quinta-feira, maio 22, 2014

Há 54 anos o sismo mais forte registado cientificamente arrasou com o Chile

Vista de uma rua no centro de Valdivia após o sismo

O Sismo de Valdivia de 1960, também conhecido como Grande Sismo do Chile, foi o mais violento sismo já registrado cientificamente. Ocorreu no dia 22 de maio de 1960, no Chile.
Atingiu todo centro-sul do Chile, incluindo as cidades de Valdivia e Concepción, registrando 9,5 pontos na escala de magnitude de momento, o que o tornou o mais forte já registado cientificamente na história da Humanidade.
O sismo foi sentido em diferentes partes da Terra e produziu um tsunami que afetou diversas localidades ao largo do Oceano Pacífico, como Havaí e Japão e a erupção do vulcão Puyehue. Cerca de 5.700 pessoas faleceram e mais de 2 milhões ficaram feridas por causa desta catástrofe. Tsunamis causados pelo tremor causaram 62 mortes no Havaí e 31 nas Filipinas nas horas seguintes, e réplicas do primeiro abalo puderam ser sentidas durante mais de um ano. Os estragos chegaram a ameaçar seriamente a realização do Campeonato do Mundo de Futebol de 1962, já programada para ocorrer no país.
O Chile é susceptível a fortes terremotos porque está cortado pela divisão de duas placas tectónicas: a placa de Nazca e a placa Sul-Americana.
O número de vítimas e os prejuízos deste desastre nunca foram conhecidos com precisão. Diversas estimativas quanto ao número total de mortes directamente associadas ao sismo e tsunamis foram publicadas, com a USGS a citar estudos e números de 2.231, 3.000, ou 5.700 mortes, enquanto outras fontes usam estimativas de 6.000 mortes. Várias fontes estimam o custo monetário entre 400 milhões e 800 milhões de dólares norte-americanos (equivalentes a 2,9 e 5,8 mil milhões de dólares a custos de 2010, corrigidos pelo efeito da inflação). Cerca de 965 pessoas morreram de um a três dias depois do terremoto, por doenças causadas por contaminações e esgotos a céu aberto, entre outros, ou por hemorragia ocorrida nos ferimentos.

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