sábado, agosto 31, 2013

Jack, o Estripador, fez a primeira vítima há 125 anos

Jack, o Estripador (em inglês: Jack the Ripper) foi o pseudónimo dado a um assassino em série não-identificado que agiu no distrito de Whitechapel, em Londres, na segunda metade de 1888. O nome foi tirado de uma carta, enviada à Agência Central de Notícias de Londres por alguém que se dizia o criminoso.
As suas vítimas eram mulheres que ganhavam a vida como prostitutas. Duas delas tiveram a garganta cortada e o corpo mutilado. Teorias sugerem que, para não provocar barulho, as vítimas eram primeiro estranguladas, o que talvez explique a falta de sangue nos locais dos crimes. A remoção de órgãos internos de três vítimas levou oficiais da época a acreditarem que o assassino possuía conhecimentos anatómicos ou cirúrgicos.
Os jornais, cuja circulação crescia consideravelmente durante aquela época, deram ampla cobertura ao caso, devido à natureza selvagem dos crimes e ao fracasso da polícia em efetuar a captura do criminoso - que tornou-se notório justamente por conseguir escapar impune.
Devido ao mistério em torno do assassino nunca ter sido desvendado, as lendas envolvendo seus crimes tornaram-se um emaranhado complexo de pesquisas históricas genuínas, teorias conspiratórias e folclores duvidosos. Diversos autores, historiadores e detetives amadores apresentaram hipóteses acerca da identidade do assassino e de suas vítimas.

Os arquivos da Polícia Metropolitana mostram que a investigação teve início em 1888, eventualmente abrangendo onze assassinatos ocorridos, eventualmente, entre 3 de abril de 1888 e 13 de fevereiro de 1891. Além destes, escritores e historiadores conectaram pelo menos sete outros assassinatos e ataques violentos a Jack o Estripador. Entre as onze mortes investigadas ativamente pela polícia, chegou-se a um consenso de que cinco foram praticadas por um único criminoso, vítimas que são conjuntamente chamadas de "cinco canónicas":
  • Mary Ann Nichols (nome de solteira: Mary Ann Walker; apelido: Polly), nascida em 26 de agosto de 1845 e morta em 31 de agosto de 1888, uma sexta-feira. O corpo de Nichols foi descoberto aproximadamente às 3:40 da madrugada no terreno em frente à entrada de um estábulo em Buck's Row (hoje Durward Street). A sua garganta sofreu dois cortes profundos, e a parte posterior do abdómen foi parcialmente arrancada por um golpe intenso e irregular. Havia também diversas incisões pelo abdómen, e três ou quatro cortes similares no lado direito causadas pela mesma faca. Nichols foi descrita como tendo uma aparência bem mais jovem do que seus 43 anos sugeriam.

O músico e xadrezista Philidor morreu há 218 anos

François-André Danican Philidor (Dreux, França, 7 de setembro de 1726 - Londres, Inglaterra, 31 de agosto de 1795) foi o melhor jogador de xadrez de sua época, e também músico. Criou a ópera-cómica na França e compôs diversas outras óperas (entre as quais Tom Jones, Le Maréchal-Ferrant, Themistocle, etc.).
Philidor teve sua carreira musical como um dos músicos da corte do rei Luís XV da França. Entre os anos de 1750 e 1770 foi o principal compositor francês, tendo composto uma ópera e 21 óperas-cómicas.
Em dezembro de 1792, no entanto, aos 65 anos de idade, Philidor precisou deixar definitivamente a França e ir para a Inglaterra, fugindo da Revolução Francesa (1789-1799), porque o seu nome figurava na lista de banimento. O seu nome não foi incluído, provavelmente, devido às suas ideias políticas, porque Philidor era bastante reservado sobre suas opiniões para além da música e do xadrez.

Família
François-André Danican Philidor veio de uma extraordinária família de músicos, que incluía:
  • Jean Danican Philidor (1620-1679), avô de André Danican Philidor, era músico na Grande Écurie (Banda do exército) em Paris. O nome original da família era Danican (D'Anican) de origem escocesa (Duncan). Philidor foi adicionado posteriormente, proveniente de uma atribuição dada a Jean Danican Philidor por Luís XIII, devido ao toque do seu oboé, que lembrava um virtuosista de Siena chamado Filidori.
  • Michel Danican (morto em 1659), tio de André Danican Philidor, foi um renomado oboísta, que junto com Jean Hotteterre, alterou o instrumento de modo que o furo de sopro ficasse mais estreito, o que possibilitou uma embocadura mais perto da extremidade.
  • André Danican Philidor (1647-1730), pai de François-André Danican Philidor, foi também conhecido como "O Velho". Ele tocava oboé e crumhorn. Foi membro da Grande Banda Militar e mais tarde passou a apresentar-se na corte, na Capela Real, empregado por Luís XIV.
  • Jacques Danican Philidor (1657–1708) foi o irmão mais jovem de André Danican Philidor (O Velho) e também foi músico, ficou conhecido como "Philidor, O Jovem".
  • Pierre Danican Philidor (1681–1731), também músico, foi filho de Jacques Danican Philidor.
  • Anne Danican Philidor (1681–1728) foi o irmão mais velho de André Danican Philidor. Anne é mais lembrado atualmente como o fundador do Concert Spirituel, uma importante série de concertos públicos realizados no palácio das Tulherias, de 1725 à 1791.
  • François-André Danican Philidor foi filho da segunda esposa de seu pai, Elizabeth Le Roy, com quem se casou em 1719 quando ela tinha 19 anos e ele 72. Quando François-André nasceu, seu pai tinha 79 anos e morreu quatro anos mais tarde.
Busto de Philidor na fachada da Ópera Garnier em Paris

Música
Philidor entrou no coro real de Luís XIV em 1732, aos seis anos de idade, e fez a sua primeira composição aos 11. Dizia-se que Luís XV queria ouvir o coro quase todos os dias e os cantores, enquanto esperavam ela chegada do rei, jogavam xadrez para aliviar o tédio, o que pode ter despertado o interesse de Philidor pelo jogo.
Por volta de 1740 ele viveu e trabalhou em Paris como intérprete, professor e copista de música. Ele foi professor do compositor e pianista boémio Ludwig Wenzel Lachnith. Nessa altura conheceu Diderot, que o chamava de Philidor o Subtil, em O sobrinho de Rameau. Ele passou a maior parte do período de 1745 a 1754 em Londres e depois de uma turnê na Holanda entrou em colapso, mudando-se de lá como Samuel Johnson e Charles Burney. Philidor retornou à capital francesa em 1754, embora a sua música fosse rotulada por alguns como demasiadamente italiana (como resultado das suas viagens). No entanto, ele teve vários triunfos nos teatros, começando com Blaise le savetier, em 1759 (embora em 1756 tivesse lançado Le Diable à quatre). As suas três obras de maior sucesso foram Le sorcier (1764), Tom Jones (depois Henry Fielding, 1765) e Ernelinde, princesse de Norvège (1767), revista em 1769 com o título de Sandomar, prince de Danemark.
Por um tempo, Philidor foi um dos principais compositores de ópera na França, e durante sua carreira musical produziu mais de 20 óperas cómicas e duas tragédias líricas. Ele também escreveu cantatas e motetos.

Xadrez
Em 1744 Philidor frequentava o Café da Regência, em Paris, onde se reuniam os mais forte jogadores da capital e pensadores como Voltaire e Rousseau. Imediatamente adquiriu fama ao superar todos, culminando com a sua vitória sobre Kermur Sire De Legal, que era o campeão do clube e havia sido o seu instrutor no jogo. Dois anos mais tarde viajou para a Holanda e Inglaterra, derrotando em Londres o sírio Stamma, que, com a saída de Greco, era considerado o xadrezista mais forte da época. A partir daí, seu jogo era tão superior aos demais que Philidor sempre concedia algum tipo de vantagem aos oponentes, para dar interesse ao confronto. Outra circunstância que chamou muito a atenção do público foram as primeiras exibições simultâneas às cegas (quando o xadrezista enfrenta mais de um oponente sem olhar para os tabuleiros); na ocasião Philidor enfrentou dois jogadores em partidas distintas, o que nunca tinha sido visto na história até então. Escreveu em 1749 Analyse du jeu des échecs (Análise do jogo de Xadrez), um dos primeiros tratados sobre o jogo, o qual foi por mais de cem anos (com 70 edições) considerado como obra de referência no assunto. É dele a famosa frase «Les pions sont l'âme des échecs» (Os peões são a alma do xadrez). Este livro foi traduzido para o inglês, alemão e italiano. Levam o seu nome no jogo uma abertura defensiva para as negras chamada de Defesa Philidor, estudos sobre situações de final de jogo, conhecidos como "Posições de Philidor", além do famoso "Mate de Philidor". Andrew Soltis escreveu que "Philidor foi o melhor jogador do mundo por 50 anos"; de fato ele devia estar cerca de 200 pontos acima de qualquer pessoa no Rating ELO, separado pelos mistérios conceituais do jogo, os quais havia decifrado. Também interessante é a opinião do Grande Mestre Boris Alterman sobre o jogo de Philidor:
"Há 500 anos o xadrez era diferente, os peões não eram valorizados como hoje. Os melhores jogadores começavam com gambitos, onde os peões eram apenas um pequeno preço para se abrir uma coluna ou uma diagonal, a fim de se criar um imediato ataque ao rei do adversário. Era o estilo italiano de xadrez. Todas as posições do Gambito do Rei eram muito populares... O melhor jogador de xadrez de sua época foi François-André Danican Philidor... Sua publicação sobre estratégia de xadrez permaneceu por um século sem adições ou modificações significativas. Ele pregou o valor de um centro forte de peões, uma compreensão do valor relativo das peças, e a estrutura corretas para os peões...".
No mesmo artigo da web, analisando o jogo Bruehl vs Philidor, 0-1, Londres 1783, Alterman afirmou que Philidor entendia muito bem conceitos modernos, como o poder de peões passados, peças boas e más de acordo com a posição; vantagem do domínio espacial; abertura de colunas; estrutura articulada de peões e importância do centro.
Mais de um século após a sua morte, muitas de suas ideias foram retomadas e aprimoradas, principalmente por outros dois excepcionais pensadores do xadrez, Wilhelm Steinitz e Aaron Nimzowitsch.
Jacques François Mouret, um dos melhores jogadores franceses do início do século XIX, era sobrinho de Philidor.

sexta-feira, agosto 30, 2013

O cantor galego Miro Casabella nasceu há 67 anos


(imagem daqui)

Ramiro Cecilio Domingo Casabella López, mais conhecido como Miro Casabella, nasceu em Ferreira do Valadouro, a 30 de agosto de 1946. É um músico galego, que integrou no inicio da sua carreira o colectivo “Voces ceibes” e, posteriormente, o grupo de folclore DOA.

Depois de estudar em Ferreira do Valadouro e em Lugo, em 1964 Miro foi  para Barcelona, concluindo aí o bacharelato na Escola de Arquitectos Técnicos. O seu interesse na música era recente, mas a sua experiência catalã pô-lo em contacto com o movimento da “Nova Cançó”, marcando-o profundamente. O início da sua carreira acontece em 1967, acompanhando musicalmente os cantores da Nova Cançó Catalá. Foi também na Catalunha que gravou os seus primeiros discos: Miro canta as súas cancións e Miro canta Cantigas de Escarnho e Mal Dizer. Ambos os trabalhos são EP de quatro músicas cada um. O seu contacto com o grupo “Voces Ceibes” teve lugar em 1968, quando Benedicto e Xerardo Moscoso foram à capital catalã com o objectivo de gravarem os seus primeiros trabalhos. Miro entrou para o colectivo e chegou a participar no seu primeiro concerto, em dezembro desse mesmo ano. No entanto, o facto de continuar a viver em Barcelona afastou-o da maior parte das suas actividades. Em 1969, conheceu em Barcelona Paco Ibañez, com quem travou uma longa amizade, acompanhando-o em diversas tournées por França. Em Paris conhece o cantor português Luís Cília, com quem nos anos seguintes, tocando com ele na Galiza e no resto do estado espanhol.
No ano de 1970 participou no I Festival da Canção Ibérica, juntamente com Paco Ibáñez, Luís Cília, Xavier Ribalta e José Afonso. Ainda nesse mesmo ano toca em Paris na Festa da Humanidade (festa do Partido Comunista de França), onde actuaram importantes figuras como Georges Moustaki, Paco Ibáñez ou Joan Baez.
Em fins de 1974, o grupo “Voces Ceibes” decidiu finalizar o seu projecto e iniciar o Movimento Popular da Canção Galega onde, numa ampla perspetiva, deu lugar a múltiplos artistas e a diversos estilos.
Nos anos seguintes Miro participou em diversos concertos e festivais na Galiza, bem como em toda a Península Ibérica, alem de musicar peças de teatro em galego e discos infantis. A partir de 1976, com o desaparecimento da censura franquista, ficam criadas as condições para a edição dos seus primeiros álbuns de longa duração.
Em 1977 vê a luz do dia o disco “Ti, Galiza”, contendo (com letra de Xosé Manuel Casado), “O meu país”, uma das suas canções mais populares. Um ano mais tarde edita “Treboada”, com arranjos de José Mário Branco e a colaboração de Pi de la Serra. A música que dá título a este segundo trabalho é inspirada no Cerimonial da Treboada de Tomiño. Ambos os trabalhos mostram uma peculiar mistura entre a canção de intervenção social e a música tradicional, marca característica do autor, bem como a sua inspiração em formas musicais populares e em cantigas medievais, e ainda o emprego de outros instrumentos além da guitarra, como a sanfona ou a harpa.
Nos fins dos anos 70, Miro entrou em contacto com o grupo de folclore DOA, que lhe propôs colaborar naquele que iria ser o seu primeiro trabalho. O cantor entrou no grupo, colaborando em arranjos, produção, cantando nalguns dos seus temas, embora a orientação musical dos DOA fosse eminentemente instrumental. A sua colaboração não foi além do primeiro álbum (O son da estrela escura, 1979), terminando nos inícios dos anos 80.
O último trabalho individual do cantor foi o disco “Orballo”, em 2004, onde além de revisitar alguns temas antigos, volta novamente a tratar da problemática social do povo galego, numa perspectiva contemporânea, com uma canção dedicada ao caso Prestige. Este disco e a participação em diversos concertos, convertem-no no último representante das “Voces Ceibes” no ativo, depois da morte de Suso Vaamonde, e o abandono da carreira musical dos restantes membros.






Olha meu irmao - Miro Casabella

Olha meu irmao honrado o que acontece com Daniel
Os que o tinham desterrado agora falam bem de el.

O palurdo de alma lerda, o tendeiro desertor,
O vinculeiro da merda disfrazado de senhor.
O lurdo carca refrito, o monifate de entroido,
O aprendiz de senhorito marqués de quero e nom podo.

O badouco endomingado, o joglar mui pousafol,
O forricas desleigado, o pequeno burgués mol.
O devoto do onanismo, o feligrés de pesebre,
O tolheito de cinismo, o que dá gato por lebre.

O rateiro de peirao, o refurgalho incivil,
Valem-se de ti, irmao, pra esconder a casta vil.
Escoita, puto nefando, criado na servidume,
Nom pasará o contrabando disse teu nojento estrume.

Grotesco escriba sandeu, ingertado num raposo,
Daniel nunca foi teu, porque Daniel é nosso.
E anque a ti che importe um pito saberás que é cousa sabida,
Que estás incurso em delito de apropiaçom indevida.

O pintor, escultor e jornalista anarquista Ramón Acín Aquilué nasceu há 125 anos

Ramón Acín - Autorretrato 1918.jpg
Autorretrato dibujado por Ramón Acín en 1918

Ramón Arsenio Acín Aquilué (Huesca, España, 30 de agosto de 1888 - Huesca, 6 de agosto de 1936) fue un pintor, escultor y periodista español, de ideología anarquista.

Ramón Acín Aquilué era hijo de Santos Acín Mulier, ingeniero agrimensor, y María Aquilué Royán. Ramón fue el benjamín de la familia y tenía dos hermanos: Santos y Enriqueta.
Desde muy temprano fue aficionado a la pintura y con apenas diez años recibe clases de dibujo del pintor oscense Félix Lafuente. A los doce años ingresa en el Instituto de Segunda Enseñanza de Huesca donde realiza sus estudios. En 1907 se matricula en Ciencias Químicas en la Facultad de Ciencias de Zaragoza.
A finales de 1908 abandona la carrera de Ciencias Químicas y regresa a Huesca. En 1909 tiene que incorporarse a filas pero se libra del servicio militar por ser hijo de padres sexagenarios. Este mismo año marcha a Madrid para hacer oposiciones de delineante de Obras Públicas, no logra superarlas y retorna a su ciudad donde vuelve a tomar clases de dibujo en la academia particular del pintor Anselmo Gascón de Gotor.
Ramón Acín decide dedicarse exclusivamente al dibujo y a la pintura y es en agosto de 1910 cuando El Diario de Avisos de Zaragoza publica sus primeras ilustraciones en prensa. En agosto de 1911 ilustra la portada del programa de las fiestas de San Lorenzo en Huesca y a finales de este mismo año un dibujo suyo ocupará la portada de la revista humorística madrileña Don Pepito.
En enero de 1912, coincidiendo con la remodelación de El Diario de Huesca, dirigido a partir de ahora por Luis López Allué, se hace cargo de la sección de Notas humorísticas, donde firma con el seudónimo "fray Acín". Durante este año también colabora con otros periódicos más progresistas donde publica viñetas políticamente más comprometidas (El Pueblo, Vida Socialista,...)
En julio de 1913 se instala en Barcelona, a instancias de su amigo Ángel Samblancat, para fundar el periódico semanal La Ira (Órgano de expresión del asco y de la cólera del pueblo), en cuyo primer número publica una viñeta y la que será su primera colaboración escrita en prensa titulada Id vosotros, agresivo escrito contra la guerra con Marruecos. Para el segundo número escribe No riais, una dura crítica hacia los representantes de la Iglesia. Con motivo de este segundo número son encarcelados los redactores de La Ira y clausurado el periódico.
A finales de 1913 la Diputación de Huesca acuerda conceder a Ramón Acín una pensión para ampliar sus estudios artísticos. Gracias a esta pensión Ramón alternará su residencia, durante 1914 y 1915, entre Madrid, Toledo y Granada.
En enero de 1916 Ramón Acín ocupa la plaza de profesor especial interino de Dibujo de las Escuelas Normales de Maestros y Maestras de Huesca. En octubre de este año marcha a Madrid a preparar oposiciones para su plaza. Durante su estancia en Madrid residirá en un torreón de la calle Velázquez, torreón que años más tarde ocupará Ramón Gómez de la Serna.
En mayo de 1917 aprueba las oposiciones y consigue la plaza de profesor numerario de Dibujo de las Normales de Huesca. El 28 de mayo regresa a Huesca, donde su padre, que está muy enfermo, fallece al día siguiente.
En febrero de 1919, junto con otros compañeros de la Agrupación Libre de Huesca, funda la revista decenal Floreal, que se publicará hasta 1920. Asimismo desde finales de 1919 hasta 1922 Acín colabora con el semanario sindicalista leridano Lucha social, dirigido por su amigo Joaquín Maurín.
En diciembre de 1919 se celebra en Madrid el II Congreso de la CNT, al que acude Acín como delegado sindical del Alto Aragón.
En el verano de 1920, junto con Maurín y Andrés Nin, desarrolla una intensa campaña de propaganda y organización sindical por los pueblos leridanos y oscenses.
El 29 de junio de 1921, en el Teatro Principal de Huesca, imparte una conferencia en la que proyecta 32 dibujos suyos realizados en cristal y alusivos a cómo serán las corridas de toros en 1970.
En 1922 hace su primer relieve en barro, se trata de un busto de Luis López Allué que años más tarde, en 1928, se fundirá en bronce y formará parte del monumento instalado en el parque de Buenavista de Zaragoza.
El 22 de diciembre de 1922 fallece su madre. Días más tarde, el 6 de enero de 1923, contrae matrimonio con Conchita Monrás. En abril de este año publica su libro Las corridas de toros en 1970 y el 15 de octubre nace su primera hija, Katia.
El 11 de abril de 1924 publica en El Diario de Huesca el artículo titulado Por estética y por humanidad, en el que reclama el indulto para su amigo Juan Bautista Acher "Shum", escritor y dibujante condenado a muerte por la dictadura de Primo de Rivera. Con motivo de este artículo Ramón Acín será encarcelado unos días. Este mismo año, por encargo del Ayuntamiento de Huesca, trabaja en un proyecto escultórico para la Fosa Común, monumento que nunca llegaría a erigirse y que en el 2007, parte de él, está colocado en la tumba de Acín.
En mayo de 1925 se inaugura en Huesca un monumento dedicado al geólogo Lucas Mallada realizado por Acín. El 23 de julio de este año nace su segunda hija, Sol.
De junio a septiembre de 1926 viaja a París donde contacta con las vanguardias artísticas.
En mayo de 1927 Ramón Gómez de la Serna da una conferencia en Huesca bajo el título Goya y el Manzanares y en la que Ramón Acín, además del cartel anunciador, hace la presentación del orador.
En 1928 realiza la escultura Fuente de Las Pajaritas instalada en el parque de Huesca.
En diciembre de 1929 Ramón Acín expone por primera vez su obra en las Galerías Dalmau de Barcelona. Unos meses después, en mayo de 1930, volverá a exponer en el Rincón de Goya de Zaragoza.
El 12 de diciembre de 1930 se produce la sublevación de Jaca. Ésta fracasa y Ramón Acín, que está involucrado, tiene que exiliarse a Francia. Con el advenimiento de la II República regresa a España y ocupa de nuevo su cátedra en la Normal de Maestros de Huesca.
En junio de 1931 asiste en Madrid al III Congreso de la CNT y aprovecha la ocasión para exponer sus obras en el Ateneo.
En junio de 1932 expone en el Círculo Oscense, provocando cierto desconcierto entre sus paisanos que por vez primera contemplan su obra. En diciembre de este año obtiene, junto a numerosos oscenses, el premio gordo de la lotería de Navidad. Con parte de ese premio financiará al año siguiente la película de Luis Buñuel Las Hurdes, tierra sin pan.
En 1933 es encarcelado en varias ocasiones por su actividad revolucionaria.
En julio de 1935 participa en la celebración en Huesca del II Congreso de la Técnica de la Imprenta en la Escuela.
El 11 de junio de 1936 muere su hermana Enriqueta y con este motivo Acín publica en prensa un emotivo artículo.
En la noche del 18 de julio de 1936 una multitud de oscenses se dirige al gobierno civil en demanda de armas para hacer frente a la sublevación militar, el gobernador de Huesca se entrevista con Acín y otros líderes antifascistas asegurándoles que todo está bajo control. Al día siguiente Huesca es tomada por los rebeldes. Acín se oculta en su domicilio hasta que el 6 de agosto, al oír como maltratan a su esposa, sale de su escondite voluntariamente y se entrega. Ese mismo día será fusilado en las tapias del cementerio de Huesca.
Su esposa Conchita Monrás será asesinada, diecisiete días después, junto a un centenar de republicanos oscenses.
Desde los años 90, el Ateneo Libertario de la ciudad oscense lleva su nombre.
En el año 2005, la CNT de Huesca le homenajea, durante el cual se inaugura una placa conmemorativa en su domicilio.

Un sueño en la prisión (1929), obra de Ramón Acín

Há 14 anos os habitantes de Timor-Leste mostraram, democraticamente, que queriam ser independentes

(imagem daqui)

Em 1999, o governo indonésio decidiu, sob forte pressão internacional, realizar um referendo sobre o futuro de Timor-Leste. Portugal, que desde a invasão do território lutava pela sua independência, obteve alguns aliados políticos, em primeiro lugar na UE, e depois de vários países do mundo, para pressionar a Indonésia. O referendo, realizado a 30 de agosto de 1999, deu uma clara maioria (78,5%) a favor da independência, rejeitando a proposta alternativa de Timor-Leste ser uma província autónoma no seio da Indonésia, conhecida como a Região Autónoma Especial de Timor-Leste (RAETL).

Imediatamente após a publicitação dos resultados da votação, forças paramilitares pró-indonésias de Timor-Leste, apoiadas, financiadas e armadas pelos militares e soldados indonésios, realizaram uma campanha de violência e terrorismo de retaliação pelo resultado. Cerca de 1.400 timorenses foram mortos e 300 000 timorenses foram forçados a deslocar-se para Timor Ocidental, a parte indonésia da ilha de Timor, como refugiados. A maioria das infra-estruturas do país, incluindo casas, escolas, igrejas, bancos, sistemas de irrigação, sistemas de abastecimento de água e quase 100% da rede elétrica do país foram destruídos. Segundo Noam Chomsky: "Em um mês, a grande operação militar assassinou cerca de 2.000 pessoas, violou centenas de mulheres e meninas, deslocou três quartos da população e destruiu 75 por cento das infra-estruturas do país."

Charles Bronson morreu há 10 anos

Charles Bronson, nome artístico de Charles Dennis Buchinsky, (Ehrenfeld, 3 de novembro de 1921 - Los Angeles, 30 de agosto de 2003) foi um ator americano.
Filho de um mineiro lituano (de ascendência tártara lipka), Bronson cresceu na Pensilvânia sem falar uma palavra de inglês. Apesar de ter completado o segundo grau, era esperado que ele se juntasse ao pai e seus irmãos no trabalho em minas de carvão. Porém, foi no cinema que ele se projetou e, apesar da longa carreira, que teve início nos anos 50, somente ganhou popularidade na década de 1970. Nessa fase, ficou conhecido como "o homem de poucas palavras e muita ação", pelas características de seus personagens.
Antes mesmo de participar de qualquer filme, Bronson somente pode conhecer o mundo, além do local onde cresceu, quando serviu no exército americano, durante a Segunda Guerra Mundial, dirigindo camiões.
Bronson se casou com três mulheres: a primeira foi Harriet Tendler, com quem ficou casado de 1949 a 1967 e com quem teve dois filhos; a segunda foi a atriz Jill Ireland, de 5 de outubro de 1968 a 18 de maio de 1990, até a morte dela, de cancro, e de quem teve uma filha; a terceira esposa foi Kim Weeks, e o casamento durou de 22 de dezembro de 1998 até a morte dele, em 2003. Bronson sofria do doença de Alzheimer e morreu em consequência de uma pneumonia aos 81 anos. Encontra-se sepultado em Brownsville Cemetery, West Windsor, Condado de Windsor, Vermont nos Estados Unidos.
Bronson começou no cinema nos anos 1950, com filmes como You're in the Navy Now (1951), e The People Against O'Hara (1951), sem ter seu nome creditado. Ao passar a aparecer nos letreiros, usou ainda o nome de nascimento (Buchinsky). Começou a assinar Bronson em 1954, a partir do filme Drum Beat.
Iniciou a fase de sucesso nos anos 1960. Apesar da relativamente pequena participação no filme Sete homens e um destino, ficou conhecido quando esse western passou a ser considerado um dos melhores da década. Depois de atuar em filmes de aventura como Robur, o conquistador, de 1961, Fugindo do Inferno (1963) e Os doze condenados, de 1967, Bronson foi para a Europa em 1968, onde atores de filmes de ação estavam obtendo melhores oportunidades. Neste ano, ele filmou Os canhões de San Sebastian, Aconteceu no oeste e Adeus, amigo, este último com Alain Delon. Seguiram-se O Passageiro da Chuva, de 1969, Os visitantes da noite, de 1970, Sol vermelho, de 1971, e nova parceria com o francês Delon, e O segredo da Cosa Nostra, de 1972.
Nos anos 1970, Bronson voltaria aos Estados Unidos e faria sucesso como o maior astro dos filmes de ação. Seu primeiro grande filme nesse nova fase foi Assassino a preço fixo, de 1972, no qual interpretou um assassino profissional.
No filme Fuga audaciosa, de 1975, é mostrado um plano de fuga de uma prisão, utilizando-se um helicóptero que, pilotado por Bronson, pousa no pátio de um presídio e resgata o prisioneiro interpretado por Robert Duvall. A cena se tornou famosa no Brasil, pois teria inspirado a fuga do bandido Escadinha, que usou o mesmo estratagema para fugir do presídio carioca da Ilha Grande, em 1985.
Mas, o maior "empurrão" em sua carreira foi com o clássico Desejo de matar, de 1974, que o consagrou na pele de "Paul Kersey", um pacato arquiteto da cidade de Nova Iorque, que tem sua mulher morta e sua filha violada por três bandidos e passa a agir como um "vigilante", perseguindo os criminosos nas ruas à noite.


Há seis anos morreu o jornalista Michael Jackson, especialista em cerveja e uísque

Michael Jackson (Wetherby, 27 de março de 1942 - Londres, 30 de agosto de 2007) foi um jornalista britânico. Apelidado de "beer hunter" (caçador de cervejas) Michael Jackson foi autor de diversos livros dedicados ao tema da cerveja e do uísque.

Vida
O renome de Michael Jackson entre os apreciadores de cerveja iniciou-se com a publicação de seu livro The World Guide To Beer em 1977. Nesta obra ele avalia e descreve detalhadamente um total de 500 marcas clássicas de cervejas. As cervejas listadas no livro encontram-se organizadas em diferentes estilos e categorizadas com base na cultura e tradição das regiões onde elas eram originalmente produzidas.
O livro foi posteriormente traduzido para mais de dez idiomas e é considerado até hoje uma das obras fundamentais para conhecer o universo das cervejas e dos seus diferentes estilos. Também é amplamente aceite que as modernas teorias que tratam dos diferentes estilos de cerveja, com suas diferenciações entre lagers e ales, é baseada no trabalho realizado por Jackson neste livro. Foi ele que introduziu, por exemplo, o termo "fermentação alta" como uma das principais características das cervejas de tipo ale e de "fermentação baixa" para as cervejas de tipo lager.
O seu trabalho foi uma forte influência no processo de popularização da cultura cervejeira nos Estados Unidos da América e contribuiu para o aparecimento e disseminação no território norte-americano de inúmeras microcervejarias, o que levou à multiplicação dos estilos de cervejas produzidas e consumidas pela população daquele país.

quinta-feira, agosto 29, 2013

Ingres nasceu há 233 anos

Auto-retrato com 24 anos, 1804

Jean-Auguste Dominique Ingres (Montauban, 29 de agosto de 1780Paris, 14 de janeiro de 1867), mais conhecido simplesmente por Ingres, foi um celebrado pintor francês, atuando na passagem do Neoclassicismo para o Romantismo. Foi um discípulo de David e na sua carreira encontrou grandes sucessos e grandes fracassos, mas é considerado hoje um dos mais importantes nomes da pintura do século XIX.
Filho de um escultor ornamentista, educou-se inicialmente em Toulouse. Depois, formado na oficina de David, permaneceu fiel aos postulados neoclássicos do seu mestre ao longo de toda a vida. Passou muitos anos em Roma, onde assimilou aspectos formais de Rafael e do maneirismo. Ingres sobreviveu largamente à época de predomínio do seu estilo, dado que morreu em 1867. A partir de 1830 opôs-se com veemência, da sua posição de académico, ao triunfo do romantismo pictórico representado por Delacroix.
Ingres preferia os retratos e os nus às cenas mitológicas e históricas. Entre os seus melhores retratos contam-se Bonaparte Primeiro Cônsul, A Bela Célia, O Pintor Granet e A Condessa de Hassonville. Nos nus que pintou (A Grande Odalisca, Banho Turco e, sobretudo, A Banhista) é patente o domínio e a graça com que se serve do traço. A sua obra mais conhecida é Apoteose de Homero, de desenho nítido e equilibrada composição.
Sua obra representa a última grande floração da veneranda tradição de pintura histórica. Também deixou obra notável no retrato e no nu feminino. A sua pintura tinha um acabamento técnico impecável e a qualidade de sua linha foi sempre altamente elogiada. Respeitava profundamente os mestres do passado, assumindo depois da morte de David o papel de paladino da ortodoxia clássica contra a ascensão do Romantismo. Esclareceu sua posição afirmando que seguia "os grandes mestres que floresceram naquele século de gloriosa memória quando Rafael estabeleceu os eternos e incontestáveis padrões do sublime em arte… Sou, assim, um conservador de boa doutrina, e não um inovador".
Não obstante a crítica moderna tender a considerá-lo como uma encarnação do mesmo espírito romântico que ele procurava evitar - opinião que foi expressa também por vários de seus contemporâneos -, enquanto que suas distorções expressivas de forma e de espaço o tornam um precursor da arte moderna, exercendo influência sobre artistas como Degas, Picasso, Matisse e Willem de Kooning, entre outros.

Charles Parker, The Bird, nasceu há 93 anos

Charles Parker, Jr. (Kansas City, 29 de agosto de 1920New York, 12 de março de 1955) foi um saxofonista norte americano de jazz e compositor. No início da sua carreira Parker foi apelidado de Yardbird; esse apelido mais tarde foi encurtado para Bird e permaneceu como a alcunha de Parker para o resto da sua vida.

Biografia
Parker é comummente considerado um dos melhores músicos de jazz. Em termos de influência e impacto, sua contribuição foi tão significativa que Charles Mingus comentou que se Bird fosse vivo hoje, ele poderia pensar que estava vivendo em uma parede de espelhos. O talento de Bird é comparado, quase sem argumentos, com músicos lendários tais como Louis Armstrong e Duke Ellington. A sua reputação como um dos melhores saxofonistas é tal que alguns críticos dizem que ele é insuperável; o crítico de jazz Scott Yanow fala por muitos fãs do jazz e músicos, quando sugere que "Parker foi indubitavelmente o melhor saxofonista de todos os tempos."
Figura fundadora do bebop, a forma inovadora de Parker para melodia, ritmo e harmonia tem exercido uma incalculável influência no jazz. Varias canções de Parker tornaram-se standards do repertório do jazz, e inúmeros músicos têm estudado a música de Parker e absorvido elementos do seu estilo.
Parker tornou-se um ícone para a geração do Beat, e foi uma figura-chave no desenvolvimento conceptivo do jazz como um artista descomprometido e intelectual, ao invés de apenas um músico de entretenimento popular. Por várias vezes, Parker fundiu o jazz com outros estilos musicais, do clássico (buscando estudar com Edgard Varese e Stefan Wolpe) à música latina (gravando com Machito), abrindo um caminho seguido mais tarde por outros.
Consumidor de álcool e drogas, Parker teve uma existência breve e trágica, que inspirou criadores como o escritor argentino Julio Cortázar (que se inspirou nele para delinear o personagem central do conto "O Perseguidor") e o cineasta Clint Eastwood (que recebeu seu primeiro Globo de Ouro com o filme "Bird", de 1988, estrelado por Forest Whitaker, o qual, por sua vez, levou o prémio de melhor ator no Festival de Cannes graças a este trabalho).
A biografia de Parker contabilizou duas tentativas de suicídio e um longo internamento em um sanatório, antes de chegar ao fim, aos 34 anos - o estrago causado no seu corpo, pela vida desregrada, era tão grande que o legista atribuiu ao morto a idade de 65 anos. Faleceu em 12 de março de 1955. Encontra-se sepultado no Cemitério Lincoln, Kansas City, Missouri nos Estados Unidos.

Estilo
Com absoluto domínio técnico de seu instrumento, Parker era um virtuoso consumado, que conseguia combinar a mais complexa organização harmónica, rítmica e melódica com uma clareza muito rara de encontrar em instrumentistas anteriores ou posteriores à sua atuação.
Para Parker, improvisar não era simplesmente tomar uma melodia original e construir variações sobre ela. Quando o saxofonista pegava um tema qualquer como base para criar, o que o interessava não era a melodia, e sim a harmonia. Era o esqueleto harmónico do tema original que ele utilizava como ponto de partida e estímulo para suas digressões, nas quais uma mescla cativante de garra e fantasia constituía a regra.
Foi assim que, no pós-guerra, ao lado do trompetista Dizzy Gillespie, Parker tornou-se um dos fundadores do bebop, o novo estilo sofisticado com o qual o jazz se tornaria definitivamente música "para ouvir", substituindo a música "para dançar" que havia sido a marca das big bands dos anos 1940.


Edu Lobo - 70 anos!

Zizi Possi e Edu Lobo

Eduardo de Góes Lobo, conhecido como Edu Lobo, (Rio de Janeiro, 29 de agosto de 1943) é um cantor, compositor, arranjador e instrumentista brasileiro.

Filho do compositor Fernando Lobo, começou na música tocando acordeão, mas acabou se interessando pelo violão, contra a vontade do pai. Iniciou a carreira nos anos 60, fortemente influenciado pela bossa nova, quando então, numa parceria com Vinicius de Moraes, compôs Só Me Fez Bem. Porém, com o decorrer do tempo adotou uma postura mais político-social, refletindo os anseios da geração reprimida pela ditadura militar brasileira. Nesta fase surgiu uma parceria com Ruy Guerra e as composições engajadas Reza e Aleluia.
Ao mesmo tempo em que participava de vários festivais de música popular, obtendo o primeiro prémio em 1965 como Arrastão (com Vinicius de Moraes) e em 1967 com Ponteio (com Capinam), e que venceu o Terceiro Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, Edu dedica-se a compor trilhas para espetáculos teatrais, entre eles o histórico Arena Conta Zumbi, ao lado de Gianfrancesco Guarnieri. Depois de uma temporada nos Estados Unidos, Edu volta ao Brasil e retoma várias parcerias, entre elas a com Chico Buarque, e compõem a música de novas peças e balés.

O Grande Circo Místico
Pensado originalmente para o ballet teatro do Balé Teatro Guaíra, e inspirado no poema homónimo do parnasianista/ modernista Jorge de Lima (da obra A Túnica Inconsútil, 1938), o espetáculo estreou em 17 de março de 1983, mesclando música, balé, ópera, circo, teatro e poesia. Tamanho o sucesso, originou uma turnê de dois anos pelo país, assistida por mais de duzentas mil pessoas, em quase duzentas apresentações. Consagrou umas das mais completas obras já apresentadas no país, lotando o Maracanãzinho e o Coliseu dos Recreios, em Lisboa. As canções foram interpretadas por Milton Nascimento, Jane Duboc, Gal Costa, Simone, Gilberto Gil e Zizi Possi, entre outros. O disco coletivo foi lançado pela Som Livre.
Nordeste já 
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou no coro da uma versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
Prémios
O disco Meia-noite recebeu o Prémio Sharp de melhor disco de música popular brasileira do ano de 1995. O disco Cambaio, gravado com Chico Buarque, recebeu o Grammy Latino de melhor álbum de MPB (2002).

Vida familiar
Em 1969, Edu casou-se com a música Wanda Sá, de quem teve três filhos: Mariana, Bernardo (que também é músico) e Isabel. Separou-se dela 13 anos depois, em 1982.

Canções mais conhecidas
  • "Ponteio" (com Capinam)
  • "Arrastão" (com Vinicius de Moraes)
  • "Upa, Neguinho" (com Gianfrancesco Guarnieri)
  • "O Circo Místico" (com Chico Buarque)
  • "Choro Bandido" (com Chico Buarque)
  • "Beatriz" (com Chico Buarque)
  • "Pra Dizer Adeus" (com Torquato Neto)
  • "Aleluia" (com Ruy Guerra)
  • "Lero Lero" (com Cacaso)


Michael Jackson nasceu há 55 anos

Michael Joseph Jackson (Gary, 29 de agosto de 1958 - Los Angeles, 25 de junho de 2009) foi um famoso cantor, compositor, dançarino, produtor, empresário, arranjador vocal e filantrópico norte-americano. Segundo a revista Rolling Stone ganhou em vida cerca de sete il milhões de dólares, fazendo dele o artista mais rico de toda a história, e um ano após a sua morte os seus herdeiros obtiveram cerca de mil milhões de dólares de proveitos.
Começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos onze anos como vocalista dos Jackson 5; começou logo depois uma carreira a solo, em 1971, permanecendo como membro do grupo. Reconhecido nos anos seguintes como Rei do Pop (King Of Pop), cinco dos seus álbuns de estúdio tornaram-se os mais vendidos mundialmente de todos os tempos: Off the Wall (1979), Thriller (1982), Bad (1987), Dangerous (1991) e HIStory (1995). Lançou-se na carreira a solo no início da década de 1970, ainda pela Motown, gravadora responsável pelo sucesso do grupo formado por ele e os irmãos.
Na idade adulta, gravou o álbum mais vendido e popular da história, Thriller. Jackson é frequentemente citado como "O maior ícone negro de todos os tempos", e com grande importância para a quebra de barreiras raciais, abrindo portas para a dominação da música negra na música popular, e pessoas como Oprah Winfrey e Barack Obama conseguirem o status que tem hoje em dia.
No início dos anos 1980, tornou-se uma figura dominante na música popular e o primeiro cantor afro-americano a receber exibição constante na MTV. A popularidade de seus vídeos musicais transmitidos pela MTV, como "Beat It", "Billie Jean" e "Thriller" são creditados como a causa da transformação do videoclipe em forma de promoção musical e também de ter tornado o então novo canal famoso. Vídeos como "Black or White", "Scream", "Earth Song", entre outros, mantiveram a alta rotatividade dos vídeos de Jackson durante a década de 1990. Foi o criador de um estilo totalmente novo de dança, utilizando especialmente os pés. Com as suas performances no palco e clipes, Jackson popularizou uma série de complexas técnicas de dança, como o Robot, o "The Lean" (inclinação de 45º), o famoso "Moonwalk". O seu estilo diferente e único de cantar e dançar, bem como a sonoridade de suas canções influenciaram uma lona série de artistas nos ramos do hip hop, pop, R&B e rock.
Jackson também foi um notável filantropo, doando milhões de dólares durante toda a sua carreira para causas beneficentes por meio da Dangerous World Tour, compactos voltados para a caridade e manutenção de 39 centros de caridades, através da sua própria fundação. No entanto, outros aspectos da sua vida pessoal, como a mudança de sua aparência, principalmente a da cor de pele, devido a uma doença chamada vitiligo, geraram controvérsia a ponto de prejudicar a sua imagem pública. Em 1993 foi acusado de abuso infantil, mas a investigação foi arquivada, devido a falta de provas e Jackson não foi a tribunal. Depois, casou-se e foi pai de três filhos, todos os quais geraram controvérsia do público. Em 2005, Jackson foi julgado e absolvido das alegações de abuso infantil. Enquanto se preparava para uma nova turnê intitulada This Is It, Jackson morreu de intoxicação aguda do anestésico propofol em 25 de junho de 2009, após sofrer uma paragem cardíaca. O Tribunal de Justiça de Los Angeles considerou sua morte um homicídio, e seu médico pessoal Dr. Conrad Murray foi condenado por homicídio culposo. A sua morte teve uma repercussão internacional instantânea, sendo motivo de preocupação por parte dos fãs em muitas partes do mundo, estima-se que até dois mil milhões de pessoas tenham assistido ao funeral pela televisão, já que emissoras do mundo todo transmitiram o evento ao vivo. Em março de 2010, a Sony Music Entertainment assinou um contrato de US$ 250 milhões com o espólio de Jackson para reter os direitos de autor da distribuição para as suas gravações até 2017, e lançando cerca de sete álbuns póstumos na década seguinte à sua morte.
Um dos poucos artistas a entrar duas vezes no Rock And Roll Hall of Fame, os seus outros prémios incluem vários recordes certificados pelo Guinness World Records, incluindo "O maior artista de todos os tempos" e um para Thriller como o álbum mundialmente mais vendido de todos os tempos - 15 Grammys e 41 canções a chegar ao topo das paradas como cantor solo - e vendas que superam as 350 milhões de unidades mundialmente, Jackson recebeu centenas de prémios, que fizeram dele o artista mais premiado da história da música popular. A sua vida, constantemente nos jornais, somada à sua carreira de sucesso como popstar, fez dele parte da história da cultura popular mundial. Nos últimos anos, foi citado como "a pessoa mais famosa e conhecida do mundo".


quarta-feira, agosto 28, 2013

Nik Turner - 73 anos

Nik Turner (nascido Nicholas Turner, 28 de agosto de 1940, em Oxford, Oxfordshire) é um músico britânico, mais conhecido como um membro fundador dos pioneiros do space rock Hawkwind. Turner toca saxofone, flauta, canta e é compositor. Enquanto fazia parte dos Hawkwind, Turner era reconhecido por suas atuações num estilo free jazz experimental e a sua presença de palco, extravagante, com o costume de aparecer com frequência totalmente maquilhado e vestindo trajes inspirados no Antigo Egito.


Turner was born in Oxford in August 1940 to a theatrical family, although his father was working in a munitions factory. At the age of 13 his family moved to the Kent seaside resort of Margate where he worked at the local funfair during the summer holiday season, befriending another seasonal worker Robert Calvert. His first influences were Rock and Roll and the films of James Dean.
He went on to complete an engineering course and then undertook one voyage in the Merchant Navy. He then set about travelling around Europe picking up menial jobs, and it was during a stint as a roustabout in a travelling music circus in 1967 that he made the acquaintance of Dave Brock in Haarlem, Netherlands.
He had two years of clarinet and saxophone lessons in the early 1960s but never considered himself good enough to pursue them seriously. However, whilst travelling around Europe he encountered some free jazz players in Berlin who impressed upon him the importance of expression over technical proficiency, and it was then that he decided that what he "wanted to do was play free jazz in a rock band".
Hawkwind
Turner, owning a van, had originally offered his services as a roadie to the newly formed Hawkwind. However, when the band discovered his passion for the saxophone he was offered a position in the band to add to the overall weirdness of their sound.
Of his playing, Turner admitted that "it's the overall feel rather than the individual parts of the music that we're interested in. I don't have any illusions about my technical ability. I tend to use it as an electronic medium rather than an instrument". He became an active and vocal member of the band, pulling in friends such as Dik Mik, Calvert and Barney Bubbles, and involving the band in community and charity projects, sometimes to the chagrin of the others.
We wanted to play the Windsor Sex Olympics but only half the band turned up.
NME - September 1972

He was a member of the band during their most commercially successful and critically acclaimed period, writing or co-writing some of their most popular songs such as "Brainstorm" and "Master of the Universe". However, complaints about his playing over other members of the band despite numerous requests to modify his behaviour eventually led to his dismissal in November 1976.
In 1982 during the recording of Choose Your Masques, Brock invited Turner to the recording sessions and he was asked to front the band for the album's tour. Turner's second stint in the band lasted just over 2 years and although some live albums and videos were released, the band did not undertake any studio recording. At the end of 1984 while preparing material for The Chronicle of the Black Sword album, he was sacked once again.
Inner City Unit
After leaving Hawkwind the first time, Turner holidayed in Egypt and while visiting the Great Pyramid of Giza he was given three hours inside the King's Chamber to record some flute music. On returning to England, Steve Hillage cleaned up the tapes and assembled the Sphynx band featuring Hawkwind's Alan Powell, Gong's Mike Howlett and Tim Blake, and Harry Williamson to record music augmenting the original flute tracks while Turner adapted lyrics from the Egyptian Book of the Dead. The album was released as Xitintoday on Charisma records in 1978 and the band toured, played festivals including Deeply Vale Festivals (later released as a CD), Glastonbury Festival (part of which was broadcast BBC television) and his own themed Bohemian Love-In all day festival at the Roundhouse.
With Williamson he conceived the "Nuclear Waste" single featuring many of the Sphynx musicians and a lead vocal by Sting. He then guested on the album Fairy Tales by Williamson and Gilli Smyth's project Mother Gong, and out of this he, Mo Vicarage and Ermanno Ghisio-Erba (a.k.a. Dino Ferari) formed Inner City Unit (ICU) with Trev Thoms and Dead Fred. Thoms and Ghisio-Erba had previously played together in Steve Took's Horns who had played their only gig at the Bohemian Love-In. The Horns were managed by Tony Landau, a friend of Turner's since adolescence, and were fronted by former Tyrannosaurus Rex percussionist Steve Peregrin Took, who would later make guest lead vocal appearances with ICU alongside his former Horns bandmates. Inner City Unit recorded the albums Pass Out and Maximum Effect before collapsing due to certain members drug problems. Turner and Dead Fred had stints in Hawkwind before regrouping to release the albums New Anatomy, The President Tapes and the EP Blood and Bone.
87/99
Turner's next project was Nik Turner's Fantastic All Stars, a sax and Hammond organ driven jazz and rhythm and blues band. They gigged for several years, eventually releasing the album Kubanno Kickasso!.
Turner and Twink got together for some impromptu live performances under the name Pinkwind, two CDs of which were released on Twink's own record label without the permission of Turner.
In 1993 Turner was approached by Pressurehed and Helios Creed to record another version of his Sphynx project using the original flute tracks, resulting in the album Sphynx. This partnership then developed further, regularly touring in the US performing a set of Hawkwind-centred material sometimes featuring Genesis P-Orridge, Jello Biafra and former Hawkwind members Simon House, Del Dettmar and Powell. One studio album Prophets of Time was released in 1994 followed by the live CD and DVD Space Ritual 1994 Live and another live CD Past or Future? in 1996. Out of this set of musicians formed the band Anubian Lights, centred around Len Del Rio and Tommy Greñas from Pressurehed with contributions from Turner, Dettmar and House, as did the band Spiral Realms centred around House and Rio.
2000-Present
On 21 October 2000 at the Brixton Academy a 'Hawkestra' event took place, featuring nearly all past members of Hawkwind. Disagreements between various participants led to any restaging of the event being unlikely, but Turner did stage a further event under the banner 'The Greasy Truckers Party featuring members of the Hawkestra' on 21 October 2001 at the London Astoria. Out of this a loose band formed, performing further gigs and eventually using the name xhawkwind.com. An appearance at Guilfest in 2002 led to confusion as to whether this actually was Hawkwind, sufficiently irking Brock into taking legal action to prohibit Turner from trading under the name Hawkwind, a case which Turner lost. The band settled on the name Space Ritual and are still currently active.
Turner has resurrected another version of Inner City Unit with Thoms, performing irregular gigs. He also fronts the "psychedelic latino-funk" band Galaktikos. He continues to attend festivals playing and guesting whenever possible and is an eager contributor to other band's projects, such as recording an album and touring with US space rockers Spaceseed in 2004, and live appearances with UK dance outfit Akahum at BGG Shareholders Party & HEADS Haiti Benefit show. Living in Carmarthen, he often busks playing his saxophone in Cardiff city centre during weekend nights.
After playing at "Hawkfan Festival" in Hamburg in 1997 and the Space And Rock Festival - Rocksjon, Jonkoping, Sweden in 1998 with the Finnish space rock group Dark Sun, they moved to play at Tavastia Club, Helsinki, Finland. This resulted in the live album, Ice Ritual, which was released in 2000.
In 2008 Nik Turner was invited to Space Mirrors collective as a guest member. Since that time he recorded flute and sax on three Space Mirrors releases: "Majestic-12: A Hidden Presence" (2009), "Dreams of Area 51" (2011) and "In Darkness They Whisper" (2012).
Turner also provided flute for Dodson And Fogg, a folk rock project released in 2012.
After a chance meeting with Mr H a Welsh Jazz/Blues singer songwriter at Brecon Jazz festival 2012 where Turner and Mr H performed a free improvised Jazz session and Mr H invited Turner to feature on his 4th album titled l'histoire tragique.In October 2012 Turner entered Berryhill studios in Monmouthshire and Performed an improvised alto sax session on Seven of Mr H's compositions which is to be released in the spring of 2013.
In March 2013 Nik turned up the SXSW festival in Austin, Texas playing an official SXSW gig at Rebels Honky Tonk bar billed as Nik Turner (ex Hawkwind) playing predominantly Space Ritual songs. He also guested on stage with The Soft Moon at Hotel Vegas the previous night.