domingo, outubro 22, 2017

Ève Curie, a última dos Curie, morreu há dez anos

Ève Denise Curie Labouisse (Paris, 6 de dezembro de 1904 - Nova Iorque, 22 de outubro de 2007) foi uma escritora, pianista/concertista, crítica musical, jornalista e humanista francesa, filha de Marie Curie e Pierre Curie, e irmã de Irène Joliot-Curie. Éve Curie foi a única pessoa da sua família mais chegada a não receber um Prémio Nobel. Escreveu a biografia de sua mãe, que se transformou num filme em 1943.
Em 1937 publicou a biografia de sua mãe, falecida em 4 de julho de 1934, vítima de leucemia; o seu pai falecera em 19 de abril de 1906, atropelado por uma carruagem, na rua Dauphine em Paris, e a irmã Irene faleceu a 17 de março de 1956, aos 58 anos, também vítima de leucemia.
Ève Curie foi pianista, crítica musical, jornalista e humanista, realizando inúmeras palestras em defesa da liberdade. Como pianista de concertos tocou na França e na Bélgica; escreveu em diversos jornais da França como crítica musical. Escreveu dois livros biográficos:
Na II Guerra Mundial, o regime de Vichy retirou-lhe a sua cidadania francesa, pelo que se mudou para os Estados Unidos. Após a guerra foi editora do jornal francês Paris-Press nos começo dos anos 50; também foi consultora especial na secretaria geral da OTAN.
Em 1954 casou-se com Henry Richardson Labouisse, posteriormente embaixador dos Estados Unidos na Grécia, de 1965 a 1979, diretor executivo da UNICEF e agraciado com o Prémio Nobel da Paz quando a UNICEF foi premiada em 1965, tendo morrido em 1987. Com isso, ainda que indiretamente, Ève Curie seguiu a tradição da sua família, ganhando o Prémio Nobel, pois os seus pais, Pierre e Marie Curie, ganharam o Prémio Nobel de Física em 1903, por trabalho conjunto com Antoine Becquerel; Marie Curie o Prémio Nobel de Química em 1911; e a sua irmã Iréne Juliot-Curie foi vencedora, em conjunto com o marido Jean Frédéric Joliot-Curie, do Prémio Nobel de Química, em 1935.

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