quinta-feira, junho 13, 2013

Hoje é o aniversário da morte de Alexandre Magno

Alexandre Magno e seu cavalo Bucéfalo, na Batalha de Isso (mosaico encontrado em Pompeia, hoje no Museu Arqueológico Nacional, em Nápoles)

Alexandre III da Macedónia, dito o Grande ou Magno (Pela ou Vergina, 20 de julho de 356 a.C. - Babilónia, 10 de junho de 323 a.C.) foi um príncipe e rei da Macedónia, e um dos três filhos do rei Filipe II e de Olímpia do Épiro – uma fiel mística e ardente do deus grego Dioniso.
Alexandre foi o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em sua juventude, teve como preceptor o filósofo Aristóteles. Tornou-se o rei aos vinte anos, na sequência do assassinato do seu pai.

O império de Alexandre

A sua carreira é sobejamente conhecida: conquistou um império que ia dos Balcãs à Índia, incluindo também o Egito e a Báctria (aproximadamente o atual Afeganistão). Este império era o maior e mais rico que já tinha existido. Existem várias razões para esses grandes êxitos militares, um deles é que Alexandre era um general de extraordinária habilidade e sagacidade, talvez o melhor de todos os tempos, pois ele nunca perdeu nenhuma batalha e a expansão territorial que ele proporcionou é uma das maiores da história, a maior expansão territorial em um período bem curto de tempo. Além disso era um homem de muita coragem pessoal e de reconhecida sorte.
Ele herdou um reino que fora organizado com punho de ferro pelo pai, que tivera de lutar contra uma nobreza turbulenta que frequentemente reclamava por mais privilégios, as ligas lideradas por Atenas, e Tebas (a batalha de Queroneia representa o fim da democracia ateniense e por arrastamento das outras cidades gregas e de uma certa concepção de liberdade), revolucionando a arte da guerra.
A sua personalidade é considerada de formas diferentes segundo a percepção de quem o examina: por um lado, homem de visão, extremamente inteligente, tentando criar uma síntese entre o oriente e ocidente (encorajou o casamento entre oficiais seus e mulheres persas, além de utilizar persas ao seu serviço), respeitador dos derrotados (acolheu bem a família de Dario III e permitiu às cidades dominadas a manutenção de governantes, religião, língua e costumes) e admirador das ciências e das artes (fundou, entre algumas dezenas de cidades homónimas, Alexandria, que viria a se tornar o maior centro cultural, científico e económico da Antiguidade durante mais de trezentos anos, até ser substituída por Roma); por outro lado, profundamente instável e sanguinário (as destruições das cidades de Tebas e Persepólis, os assassinatos de Clito e de Parménio, dois de seus melhores generais, a sua ligação com um eunuco), limitando-se a usar o pessoal de valor que tinha à sua volta em proveito próprio.
De qualquer modo, fez o que pôde para expandir o helenismo: criou cidades com o seu nome, com os dos seus veteranos feridos por todo o território e deu até o nome a cidades homenageando o seu inseparável e famoso cavalo, Bucéfalo. Abafou uma rebelião de cidades gregas sob o domínio macedónio e preparou-se para conquistar a Pérsia.
Em 334 a.C. empreendeu sua primeira campanha contra os persas na Batalha de Granico que deu-lhe o controle da Ásia Menor (atual Turquia). No ano seguinte, derrotou o rei Dario III da Pérsia na Batalha de Issus. Mais um ano depois, conquistou o Egipto e Tiro, em 331 a.C. Completou a conquista da Pérsia na Batalha de Gaugamela, onde derrotou definitivamente Dario III, o que lhe conferiu o estatuto de Imperador Persa.
A tendência de fusão da cultura dos macedónios com a grega provocou nestes temor quanto a um excessivo afastamento dos ideais helénicos por parte do seu monarca. Todavia, nada impediu Alexandre de continuar seu projeto imperialista em direção ao oriente. Durante cerca de dois anos Alexandre manteve-se ocupado em várias campanhas de curta duração para a consolidação do seu império. Mas, em 327 a.C., conduzindo as suas tropas por cima das montanhas Hindu Kush para o vale do rio Indo, para conquistar a Índia, país mítico para os gregos, foi forçado a regressar à Babilónia devido ao cansaço das suas tropas, e instalaria aí a capital do seu império. Deixou atrás de si novas colónias, como Niceia e Bucéfala, esta erigida em memória de seu cavalo, nas margens do rio Hidaspes.
Ele tinha provavelmente a intenção de fazer ainda mais conquistas. Sabe-se que planeava invadir a Arábia e, eventualmente, as regiões ao norte do Império Persa. Poderia também ter planeado outra invasão da Índia ou a conquista de Roma, Cartago e do Mediterrâneo ocidental.
Infelizmente nenhuma das fontes contemporâneas sobreviveu (Calístenes e Ptolomeu), nem sequer das gerações posteriores: apenas possuímos textos do século I, que usaram fontes que copiaram os textos originais, de modo que muitos dos pormenores da sua vida são bastante discutíveis.
Alexandre morreu depois de doze anos de constante campanha militar, sem completar trinta e três anos, possivelmente como resultado de malária, envenenamento, febre tifóide, encefalite virótica ou em consequência de alcoolismo.

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