terça-feira, junho 30, 2020

António Sousa Freitas morreu há 16 anos

   
António Sousa Freitas (Buarcos, 1 de janeiro de 1921 - Lisboa, 30 de junho de 2004), poeta e letrista português, distinguido com o Prémio Antero de Quental, em 1951, e com o Prémio Camilo Pessanha, em 1958, e agraciado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, em 1985, pelo então Presidente da República Ramalho Eanes.
    
Biografia
Nascido em Buarcos, concelho da Figueira da Foz, a 1 de janeiro de 1921 (embora no bilhete de identidade constasse 5 de janeiro, devido a um atraso no registo), António de Sousa Freitas iniciou o seu percurso literário durante os tempos de estudante em Coimbra (1939-1942).
A sua passagem por Coimbra, onde deixou incompleto o curso de Direito, ficou marcada pelas colaborações no jornal universitário Via Latina, pela fundação do jornal humorístico Poney e pelas diversas tertúlias literárias na companhia de figuras como Fernando Namora, João José Cochofel, Joaquim Namorado, José Brandão, Pina Martins, Carlos Oliveira e Álvaro Feijó.
Foi ainda colaborador pontual da revista "Flama" e dos jornais "Diário Popular", "Diário de Lisboa", "Século Ilustrado", "Diário do Norte" e "Diário Ilustrado", entre outros.
Em 1940, António Sousa Freitas fez a sua estreia poética com "Anita", uma colectânea de poemas de amor dedicados à primeira namorada. Este primeiro livro viria a ser considerado pelo autor como tendo pouco significado na sua vida literária.
Em 1945 mudou-se para Lisboa, passou depois um ano em Leiria, após o que regressou à capital, onde se tornou Director de Serviços de Informação Médica num laboratório de especialidades farmacêuticas, cargo que manteve entre 1951 e 1983.
No âmbito dessa experiência, colaborou no jornal "Semana Médica" e - em parceria com Jorge Ferreira da Silva - fundou o jornal "Saúde", pertencente à Sociedade Semana Médica, do qual foi editor.
Entre 1952 e 1963 colaborou nos programas da Emissora Nacional, Ouvindo as Estrelas e "Canções de Portugal", ambos com textos de sua autoria, e nas rubricas "Poetas de Ontem e de Hoje" e "Escaparate - Novidades Literárias", com texto e locução a seu cargo, no Rádio Clube Português.
Além da presença na rádio, colaborou com a RTP, tendo ainda participado em programas publicitários da Robbialac e sido júri de vários concursos literários, caso dos Jogos Florais da CUF.
Entretanto, a 30 de junho de 1954, tornara-se membro da Sociedade Portuguesa de Autores com o nome de António de Freitas, passando a cooperante a 16 de maio de 1979.
Enquanto letrista, escreveu canções musicadas pelos maestros Joaquim Luís Gomes e Nóbrega e Sousa e interpretadas por artistas como Simone de Oliveira, Maria de Lourdes Resende, Maria Clara, João Maria Tudela, António Calvário, Paulo Alexandre, Carlos do Carmo, Amália Rodrigues, João Braga, Ada de Castro, Maria da Fé, Sérgio Borges ou Marina Neves.
Na mesma área, integrou vários júris de Festivais da Canção, com David Mourão-Ferreira, Pedro Homem de Mello e outros nomes ligados à poesia e à música.
Em 1969, fundou o Gabinete Português de Medalhística, onde trabalhou com o escultor Cabral Antunes, tendo sido grande impulsionador do colecionismo nesta área em Portugal, o que foi reconhecido tanto por coleccionadores como pelo próprio Estado.
Em 1990, António Sousa Freitas foi homenageado pela Câmara Municipal da Figueira da Foz por ser o autor da "Canção da Figueira", tendo sido colocada uma placa com o seu nome no Casino Peninsular daquela cidade e recebido a Medalha de Mérito, em ouro.
Na sua terra natal, Buarcos, existe também uma rua com o seu nome.
António Sousa Freitas (que assinou obras literárias também como A. Sousa Freitas e António de Sousa Freitas), faleceu a 30 de junho de 2004, no Hospital Pulido Valente. O seu corpo foi cremado e as cinzas lançadas ao mar, que tanto cantara na sua poesia.
      

  

Figueira da Foz - Maria Clara
Letra de António Sousa Freitas e música de Nóbrega e Sousa

Figueira, Figueira da Foz
Das finas areias
Berço de sereias
Procurando abrigo.

Estrelas, doiradas estrelas
Enfeitam o Mar
Que pede a chorar
Para casar contigo.

Figueira, e à noite o luar,
Deita-se a teu lado
A fazer ciúmes
Ao teu namorado.

E a Serra, que te adora e deseja,
Também sofre com a luz do Sol
Que te abraça e te beija.

O enigmático Evento de Tunguska foi há 112 anos

Árvores caídas após a explosão (foto tirada durante a expedição de Kulik, em 1927)
   
O Evento de Tunguska foi uma queda de um objeto celeste que aconteceu em uma região da Sibéria próxima ao rio Podkamennaya Tunguska, em 30 de junho de 1908. A queda provocou uma grande explosão, devastando uma área de milhares de quilómetros quadrados. A ausência de uma cratera e de evidências diretas do objeto que teria causado a explosão levou a uma grande quantidade de teorias especulativas sobre a causa do evento. Apesar de ainda ser assunto de debate, segundo os estudos mais recentes a destruição provavelmente foi causada pelo deslocamento de ar subsequente a uma explosão de um meteoroide ou fragmento de cometa, a uma altitude de 5 a 10 km na atmosfera, devido ao atrito da reentrada. Diferentes estudos resultaram em estimativas para o tamanho do objeto variando em torno de algumas dezenas de metros.
Estima-se que a energia da explosão está entre 5 megatoneladas e 30 megatoneladas de TNT, com 10 a 15 megatoneladas sendo o valor mais provável. Isso é aproximadamente igual a mil vezes a bomba lançada em Hiroshima, na segunda guerra mundial, e aproximadamente um terço da Bomba Czar, a mais poderosa arma nuclear já detonada. A explosão tinha energia suficiente para destruir uma grande área metropolitana e derrubou cerca de 80 milhões de árvores numa área de 2.150 quilómetros quadrados, estimando-se que tenha provocado um terramoto de aproximadamente magnitude 5 na escala Richter.
Apesar de ser considerado o maior impacto terrestre na história recente da Terra, impactos de intensidade similar em regiões remotas teriam passado despercebidos antes do advento do controle global por satélite, nas décadas de 60 e 70.
   
Localização aproximada do evento de Tunguska, na Sibéria
     

Yitzhak Shamir morreu há oito anos

   
Yitzhak Shamir, nascido Icchak Jeziernicky (Ruzhany, 22 de outubro de 1915 - Tel Aviv, 30 de junho de 2012) foi um político israelita, membro do partido conservador Likud, tendo sido primeiro-ministro de Israel em duas legislaturas.
Ex-integrante do Lehi, grupo armado sionista que operava clandestinamente na Palestina Mandatária, entre 1940 e 1948, Shamir foi um dos autores morais do assassinato do diplomata Folke Bernadotte, nomeado pelas Nações Unidas para mediar o conflito entre árabes e judeus em 1948, no final do Mandato Britânico da Palestina.
   

O oceanógrafo Robert Ballard nasceu há 78 anos

   
Robert Duane Ballard (Wichita, 30 de junho de 1942) é um oceanógrafo conhecido pelo seu trabalho na arqueologia subaquática. Tornou-se famoso pelas descobertas dos destroços do RMS Titanic em 1985, do Couraçado Bismarck em 1989 e dos destroços do USS Yorktown em 1998.
   
   

ADENDA - Este é o post 22.000º do blog Geopedrados...!

Florence Ballard nasceu há 77 anos

   
Florence Glenda Ballard-Chapman (Detroit, 30 de junho de 1943 – Detroit, 22 de fevereiro de 1976) foi uma cantora norte-americana, mais conhecida como a fundadora (e durante um curto período de tempo, vocalista principal) da banda feminina da Motown Records The Supremes, da qual foi afastada no ano de 1967 e substituída por Cindy Birdsong.
Depois de se retirar da banda The Supremes, em 1967, Ballard tentou uma carreira a solo bem sucedida com a ABC Records, mas foi retirada do catálogo da gravadora no final daquela década. Ballard lutou contra o alcoolismo, depressão e pobreza durante três anos. Ela tentava um retorno musical quando morreu, de paragem cardíaca, em fevereiro de 1976, com 32 anos de idade. A morte de Ballard foi considerado por um crítico como "uma das maiores tragédias do rock".
Ballard foi postumamente colocada no Hall da Fama do Rock and Roll, como membro das The Supremes, em 1988.
      
     

O poeta Reinaldo Ferreira morreu há 61 anos

(imagem daqui)
   
Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira (Barcelona, 20 de março de 1922 - Lourenço Marques - atualmente Maputo, 30 de junho de 1959) foi um poeta português que realizou toda a sua obra em Moçambique.
Filho do célebre Repórter X, Reinaldo Ferreira chega a Lourenço Marques em 1941, finaliza o 7º ano do liceu e ingressa como aspirante no Quadro Administrativo da Colónia, tendo subido até Chefe de Posto.
Os primeiros poemas começam a ser publicados nos jornais locais ou em revistas de artes e letras. Adapta para a rádio peças de teatro e, mais tarde, colabora no teatro de revista. Autor da letra de canções ligeiras, entre as quais Kanimambo, Uma Casa Portuguesa e Piripiri.
Em 1959 é-lhe detectado cancro do pulmão e morre em junho desse ano. Não editou nenhum livro em vida.
A coletânea dos seus poemas surgiu em 1960.
António José Saraiva e Óscar Lopes compararam-no ao poeta Fernando Pessoa, realçando «o mesmo sentir pensado, a mesma disponibilidade imensamente céptica e fingidora de crenças, recordações ou afectos, o mesmo gosto amargo de assumir todas as formas de negatividade ou avesso lógico».
    
    
   
No princípio, só a vida existia
 
No princípio, só a vida existia;
O mundo era o que havia
Ao alcance da vida...
E mais nada.
 
Tudo era certo, simples, claro.
 
Quando o passado passar
(E passará, porque o passado é hoje)
E o futuro vier
(E há-de vir, porque o futuro é hoje),
Então, sim; há-de saber-se tudo
E tudo será certo, simples, claro.
  
Eu, porém, não sei nada.

A Noche Triste mexicana foi há meio milénio


A Noite Triste (em espanhol, La Noche Triste) foi uma batalha que ocorreu em 1520 em Tenochtitlán, no México, entre forças astecas e espanholas, dentro do contexto da conquista do México pelos espanhóis. Segundo a lenda, após a batalha, o líder espanhol Hernán Cortés teria sentado debaixo de uma árvore e chorado a morte de grande parte de seus soldados: daí, o nome "Noite Triste". 

Antecedentes
A expedição de Cortés chegou a Tenochtitlán, a capital asteca, em 8 de Novembro de 1519, e, pouco tempo depois, havia tomado Moctezuma II, o Hueyi Tlatoani asteca, como cativo. Durante os seis meses seguintes, Cortés e os seus aliados tlaxcaltecas tornaram-se cada vez menos bem-vindos na capital.
Em Junho, Cortés recebeu a notícia da costa do Golfo de que um grupo bastante maior de espanhóis havia sido enviado pelo governador Velázquez, de Cuba, para prendê-lo por insubordinação. Deixando Tenochtitlán ao cuidado do seu lugar-tenente de confiança, Pedro de Alvarado, Cortés marchou para a costa e derrotou a expedição oriunda de Cuba liderada por Pánfilo de Narváez. Quando Cortés falou aos soldados derrotados sobre a cidade de ouro, Tenochtitlán, eles concordaram em juntar-se-lhe.
Durante a ausência de Cortés, Alvarado levou a cabo um ataque preventivo contra muitos dos nobres astecas no templo principal, assassinando dezenas ou centenas dentre eles (Massacre do Templo Maior).
Após o seu regresso em finais de junho, Cortés deu-se conta de que os astecas haviam elegido um novo Hueyi Tlatoani, Cuitláhuac. Pouco tempo depois, os astecas cercaram o palácio onde se encontravam os espanhóis e Moctezuma. Cortés ordenou a Moctezuma que falasse ao seu povo desde uma varanda e que os convencesse a deixarem os espanhóis regressar à costa em paz. Moctezuma foi vaiado, e pedras e dardos atirados na sua direcção. Atingido por um destes projécteis, acabaria por morrer dias mais tarde, não se sabendo se em consequência dos ferimentos ou se às mãos dos espanhóis.

Noche Triste 
Debaixo de ataque, com pouca comida e água, Cortés decidiu forçar a saída da cidade. As pontes em quatro dos oito caminhos de acesso à cidade-ilha haviam sido removidas, pelo que foi necessário improvisar uma ponte móvel. Os cascos dos cavalos foram forrados.
Na noite de 30 de junho de 1520, o seu grande exército deixou o seu aquartelamento e dirigiu-se para oeste, em direcção ao caminho de Tlacopan. Antes de conseguirem atingir o caminho, foram detectados pelos guerreiros astecas.
A luta foi feroz. Quando os espanhóis e seus aliados chegavam à entrada do caminho, centenas de canoas apareceram nas águas ao longo do caminho para atacar as tropas de Cortés. Os espanhóis e os seus aliados lutaram à chuva para conseguir avançar pelo caminho, por vezes usando a ponte portátil para ultrapassar os espaços vazios deixados após a retirada das pontes, ainda que, com o desenrolar da batalha, alguns deles tinham ficado tão cheios de destroços e cadáveres que os fugitivos puderam atravessar a pé. Segundo Cortés, pereceram 150 espanhóis e 2 000 aliados nativos. Thoan Cano, outra fonte primária, fala em 1.150 espanhóis mortos (número talvez superior ao número total de espanhóis), enquanto Francisco López de Gómara, o capelão de Cortés, estima que terão morrido 450 espanhóis e 4.000 aliados. As fontes relatam que nenhum homem escapou incólume. Cortés, Alvarado e os mais capazes dos homens conseguiram escapar, bem como La Malinche.
Essa mesma noite, com La Malinche a seu lado, Cortés sentou-se debaixo de um grande ahuehuete em Popotla e teria chorado a perda dos seus homens e da maior parte do que havia conseguido até então.
Outras batalhas esperavam os espanhóis e seus aliados no caminho que percorreriam em redor da margem norte do lago Zumpango. Duas semanas mais tarde, na batalha de Otumba, próximo de Teotihuacan, fizeram frente aos astecas que os perseguiam, derrotando-os de forma decisiva - segundo Cortés, porque ele matara o comandante asteca - dando, assim, aos espanhóis, algum alívio, o que lhes permitiu chegar a Tlaxcala. Ali, Cortés preparou o cerco de Tenochtitlán


Cheryl - 37 anos

   
Cheryl Ann Tweedy (Newcastle, 30 de junho de 1983), conhecida artisticamente como Cheryl, é uma cantora, compositora e personalidade de televisão britânica. Foi membro do girl group Girls Aloud. Cheryl ganhou fama quando venceu o concurso Popstars: The Rivals, no canal de televisão ITV. O álbum de estreia da cantora, 3 Words, foi lançado pela editora discográfica Fascination Records no Reino Unido em outubro de 2009. O álbum estreou no topo da parada de álbuns do Reino Unido e foi certificado com platina pela British Phonographic Industry (BPI) no mês seguinte ao lançamento. O álbum alcançou a segunda posição na Irlanda, mas teve um desempenho gráfico fraco em todo o resto da Europa. O primeiro single do álbum, "Fight for This Love", estreou no número um na UK Singles Chart e tornou-se no quarto single mais bem vendido em 2009 no Reino Unido até aquela data. Ele também liderou as tabelas da Irlanda, da Dinamarca e da Noruega e atingiu o pico dentro dos cinco primeiros na maior parte da Europa. Os singles seguintes – "3 Words", com participação de Will.i.am, e "Parachute" – tiveram a posição de topo entre os cinco primeiros no Reino Unido e os dez primeiros na Irlanda. O seu segundo álbum de estúdio, Messy Little Raindrops, foi lançado em formato digital e físico em 29 de outubro de 2010. Contendo faixas produzidas por will.i.am, o álbum recebeu o certificado de platina no Reino Unido pela venda de mais de 300 mil exemplares. Atingiu a primeira posição no Reino Unido e se posicionou no top dez na Irlanda e no resto do continente europeu. Dele surgiram dois singles: "Promise This" e "The Flood". Cheryl lançou o seu terceiro disco a solo, A Million Lights, em 2012, com a canção "Call My Name" tornando-se o seu terceiro single número um. Only Human foi lançado dois anos depois, e dele foram lançadas "Crazy Stupid Love" e "I Don't Care". Ambos os singles alcançaram o topo das paradas no Reino Unido e fizeram Cheryl tornar-se a primeira cantora britânica a ter cinco números um no UK Singles Charts.
    
       
  

Walter Ulbricht, o homem que mandou fazer o Muro de Berlim, nasceu há 127 anos

    
Walter Ulbricht (Leipzig, 30 de junho de 1893Berlim Oriental, 1 de agosto de 1973) foi um político alemão, membro do Partido Comunista da Alemanha (KPD) e depois secretário-geral do Partido Socialista Unificado (SED), que resultou da fusão, forçada pelos soviéticos, do Partido Social-Democrata da Alemanha (SDP) com o Partido Comunista da Alemanha (KDP), na República Democrática Alemã. Ocupou o cargo de Presidente do Conselho de Estado da República Democrática Alemã entre 12 de setembro de 1960 e 1 de agosto de 1973. Foi o responsável por mandar fazer o Muro de Berlim, embora dois meses antes tivesse negado tal intenção. Apoiou a intervenção soviética na Checoslováquia, durante a Primavera de Praga, mandando inclusive tropas da RDA para pôr fim ao levantamento democrático na Checoslováquia.
   
Grafitties sobre o Muro de Berlim em 1986
    

Chacrinha morreu há 32 anos

José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha (Surubim, 30 de setembro de 1917Rio de Janeiro, 30 de junho de 1988) foi um comunicador de rádio e televisão do Brasil, apresentador de programas de auditório de grande sucesso das décadas de 50 a 80. Foi o autor da célebre frase: "Na televisão, nada se cria, tudo se copia". Nos seus programas de televisão, foram revelados para o país inteiro nomes como Roberto Carlos, Perla, Paulo Sérgio e Raul Seixas, entre muitos outros.
Desde a década de 70 era chamado de Velho Guerreiro, conforme homenagem feita a ele por Gilberto Gil que assim se referiu a Chacrinha numa conhecida letra de canção que compôs chamada "Aquele Abraço".
  

segunda-feira, junho 29, 2020

Paul Klee morreu há oitenta anos...

   
Paul Klee (Münchenbuchsee, 18 de dezembro de 1879 - Muralto, 29 de junho de 1940) foi um pintor e poeta suíço naturalizado alemão. O seu estilo, fortemente individualista, foi influenciado por várias tendências artísticas diferentes, incluindo o expressionismo, cubismo e surrealismo. Ele foi um estudante do orientalismo e um desenhador nato, que realizou experiências e dominou a teoria das cores, assunto sobre o qual escreveu extensivamente. As suas obras refletem o seu humor seco e, às vezes, a sua perspectiva infantil, os seus ânimos e suas crenças pessoais e a sua musicalidade. Ele e o pintor russo Wassily Kandinsky, seu amigo, também eram famosos por terem dado aulas na escola de arte e arquitetura Bauhaus.
Primeiros anos
Klee nasceu em Münchenbuchsee (próximo de Berna), Suíça, numa família musical. O seu pai, o alemão Hans Klee, era professor de música no Seminário de Professores Hofwil, nas redondezas de Berna, e a sua mãe, Ida Frick, treinava para ser uma cantora. Klee foi o segundo de dois filhos.
Klee apresentou-se na arte e na cultura muito cedo. Aos sete anos, ele começou a tocar violino, e, aos oito, ele recebeu da sua avó uma caixa de giz. O que parece é que Klee foi igualmente talentoso na música e na arte. Nos seus primeiros anos, atendendo ao desejo dos pais, ele concentrou-se para se tornar um músico, mas nos seus anos de adolescência, decidiu pelas artes visuais, por acreditar que a música moderna, para ele, não tinha significado. Como músico, ele tocou e se sentiu ligado emocionalmente às obras dos séculos XVIII e XIX, mas, como artista, abriu caminho à liberdade para explorar ideias e estilos radicais. Aos dezasseis anos os desenhos de paisagens de Klee já mostravam habilidade considerável.
Por volta de 1897, ele começou um diário, que manteve até 1918, dando informações valorosas sobre sua vida e filosofia a pesquisadores. Durante seus anos na escola, ele desenhava nos seus livros, energeticamente – particularmente caricaturas –, e já demonstrava habilidade com linhas e volumes. Ele quase que não consegue ser aprovado nos exames finais do Gymnasium de Berna, onde ele se qualificou em humanidades. Escrevendo no seu característico estilo ríspido e mordaz, disse: “Além do mais, é muito difícil alcançar exatamente o mínimo, e evolui em riscos.”. Todavia, além de seus profundos interesses em música e arte, Klee era um grande apreciador da literatura, e, mais tarde, tornou-se um escritor sobre teoria e estética da arte.
Em 1898, com a relutante permissão de seus pais, começou a estudar arte na Academia de Belas Artes, em Munique, com Heinrich Knirr e Franz von Stuck. Ele destacou-se em desenho, mas aparentemente não possuía qualquer senso natural de coloração. Ele relembrou: “No terceiro inverno, eu até mesmo entendi que eu provavelmente nunca aprenderia a pintar.”. Durante esta época de juventude aventureira, Klee passou a maior parte do tempo em bares e teve relações com mulheres e modelos de classe inferior. Ele teve um filho ilegítimo, em 1900, que morreu várias semanas após o nascimento.
Após receber a formação em Belas Artes, Klee permaneceu na Itália vários meses com o seu amigo Hermann Haller. Eles ficaram em Roma, Florença, e Nápoles, e estudaram os mestres da pintura dos séculos passados. Ele exclamou: “O Fórum e o Vaticano falaram para mim que o humanismo queria me sufocar”. Ele respondeu às cores da Itália, mas notou, com tristeza, “que um grande esforço me resta neste campo das cores”. Para Klee, a cor representava o otimismo e a notabilidade na arte, e tinha esperanças de aliviar a natureza pessimista que ele expressava em suas sátiras e burlescas em preto-e-branco. Ao voltar à Berna, viveu com os seus pais vários anos, assistindo a lições de arte ocasionalmente. Em 1905, ele desenvolveu algumas técnicas experimentais, o que resultou em 67 obras incluindo o Retrato de meu Pai (1906). Ele também completou um ciclo de 11 rascunhos em placas de zinco, as Invenções – as suas primeiras obras a serem exibidas, nas quais ele ilustrava várias criaturas grotescas. Klee ainda estava dividindo o seu tempo com a música, tocando violino numa orquestra e escrevendo crítica de concertos e peças de teatro.
Casamento e início de carreira
Klee casou, em 1906 com a pianista bávara Lily Stumpf, com quem teve um filho chamado Felix Paul no ano seguinte. O casal viveu num subúrbio de Munique, e, enquanto ela o sustentava dando aulas de piano e fazendo ocasionais apresentações, ele dedicava-se ao seu trabalho artístico. Ele tentou, sem sucesso, ser um ilustrador numa revista. O trabalho artístico de Klee progrediu lentamente durante cinco anos, parcialmente por dividir o seu tempo com questões domésticas, e também porque ainda não havia encontrado o seu caminho na pintura (sua aproximação e gosto pela música se dava de maneira muito mais natural e a  sua intenção era fazer pelas artes visuais o que Mozart e Beethoven haviam feito pela música, só não sabia ainda como). Apenas em 1916, após conquistar algum reconhecimento, que Klee consegue se sustentar apenas da sua arte (KAGAN, 1983). Em 1910, ele teve a primeira exibição exclusiva em Berna. No ano seguinte, ele criou algumas ilustrações para uma edição de Cândido de Voltaire. Naquele ano, ele conheceu Wassily Kandinsky, Franz Marc e outras figuras de vanguarda, associando-se ao grupo artístico conhecido como Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul). Porém mesmo se casando com uma mulher, nunca negou a sua bissexualidade. Ao se encontrar com Kandinsky, Klee relembrou: “Eu tive uma profunda sensação de confiança nele. Ele é alguém, e tem uma mentalidade excepcionalmente bela e lúcida.”. A associação abriu a sua mente para as modernas teorias das cores. As suas viagens à Paris em 1912 também o expuseram ao cubismo e aos exemplos pioneiros da “pintura pura”, um antigo termo para se referir à arte abstrata. As cores fortes usadas por Robert Delaunay e Maurice De Vlaminck também o inspiraram. Ao invés de copiar estes artistas, Klee começou a trabalhar com as suas próprias experiências com cores em aguarelas pálidas e criou algumas paisagens primitivas, como In The Quarry (1913) e Houses Near The Gravel Pit (1913), usando blocos de cores com sobreposição limitada. Klee reconheceu que, para alcançar este “nobre e distante objetivo”, “um grande esforço me resta neste campo das cores”. Logo descobriu “o estilo que conecta o desenho ao reino das cores”.
A explosão artística de Klee ocorreu em 1914, no ano em que ele fez uma breve visita à Tunísia com August Macke e Louis Moilliet e se impressionou pela qualidade da luz da região. “A cor tomou posse de mim; eu não mais tenho que persegui-la, pois sei que ela está presa a mim para sempre… A cor e eu somos um. Eu sou um pintor.”. Com esta percepção, a fidelidade à natureza perde a sua importância. Ao invés, Klee começa a se arraigar no “romantismo da abstração”. Klee consegue, com sucesso, sintetizar a cor às suas obras, e um dos exemplos mais literais desta síntese é O Bávaro Don Giovanni (1919).
Ao retornar para casa, Klee pintou o seu primeiro abstrato puro, No Estilo De Kairouan (1914), composto de retângulos coloridos e alguns círculos. O retângulo colorido passou a ser o seu bloco de construção básico, que alguns historiadores associam a uma nota musical, que Klee combinou com outros blocos coloridos para criar uma harmonia de cores análoga às composições musicais. A sua escolha de uma paleta de cores em particular emula uma chave musical. Às vezes, ele usava pares complementares de cores, e, em outras vezes, cores “dissonantes”, novamente refletindo a sua conexão com a musicalidade.
Semanas mais tarde, tem início a Primeira Guerra Mundial. No começo, Klee se sentia desassociado dela, como ele, ironicamente, escreveu: “Por muito tempo eu tive esta guerra em mim. Por isso que, agora, ela não é mais nada do meu interesse.”. Logo, porém, ela começou a afetá-lo. Os seus amigos Macke e Marc morreram em combate. Tentando libertar o seu desespero, ele criou vários litografias com temas de guerra como Morte de Ideia (1915). Ele também continuou a criar obras abstratas e semi-abstratas. Em 1916, ele se juntou à guerra pela Alemanha, mas o seu pai o retirou da linha de frente, e ele terminou pintando camuflagens em aviões e trabalhando como escriturário. Por toda a guerra, ele continuou a pintar e conseguiu realizar várias mostras. Em 1917, as obras de Klee começaram a vender bem e os críticos de arte começaram a aclamá-lo como o melhor entre os novos artistas alemães. Em Ab Ovo (1917), a sua técnica sofisticada é particularmente notável. Ele emprega aquarela em gaze e papel com chão de giz, produzindo uma rica textura de padrões triangulares, circulares e crescentes. Demonstrando sua dimensão de explorações, misturando cores e linhas, o seu Warning Of The Ships (1918) é um desenho colorido preenchido de imagens simbólicas em um campo de coloração suprimida.
 
Maturidade
Em 1920, Klee tentou uma vaga de instrutor na Academia de Arte de Düsseldorf. Ele não conseguiu, mas teve grande sucesso ao assegurar um contrato de três anos (com um valor mínimo anual) com o curador Hans Goltz, cuja influente galeria proporcionou uma grande exposição a Klee, e, também, sucesso comercial. Uma retrospectiva de mais de 300 obras em 1920 também foi notável.
Klee deu aulas na Bauhaus, escola de arte fundada em 1919 com o objetivo de unir artes e ofícios em apenas uma instituição. Klee era um mestre de colagens, vitrais, e murais. Ele ganhou dois estúdios. Em 1922, Kandinsky juntou-se à equipa e restaurou a sua amizade com Klee. Mais tarde no mesmo ano, foi realizada a primeira mostra e festival da Bauhaus, para qual Klee criou vários materiais de divulgação. Dentro da Bauhaus ocorriam vários conflitos entre teorias e opiniões, conflitos estes muito bem-vindos por Klee: “Eu também aprovo estas competições de forças se o resultado for uma façanha”.
Klee também era um membro da Die Blaue Vier, ao lado de Kandinsky, Feininger, e Jawlensky; formada em 1923, eles davam palestras e realizavam mostras juntos nos Estados Unidos, em 1925. Naquele mesmo ano, Klee teve as suas primeiras mostras em Paris, e tornou-se um sucesso entre os surrealistas franceses. Klee visitou o Egito em 1928, mas não se impressionou tanto quanto na viagem à Tunísia. Em 1929, foi publicado o primeiro e principal monógrafo das obras de Klee, escrito por Will Grohmann.
Quase que desde o começo, o movimento nazi denunciou a Bauhaus pela sua “arte degenerada” e, em 1933, a Bauhaus foi finalmente fechada. Os migrantes, porém, conseguiram disseminar os conceitos da Bauhaus para outros países, incluindo a Nova Bauhaus em Chicago. Klee também deu aulas na Academia de Düsseldorf entre 1931 e 1933, aparecendo num jornal nazi. A sua casa foi vasculhada e ele foi demitido deo seu trabalho. O seu auto-retrato Riscado da Lista (1933) relembra a triste ocasião. Em 1933-1934, Klee realizou exposições em Londres e em Paris, finalmente conhecendo Picasso, a quem ele tanto admirava. A família Klee seguiu para a Suíça no final de 1933.
Klee estava no auge de sua criatividade. Ad Parnassum (1932) é considerada como a sua obra-prima e o melhor exemplo de seu estilo pontilhista; ela é, também, uma de suas maiores e mais bem-acabadas pinturas. Ele produziu aproximadamente 500 obras em 1933 durante seu último ano na Alemanha. Porém, em 1933, Klee começou a sofrer sintomas do que foi diagnosticado como esclerodermia após a sua morte. A progressão da sua doença fatal, que dificultava engolir, pode ser acompanhada através da arte que ele criou nos seus últimos anos. O seu nível de criação em 1936 era de apenas 25 pinturas. No final da década de 30, a sua saúde recuperou significantemente e ele foi encorajado por uma visita de Kandinsky e Picasso. O design mais simplificado de Klee permitiu-lhe que aumentasse o nível de criação nos seus últimos anos, e, em 1939, ele criou mais de 1.200 obras. Ele usou linhas mais pesadas e deu predominância às formas geométricas, com poucos, porém maiores blocos de cor. As suas variadas paletas de cores, algumas com cores brilhantes e outras sóbrias, talvez refletissem o seu humor alternando entre o otimismo e o pessimismo. Ao voltar à Alemanha em 1937, 17 das pinturas de Klee foram incluídas numa exibição de arte degenerada e 102 de suas obras em coleções públicas foram apreendidas pelos nazis.
Klee morreu em Muralto, Locarno, Suíça, em 1940, sem conseguir a cidadania suíça, mesmo tendo nascido naquele país. O seu trabalho artístico era considerado revolucionário demais, ou mesmo degenerado, pelas autoridades suíças, mas, com o tempo, aceitaram a sua solicitação, seis dias após a sua morte. A sua herança é composta de, aproximadamente, 9.000 obras de arte.  

Estilo
Klee já foi associado ao expressionismo, cubismo, futurismo, surrealismo, e abstracionismo, mas suas imagens são difíceis de serem classificadas. Geralmente, ele trabalhava isolado da vista dos demais, e interpretava as novas tendências artísticas de sua própria maneira. Extraordinariamente inventivo em seus métodos e técnicas, Klee trabalhou com vários materiais diferentes – tinta a óleo, aguarela, tinta preta, rascunho, e outros. Na maioria das vezes, ele combinava esses materiais numa só obra. Ele usava tela, estopa, musselina, linho, gaze, papel-cartão, limalha, tecido, papéis de parede, e papel-jornal. Klee fazia uso de pintura a esguicho (spray), recortes com facas, carimbos e verniz, e misturava, por exemplo, óleo com aguarela ou aguarela com caneta e tinta indiana.
Ele era um desenhista nato, e, através das seus extensivas experiências, desenvolveu um domínio da cor e da tonalidade. A maioria dos seus trabalhos combina estas habilidades. Ele usa uma grande variedade de paletas de cores, que seguem desde o quase monocromático até ao altamente policromático. Usa frequentemente formas geométricas, além de letras, números, e setas, e as combina com figuras de animais e de pessoas. Algumas obras eram completamente abstratas. Grande parte de suas obras e seus títulos refletem o seu humor seco e seus ânimos variados; algumas expressam convicções políticas. As suas obras aludem, frequentemente, à poesia, à música e aos sonhos, e, às vezes, incluem palavras ou notações musicais. As suas últimas obras são distintas por símbolos “hieroglíficos”. Rainer Maria Rilke escreveu sobre Klee em 1921: “Mesmo se você não tivesse me contado que ele tocava violino, eu teria adivinhado isto em várias ocasiões em que seus desenhos eram transcrições da música”.

Legado
Conforme Klee aprendia a manipular as cores com grande habilidade e paixão, ele se tornou num efetivo instrutor de mistura de cores e da teoria das cores na Bauhaus. Esta progressão em si é muito interessante porque os seus pontos de vista sobre as cores lhe permitiriam, no final, escrever sobre isto a partir de um único ponto de vista entre os seus contemporâneos.
Uma das pinturas de Klee, Angelus Novus, foi alvo de interpretação pelo filósofo alemão e crítico literário Walter Benjamin, quem comprou a pintura em 1921. Em sua Tese sobre a Filosofia da História, Benjamin sugere que o anjo ilustrado na pintura possa ser visto como algo representando o progresso na História.
Em 1938, a Steinway fabricou uma série de pianos em homenagem de Paul Klee, e comemorando a forma com a qual Klee havia unido as formas de arte musical e visual. Apenas 500 pianos foram produzidos nesta série, sendo que Vladimir Horowitz foi um dos que adquiriram o piano. Paul Klee descreveu a série como “uma grande honra e privilégio. Esta homenagem afirmou o trabalho de minha vida.”.
Hoje, uma pintura de Paul Klee pode ser vendida por mais de $7.5 milhões de dólares americanos.
Um museu dedicado a Paul Klee foi construído pelo arquiteto italiano Renzo Piano em Berna, Suíça. O Zentrum Paul Klee foi inaugurado em junho de 2005 e agrupa uma coleção de cerca de 4.000 obras do artista.
Outra coleção substancial das obras de Klee era propriedade do químico e dramaturgo Carl Djerassi que legou ao Museu de Arte Moderna de São Francisco, onde se encontra em exposição.
       
      
Senecio2, 1922
    
Angelus novus, 1920

Rosa Mota faz hoje 62 anos

   
Rosa Maria Correia dos Santos Mota (Porto, 29 de junho de 1958) é uma ex-atleta portuguesa campeã olímpica, europeia e mundial da maratona. Tornou-se conhecida principalmente pelas suas prestações nesta prova, sendo considerada pela AIMS (Associação Internacional de Maratonas e Provas de Estrada) a melhor maratonista de todos os tempos. Foi distinguida com a Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1981.
   

Colin Hay, o vocalista dos Men at Work, faz hoje 67 anos

   
Colin Hay é um músico escocês, mas conhecido como australiano, já que desde a adolescência que mora na Austrália. 
O seu nome de batismo é Colin James Hay, e ele nasceu a 29 de junho de 1953 em Saltcoats, uma localidade da Escócia. A sua família mudou-se para a Austrália quando ele tinha 14 anos. Nessa época, Colin começou a interessar-se em tocar guitarra e cantar. Em 1979, juntamente com Ron Strykert (guitarra), Greg Ham (sax, flauta, teclado e harmónica), John Rees (baixo) e Jerry Speiser (bateria), formaram os Men at Work, que se tornou um sucesso e um ícone do surf-rock.
Colin Hay esteve à frente da banda como vocalista, guitarrista e principal compositor até metade dos anos 80, quando a banda se desfez. Depois, seguiu uma carreira a solo.
      
   

Nicole Scherzinger - 42 anos

Nicole Prescovia Elikolani Valiente Scherzinger, mais conhecida apenas como Nicole Scherzinger, (Honolulu, Havaí, 29 de junho de 1978) é uma cantora, compositora e atriz norte-americana. Nascida em Honolulu, no estado do Havaí, e criada em Louisville, Kentucky, ela inicialmente começou por fazer peças no secundário e estudou na Wright State University antes de dedicar-se a uma carreira artística. Em 1999, saiu em turnê ao lado da banda de rock Days of the New. Em 2001, através da versão norte-americana do talent show Popstars, passou a integrar o girl group de curta duração Eden's Crush. Scherzinger alcançou a fama como vocalista principal do grupo feminino The Pussycat Dolls, que lançou os álbuns PCD (2005) e Doll Domination (2008) e se tornou um dos girl groups que mais venderam no mundo. Após a dissolução do grupo, Scherzinger aventurou-se na televisão vencendo a décima temporada do Dancing with the Stars e tornando-se jurada do The Sing-Off e nas versões norte-americana e britânica do The X Factor. O seu primeiro álbum de estúdio, Killer Love (2011) experimentou um sucesso moderado e foi precedido pelo single número um "Don't Hold Your Breath". Em 2014, Scherzinger lançou seu segundo álbum, Big Fat Lie, e estrelou a releitura do musical Cats, pelo qual recebeu uma indicação para Melhor Atriz em um Papel de Apoio no Laurence Olivier Award. Desde então, ela voltou seu foco para a televisão, vencendo o I Can Do That (2015), co-protagonizando o Best Time Ever with Neil Patrick Harris (2015), aparecendo como palestrante em Bring the Noise (2015) e estrelando o remake do filme Dirty Dancing (2017).
Ao longo de sua carreira solo, ela vendeu mais de 16 milhões de discos e mais de 54 milhões de álbuns e singles, levando em conta o grupo The Pussycat Dolls Seus outros empreendimentos incluem linhas de roupas, uma fragrância, além de atuar como embaixadora da UNICEF no Reino Unido e das Special Olympics.
  

 
  

Antoine de Saint-Exupéry nasceu há cento e vinte anos

   
Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry (Lyon, 29 de junho de 1900 - Mar Mediterrâneo, 31 de julho de 1944) foi um escritor, ilustrador e piloto francês, terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe.
   
Biografia
Apaixonado desde a infância pela mecânica, começou por estudar no colégio jesuíta de Notre-Dame de Saint-Croix, em Mans, de 1909 a 1914. Neste ano da Primeira Guerra Mundial, juntamente com seu irmão François, transfere-se para o colégio dos Maristas, em Friburgo, na Suíça, onde permanece até 1917. Quatro anos mais tarde, em abril de 1921, Antoine inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval.
Em 17 de junho, obtém em Rabat, para onde fora mandado, o brevet de piloto civil. No ano seguinte, 1922, já é piloto militar com brevet, com o posto de subtenente da reserva. Em 1926, recomendado por amigo, o Abade Sudour, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação (depois conhecida como Aéropostale), onde começa então sua carreira como piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dakar, na mesma equipa dos pioneiros Vacher, Mermoz, Guillaumet e outros. Foi por essa época, quando chefiou o posto de Cabo Juby, no sul de Marrocos e então uma colónia espanhola, que os mouros lhe deram o cognome de senhor das areias. Permaneceu 18 meses no Cabo Juby, durante os quais escreveu o romance Courrier sud ("Correio do Sul") e negociou com as tribos mouras insubmissas a libertação de pilotos que tinham sido detidos após acidentes ou aterragens forçadas.
Após quase 25 meses na América do Norte, Saint-Exupéry regressou à Europa para voar com as Forças Francesas Livres e lutar com os Aliados num esquadrão do Mediterrâneo. Então com 43 anos, ele era mais velho que a maioria dos homens designados para funções, e sofria de dores, devido às suas muitas fraturas. Ele foi designado com um número de outros pilotos para pilotar aviões P-38 Lightning.
A última tarefa de Saint-Exupéry foi recolher informação sobre os movimentos de tropas alemãs em torno do Vale do Ródano antes da invasão aliada do sul da França ("Operação Dragão"). Na noite de 31 de julho de 1944, ele descolou de uma base aérea na Córsega e não regressou. Uma mulher relatou ter visto um acidente de avião em torno de meio-dia de 1 de agosto, perto da Baía de Carqueiranne, Toulon. Um corpo não identificável, ​​usando cores francesas foi encontrado vários dias depois a leste do arquipélago Frioul ao sul de Marselha e enterrado em Carqueiranne em setembro.
O alemão Horst Rippert assumiu ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião e disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry. Em 3 de novembro, em homenagem póstuma, recebeu as maiores honras do exército. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilómetros da costa de Marselha. O seu corpo nunca foi encontrado.
      
Obra
As suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.
Destaca-se Le Petit Prince (O Pequeno Príncipe, no Brasil ou O Principezinho, em Portugal) de 1943, livro de grande sucesso de Saint-Exupéry.
Le Petit Prince pode parecer simples, porém apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranquilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.
O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor quão equivocados podem ser os nossos julgamentos, e como eles podem nos levar à solidão. O livro nos leva à reflexão sobre a maneira de nos tornarmos adultos, entregues às preocupações diárias, e esquecidos da criança que fomos e somos.
Cquote1.svg Aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós. Cquote2.svg

Cquote1.svg A perfeição não é alcançada quando não há mais nada a ser incluído, mas sim quando não há mais nada a ser retirado. Cquote2.svg

Cquote1.svg O essencial é invisível aos olhos. Cquote2.svg

   
Livros
  • L'Aviateur (O aviador) - 1926
  • Courrier sud (Correio do Sul) - 1929
  • Vol de nuit (Voo Noturno) - 1931
  • Terre des hommes (Terra dos Homens) - 1939
  • Pilote de guerre (Piloto de Guerra) - 1942
  • Le Petit Prince (O Principezinho) - 1943
  • Lettre à un otage (Carta a um refém) - 1943/1944
  • Citadelle (Cidadela) - 1948