sexta-feira, junho 19, 2020

Aung San Suu Kyi faz hoje 75 anos

 
Aung San Suu Kyi (Rangum, 19 de junho de 1945), é uma política de oposição birmanesa, vencedora do Prémio Nobel da Paz em 1991 e secretária-geral da Liga Nacional pela Democracia (LND). Suu Kyi é a terceira dos filhos de Aung San, considerado o pai da Birmânia moderna (atual Mianmar). Durante a eleição geral de 1990, a LND, partido liderado por Suu Kyi, obteve 59% dos votos em todo o país, conquistando 81% (392 de 485) dos assentos no parlamento - o que deveria fazer dela a primeira-ministra da Birmânia. No entanto, pouco antes das eleições, foi detida e colocada em prisão domiciliar, condição em que viveu por quase 15 dos 21 anos que decorreram desde o seu regresso à Birmânia, em 20 de julho de 1989, até sua libertação, depois de forte pressão internacional, em 13 de novembro de 2010. Ao longo desses anos, Suu Kyi foi uma das mais notórias prisioneiras políticas do mundo. Em 2010, após ser libertada, boicotou as eleições daquele ano, exigindo mais abertura política contra o governo dos militares. Em 2015, liderou o seu partido numa vitória esmagadora nas eleições legislativas. Como não podia concorrer à presidência, devido a uma cláusula na constituição (Aung San era casada com um estrangeiro e tinha filhos estrangeiros), o cargo de Conselheiro de Estado foi criado para ela.
Por muito tempo considerada um ícone pela liberdade, desde que foi apontada como Conselheira de Estado, Aung San Suu tem sido criticada dentro e fora de Myanmar pelas suas ações dentro do governo do país. Segundo os seus detratores, não demonstrou qualquer simpatia ou interesse em resolver a questão da perseguição ao povo Rohingya, em 2016, no estado de Rakhine, e recusou-se a aceitar ou reconhecer que o exército de Myanmar perpetrou qualquer massacre. Ao longo da sua gestão no governo, Myanmar intensificou a perseguição aos jornalistas.
   

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