sexta-feira, outubro 19, 2018

Há 97 anos a I república mostrava a sua verdadeira face

A infame camioneta (imagem daqui)
    
A Noite Sangrenta é a designação pela qual ficou conhecida a revolta radical de marinheiros e arsenalistas, que ocorreu em Lisboa a 19 de outubro de 1921, no decurso da qual foram assassinados, entre outros, António Granjo, então presidente do Ministério, Machado dos Santos e José Carlos da Maia, dois dos históricos da Proclamação da República Portuguesa, o comandante Freitas da Silva, secretário do Ministro da Marinha, e o coronel Botelho de Vasconcelos, antigo apoiante de Sidónio Pais, no Arsenal da Marinha.
Na origem da revolta esteve a demissão do governo de Liberato Pinto, e a sua condenação a um ano de detenção (confirmada a 10 de setembro de 1921, pelo Conselho Superior de Disciplina do Exército), um conjunto de militares ligados àquela força policial, a que se juntaram militares do Exército e da Armada, que se sublevou.
    
Os trágicos acontecimentos da noite de 19 de outubro de 1921 inspiraram um espectáculo de teatro, O Mistério da Camioneta Fantasma, e a mini-série da RTP, Noite Sangrenta, ambas produções de 2010, ano em que se comemorava o centenário da implantação da República Portuguesa.
   
    
NOTA: a república e os republicanos tentaram, durante anos, apagar este triste episódio da História de Portugal (e continuam ainda - as referências ao mesmo vão sendo, sucessivamente, apagadas misteriosamente dos livros e da Internet...); felizmente há quem não deixe esquecer este momento, que ilustra muito bem o que foi a bandalheira da I república e dos seus adeptos. Havendo ainda alguns que preservam e defendem a sua memória, há que recordar na sua totalidade este período trágico da nossa História.

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