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sexta-feira, março 29, 2024

Fernando Tordo - 76 anos

    
Fernando Travassos Tordo (Lisboa, 29 de março de 1948) é um cantor e compositor português. Compôs algumas das músicas mais emblemáticas do cancioneiro da língua portuguesa com o poeta José Carlos Ary dos Santos entre elas "Tourada", "Estrela da Tarde", "Lisboa Menina e Moça", "Cavalo à Solta", "Balada para os Nossos Filhos" e "O amigo que eu canto". Os seus temas são cantados por intérpretes como Carlos do Carmo, Mariza, Carminho, Amor Electro e Simone de Oliveira, entre outros. Venceu também o Festival RTP da Canção, em 1973 com "Tourada" e, em 1977, com "Portugal no Coração". É considerado uma figura tutelar da música portuguesa, pela extensão e originalidade da sua obra.
    

 

 

Cavalo à solta - Fernando Tordo

Minha laranja amarga e doce
Meu poema feito de gomos de saudade
Minha pena pesada e leve
Secreta e pura
Minha passagem para o breve
Breve instante da loucura
  
Minha ousadia, meu galope, minha rédea,
Meu potro doido, minha chama,
Minha réstia de luz intensa, de voz aberta
Minha denúncia do que pensa
Do que sente a gente certa
  
Em ti respiro, em ti eu provo
Por ti consigo esta força que de novo
Em ti persigo, em ti percorro
Cavalo à solta pela margem do teu corpo
   
Minha alegria, minha amargura,
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha laranja amarga e doce
Minha espada, poema feito de dois gumes
Tudo ou nada
Por ti renego, por ti aceito
Este corcel que não sossego
À desfilada no meu peito
   
Por isso digo canção, castigo
Amêndoa, travo, corpo, alma
Amante, amigo
Por isso canto, por isso digo
Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo
   
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura

 

terça-feira, fevereiro 13, 2024

Poema para Catarina...

Desenho de José Dias Coelho - daqui

 

RETRATO DE CATARINA EUFÉMIA
 
Da medonha saudade da medusa
que medeia entre nós e o passado
dessa palavra polvo da recusa
de um povo desgraçado.
 
Da palavra saudade a mais bonita
a mais prenha de pranto a mais novelo
da língua portuguesa fiz a fita encarnada
que ponho no cabelo.
 
Trança de trigo roxo
Catarina morrendo alpendurada
do alto de uma foice.
Soror Saudade Viva assassinada
pelas balas do sol
na culatra da noite.
 
Meu amor. Minha espiga. Meu herói
Meu homem. Meu rapaz. Minha mulher
de corpo inteiro como ninguém foi
de pedra e alma como ninguém quer.
 
 
José Carlos Ary dos Santos

quinta-feira, janeiro 18, 2024

Saudades de Ary...

 

Desfolhada Portuguesa - Simone de Oliveira
      

Corpo de linho
Lábios de mosto
Meu corpo lindo
Meu fogo posto
Eira de milho
Luar de Agosto
Quem faz um filho
Fá-lo por gosto

É milho-rei
Milho vermelho
Cravo de carne
Bago de amor
Filho de um rei
Que sendo velho
Volta a nascer
Quando há calor

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Minha raiz de pinho verde
Meu céu azul tocando a serra
Oh minha mágoa e minha sede
Oh mar ao sul da minha terra

É trigo loiro
É além tejo
O meu país
Neste momento
O sol o queima
O vento o beija
Seara louca em movimento

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Olhos de amêndoa
Cisterna escura
Onde se alpendra
A desventura
Moira escondida
Moira encantada
Lenda perdida
Lenda encontrada

Oh minha terra
Minha aventura
Casca de noz
Desamparada
Oh minha terra
Minha lonjura
Por mim perdida
Por mim achada

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal
De madrugada
Amor amor, amor amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada

 

Ary dos Santos morreu há quarenta anos...

(imagem daqui)
      
José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na história da música portuguesa por ter escrito poemas de quatro canções vencedoras participantes no Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
  
 
 
Desenho de José Dias Coelho - daqui

 

RETRATO DE CATARINA EUFÉMIA
 
Da medonha saudade da medusa
que medeia entre nós e o passado
dessa palavra polvo da recusa
de um povo desgraçado.
 
Da palavra saudade a mais bonita
a mais prenha de pranto a mais novelo
da língua portuguesa fiz a fita encarnada
que ponho no cabelo.
 
Trança de trigo roxo
Catarina morrendo alpendurada
do alto de uma foice.
Soror Saudade Viva assassinada
pelas balas do sol
na culatra da noite.
 
Meu amor. Minha espiga. Meu herói
Meu homem. Meu rapaz. Minha mulher
de corpo inteiro como ninguém foi
de pedra e alma como ninguém quer.
 
 
José Carlos Ary dos Santos 

Hoje é dia de cantar Ary dos Santos...

 

Meu Amor, Meu Amor
Poema de Ary dos Santos
Música de Alain Oulman

   
  

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

 

NOTA: Lhasa de Sela também contou esta música:

 

 


quinta-feira, dezembro 07, 2023

Ary dos Santos nasceu há 86 anos...

(imagem daqui)
      
José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na história da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções participantes no Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
  

 

quarta-feira, março 29, 2023

Fernando Tordo - 75 anos...!

    
Fernando Travassos Tordo (Lisboa, 29 de março de 1948) é um cantor e compositor português. Compôs algumas das músicas mais emblemáticas do cancioneiro da língua portuguesa com o poeta José Carlos Ary dos Santos entre elas "Tourada", "Estrela da Tarde", "Lisboa Menina e Moça", "Cavalo à Solta", "Balada para os Nossos Filhos" e "O amigo que eu canto". Os seus temas são cantados por intérpretes como Carlos do Carmo, Mariza, Carminho, Amor Electro e Simone de Oliveira, entre outros. Venceu também o Festival RTP da Canção, em 1973 com "Tourada" e, em 1977, com "Portugal no Coração". É considerado uma figura tutelar da música portuguesa, pela extensão e originalidade da sua obra.
    

 


Cavalo à solta - Fernando Tordo

Minha laranja amarga e doce
Meu poema feito de gomos de saudade
Minha pena pesada e leve
Secreta e pura
Minha passagem para o breve
Breve instante da loucura
  
Minha ousadia, meu galope, minha rédea,
Meu potro doido, minha chama,
Minha réstia de luz intensa, de voz aberta
Minha denúncia do que pensa
Do que sente a gente certa
  
Em ti respiro, em ti eu provo
Por ti consigo esta força que de novo
Em ti persigo, em ti percorro
Cavalo à solta pela margem do teu corpo
   
Minha alegria, minha amargura,
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha laranja amarga e doce
Minha espada, poema feito de dois gumes
Tudo ou nada
Por ti renego, por ti aceito
Este corcel que não sossego
À desfilada no meu peito
   
Por isso digo canção, castigo
Amêndoa, travo, corpo, alma
Amante, amigo
Por isso canto, por isso digo
Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo
   
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura

segunda-feira, fevereiro 13, 2023

Poema para a trágica aniversariante de hoje...

Desenho de José Dias Coelho - daqui

 

RETRATO DE CATARINA EUFÉMIA
 
Da medonha saudade da medusa
que medeia entre nós e o passado
dessa palavra polvo da recusa
de um povo desgraçado.
 
Da palavra saudade a mais bonita
a mais prenha de pranto a mais novelo
da língua portuguesa fiz a fita encarnada
que ponho no cabelo.
 
Trança de trigo roxo
Catarina morrendo alpendurada
do alto de uma foice.
Soror Saudade Viva assassinada
pelas balas do sol
na culatra da noite.
 
Meu amor. Minha espiga. Meu herói
Meu homem. Meu rapaz. Minha mulher
de corpo inteiro como ninguém foi
de pedra e alma como ninguém quer.
 
 
José Carlos Ary dos Santos

quarta-feira, janeiro 18, 2023

Hoje é dia de ouvir a poesia de Ary dos Santos ser cantada

 

Meu Amor, Meu Amor
Poema de Ary dos Santos
Música de Alain Oulman

   
  

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

 

NOTA: Lhasa de Sela também contou esta música:



Ary dos Santos morreu há 39 anos...

(imagem daqui)
    
José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na história da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções participantes no Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
  

 


Desfolhada Portuguesa - Simone de Oliveira
      

Corpo de linho
Lábios de mosto
Meu corpo lindo
Meu fogo posto
Eira de milho
Luar de Agosto
Quem faz um filho
Fá-lo por gosto

É milho-rei
Milho vermelho
Cravo de carne
Bago de amor
Filho de um rei
Que sendo velho
Volta a nascer
Quando há calor

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Minha raiz de pinho verde
Meu céu azul tocando a serra
Oh minha mágoa e minha sede
Oh mar ao sul da minha terra

É trigo loiro
É além tejo
O meu país
Neste momento
O sol o queima
O vento o beija
Seara louca em movimento

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Olhos de amêndoa
Cisterna escura
Onde se alpendra
A desventura
Moira escondida
Moira encantada
Lenda perdida
Lenda encontrada

Oh minha terra
Minha aventura
Casca de noz
Desamparada
Oh minha terra
Minha lonjura
Por mim perdida
Por mim achada

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal
De madrugada
Amor amor, amor amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada

quarta-feira, dezembro 21, 2022

Saudades de Carlos do Carmo...

Carlos do Carmo nasceu há oitenta e três anos...

  
Carlos do Carmo, nome artístico de Carlos do Carmo de Ascensão de Almeida (Lisboa, 21 de dezembro de 1939Lisboa, 1 de janeiro de 2021), foi um cantor e intérprete de fado português.
  

 


quarta-feira, dezembro 07, 2022

Ary dos Santos nasceu há 85 anos...

(imagem daqui)
      
José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na história da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções participantes no Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
  

 


Desfolhada Portuguesa -  Simone de Oliveira

 

Corpo de linho
Lábios de mosto
Meu corpo lindo
Meu fogo posto
Eira de milho
Luar de Agosto
Quem faz um filho
Fá-lo por gosto

É milho-rei
Milho vermelho
Cravo de carne
Bago de amor
Filho de um rei
Que sendo velho
Volta a nascer
Quando há calor

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Minha raiz de pinho verde
Meu céu azul tocando a serra
Oh minha mágoa e minha sede
Oh mar ao sul da minha terra

É trigo loiro
É além tejo
O meu país
Neste momento
O sol o queima
O vento o beija
Seara louca em movimento

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Olhos de amêndoa
Cisterna escura
Onde se alpendra
A desventura
Moira escondida
Moira encantada
Lenda perdida
Lenda encontrada

Oh minha terra
Minha aventura
Casca de noz
Desamparada
Oh minha terra
Minha lonjura
Por mim perdida
Por mim achada

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal
De madrugada
Amor amor, amor amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada

Hoje é dia de ouvir a poesia de Ary dos Santos ser cantada...

 

 
Menina do Alto da Serra - Tonicha
 

Menina de olhar sereno
Raiando pela manhã
De seio duro e pequeno
Num coletinho de lã

Menina cheirando a feno
Casado com hortelã

Menina que no caminho
Vais pisando formosura
Trazes nos olhos um ninho
Todo em penas de ternura

Menina de andar de linho
Com um ribeiro à cintura

Menina da saia aos folhos
Quem na vê fica lavado
Água da sede dos olhos
Pão que não foi amassado
Menina do riso aos molhos
Minha seiva de pinheiro
Menina da saia aos folhos
Alfazema sem canteiro

Menina de corpo inteiro
Com tranças de madrugada
Que se levanta primeiro
Do que a terra alvoroçada

Menina de corpo inteiro
Com tranças de madrugada

Menina da saia aos folhos
Quem na vê fica lavado
Água da sede dos olhos
Pão que não foi amassado
Menina de fato novo
Avé-Maria da terra
Rosa brava rosa povo
Brisa do alto da serra

Rosa brava rosa povo
Brisa do alto da serra

terça-feira, março 29, 2022

Porque hoje é dia de ouvir Fernando Tordo...

 

Cavalo à solta - Fernando Tordo/Ary dos Santos

Minha laranja amarga e doce
Meu poema feito de gomos de saudade
Minha pena pesada e leve
Secreta e pura
Minha passagem para o breve
Breve instante da loucura
  
Minha ousadia, meu galope, minha rédea,
Meu potro doido, minha chama,
Minha réstia de luz intensa, de voz aberta
Minha denúncia do que pensa
Do que sente a gente certa
  
Em ti respiro, em ti eu provo
Por ti consigo esta força que de novo
Em ti persigo, em ti percorro
Cavalo à solta pela margem do teu corpo
   
Minha alegria, minha amargura,
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha laranja amarga e doce
Minha espada, poema feito de dois gumes
Tudo ou nada
Por ti renego, por ti aceito
Este corcel que não sossego
À desfilada no meu peito
   
Por isso digo canção, castigo
Amêndoa, travo, corpo, alma
Amante, amigo
Por isso canto, por isso digo
Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo
   
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura

terça-feira, janeiro 18, 2022

Poema cantado adequada à data...

 

Meu Amor, Meu Amor
Poema de Ary Dos Santos
Música de Alain Oulman

   
  

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

Ary dos Santos morreu há 38 anos...

(imagem daqui)
  
José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na história da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções participantes no Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
  

 


Desfolhada Portuguesa - Simone de Oliveira

Corpo de linho
Lábios de mosto
Meu corpo lindo
Meu fogo posto
Eira de milho
Luar de Agosto
Quem faz um filho
Fá-lo por gosto

É milho-rei
Milho vermelho
Cravo de carne
Bago de amor
Filho de um rei
Que sendo velho
Volta a nascer
Quando há calor

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Minha raiz de pinho verde
Meu céu azul tocando a serra
Oh minha mágoa e minha sede
Oh mar ao sul da minha terra

É trigo loiro
É além tejo
O meu país
Neste momento
O sol o queima
O vento o beija
Seara louca em movimento

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal de madrugada
Amor amor amor amor amor presente
Em cada espiga desfolhada

Olhos de amêndoa
Cisterna escura
Onde se alpendra
A desventura
Moira escondida
Moira encantada
Lenda perdida
Lenda encontrada

Oh minha terra
Minha aventura
Casca de noz
Desamparada
Oh minha terra
Minha lonjura
Por mim perdida
Por mim achada

Minha palavra dita à luz do sol nascente
Meu madrigal
De madrugada
Amor amor, amor amor, amor presente
Em cada espiga desfolhada

terça-feira, dezembro 21, 2021

terça-feira, dezembro 07, 2021

Ary dos Santos nasceu há 84 anos

(imagem daqui)
    
José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na história da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções participantes no Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
  

 

segunda-feira, março 29, 2021

Fernando Tordo - 73 anos

    
Fernando Travassos Tordo (Lisboa, 29 de março de 1948) é um cantor e compositor português. Compôs algumas das músicas mais emblemáticas do cancioneiro da língua portuguesa com o poeta José Carlos Ary dos Santos entre elas "Tourada", "Estrela da Tarde", "Lisboa Menina e Moça", "Cavalo à Solta", "Balada para os Nossos Filhos" e "O amigo que eu canto". Os seus temas são cantados por intérpretes como Carlos do Carmo, Mariza, Carminho, Amor Electro e Simone de Oliveira, entre outros. Venceu também o Festival RTP da Canção, em 1973 com "Tourada" e, em 1977, com "Portugal no Coração". É considerado uma figura tutelar da música portuguesa pela extensão e originalidade da sua obra.