segunda-feira, novembro 06, 2017

Há dois séculos a morte de Carlota de Gales pôs de luto a Grã-Bretanha

Carlota de Gales (Londres, 7 de janeiro de 1796 - Surrey, 6 de novembro de 1817) foi a única filha do malfadado casamento entre Jorge, Príncipe de Gales (futuro rei Jorge IV do Reino Unido) e Carolina de Brunsvique.
Os pais de Carlota odiavam-se ainda antes de o seu casamento ser arranjado e separaram-se pouco depois. O príncipe Jorge deixou Carlota ao cuidado de várias governantas e criadas, mas ainda assim não permitia que houvesse muito contacto entre ela e a sua mãe, a princesa Carolina, que eventualmente acabaria por deixar o país. À medida que Carlota aproximava da idade adulta, o seu pai pressionou-a para se casar com o príncipe-herdeiro Guilherme de Orange, que se tornaria mais tarde rei dos Países Baixos, mas, pouco depois de ter aceitado, Carlota rompeu o noivado. Esta decisão resultou numa série de disputas entre a princesa e o pai até que, finalmente, o Príncipe de Gales lhe deu permissão para se casar com o duque Leopoldo de Saxe-Coburgo-Saalfeld, que se tornaria posteriormente o rei da Bélgica. Depois de um casamento feliz, que pouco durou, Carlota morreu ao dar à luz um filho, natimorto.
A morte de Carlota provocou uma grande onda de luto por toda a Grã-Bretanha, que tinha considerado a princesa como um sinal de esperança, por contrastar com o seu pai, pouco popular, e com o seu avô, que era louco. Como era a única neta legitima do rei Jorge III, passou a existir uma pressão cada vez mais crescente para que os filhos solteiros do rei se casassem e tivessem herdeiros legítimos. O quarto filho do rei, Eduardo Augusto, Duque de Kent e Strathearn, foi posteriormente o pai da rainha Vitória.

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