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quinta-feira, fevereiro 29, 2024

Nunca mais chega o Dia de São Nunca...

(imagem daqui)

São Nunca é um santo fictício utilizado na expressão idiomática «no dia de São Nunca», usada como uma locução adverbial de tempo. Esta expressão é usada quando alguém se quer referir a um acontecimento que é impossível, improvável, hipotético ou que só acontecerá num futuro distante. Por vezes é reforçada acrescentando “à tarde” no final da frase. É, grosso modo, uma das formas populares da expressão latina «ad kalendas græcas» («nas calendas gregas»), assim como «quando os porcos voarem», “quando as galinhas tiverem dentes” ou «nem que a vaca tussa».
  
Equivalente noutras línguas
  • alemão: Sankt Nimmerlein ou Sankt Nimmerleinstag
  • francês: à la saint-Glinglin, aux calendes grecques, quand les poules auront des dents
  • latim: ad kalendas græcas
  • neerlandês: Sint-juttemis
  • espanhol : cuando las ranas críen pelo
  • inglês : never in a month of Sundays, and pigs might fly

Statue de sint-juttemis, le saint Glinglin néerlandais, à Breda (Pays-Bas) en 2008

Teorias
De acordo com várias comunidades na internet têm-se vindo a discutir a existência de um dia, e a luta pela atribuição de uma data de celebração tem sido constante. Uma das possíveis datas é o dia 1 de novembro, assim como também é a mais aceite pelas comunidades uma vez que é Dia de Todos os Santos, São Nunca também estaria incluído.
Outra teoria prende-se no facto de que por três vezes na história, houve períodos em que existiu a data 30 de Fevereiro. Esse dia, por não "existir" (da forma comum) é também chamado de "dia de São Nunca", um "santo" evidentemente fictício representando que esse dia "nunca vai chegar". – 30 de fevereiro . Em 1929, a ex-URSS, introduziu um calendário revolucionário no qual todos os meses tinham 30 dias, e os outros 5 ou 6 dias que sobravam eram feriados e não pertenciam a nenhum mês. Sendo assim, em 1930 e 1931 houve 30 de fevereiro, mas 1932 os meses voltaram ao normal. Outro caso, foi em 1295 em que Sacrobosco publicou no seu livro, a especulação de que o imperador César Augusto retirou um mês de fevereiro e o colocou em Agosto, assim nomeado em sua homenagem, para não ficar atrás dos 31 dias do mês de Julho, que possuía homenagem à Caio Júlio César. A criação do mês pelo imperador e seus dias estão corretos. Na especulação, Sacrobosco ainda diz que naquela época o mês de fevereiro tinha 29 dias e portanto os anos bissextos entre 45 a.C. e 8 d.C. tinham o dia 30 de fevereiro no seu calendário. Os últimos casos foram na Suécia, em 1712, e na ex-União Soviética, em 1931, devido à mudança para o calendário gregoriano.


Almanaque sueco de 1712, com a indicação de 30 de fevereiro

O dia 30 de fevereiro existiu somente em três vezes na história, em contrapartida de fevereiro ser um mês com 28 dias no calendário gregoriano (29 em anos bissextos). Esse dia, por não "existir" no calendário comum, é também chamado de "dia de São Nunca", um "santo" evidentemente fictício representando que esse dia "nunca vai chegar".  

Suécia
O calendário gregoriano, implantado em 1582, não foi prontamente seguido por todos os países. Em novembro de 1699, quando a Suécia (cujo reino incluía na época a Finlândia) planeou mudar do calendário juliano para o gregoriano, havia uma diferença de 11 dias entre eles. O planeado seria omitir o dia extra dos anos bissextos entre 1700 e 1740, incluindo-os(*). Assim a mudança seria gradual, mas não foi seguida após seu primeiro ano de implantação. Desta forma, 1700 não foi bissexto na Suécia, mas 1704 e 1708 sim, contrariando o plano. Com isto, o calendário sueco ficou um dia à frente do calendário juliano, mas ainda dez atrás do gregoriano. Assim, em 1711 os suecos resolveram abandonar o sistema, já que o calendário por eles adotado não tinha correspondentes em qualquer outro país, criando uma enorme confusão. Portanto 1712 foi bissexto e ainda incluiu um dia a mais, o 30 de fevereiro para voltar em sincronia com o calendário juliano. A mudança sueca para o calendário gregoriano foi finalmente realizada em 1753, com a exclusão de 11 dias, onde 17 de fevereiro daquele ano foi seguido por 1 de março.
(*) dependendo da fonte utilizada a regra é outra: entre 1700 e 1711 omitir-se-ia 1 dia por ano. Mas só foi seguido em 1700. A correção em 1712 seria a mesma para voltar ao calendário juliano.

União Soviética
Em 1929, a União Soviética introduziu um calendário revolucionário no qual todos os meses tinham 30 dias e os outros 5 ou 6 dias eram feriados não pertencentes a meses. Em 1930 e 1931, houve portanto um 30 de fevereiro, mas em 1932 os meses voltaram ao sistema tradicional.
  
Calendários alternativos
O chamado Symmetry454 Calendar, é uma proposta diferente de calendário e contém o dia 30 de fevereiro.
    

sábado, fevereiro 29, 2020

Nunca mais chega o Dia de São Nunca...

(imagem daqui)

São Nunca é um santo fictício utilizado na expressão idiomática «no dia de São Nunca», usada como uma locução adverbial de tempo. Esta expressão é usada quando alguém se quer referir a um acontecimento que é impossível, improvável, hipotético ou que só acontecerá num futuro distante. Por vezes é reforçada acrescentando “à tarde” no final da frase. É, grosso modo, uma das formas populares da expressão latina «ad kalendas græcas» («nas calendas gregas»), assim como (bater o pé), «quando os porcos voarem», “quando as galinhas tiverem dentes” ou «nem que a vaca tussa».
  
Equivalente noutras línguas
  • alemão: Sankt Nimmerlein ou Sankt Nimmerleinstag
  • francês: à la saint-Glinglin, aux calendes grecques, quand les poules auront des dents
  • latim: ad kalendas græcas
  • neerlandês: Sint-juttemis
  • espanhol : cuando las ranas críen pelo
  • inglês : never in a month of Sundays, and pigs might fly

Statue de sint-juttemis, le saint Glinglin néerlandais, à Breda (Pays-Bas) en 2008

Teorias
De acordo com várias comunidades na internet têm-se vindo a discutir a existência de um dia, e a luta pela atribuição de uma data de celebração tem sido constante. Uma das possíveis datas é o dia 1 de novembro, assim como também é a mais aceite pelas comunidades uma vez que é Dia de Todos os Santos, São Nunca também estaria incluído.
Outra teoria prende-se no facto de que por três vezes na história, houve períodos em que existiu a data 30 de Fevereiro. Esse dia, por não "existir" (da forma comum) é também chamado de "dia de São Nunca", um "santo" evidentemente fictício representando que esse dia "nunca vai chegar". – 30 de fevereiro . Em 1929, a ex-URSS, introduziu um calendário revolucionário no qual todos os meses tinham 30 dias, e os outros 5 ou 6 dias que sobravam eram feriados e não pertenciam a nenhum mês. Sendo assim, em 1930 e 1931 houve 30 de fevereiro, mas 1932 os meses voltaram ao normal. Outro caso, foi em 1295 em que Sacrobosco publicou no seu livro, a especulação de que o imperador César Augusto retirou um mês de fevereiro e o colocou em Agosto, assim nomeado em sua homenagem, para não ficar atrás dos 31 dias do mês de Julho, que possuía homenagem à Caio Júlio César. A criação do mês pelo imperador e seus dias estão corretos. Na especulação, Sacrobosco ainda diz que naquela época o mês de fevereiro tinha 29 dias e portanto os anos bissextos entre 45 a.C. e 8 d.C. tinham o dia 30 de fevereiro no seu calendário. Os últimos casos foram na Suécia, em 1712, e na ex-União Soviética, em 1931, devido à mudança para o calendário gregoriano.


Almanaque sueco de 1712, com a indicação de 30 de fevereiro

O dia 30 de fevereiro existiu somente em três vezes na história, em contrapartida de fevereiro ser um mês com 28 dias no calendário gregoriano (29 em anos bissextos). Esse dia, por não "existir" no calendário comum, é também chamado de "dia de São Nunca", um "santo" evidentemente fictício representando que esse dia "nunca vai chegar".  

Suécia
O calendário gregoriano, implantado em 1582, não foi prontamente seguido por todos os países. Em Novembro de 1699, quando a Suécia (em cujo reino se incluía na época a Finlândia) planeou mudar do calendário juliano para o gregoriano, havia uma diferença de 11 dias entre eles. O planeado seria omitir o dia extra dos anos bissextos entre 1700 e 1740, incluindo-os(*). Assim a mudança seria gradual, mas não foi seguida após seu primeiro ano de implantação. Desta forma, 1700 não foi bissexto na Suécia, mas 1704 e 1708 sim, contrariando o plano. Com isto, o calendário sueco ficou um dia à frente do calendário juliano, mas ainda dez atrás do gregoriano. Assim, em 1711 os suecos resolveram abandonar o sistema, já que o calendário por eles adotado não tinha correspondentes em qualquer outro país, criando uma enorme confusão. Portanto 1712 foi bissexto e ainda incluiu um dia a mais, o 30 de fevereiro para voltar em sincronia com o calendário juliano. A mudança sueca para o calendário gregoriano foi finalmente realizada em 1753, com a exclusão de 11 dias, onde 17 de fevereiro daquele ano foi seguido por 1 de março.
(*) dependendo da fonte utilizada a regra é outra: entre 1700 e 1711 omitir-se-ia 1 dia por ano. Mas só foi seguido em 1700. A correção em 1712 seria a mesma para voltar ao calendário juliano.

União Soviética
Em 1929, a União Soviética introduziu um calendário revolucionário no qual todos os meses tinham 30 dias e os outros 5 ou 6 dias eram feriados não pertencentes a meses. Em 1930 e 1931, houve portanto um 30 de fevereiro, mas em 1932 os meses voltaram ao sistema tradicional.
  
Calendários alternativos
O chamado Symmetry454 Calendar, é uma proposta diferente de calendário e contém o dia 30 de fevereiro.
    

segunda-feira, janeiro 04, 2010

O estranho caso do senhor que nasceu no dia de Natal e que faz anos hoje


Hoje, relembra-nos o Google (com a a imagem anterior - mais um Google Doodle), faz anos Sir Isaac Newton, recorrendo à ilustração da fantasiosa ideia de que a Lei da Gravitação Universal lhe surgiu quando, estando no campo para fugir a um surto de peste que grassava em Londres, lhe caiu uma maçã em cima enquanto dormitava debaixo de uma macieira.

Curiosamente, embora tendo nascido em 4 de Janeiro de 1643, no seu dia da nascimento comemorava-se o Natal no seu país, pois a protestante Albion ainda não tinha aceite o católico calendário gregoriano (o mesmo que ainda hoje usamos e que é universal), o que deu origem a este equívoco e a outros - um dos mais engraçados é o episódio sueco do famoso dia 30 de Fevereiro, também conhecido como Dia de São Nunca...

Isaac Newton


Mas, hoje, o importante é recordar o cientista - usemos a Wikipédia para tal:

Sir Isaac Newton (Woolsthorpe, 4 de Janeiro de 1643 — Londres, 31 de Março de 1727) foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrónomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.

A sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes em História da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.

Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que o movimento de objectos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.

Em uma pesquisa promovida pela instituição Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.

(...)

Universidade e resumo das suas realizações

Newton estudou no Trinity College de Cambridge, tendo-se graduado em 1665. Um dos principais precursores do Iluminismo, seu trabalho científico sofreu forte influência de seu professor e orientador Barrow (desde 1663), e de Schooten, Viète, John Wallis, Descartes, dos trabalhos de Fermat sobre rectas tangentes a curvas; de Cavalieri, das concepções de Galileu Galilei e Johannes Kepler.

Em 1663, formulou o teorema hoje conhecido como Binômio de Newton. Fez suas primeiras hipóteses sobre gravitação universal e escreveu sobre séries infinitas e o que chamou de teoria das fluxões (1665), o embrião do Cálculo Diferencial e Integral. Por causa da peste negra, o Trinity College foi fechado em 1666 e o cientista foi para casa de sua mãe em Woolsthorpe. Foi neste ano de retiro que construiu quatro de suas principais descobertas: o Teorema Binomial, o cálculo, a Lei da Gravitação Universal e a natureza das cores. Construiu o primeiro telescópio de reflexão em 1668, e foi quem primeiro observou o espectro visível que se pode obter pela decomposição da luz solar ao incidir sobre uma das faces de um prisma triangular transparente (ou outro meio de refracção ou de difracção), atravessando-o e projectando-se sobre um meio ou um anteparo branco, fenómeno este conhecido como Dispersão Luminosa. Optou, então, pela teoria corpuscular de propagação da luz, enunciando-a em (1675) e contrariando a teoria ondulatória de Huygens.

Tornou-se professor de matemática em Cambridge (1669) e entrou para a Royal Society (1672). Sua principal obra foi a publicação Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios matemáticos da filosofia natural - 1687), em três volumes, na qual enunciou a lei da gravitação universal (3º volume), generalizando e ampliando as constatações de Kepler, e resumiu suas descobertas, principalmente o cálculo. Essa obra tratou essencialmente sobre física, astronomia e mecânica (leis dos movimentos, movimentos de corpos em meios resistentes, vibrações isotérmicas, velocidade do som, densidade do ar, queda dos corpos na atmosfera, pressão atmosférica, etc).

De 1687 a 1690 foi membro do Parlamento Britânico, em representação da Universidade de Cambridge. Em 1696 foi nomeado Warden of the Mint e em 1701 Master of the Mint, dois cargos burocráticos da casa da moeda britânica. Foi eleito sócio estrangeiro da Académie des Sciences em 1699 e tornou-se presidente da Royal Society em 1703. Publicou, em Cambridge, Arithmetica universalis (1707), uma espécie de livro-texto sobre identidades matemáticas, análise e geometria, possivelmente escrito muitos anos antes (talvez em 1673).