domingo, novembro 16, 2014

Morreu D. Fernando Mascarenhas, o 12.º Marquês de Fronteira...

Armas de Mascarenhas chefe, in Livro do Armeiro-Mor (1509) - armas dos Condes da Torre (1638) e Marqueses de Fronteira (1670)

O título de Marquês de Fronteira foi um título nobiliárquico de Portugal. Foi atribuído por carta de D. Afonso VI de 7 de Janeiro de 1670 a D. João de Mascarenhas, 2.º Conde da Torre, como recompensa pelos seus feitos militares na Guerra da Restauração (1640-1668), e por ter apoiado D. Pedro II contra D. Afonso VI em 1667-1668.
Este Conde da Torre foi quem, já como Marquês de Fronteira, mandou construir o Palácio Fronteira, nos arredores de Lisboa. Ainda hoje em posse da família, este belo conjunto arquitectónico e paisagístico é um dos melhores exemplos de uma casa nobre da época em Portugal.
Tal como a quase totalidade da alta nobreza portuguesa do Antigo Regime, a linhagem e os seus títulos foram descritos por D. António Caetano de Sousa nas Memorias Historicas e Genealogicas dos Grandes de Portugal.
A Casa de Fronteira destaca-se por ter sido, das casas nobres portuguesas, uma das que melhor sobreviveu a crise do Antigo Regime e do século XIX em Portugal, nomeadamente a Revolução Liberal do Porto em 1820 e logo as Guerras Liberais de 1828-1834, e as suas consequências para a alta nobreza. Hoje, para além do palácio e seus jardins, a Casa Fronteira possui também ainda, como vestígio do antigo Condado da Torre, a Herdade da Torre no concelho de Ponte de Sor, gerida desde 1963 como Sociedade Agrícola do Condado da Torre. Com 7.236 hectares, esta é uma das maiores propriedades nobres de Portugal.
Em 1987, a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, com fins culturais, científicos, e educativos, foi instituída por Fernando Mascarenhas, na altura o representante destes título.
 
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D. Fernando José Fernandes Costa Mascarenhas (Lisboa, 17 de abril de 1945 - Lisboa, 12 de novembro de 2014), 13.º Conde da Torre, 13.º Conde de Assumar, 12.º Conde de Coculim, 9.º Marquês de Alorna e 12.º Marquês de Fronteira. Casado duas vezes, não deixou filhos já que um problema endócrino, detectado quando tinha 14 anos, o impossibilitava de gerar descendência. Como sucessor, designou o seu sobrinho António, vontade expressa no Sermão ao Meu Sucessor – Notas para Uma Ética da Sobrevivência.
 
 
(imagem daqui)

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