até hoje não foi bem explicada. Após a turnê de divulgação do álbum Highway to Hell pela Europa, Bon resolveu passar uns dias em Londres, para rever amigos. A tragédia teve início numa tradicional noite de bebedeira, coisa a que Bon estava realmente acostumado. Bon e um amigo seu, chamado Alistar Kinnear, foram tomar algumas bebidas no Music Machine, um clube noturno localizado em Camden Town. Depois de muitas rodadas, a dupla foi para Ashby Court, onde Bon vivia naquela época. No caminho, Bon desmaiou no banco de trás do veículo. Kinnear não deu muita importância e seguiu adiante. Quando chegou à casa do vocalista do AC/DC, Kinnear tentou acordar Bon e levá-lo para a cama, porém não conseguiu acordar o seu companheiro, que estava num avançado estado de embriaguez. Kinnear desistiu da ideia e seguiu dirigindo para seu próprio apartamento. Chegando lá, nova tentativa frustrada de tirar o amigo bêbado do veículo. Decidiu então deixar Bon a ‘dormir’ no banco de trás do automóvel, um Renault 5, em Overhill Road, uma estrada em Dulwich. Quando Kinnear voltou, na manhã seguinte, para ver o seu amigo, já era tarde demais. Bon estava morto, praticamente congelado dentro do pequeno automóvel. Ele ainda o levou à pressa para o Kings College Hospital, de Londres, que declarou que o músico já chegou sem vida às Urgências. O atestado de óbito informou que Bon Scott havia falecido no decorrer de overdose e ‘death by misadventure’ (morte por desventura, ou por desgraça). Nos jornais da época foi também noticiado que o músico teria sufocado com o próprio vómito e que a baixa temperatura da madrugada e as suas constantes crises de asma colaboraram para a tragédia, daquela fria manhã de 19 de fevereiro de 1980, um dos dias mais tristes do rock n’ roll. O corpo de Bon Scott foi cremado e as suas cinzas foram levadas pela sua família para o Cemitério de Fremantle, Fremantle, no estado da Austrália Ocidental.
Após a entrada de Brian Johnson o som do AC/DC mudou, mas sem perder as suas características, perdendo um pouco do balanço e da influência dos blues que emanavam de Bon, mas ganhando outras que, com Bon, talvez nunca seriam exploradas. Bon também é considerado por várias pesquisas um dos melhores cantores de rock. Numa lista divulgada pela revista Kerrang, Bon Scott está na 5ª posição dos maiores ícones do rock.
    
 
in Wikipédia

 


quarta-feira, fevereiro 14, 2024

O explorador James Cook morreu há 245 anos...

       
James Cook (Marton, 7 de novembro de 1728 - Kealakekua, 14 de fevereiro de 1779) foi um explorador, navegador e cartógrafo inglês. Cook foi o primeiro a mapear a Terra Nova antes de fazer três viagens ao Oceano Pacífico durante a quais conseguiu o primeiro contacto europeu com a costa leste da Austrália e o Arquipélago do Havai, bem como a primeira circum-navegação registada da Nova Zelândia.
James Cook entrou na marinha mercante britânica enquanto adolescente e ingressou na Marinha Real em 1755. Participou da Guerra dos Sete Anos, e posteriormente estudou e mapeou grande parte da entrada do Rio São Lourenço durante o cerco de Quebec. Isso permitiu que o General Wolfe fizesse o seu famoso ataque nas Planícies de Abraão, e ajudou a ter a atenção do Almirantado Britânico e da Royal Society. Esta notícia veio num momento crucial, tanto na sua carreira pessoal e na direção das explorações ultramarinas britânicas, e levou-o ao seu cargo de comandante da HM Bark Endeavour para a primeira das três viagens do Pacífico.
Cook cartografou muitas áreas e registou várias ilhas e zonas costeiras nos mapas europeus pela primeira vez. Os seus resultados podem ser atribuídos a uma combinação de navegação, superior levantamento cartográfico e competências, a coragem em explorar locais perigosos para confirmar os factos (por exemplo, a imersão no Círculo Polar Antártico repetidamente e explorar ao redor da Grande Barreira de Coral), uma capacidade de conduzir os homens em condições adversas, e ousadia, tanto em relação à medida da sua exploração e sua vontade de ultrapassar as instruções dadas a ele pelo Almirantado.
No seu livro "Colapso" (2005), o biólogo e biogeógrafo Jared Diamond (E.U.A) cita um registo feito por Cook em que o capitão descreve uma breve visita à ilha de Páscoa, em 1744. "Pequenos, magros, tímidos e miseráveis", foi como Cook descreveu os insulares, que já enfrentavam um forte problema ambiental.
Cook morreu na baía havaiana de Kealakekua em 1779, numa luta com os nativos, durante a sua terceira viagem exploratória na região do Pacífico. A casa de Cook na Inglaterra é hoje um memorial. Cook é considerado o pai da Oceânia.
    
As viagens de Cook - a primeira a vermelho, a segunda a verde e a terceira a azul
     

sexta-feira, fevereiro 09, 2024

A Batalha de Guadalcanal terminou há oitenta e um anos

Fuzileiros navais americanos patrulhando as margens do rio Matanikau, em Guadalcanal, em setembro de 42
      
A Batalha de Guadalcanal, também conhecida como Campanha de Guadalcanal (nome de código Operation Watchtower), foi uma batalha travada entre 7 de agosto de 1942 e 9 de fevereiro de 1943 na Ilha de Guadalcanal, entre as Forças Aliadas e o Império do Japão durante a Guerra do Pacífico, no contexto da Segunda Guerra Mundial.
A 7 de agosto de 1942, tropas aliadas, encabeçadas por fuzileiros navais dos Estados Unidos, desembarcaram nas ilhas de Guadalcanal, Tulagi e Florida, nas Ilhas Salomão, com o objetivo de negar aos japoneses o uso dessas ilhotas como base para atacar as linhas de suprimento e rotas de comunicação entre os Estados Unidos, a Austrália e a Nova Zelândia. Os Aliados também pretendiam usar Guadalcanal e Tulagi como uma base para lançar futuras campanhas no sul do Pacífico e conquistar, ou neutralizar, a principal base japonesa em Rabaul, na Nova Bretanha. Os Aliados sobrepujaram os japoneses com seu número e destruíram as suas guarnições em Guadalcanal, conquistando também as ilhas de Tulagi e Florida. Um dos pontos chave das operações foi a tomada do aeroporto de Henderson Field, que estava sendo construído pelos japoneses em Guadalcanal. O poderio militar americano, com apoio dos australianos, desempenhou ações fundamentais para o sucesso da campanha, realizando o primeiro grande desembarque naval de tropas na segunda grande guerra.
Surpreendidos pela repentina e feroz ofensiva Aliada, os japoneses lançaram-se, entre agosto e novembro de 1942, em várias tentativas de reconquistar o aeroporto Henderson. Três grandes incursões terrestres, sete batalhas navais em larga escala e contínuas, quase que diárias, ações aéreas culminaram na decisiva batalha naval de Guadalcanal no começo de novembro, em que a última tentativa dos japoneses de tentar subjugar o aeroporto Henderson por meio de maciços bombardeamentos por terra e por mar, para que forças terrestres pudessem avançar, terminou em fracasso e ainda sofreram pesadas baixas no processo. Em dezembro, os japoneses abandonaram os seus esforços de retomar Guadalcanal e, no início de fevereiro de 1943, iniciaram uma operação de retirada da região, em face de uma nova grande ofensiva encabeçada pelo exército dos Estados Unidos.
A campanha de Guadalcanal foi uma grande e significativa vitória para os Aliados ocidentais no teatro de operações do Pacífico. Juntamente com a batalha de Midway, é considerado o ponto de virada na guerra contra o Japão. No começo de 1943, os japoneses alcançaram o máximo de suas conquistas territoriais no Pacífico. Porém, as vitórias aliadas em Baía Milne, Buna-Gona e Guadalcanal marcaram a transição da vantagem na guerra para os Estados Unidos e os seus aliados de uma postura defensiva para uma ofensiva, liderando, subsequentemente, operações bem sucedidas nas Ilhas Salomão e na Nova Guiné, eventualmente avançando rumo ao norte do Pacífico, até forçar o Japão a se render, em 1945, encerrando a Segunda Guerra Mundial.
   

domingo, fevereiro 04, 2024

Natalie Imbruglia - 49 anos

     

Natalie Jane Imbruglia (Central Coast, 4 de fevereiro de 1975) é uma cantora, compositora, modelo e atriz australiana.
Natalie tornou-se conhecida internacionalmente com o seu primeiro álbum, "Left of the Middle", lançado em 1997. O seu primeiro single "Torn" atingiu o #2 da parada britânica e o topo em diversos países. Posteriormente, a cantora lançou os álbuns "White Lilies Island" (2001) e "Counting Down the Days" (2005), que chegou ao #1 no Reino Unido. Em 2009, o álbum "Come to Life" foi lançado de forma independente. O seu mais recente trabalho, intitulado "Male", saiu em julho de 2015. O trabalho seguinte, intitulado Male, saiu em julho de 2015. Firebird, o seu álbum mais recente, foi lançado mundialmente em setembro de 2021.
  

 


sexta-feira, fevereiro 02, 2024

Notícia interessante sobre geologia, clima e habitação...

A cidade onde as pessoas vivem debaixo da terra por causa do calor

 

 

Na longa estrada rumo ao centro da Austrália, 848 km a norte das planícies costeiras de Adelaide, surgem enigmáticas pirâmides de areia.

Em torno delas, o cenário é totalmente desolado – uma extensão sem fim de poeira rosa-salmão, ocasionalmente salpicada com teimosos arbustos.

No entanto, à medida que se avança pela rodovia, surgem outras construções misteriosas similares – montes de terra clara, espalhados aleatoriamente como monumentos esquecidos há muito tempo. E, de vez em quando, tubos brancos elevam-se do solo ao lado das construções.

Estes são os primeiros sinais de Coober Pedy, uma cidade de mineiros de opala com cerca de 2.500 habitantes. Muitos dos pequenos picos da região são resíduos de solo gerados após décadas de mineração, mas também são os sinais de outra característica do local: as moradias subterrâneas.

Neste canto do mundo, 60% da população vive em casas construídas nas rochas de arenito e siltito ricas em ferro da região. Em alguns locais, os únicos sinais de moradia são os poços de ventilação que se erguem até o chão e o excesso de solo acumulado perto das entradas das casas.

No inverno, este estilo de vida pode parecer apenas excêntrico. Mas, no verão, Coober Pedy – “homem branco num buraco”, em tradução livre de uma expressão aborígene australiana – não requer explicações: o local atinge 52°C, uma temperatura tão alta que faz com que os pássaros caiam do céu e aparelhos eletrónicos precisem de ser guardados no frigorífico.

E, em 2023, este costume pareceu ter sido mais profético que nunca.

 

Solução eficaz

Mais à frente, na estrada para Coober Pedy, fica o centro da cidade.

À primeira vista, pode ser confundida com uma comunidade comum da região desértica que compõe o chamado Outback australiano. As ruas são cor-de-rosa devido à poeira e existem restaurantes, bares, supermercados e postos de gasolina.

No alto de uma colina, a única árvore da cidade – na verdade, uma escultura feita de metal – observa o panorama.

Na superfície, Coober Pedy é assustadoramente vazia. As construções são muito espaçadas entre si e a impressão é de que algo realmente parece estar errado. Mas, debaixo do solo, tudo se explica.

Em Coober Pedy, as construções subterrâneas precisam de ficar a pelo menos quatro metros de profundidade, para evitar que o teto desabe. Por baixo daquele enorme volume de rocha, a temperatura é sempre agradável: 23 °C.

Além do conforto, outra importante vantagem de morar por baixo da terra é a economia. Coober Pedy gera toda a eletricidade que consome – 70% dela, de origem eólica e solar. Mas ligar o ar-condicionado, muitas vezes, é caro e impraticável.

“Para viver acima do solo, paga-se uma verdadeira fortuna pelo aquecimento e refrigeração, já que, muitas vezes, faz mais de 50°C no verão”, afirma Jason Wright, morador local.

Por outro lado, muitas casas subterrâneas em Coober Pedy são relativamente baratas. Num recente leilão, o preço médio das casas de três quartos foi de cerca de 40 mil dólares australianos.

E as casas subterrâneas oferecem outros benefícios. Um deles é que não há insetos.

“Quando se chega à porta, as moscas saem das suas costas, elas não querem entrar no escuro e no frio”, conta Wright. E também não há poluição sonora e luminosa de baixo da terra.

Curiosamente, o estilo de vida subterrâneo também pode oferecer alguma proteção contra terramotos. Wright descreve que os tremores de terra na região produzem um ruído vibrante que aumenta e passa através do subterrâneo até ao outro lado.

“Tivemos dois [terramotos] desde que me mudei para cá e nunca sequer me abalei”, conta. Mas o nível de segurança das estruturas subterrâneas durante atividades sísmicas depende inteiramente do seu tamanho, complexidade e profundidade.

 

Configuração ideal

A questão é se as casas subterrâneas poderiam ajudar as pessoas a combater os efeitos das mudanças climáticas em outros lugares do planeta. E por que elas são tão poucas?

Existem diversas razões que explicam a praticidade única da construção de subterrâneos em Coober Pedy. A primeira são as rochas da região.

“Elas são muito moles, podemos raspá-las com um canivete ou com a unha”, afirma Barry Lewis, funcionário do centro de informações turísticas da cidade. Por esta razão, quando os moradores precisam de mais espaço, às vezes simplesmente começam a cavar. E, como se trata de uma área de mineração de opala, não é raro que um projeto de obras acabe por dar lucro.

Já houve um homem que encontrou uma gema grande a sair da parede enquanto instalava um chuveiro e, durante uma obra de ampliação, um hotel local descobriu opalas no valor de 1,5 milhões de dólares australianos.

Na verdade, a construção de túneis em Coober Pedy é tão simples que muitos moradores têm casas de luxo sofisticadas, com piscinas subterrâneas, salões de jogos, grandes banheiros e salas de estar de alto padrão.

Um morador local chegou a descrever sua casa subterrânea “como um castelo”, com 50 mil tijolos aparentes e portas em arco em todos os quartos.

 

Questão de humidade

Mas os banquetes de Cooper Pedy seriam impossíveis noutro lugar. A humidade é um grande desafio para qualquer estrutura subterrânea.

Das muitas moradias em rochas habitadas por seres humanos, a maioria fica em locais secos. Elas incluem as torres e paredes construídas nos rochedos de Mesa Verde, no Colorado (Estados Unidos), habitadas durante mais de 700 anos pelo povo ancestral conhecido como Pueblo, até os elaborados templos, túmulos e palácios escavados no arenito rosa de Petra, na Jordânia.

Mas construir por baixo da terra em regiões mais húmidas é claramente mais complicado. O metro de Londres é um exemplo. Para impermeabilizar os seus túneis subterrâneos originais, construídos no século XIX, foram revestidos com diversas camadas de tijolos e uma generosa camada de betão.

Mas, em Coober Pedy, as condições são áridas até nos subterrâneos. “Aqui é muito, muito seco”, afirma Wright.

Poços de ventilação garantem o fornecimento adequado de oxigénio e permitem que a humidade das atividades internas escape do subterrâneo. Muitas vezes, são simples canos que se estendem através do teto.

De facto, é possível que as curiosas pirâmides de areia de Coober Pedy comecem a pipocar noutros lugares do mundo no futuro próximo.

 

in ZAP

terça-feira, janeiro 30, 2024

As coisas estranhas que os biólogos descobrem...!

Um raro peixe com mãos foi encontrado num sítio estranho

 

Exemplar de peixe-morcego pintado encontrado na Tasmânia

 

Um peixe-morcego pintado (Brachionichthys hirsutus), uma espécie marinha única conhecida pelas suas “mãos” ou barbatanas peitorais modificadas, que se assemelham a barbatanas com dedos, foi inesperadamente avistado em Primrose Sands, Tasmânia.

Esta descoberta é particularmente significativa, dado que não havia registo de avistamentos da espécie neste local há quase duas décadas, levando a crer que estivesse extinto naquela área.

Os peixes-morcego pintados usam as suas distintivas barbatanas não apenas para caminhar no fundo do mar, mas também para limpar e cuidar dos seus ovos.

Infelizmente, a sua população diminuiu de forma alarmante nas últimas décadas, restando apenas um número estimado de cerca de 2.000 exemplares em regiões específicas, como o estuário do rio Derwent, no Reino Unido, e a baía de Frederick Henry, no sudeste da Austrália.

“Avistar até um ou dois peixes durante um mergulho de 60 minutos é bastante raro”, explica a investigadora Carlie Devine, numa nota de imprensa publicada no site da CSIRO, a agência governamental de ciência da Austrália.

Das 14 espécies de peixes-morcego existentes no planeta, sete são nativas da Tasmânia. Notavelmente, o peixe-morcego pintado foi o primeiro peixe marinho a ser listado como criticamente em perigo na Lista Vermelha da IUCN de Espécies Ameaçadas.

Embora já tenham sido comuns nas águas da Tasmânia, as suas populações estão agora fragmentadas em nove grupos separados.

As principais ameaças à sua existência provêm da pesca de arrasto, que perturba os seus habitats e inadvertidamente os captura como fauna acompanhante - e que  também afeta negativamente outras espécies marinhas, incluindo golfinhos e tartarugas marinhas.

Além disso, espécies invasoras, como a estrela-do-mar do Pacífico Norte, têm agravado o seu declínio, predando-os e aos seus ovos.

No entanto, há esperança para o peixe-morcego pintado. Um grupo de cientistas, entre os quais Carlie Devine, está a trabalhar afincadamente em medidas de conservação, como ambientes de desova artificiais e programas de reprodução em laboratório.

“Temos uma população de reserva em aquários para prevenir a extinção da espécie”, explica Devine, que se mostra otimista quanto ao impacto positivo do projeto para assegurar que vamos continuar a ver este estranho peixe andar por aí…

 

in ZAP

sexta-feira, janeiro 26, 2024

Hoje é o Dia da Austrália...!

Capt. Arthur Phillip raising the flag at Sydney Cove, 26 January 1788
     
Australia Day is the official National Day of Australia. Celebrated annually on 26 January, it marks the anniversary of the 1788 arrival of the First Fleet of British Ships at Port Jackson, New South Wales, and the raising of the Flag of Great Britain at Sydney Cove by Governor Arthur Phillip. In present-day Australia, celebrations reflect the diverse society and landscape of the nation, and are marked by community and family events, reflections on Australian history, official community awards, and citizenship ceremonies welcoming new members of the Australian community. 
      

segunda-feira, janeiro 22, 2024

Michael Hutchence, o vocalista dos INXS, nasceu há 64 anos...


Michael Kelland John Hutchence (Sydney, 22 de janeiro de 1960 - Sydney, 22 de novembro de 1997) foi um músico australiano  que ficou conhecido mundialmente como o vocalista da banda de pop rock INXS.

 

     
(...)
  
Os INXS já não estavam no auge alcançado com Kick, em 87, e isso era ressaltado pelos media. Em 1994, após três álbuns de estúdio pós-Kick, o INXS lançava o álbum “The Greatest Hits”.
Michael participou do programa "Big Breakfast" no mesmo ano, onde os astros eram entrevistados na cama pela apresentadora Paula Yates. O que aparentemente era mais uma entrevista de Paula era, na verdade, seu novo affair. Michael e Paula já tinham um caso antes do próprio terminar com Helena Christensen. Paula também não tinha se divorciado do marido, o ativista Bob Geldof, com quem era casada desde os 17 e tinha 3 filhas. O romance entre os dois foi destaque nos media quando foram surpreendidos num hotel pelos papparazzis. A amiga de Paula, Gery Agar, conta que Paula chamou os fotógrafos para que Michael terminasse de vez com Helena Christensen.

De namoro assumido, Paula pediu o divorcio do marido e a guarda das três filhas: Peaches, Pixie e Fifi Geldof. Em 1995, o casal divulgou que Paula estava grávida da primeira filha do casal. Heavenly Hiraani Tiger Lily Hutchence nasceu no dia 22 de julho de 1996, em Londres. Michael estava extremamente feliz e encantado pela experiência de ser pai, mas os outros problemas de sua vida pessoal não desapareceram.
 
O novo álbum do INXS, "Elegantly Wasted", não foi bem recebido pelos media. A banda estava prestes a entrar em uma turnê mundial e Michael não estava preparado, devido à sua vida pessoal que ganhava cada vez mais destaque nos tabloides britânicos. Paralelo ao que seria o último álbum inédito com o INXS, Michael também gravava seu álbum solo com Andy Gill e pensava seguir a carreira de ator. No meio da batalha judicial pela guarda das crianças, a policia de Londres achou na casa onde a família residia um embalagem de doces com drogas. Assumindo ser um risco às crianças, a justiça estava mais favorável à Bob Geldof quanto a guarda das três meninas, que deveria ficar em Londres, enquanto Michael queria traze-las junto com a sua filha para Sydney. O uso de fortes antidepressivos, drogas e alcool deixou Michael alterado na noite de 21 de novembro de 1997. Após se divertir com alguns amigos, Michael voltou ao hotel sozinho e iniciou algumas ligações. A primeira foi à Martha Trump, empresária do INXS. Michael, aparentemente chorando, gravou uma mensagem na secretaria eletrónica, dizendo que não aguentava mais, e que não queria fazer a turnê de vinte anos da banda. Ao conversar com Paula, ficou sabendo que Geldof não havia autorizado que as crianças fossem à Austrália para o final de ano. Paula informou que não poderia ir à Austrália sem suas filhas, negando também levar Tiger, filha do casal, que Michael não via há quatro meses. Alterado, Michael informou que ligaria para Bob Geldof. Alguns vizinhos de quarto disseram que ouviram barulho e gritou vindo do quarto de Michael, que seria sua discussão com Bob. Michael também falou com a ex-namorada Michelle Bennett, com quem combinou um almoço no dia seguinte. Michelle passou logo de manhã no quarto de Michael, mas presumiu que estava dormindo já que não obteve resposta. Foi uma camareira que abriu a porta e encontrou Michael sem vida, na manhã de 22 de novembro de 1997. Ele morreu enforcado com o próprio cinto preso à maçaneta da porta. Foi encontrado morto em um hotel na Austrália no dia 22 de novembro de 1997. Apesar de suspeita de asfixia auto-erótica, a versão oficial diz que ele se enforcou com um cinto. Segundo Rhett, irmão de Michael, o quarto estava todo revirado. O pai de Michael, Kelland Hutchence, ficou sabendo da morte do filho por um telefonema de uma rede de TV. Paula logo viajou para a Austrália, com a filha, Tiger.
 
O corpo de Michael foi para a igreja de St Andrew, em Sydney, com transmissão nacional. Milhares de pessoas acompanharam do lado de fora da catedral. O caixão de Michael foi coberto por flores (Iris) e uma única "tigerlily" (lírio), representando a filha. Ele foi cremado e parte das cinzas foram espalhadas em Sydney.

 


sábado, janeiro 20, 2024

Notícia interessante sobre impactismo na Terra...

A maior cratera de impacto da Terra pode estar escondida por baixo da Austrália

 

Gravuras encontradas na cratera de impacto de Vredefort

 

Os asteroides já foram responsáveis, possivelmente, pela extinção de mais espécies do que quase qualquer outro tipo de desastre desde o início da vida na Terra.

O mais famoso destes, o impactor Chicxulub, exterminou os dinossauros há cerca de 65 milhões de anos, juntamente com 76% de todas as espécies do planeta naquele período.

No entanto, essa não foi, de forma alguma, a pior catástrofe; tanto quanto podemos dizer, nem sequer foi o maior asteroide. Esse título atualmente pertence à cratera Vredefort na África do Sul. Com mais de 300 quilómetros de largura, é a maior cratera de asteroide encontrada até agora, pelo menos quando foi formada há cerca de dois mil milhões de anos.

Mas isso pode estar prestes a mudar, se uma teoria de Andrew Glikson e Tony Yeates da Universidade de New South Wales estiver correta. Os cientistas encontraram o que acreditam ser a maior cratera de impacto na Terra na sua própria província australiana de New South Wales e pensam que poderá ter causado um dos outros cinco grandes eventos de extinção.

Os cientistas nomearam a cratera, que estimam ter cerca de 520 quilómetros de tamanho, estrutura Deniliquin. Como escala e termo de comparação, a distância entre Porto e Faro é de cerca de 550 quilómetros. Investigar uma estrutura tão vasta é uma tarefa difícil, e torna-se ainda mais complicado quanto mais antiga for.

Glikson e Yeates estimam que a estrutura Denliquin tenha cerca de 445 milhões de anos. É muito tempo para a erosão, sedimentação e atividade tectónica afetarem qualquer estrutura na Terra, independentemente do seu tamanho. Contudo, existem algumas pistas reveladoras que os investigadores podem encontrar para indicar a dimensão desta cratera de impacto.

Primeiro, há uma avaliação dos dados geofísicos da região. As atualizações destes dados, que culminaram em 2020, apontam para uma estrutura com um domo definido de um evento sísmico de cerca de 520 km de largura. Outras evidências magnéticas abundam, como “falhas radiais” que apontam para o que se pensa ser o centro da estrutura de impacto. E existem algumas irregularidades magnéticas que poderiam ter sido causadas pelo magma em movimento mais próximo da superfície após o impacto.

Se realmente existir, teria sido criada por um impacto de proporções épicas. Os autores de um novo artigo sobre a cratera sugerem um momento específico na história há 445 milhões de anos, que coincide com o evento geológico chamado fase de glaciação Hirnantian, que fez parte da primeira das cinco grandes extinções – a extinção do fim do Ordovícico.

O fim do período Ordovícico foi causado por um arrefecimento global massivo, o que provocou grandes alterações na química dos oceanos e outros problemas. Um total de 86% de todas as espécies na Terra desapareceu durante este período, sendo o segundo mais catastrófico de todos os eventos de extinção (após o que acabou com o Pérmico há 250 milhões de anos).

Muitos processos geológicos podem causar o arrefecimento global, mas um dos mais dramáticos é o impacto de um asteroide, que lança detritos para a atmosfera superior que bloqueiam o Sol. Um impacto tão grande quanto o que criou a estrutura Deniliquin foi certamente suficientemente grande para fazer exatamente isso.

Portanto, esta imensa cratera poderia ser uma pista de como um asteroide diferente causou outra catástrofe global? Talvez, mas para obter uma melhor datação de quando o impacto ocorreu, os investigadores precisarão de recolher amostras do núcleo magnético da cratera de impacto.

Atualmente, não existem planos para o fazer, mas se a teoria ganhar atenção suficiente, certamente haverá algum multimilionário disposto a financiar um esforço para investigar a maior cratera de impacto do mundo – e descobrir se foi responsável por um dos eventos mais mortais na história da Terra.

 

in ZAP

quinta-feira, janeiro 18, 2024

Os primeiros "colonos" britânicos chegaram à Austrália há 236 anos

       
A chamada "First Fleet" (Primeira Frota) é o nome pela qual é conhecida a frota britânica que conduziu os primeiros colonos para a Austrália.
Era constituída por onze embarcações sob o comando do Almirante Arthur Phillip, tripuladas por duzentos e trinta homens (marinheiros e oficiais), vinte e sete dos quais acompanhados pelas suas famílias, inclusive trinta e sete crianças.
Nos porões, a ferros, transportavam setecentos e trinta e seis degredados e cento e oitenta e oito mulheres de reputação duvidosa. A esquadra passou pela baía de Guanabara em 1787, onde, no mês de agosto, teve a oportunidade de realizar um levantamento hidrográfico.
A frota atracou em Botany Bay a 18 de janeiro de 1788.
   


  

sábado, janeiro 06, 2024

Malcolm Young, o falecido líder dos AC/DC, nasceu há setenta e um anos

   
Malcolm Mitchell Young (Glasgow, 6 de janeiro de 1953 - Sydney, 18 de novembro de 2017) foi um guitarrista e compositor escocês naturalizado australiano e fundador, juntamente com o seu irmão mais novo, Angus Young, da banda de rock australiana AC/DC, da qual era o guitarrista rítmico, vocalista de apoio (juntamente com Cliff Williams) e compositor. É o compositor de todas as canções do grupo, juntamente com o seu irmão e Bon Scott/Brian Johnson. É bastante conhecido pelos riffs que criou, como por exemplo, o de Back in Black. Este álbum é considerado o segundo mais vendido da história da música. Foi nomeado para o Rock and Roll Hall of Fame em 2003 com os outros membros do AC/DC. Esteve com a banda desde a sua fundação, em 1973, apesar de uma breve ausência, em 1988, sendo o líder da banda e quem tomava as decisões principais.
Apesar de seu irmão mais novo Angus Young ser mais conhecido, Malcolm foi o responsável pela maioria dos riffs do AC/DC e pela sua amplitude musical.
Em 2014 Malcolm Young afastou-se da banda, por estar a sofrer de demência. Morreu a 18 de novembro de 2017, com apenas 64 anos.
  

 

 


segunda-feira, janeiro 01, 2024

A Austrália faz hoje 123 anos


A Austrália (em inglês: Australia, oficialmente Comunidade da Austrália, em inglês: Commonwealth of Australia), é um país do hemisfério sul, localizado na Oceania, que compreende a menor área continental do mundo ("continente australiano"), a ilha da Tasmânia e várias ilhas adjacentes nos oceanos Índico e Pacífico. O continente-ilha, como a Austrália por vezes é chamada, é banhado pelo oceano Índico, ao sul, e a oeste pelo mar de Timor, mar de Arafura e Estreito de Torres, a norte, e pelo mar de Coral e mar da Tasmânia, a leste. Através destes mares, tem fronteira marítima com a Indonésia, Timor-Leste e Papua-Nova Guiné, a norte, e com o território francês da Nova Caledónia, a leste, e a Nova Zelândia a sudeste.

Durante cerca de quarenta mil anos antes da colonização europeia iniciada no final do século XVIII, o continente australiano e a Tasmânia eram habitadas por cerca de 250 nações individuais de aborígenes. Após visitas esporádicas de pescadores do norte e pela descoberta europeia por parte de exploradores holandeses em 1606, a metade oriental da Austrália foi reivindicada pelos britânicos em 1770 e inicialmente colonizada por meio do transporte de presos para a colónia de Nova Gales do Sul, fundada em 26 de janeiro de 1788. A população aumentou de forma constante nos anos seguintes, o continente foi explorado e, durante o século XIX, outros cinco grandes territórios autogovernados foram estabelecidos. 

   

   
Em 1 de janeiro de 1901, as seis colónias se tornaram uma federação e a Comunidade da Austrália foi formada. Desde a Federação, a Austrália tem mantido um sistema político democrático liberal estável e continua a ser um reino da Commonwealth. A população do país é de 23,4 milhões de habitantes, com cerca de 60% concentrados em torno das capitais continentais estaduais de Sydney, Melbourne, Brisbane, Perth e Adelaide. A sua capital é Camberra, localizada no Território da Capital Australiana.

Tecnologicamente avançada e industrializada, a Austrália é um próspero país multicultural e tem excelentes resultados em muitas comparações internacionais de desempenhos nacionais, tais como saúde, esperança de vida, qualidade de vida, desenvolvimento humano, educação pública, liberdade económica, bem como a proteção de liberdades civis e direitos políticos. As cidades australianas também rotineiramente situam-se entre as mais altas do mundo em termos de habitabilidade, oferta cultural e qualidade de vida. A Austrália é o país com o terceiro maior índice de desenvolvimento humano do mundo (IDH). É membro da Organização das Nações Unidas (ONU), G20, Comunidade das Nações, ANZUS, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), bem como da Organização Mundial do Comércio (OMC).

 


segunda-feira, dezembro 18, 2023

A cantora Sia nasceu há quarenta e oito anos

 

Sia Kate Isobelle Furler (Adelaide, 18 de dezembro de 1975), mais conhecida como Sia, é uma cantora, compositora, produtora, diretora, roteirista e dobradora australiana.

       

in Wikipédia

 


domingo, dezembro 17, 2023

O primeiro ministro da Austrália afogou-se há 56 anos...

   
Harold Edward Holt (Stanmore, New South Wales, 5 de agosto de 1908Cheviot Beach, Victoria, 17 de dezembro de 1967) foi um político australiano e o 17° primeiro-ministro da Austrália. Holt tornou-se famoso por desaparecer, misteriosamente, em dezembro de 1967, enquanto nadava em Cheviot Beach, próximo de Portsea, Victoria, e presumivelmente ter-se afogado.
   

domingo, dezembro 10, 2023

O Estatuto de Westminster foi aprovado há 92 anos

(imagem daqui)
    
O Estatuto de Westminster, assinado em 11 de dezembro de 1931, foi uma emenda do Parlamento do Reino Unido que estabeleceu o status de iguais entre os diferentes domínios independentes do Império Britânico e do Reino Unido. Este estatuto deu aos países, ex-colónias inglesas, Austrália, Canadá, África do Sul e Nova Zelândia, total independência política.
Anteriormente ao tratado, o papel do Ministério do Exterior dos três países era desempenhado pelo Reino Unido, motivo pela qual os três países entraram automaticamente na Primeira Guerra Mundial.
   

quinta-feira, novembro 02, 2023

Notícia interessante sobre a idade das primeiras placas tectónicas terrestres

 Placas tectónicas podem ter surgido há 3,6 mil milhões de anos

 

Visão microscópica de um pedaço de uma rocha das Jack Hills, na Austrália Ocidental

 

As placas tectónicas podem ter surgido há 3,6 mil milhões de anos, de acordo com um novo estudo sobre alguns dos cristais mais antigos da Terra.

Em comunicado, os cientistas responsáveis por esta nova investigação explicam que foi possível descobrir a data de formação das placas tectónicas ao analisar cristais de zircão provenientes de Jack Hills, uma série de colinas na Austrália Ocidental.

Alguns dos zircões têm 4,3 mil milhões de anos, o que significa que existiam quando a Terra tinha apenas 200 milhões de anos. Os investigadores usaram estes minerais, bem como uns mais jovens (com três mil milhões de anos), para explorar o passado do planeta.

A equipa explica que testou mais de 3500 zircões, medindo a sua composição química com um espectrómetro de massa, o que revelou a idade de cada um. Destes milhares, apenas 200 encaixavam nos objetivos do estudo, ou seja, foram os que mantiveram as suas propriedades químicas de há muitos milhões de anos.

Na mesma nota, os cientistas referem que a idade de um zircão pode ser determinada com um alto grau de precisão porque contém urânio. É a sua natureza radioativa e a sua taxa de decomposição que lhes permite quantificar a idade de cada mineral.

Depois da análise, a equipa descobriu também um aumento acentuado nas concentrações de alumínio, há cerca de 3,6 mil milhões de anos.

“Esta mudança de composição provavelmente marca o início das placas tectónicas modernas e pode potencialmente sinalizar o aparecimento de vida na Terra”, declara Michael Ackerson, geólogo do Museu Nacional de História Natural, em Washington, e líder da investigação.

“Mas ainda temos de fazer muitas mais pesquisas para determinar as conexões dessa mudança geológica com as origens da vida”, acrescenta o investigador, cujo estudo foi publicado, a 14 de maio, na revista científica Geochemical Perspective Letters.

Os investigadores associaram os zircões com alto teor de alumínio ao início das placas tectónicas porque uma das formas como esses zircões únicos se formam é quando as rochas nas profundezas derretem.

“É realmente difícil transformar alumínio em zircões por causa das suas ligações químicas”, explica Ackerson, acrescentando que “é preciso haver condições geológicas bastante extremas”.

O investigador defende que este sinal de que as rochas estavam a ser derretidas mais profundamente, abaixo da superfície da Terra, significa que a crosta do planeta estava a ficar mais espessa e a começar a arrefecer, sendo um sinal de que estava a fazer-se a transição para as placas tectónicas modernas.

Agora, a equipa espera poder estudar outras formações rochosas tão antigas como esta para ver se também mostram estes sinais de espessamento da crosta terrestre, há cerca de 3,6 mil milhões de anos.

 

in ZAP

segunda-feira, outubro 23, 2023

A Batalha do Golfo de Leyte começou há 79 anos

Batalha do Golfo de Leyte
Guerra do Pacífico
USS Princeton (CVL-23) burning on 24 October 1944 (80-G-287970).jpg
O porta-aviões USS Princeton em chamas
durante a Batalha do Golfo de Leyte
Data 23-26 de outubro de 1944
Local Golfo de Leyte, Filipinas
Desfecho Vitória dos Aliados
Beligerantes
Flag of the United States (1912-1959).svg Estados Unidos
Flag of Australia.svg Austrália
Flag of Japan (1870–1999).svg Japão
Comandantes
Flag of the United States (1912-1959).svg William Halsey, Jr.
Flag of the United States (1912-1959).svg Thomas C. Kinkaid
Flag of the United States (1912-1959).svg Clifton Sprague
Flag of the United States (1912-1959).svg Jesse B. Oldendorf
Flag of Australia.svg John Collins
Flag of Japan (1870–1999).svg Takeo Kurita
Flag of Japan (1870–1999).svg Shōji Nishimura
Flag of Japan (1870–1999).svg Kiyohide Shima
Flag of Japan (1870–1999).svg Jisaburō Ozawa
Flag of Japan (1870–1999).svg Yukio Seki
Forças
+ 300 navios
8 porta-aviões grandes
8 porta-aviões leves
18 porta-aviões de escolta
12 couraçados
24 cruzadores
166 contratorpedeiros
Dezenas de barcos PT, submarinos e navios de apoio
Cerca de 1 500 aeronaves
68 navios
1 porta-avião grande
3 porta-aviões leves
9 couraçados
20 cruzadores
+ 35 contratorpedeiros
300 aeronaves
Baixas
~ 3.000 mortos ou feridos
1 porta-avião leve afundado
2 porta-aviões de escolta afundados
3 contratorpedeiros afundados
+ 200 aviões perdidos
~ 12.500 mortos ou desaparecidos
1 porta-avião grande afundado
3 porta-aviões leves afundados
3 couraçados afundados
10 cruzadores afundados
11 contratorpedeiros afundados
+ 300 aviões perdidos
 
A Batalha do Golfo de Leyte foi a maior batalha naval da história contemporânea, ocorrida entre 23 a 26 de outubro de 1944 nas águas à volta da ilha de Leyte, nas Filipinas, entre o Japão e os Aliados, durante a II Guerra Mundial.
Esta batalha na verdade foi uma campanha naval dividida em quatro batalhas correlatas: Batalha do Mar de Sulu, Batalha do Estreito de Surigao, Batalha do Cabo Engaño e Batalha de Samar.
Os Aliados invadiram a ilha de Leyte para cortar a ligação e a linhas de suprimento entre o Japão e o resto das suas colónias do Sudeste Asiático, principalmente o fornecimento de petróleo para a marinha imperial japonesa. Os japoneses então reuniram todas as suas principais forças navais ainda em operação na guerra para reprimir o desembarque das tropas aliadas, mas falharam o seu objetivo, sendo derrotados e sofrendo pesadas baixas.
A batalha foi o último grande confronto naval da II Guerra Mundial, porque, após a sua derrota, a Marinha Imperial Japonesa deixou de ter condições de colocar em combate uma força naval significativa, e ficou sem combustível para os seus restantes navios, aguardando pelo fim da guerra ancorados nas suas águas territoriais. Foi em Leyte que aconteceram, pela primeira vez na guerra, os ataques suicidas, dos aviões kamikazes japoneses, contra a frota norte-americana, no teatro da Guerra do Pacífico.