quinta-feira, janeiro 31, 2013

Fernando Namora morreu há 34 anos

Fernando Namora (Condeixa-a-Nova, 15 de abril de 1919 - Lisboa, 31 de janeiro de 1989) de nome completo Fernando Gonçalves Namora, médico e escritor português, autor de uma extensa obra, das mais divulgadas e traduzidas nos anos 70 e 80.
Licenciado em Medicina (1942) pela Universidade de Coimbra, pertenceu à geração de 40, grupo literário que reuniu personalidades marcantes como Carlos de Oliveira, Mário Dionísio, Joaquim Namorado ou João José Cochofel, moldando-o, certamente, como homem, à semelhança do exercício da profissão médica, primeiro na sua terra natal depois nas regiões da Beira Baixa e Alentejo, em locais como Tinalhas, Monsanto e Pavia, até que, em 1951, acabaria por se instalar em Lisboa - onde, curiosamente, muito jovem estudara no Liceu Camões -, como médico assistente do Instituto Português de Oncologia.
O seu volume de estreia foi Relevos (1937), livro de poesia, porventura sob a influência de Afonso Duarte e do grupo da Presença. Mas já publicara em conjunto com Carlos de Oliveira e Artur Varela, um pequeno livro de contos Cabeças de Barro. Em (1938) surge o seu primeiro romance As Sete Partidas do Mundo que viria a ser galardoado com o Prémio Almeida Garrett no mesmo ano em que recebe o Prémio Mestre António Augusto Gonçalves, de artes plásticas - na categoria de pintura. Ainda estudante e com outros companheiros de geração funda a revista Altitude e envolve-se activamente no projecto do Novo Cancioneiro (1941), colecção poética de 10 volumes que se inicia com o seu livro-poema Terra, assinalando o advento do neo-realismo, tendo esta iniciativa colectiva, nascida nas tertúlias de Coimbra, de João José Cochofel, demarcado esse ponto de viragem na literatura portuguesa. Na mesma linha estética, embora em ficção, é lançada a colecção dos Novos Prosadores (1943), pela Coimbra Editora, reunindo os romances Fogo na Noite Escura, do biografado, Casa na Duna, de Carlos de Oliveira, Onde Tudo Foi Morrendo, de Vergílio Ferreira, Nevoeiro, de Mário Braga ou O Dia Cinzento, de Mário Dionísio, entre outros.
Com uma obra literária que se desenvolve ao longo de cinco décadas é de salientar a sua precoce vocação artística, de feição naturalista e poética, tal como a importância do período de formação em Coimbra, mais as suas tertúlias e movimentos estudantis. Ao dar-se o amadurecimento estético do neo-realismo e coincidente com as vivências dos anos 50, enveredaria por novos caminhos, através de uma interpretação pessoal da narrativa, que o levaria a situar-se entre a ficção e a análise social. Os muitos textos que escreveu, nos diferentes momentos ou fases da vida literária, apresentam retratos com aspectos de picaresco, observações naturalistas e algum existencialismo. Independentemente do enquadramento, Namora foi um escritor dotado de uma profunda capacidade de análise psicológica, inseparável de uma grande sensibilidade e linguagem poética. Escreveu, para além de obras de poesia e romances, contos, memórias e impressões de viagem, com destaque para os cadernos de um escritor, que proporcionam um diálogo vivo com o leitor, a abertura a outras culturas, terras e gentes, a visão de um mundo em transformação, de uma realidade emergente, expressa em Estamos no Vento (fevereiro de 1974).
Entre os muitos títulos que publica em prosa contam-se Fogo na Noite Escura (1943), Casa da Malta (1945), As Minas de S. Francisco (1946), Retalhos da Vida de um Médico (1949 e 1963), A Noite e a Madrugada (1950), O Trigo e o Joio (1954), O Homem Disfarçado (1957), Cidade Solitária (1959), Domingo à Tarde (1961, Prémio José Lins do Rego), Os Clandestinos (1972), Resposta a Matilde (1980) e O Rio Triste (1982, Prémio Fernando Chinaglia, Prémio Fialho de Almeida e Prémio D. Dinis). Ou, as biografias romanceadas de Deuses e Demónios da Medicina (1952). Além dos títulos já referidos, publicou em poesia Mar de Sargaços (1940), Marketing (1969) e Nome para uma Casa (1984) . Toda a sua produção poética seminal foi reunida numa antologia(1959) denominada As Frias Madrugadas. Escreveu ainda sobre o mundo e a sociedade em geral, na forma de narrativas romanceadas ou de anotações de viagem e reflexões críticas, sendo disso exemplo Diálogo em Setembro (1966), Um Sino na Montanha (1968), Os Adoradores do Sol (1971), Estamos no Vento (1974), A Nave de Pedra (1975), Cavalgada Cinzenta (1977), URSS, Mal Amada, Bem Amada e Sentados na Relva, ambos de (1986). Porém, foram romances como os Retalhos da Vida de um Médico, O Trigo e o Joio, Domingo à Tarde, O Homem Disfarçado ou O Rio Triste, que vieram a ser traduzidos em diversas línguas, tendo inclusive, em 1981, sido proposto para o Prémio Nobel da Literatura, pela Academia das Ciências de Lisboa e pelo PEN Clube.


A Mais Bela Noite do Mundo 

Hoje,
será o fim!

Hoje
nem este falso silêncio
dos meus gestos malogrados
debruçando-se
sobre os meus ombros nus
e esmagados!

Nem o luar, pano baço de cenário velho,
escutando
a minha prisão de viver
a lição que me ditavam:
- Menino! acende uma vela na tua vida,
que o sol, a luz e o ar
são perfumes de pecado.
Tem braços longos e tentadores – o dia!

- Menino! recolhe-te na sombra do meu regaço
que teus pés
são feitos de barro e cansaço!

(Era esta a voz do papão
pintado de belo
na máscara de papelão).

Eram inúteis e magoadas as noites da minha rua...
Noites de lua
que lembravam as grilhetas
da minha vida parada.

- Amanhã,
terás os mestres, as aulas, os amigos e os livros
e o espectáculo da morgue
morando durante dias
nos teus sentidos gorados.

Amanhã,
será o ultrapassar outra curva
no teu caminho destinado.

(Era esta a voz do papão
que acendia a vela, tinha regaço de sombra
e velava
as noites da minha rua e a minha vida
e pintava-se de belo
na máscara de papelão).

Hoje,
será o fim!

Hoje,
nem a sombra do que há-de vir,
nem os mestres, nem os amigos, nem os livros,
nem a fragilidade dos meus pés
feitos de barro e cansaço!
Todas as minhas revoltas domadas,
todos os meus gestos em meio
e as minhas palavras sufocadas
terão a sua hora de viver e amar!

Hoje,
nem o cadáver a sorrir na morgue,
nem as mãos que ficaram angustiosas,
arrepiadas
no seu medo de findar!

Hoje,
será a mais bela noite do mundo!


in Mar de Sargaços (1940) - Fernando Namora

Justin Timberlake nasceu há 32 anos

Justin Randall Timberlake (Memphis, 31 de janeiro de 1981) é um cantor, compositor e ator norte-americano. Tornou-se famoso durante o período em que participou do programa musical Mickey Mouse Club (Clube Disney) juntamente com Britney Spears e Christina Aguilera. Mas a fama cresceu no período em que ficou no grupo 'N Sync. Vencedor de seis Grammy Awards (tendo sido nomeado para 35) e de dois Emmy Awards, Justin Timberlake ganhou sete VMAs (MTV Video Music Awards) e cinco EMAs (MTV Europe Music Awards). Em 2002 lançou seu primeiro álbum solo, Justified, que vendeu mais de sete milhões de discos em todo o mundo.
O segundo álbum a solo de Timberlake, FutureSex/LoveSounds, foi lançado em 2006, com 3 singles hits número um: "SexyBack", "My Love" e "What Goes Around... Comes Around". O álbum também lançou três singles adicionais, os quais foram top vinte nos EUA ("Summer Love", "LoveStoned" e "Until the End of Time") batendo assim o recorde de um cantor masculino que coloca seis hits que entram no top vinte de um único álbum, desde Michael Jackson, em 1991, com o álbum Dangerous. Com os seus álbuns a solo, mais o que gravou com o 'N Sync, Timberlake já vendeu cerca de 70 milhões de álbuns em todo o mundo. Têm outros empreendimentos, incluindo a gravadora Tennman Records, a sua linha de roupas chamada William Rast, e os restaurantes Destino e Southern Hospitality.




Schubert nasceu há 216 anos

Schubert em 1827 (pintura de Anton Depauly)

Franz Peter Schubert (Himmelpfortgrund, 31 de janeiro de 1797 - Viena, 19 de novembro de 1828) foi um compositor austríaco do fim da era clássica, com um estilo marcante, inovador e poético do romanticismo. Escreveu cerca de seiscentas canções (o "lied" alemão), bem como óperas, sinfonias, incluindo a "Sinfonia Incompleta", e sonatas entre outros trabalhos. Viveu pouco e não teve reconhecimento publico, morrendo aos 31 anos. Hoje, o seu estilo considerado por muitos como imaginativo, lírico e melódico, fá-lo ser considerado um dos maiores compositores do século XIX, marcando a passagem do estilo clássico para o romântico. Podemos defini-lo como "mais um artista incompreendido pelos seus contemporâneos".


Atahualpa Yupanqui nasceu há 105 anos

Atahualpa Yupanqui, pseudónimo de Héctor Roberto Chavero (Pergamino, Buenos Aires, 31 de janeiro de 1908 - Paris, 23 de maio de 1992), foi um compositor, cantor, guitarrista e escritor argentino. É considerado um dos mais importantes divulgadores de música folclórica daquele país. As suas composições foram cantadas por reconhecidos intérpretes, como Mercedes Sosa, Alfredo Zitarrosa, Víctor Jara, Ángel Parra, Marie Laforêt e Elis Regina entre outros, continuando a fazer parte do repertório de vários artistas na Argentina e em diferentes partes do mundo.
Filho de pai quéchua e mãe basca, mudou-se ainda criança com a família para Agustín Roca, em cuja ferrovia seu pai trabalhava.
Na adolescência, começa a ter aulas de violão com o concertista Bautista Almirón, viajando diariamente os 15 quilómetros que o separavam da casa do mestre. É dessa época o pseudónimo Atahualpa Yupanqui, em homenagem a Atahualpa e Tupac Yupanqui, os últimos governantes incas.


O Cardeal-Rei D. Henrique nasceu e morreu nesta data

D. Henrique I de Portugal (31 de janeiro de 1512 - Almeirim, 31 de janeiro de 1580) foi o décimo-sétimo Rei de Portugal, tendo governado entre 1578 e a sua morte, 1580. Ocasionalmente é chamado de D. Henrique II por alguns autores, em virtude de ser o segundo chefe de estado de Portugal chamado Henrique, tendo-se em linha de conta o Conde D. Henrique, por aqueles chamado de D. Henrique I. É conhecido pelos cognomes de O Casto (devido à sua função eclesiástica, que o impediu de ter descendência legítima), O Cardeal-Rei (igualmente por ser eclesiástico) ou O Eborense (por ter sido também arcebispo daquela cidade e aí ter passado muito tempo, e inclusivamente fundado a primeira Universidade de Évora, entregue à guarda dos Jesuítas), transformando Évora num pólo cultural importante, acolhendo alguns vultos da cultura de então: Nicolau Clenardo, André de Resende, Pedro Nunes, António Barbosa, entre outros.

Brasão do Cardeal D. Henrique

quarta-feira, janeiro 30, 2013

O viola português Norberto Lobo merece mais uma distinção

Norberto Lobo nomeado para melhor álbum europeu independente

Norberto Lobo num concerto em Tomar

A guitarra de Noberto Lobo compete com as canções dos The xx, Alt-J ou Django Django.

O músico português Norberto Lobo está nomeado com Mel Azul para o prémio de melhor álbum europeu independente de 2012, que é atribuído pela Impala, a organização que reúne várias editoras discográficas independentes da Europa. A lista dos nomeados desta terceira edição do prémio apresenta 18 álbuns de países como Reino Unido, Espanha, França ou Suécia.
De Portugal está nomeado o guitarrista Norberto Lobo, da etiqueta independente Mbari. Entre os nomeados estão, por exemplo, os ingleses The xx (Coexist), Alt-J (An Awesome Wave) e Django Django (Django Django), a sueca El Perro Del Mar (Pale Fire) ou o espanhol John Talabot (Fin). Os prémios Impala vão apenas na terceira edição – premiaram em 2012 a cantora inglesa Adele com 21 – e pretendem “celebrar o generoso talento e diversidade musicais das edições discográficas independentes na Europa”.
O vencedor é escolhido independentemente das vendas. A organização Impala, criada em 2000, reúne mais de quatro mil membros, pequenas e médias editoras independentes, que não integram as grandes marcas discográficas.




O antigo campeão mundial de Xadrez Boris Spassky nasceu há 76 anos

Boris Vasilievich Spassky (Leninegrado, atualmente São Petersburgo, 30 de janeiro de 1937) é um jogador de xadrez russo naturalizado francês e antigo campeão mundial.
Aprendeu a jogar xadrez aos cinco anos de idade e aos 18 ganhou o Campeonato do Mundo de Xadrez de Júniores, disputado na cidade belga de Antuérpia, tornando-se grandmaster (grande mestre, distinção atribuída no mundo do xadrez segundo critérios muito restritos).
Spassky era considerado um jogador equilibrado, podendo adaptar o seu estilo de jogo ao adversário, o que lhe conferiu uma boa vantagem para levar de vencida muitos grandmasters de topo. Por exemplo, no match final do torneio dos candidatos (onde o vencedor será o contendor do campeão do mundo em título, disputando-lhe o título) contra Mikhail Tal, o táctico lendário (Tbilisi, 1965), Spassky consegui conduzir o jogo evitando a força da táctica de Tal. Esta vitória conduziu-o para o seu primeiro match pelo Campeonato do Mundo contra Tigran Petrosian em 1966. Spassky acabou por perder por 12,5 – 11,5, mas ganhou o direito a desafiar Petrosian novamente três anos depois. Mais uma vez, a flexibilidade do estilo de Spassky foi a chave para a vitória que acabou por celebrar contra Petrosian, por 12,5 – 10,5, no campeonato de 1969 – ao adotar o estilo de Petrosian.
O reinado de Boris Vasilievich Spassky como Campeão do Mundo durou apenas três anos, uma vez que perder o título para o americano Bobby Fischer em 1972. A disputa foi em Reiquiavique, capital da Islândia, no auge da Guerra Fria e consequentemente foi vista como um símbolo da confrontação política existente. Fischer ganhou e Spassky voltou para a URSS em desgraça; apesar disso, Spassky continuou a jogar e ganhou vários campeonatos, incluindo o Campeonato Soviético em 1973.
Em 1974, no apuramento dos candidatos, Spassky perdeu para a estrela em ascensão Anatoly Karpov em Leningrado, +1 -4. Karpov reconheceu publicamente a superioridade de Spassky, mas após uma série de jogos soberbos, Karpov conquistou os pontos suficientes para conquistar o match.
Nos anos seguintes Spassky mostrou-se relutante a dedicar-se totalmente ao xadrez: confiando no seu talento natural soberbo para o jogo, por vezes preferia jogar uma partida de ténis a trabalhar afincadamente no tabuleiro. Com efeito, o Campeonato Mundial de 1972 e o match dos candidatos contra Karpov em 1974 assinalaram o início de uma fase descendente da carreira de Spassky. Spassky casou-se com uma francesa na década de 1970, adquirindo a nacionalidade francesa em 1978.
Em 1992 Fischer, após um afastamento de 20 anos do xadrez, reapareceu para jogar contra Spassky em Belgrado e Montenegro, reeditando o Campeonato Mundial de 1972. Na altura, Boris Spassky ocupava a 106ª posição no ranking da FIDE, enquanto Fischer, devido à sua inactividade durante 20 anos, nem aparecia na lista. Este match foi basicamente o último grande desafio de Boris, infelizmente problemas de saúde não lhe permitiram apresentar um desempenho credível, exceptuando em algumas partidas: o resultado foi +5 -10 =15.

Phil Collins - 63 anos

Philip David Charles Collins (Londres, 30 de janeiro de 1951), mais conhecido como Phil Collins, é um músico britânico, que foi baterista e vocalista da banda Genesis, mas também atingiu êxito na carreira a solo e atuou em alguns filmes e programas de televisão.
Phil Collins já colaborou com vários artistas conhecidos, como Bone Thugs'N'Harmony, Paul McCartney, George Harrison, Eric Clapton, Roland Orzabal, Jethro Tull, Robert Plant, Ringo Starr, John Lennon,Elton John, Mike Oldfield, Sting, Anni-Frid Lyngstad do ABBA, Mark Knopfler, Peter Gabriel, Bee Gees e Ravi Shankar. Fez uma participação especial em Woman in Chains, do Tears for Fears, também participou do álbum Break Every Rule de Tina Turner, tocando bateria em músicas como Typical Male e Girls, e também colaborou com a banda Led Zeppelin no Live Aid, tocando bateria. Também participou da música Home, do grupo de rap Bone Thugs'N'Harmony.
Desde que Peter Gabriel deixou a banda Genesis, em 1975, Collins passou a ser o vocalista. Esse foi o período de maior sucesso comercial da banda, que continuou através dos anos 80. Enquanto trabalhava tanto como vocalista quanto de baterista, dava os primeiros passos de uma bem-sucedida carreira a solo.


Há 41 anos as tropas britânicas massacraram os nacionalistas católicos em Derry

O Domingo Sangrento (em gaélico: Domhnach na Fola, Bloody Sunday, em inglês) foi um confronto entre manifestantes católicos e nacionalistas e o exército inglês ocorrido em Derry, Irlanda do Norte, no dia 30 de janeiro de 1972. O movimento teve início com uma pacífica manifestação de dez mil pessoas que pretendiam, saindo do bairro de Creggan em marcha pelas ruas católicas da cidade, chegar até à Câmara Municipal. Antes disso, entretanto, os soldados ingleses disparam contra os manifestantes deixando 14 ativistas católicos mortos e 26 feridos.
Das catorze vítimas mortas, seis eram menores de idade e um sétimo ferido faleceu meses depois do incidente. Todas as vítimas estavam desarmadas e cinco delas foram alvejadas pelas costas. Os manifestantes protestavam contra a política do governo inglês de prender sumariamente pessoas suspeitas de atos terroristas. O incidente, que entrou para a história da ilha, era para apoiar o Exército Republicano Irlandês, o IRA, uma organização clandestina que lutava pela separação da Irlanda do Norte da Grã-Bretanha e posterior união com a República da Irlanda. Após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um número enorme de jovens voluntários, dando força ainda maior a esse grupo guerrilheiro. Em memória daquele dia, foi feita a canção Sunday Bloody Sunday! em 1983, pela banda irlandesa U2. Paul McCartney também tratou do incidente, na canção "Give Ireland Back To The Irish", lançada em compacto com a sua então nova banda, os Wings, em fevereiro de 1972.
Duas investigações foram realizadas pelo Governo britânico. O Widgery Tribunal, realizada no rescaldo do evento, ilibou em grande parte os soldados britânicos e as autoridades da responsabilidade, mas foi criticado por muitos como um "branqueamento" do incidente, incluindo pelo antigo chefe de equipa de Tony Blair, Jonathan Powell. O Inquérito Saville, iniciado em 1998 para analisar os acontecimentos novamente (presidida por Lord Saville de Newdigate), apresentou um relatório em 2010 que mostrava que os soldados e autoridades do Reino Unido procederam de forma errada, levando à apresentação de desculpas às famílias das vítimas por parte do Primeiro Ministro do Reino Unido.
O Exército Republicano Irlandês (IRA) iniciara a sua campanha contra a Irlanda do Norte a ser uma parte do Reino Unido havia dois anos antes ao Bloody Sunday, mas a percepção do dia impulsionaram o estatuto de recrutamento e da organização enormemente.
O Bloody Sunday continua entre os mais importantes eventos dos Troubles da Irlanda do Norte, principalmente devido ao facto de ter sido levado a cabo pelo exército.

Vítimas
  • John (Jackie) Duddy (17 anos). Tiro no peito no parque de estacionamento dos apartamentos Rossville. Quatro testemunhas declararam Duddy estava desarmado e fugindo dos pára quedistas quando foi morto. Três deles viram um soldado deliberadamente visá-lo enquanto ele fugia. Tio do pugilista irlandês John Duddy.
  • Patrick Joseph Doherty (31 anos). Atingido por trás enquanto tenta rastejar para a segurança no pátio dos apartamentos Rossville. Doherty foi o tema de uma série de fotografias, feitas antes e depois da sua morte pelo jornalista francês Gilles Peress. Apesar dos depoimentos do "Soldado F", que tinha disparado na direcção de um homem que disparava uma pistola, o Widgery Tribunal reconheceu que as fotografias mostram Doherty desarmado, e testes forenses em suas mãos revelaram-se negativos para resíduos de pólvora.
  • Bernard McGuigan (41 anos). Um tiro na parte de trás da cabeça quando ele entrou para ajudar Patrick Doherty. Ele tinha acenando um lenço branco no soldados para indicar suas intenções pacíficas.
  • Hugh Gilmour Pio (17 anos). Atingido através de seu cotovelo direito, a bala, em seguida, penetrou no seu peito enquanto ele se afastava dos pára-quedistas em Rossville Street. Widgery admitiu que uma foto tirada segundos depois Gilmour ser atingido corroborava uma testemunha que relata que ele estava desarmado, os testes de resíduos de tiro foram negativos.
  • Kevin McElhinney (17 anos). Atingido por trás enquanto tenta rastejar para a segurança em frente a entrada do Rossville Flats. Duas testemunhas afirmaram que McElhinney estava desarmado.
  • Michael G. Kelly (17 anos). Tiro no estômago, enquanto estava de pé perto do entulho da barricada na frente do Rossville Flats. O Widgery Tribunal aceitou que Kelly estava desarmado.
  • John Pius Casal (17 anos). Tiro na cabeça em pé, junto aos escombros barricada. Duas testemunhas afirmaram que Casal estava desarmado.
  • William Noel Nash (19 anos). Tiro no peito perto da barricada. Testemunhas afirmaram Nash estava desarmado e ia em auxílio de outro manifestante quando morreu.
  • Michael M. McDaid (20 anos). Tiro no rosto na barricada quando ele estava caminhando para longe dos pára-quedistas. A trajectória da bala indicou ele poderia ter sido morto por soldados posicionados sobre os Derry Walls.
  • James Joseph Wray (22 anos). Ferido e em seguida atingido novamente de perto, enquanto estava deitado no chão. As testemunhas que não foram chamados para o Widgery Tribunal declaram que Wray foi ouvido a dizer que não podia mover as pernas antes de ser baleado no segunda vez.
  • Gerald Donaghy (17 anos). Tiro no estômago ao tentar alcançar a segurança entre Glenfada Park e Abadia Park. Donaghy foi levado para uma casa vizinha por passantes onde foi examinado por um médico. Os seus bolsos foram abertos num esforço para identificá-lo. A polícia mais tarde publicou uma fotografia do cadáver que mostrava bombas no seu bolso. Nem aqueles que pesquisaram os seus bolsos em casa, nem o médico do exército britânico (Soldado 138) que pronunciou a sua morte pouco depois, viram quaisquer bombas. Donaghy havia sido um membro do Fianna Éireann, um grupo ligado ao movimento juvenil do IRA Republicano. Paddy Ward, que testemunhou no Widgery Tribunal, alegou que ele tinha dado duas bombas de pregos a Donaghy várias horas antes deste ser morto.
  • Gerald (James) McKinney (34 anos). Atingido logo após Gerald Donaghy. Testemunhas declararam que tinham visto McKinney correr atrás Donaghy, quando este foi atingido parou e levantou os braços, gritando "Não atire! Não atire!". Baleado no peito.
  • William A. McKinney (27 anos). Atingido por trás quando tentou ajudar Gerald McKinney (nenhuma relação). Ele havia saído para tentar ajudar o homem mais velho.
  • John Johnston (59 anos). Tiro na perna e no ombro esquerdo William Street 15 minutos antes do resto do tiroteio começar. Johnston não estava na manifestação, mas no seu caminho para visitar um amigo em Glenfada Parque. Ele morreu de seus ferimentos quatro meses e meio mais tarde. Ele foi o único a não morrer imediatamente ou logo depois de ser baleado.



Gandhi foi assassinado há 65 anos

Gandhi fiando, foto de 1946

Mohandas Karamchand Gandhi (Porbandar, 2 de outubro de 1869 - Nova Deli, 30 de janeiro de 1948), mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi (do sânscrito "Mahatma", "A Grande Alma") foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução.
O princípio do satyagraha, frequentemente traduzido como "o caminho da verdade" ou "a busca da verdade", também inspirou gerações de ativistas democráticos e anti-racismo, incluindo Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela. Frequentemente Gandhi afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa).
(...)
Gandhi teve grande influência entre as comunidades hindu e muçulmana da Índia. Costuma-se dizer que ele terminava rixas comunais apenas com sua presença. Gandhi posicionou-se veementemente contra qualquer plano que dividisse a Índia em dois estados, o que efetivamente aconteceu, criando a Índia - predominantemente hindu - e o Paquistão - predominantemente muçulmano.
No dia da transferência de poder, Gandhi não celebrou a independência com o resto da Índia, mas ao contrário, lamentou sozinho a partilha do país em Calcutá.
Gandhi tinha iniciado um jejum no dia 13 de janeiro de 1948 em protesto contra as violências cometidas por indianos e paquistaneses. No dia 20 daquele mês, sofreu um atentado: uma bomba foi lançada na sua direção, mas ninguém ficou ferido.
Entretanto, no dia 30 de janeiro de 1948, Gandhi foi assassinado a tiros, em Nova Deli, por Nathuram Godse, um hindu radical que responsabilizava Gandhi pelo enfraquecimento do novo governo ao insistir no pagamento de certas dívidas ao Paquistão. Godse foi depois julgado, condenado e enforcado, a desrespeito do último pedido de Gandhi, que foi justamente a não-punição do seu assassino.

Francis Poulenc morreu há 50 anos

Francis Poulenc e Wanda Landowska

Francis Jean Marcel Poulenc (Paris, 7 de janeiro de 190030 de janeiro de 1963) foi um compositor e pianista francês, membro do grupo Les Six, autor de obras que abarcam a maior parte dos géneros musicais, incluindo canção, música de câmara, oratório, ópera, música para bailado e música orquestral. O crítico Claude Rostand, num artigo do Paris-Presse de julho de 1950, descreveu Poulenc como "meio monge, meio mau rapaz" ("le moine et le voyou"), uma etiqueta que lhe ficou associada para o resto da vida.

No início
Poulenc aprendeu piano com a sua mãe e começou a compôr com 7 anos de idade. Aos 15 anos estudou com Ricardo Vinhes, que encorajou a sua ambição de compor e o apresentou a Satie, Casella, Auric e outros. Em 1917 a sua Rapsodie Nègre deu-lhe uma proeminência notável em Paris, como um dos compositores encorajados por Satie e Cocteau, que os designava como "Les Nouveaux Jeunes" (Os novos jovens). Mesmo assim os seus conhecimentos técnicos eram escassos - Poulenc nunca frequentou o Conservatório - pelo que em 1920 decidiu estudar harmonia durante três anos com Charles Koechlin. mas nunca estudou Contraponto nem Orquestração. Os seus conhecimentos de forma eram intuitivos. Em 1920 um crítico musical, Henri Collete escolheu 6 destes "Nouveaux Jeunes" e chamou-lhes "Les Six"; Poulenc fazia parte deste grupo. Deram concertos juntos, sendo um dos seus artigos de fé que se inspiravam no «folclore parisiense», isto é, nos músicos de rua, nos teatros musicais, nas bandas de circo.

Vida pessoal
A vida de Poulenc foi uma vida de constante luta interna ("meio monge, meio mau rapaz"). Tendo nascido e sido educado na religião católica, Poulenc debatia-se com a conciliação dos seus desejos sexuais pouco ortodoxos à luz das suas convicções religiosas. Poulenc referiu a Chanlaire que "Sabes que sou sincero na minha fé, sem excessos de messianismo, tanto como sou sincero na minha sexualidade parisiense." Alguns autores consideram mesmo que Poulenc foi o primeiro compositor abertamente gay, embora o compositor tenha mantido relações sentimentais e físicas com mulheres e tenha sido pai de uma filha, Marie-Ange.
A sua primeira relação afectiva importante foi com o pintor Richard Chanlaire, a quem dedicou o seu Concert champêtre: "Mudaste a minha vida, és o sol dos meus trinta anos, uma razão para viver e trabalhar." Em 1926, Francis Poulenc conhece o barítono Pierre Bernac, com o qual estabelece uma forte relação afectiva, e para quem compõe um grande número de melodias. Alguns autores indicam que esta relação tinha carácter sexual, embora a correspondência entre os dois, já publicada, sugira fortemente que não. A partir de 1935 e até à sua morte, em 1963, acompanha Bernac ao piano em recitais de música francesa por todo o mundo. Pierre Bernac é considerado como "a musa" de Poulenc.
Poulenc foi profundamente afectado pela morte de alguns dos seus amigos mais próximos. O primeiro foi a morte prematura de Raymonde Linossier, uma jovem com quem Poulenc tinha esperanças de casar. Embora Poulenc tivesse admitido que não tinha nenhum interesse sexual em Linossier, eram amigos de longa data. Em 1923, Poulenc ficou chocado e inane durante um par de dias depois da morte aos 20 anos, na sequência de febre tifóide, do seu amigo, o romancista Raymond Radiguet. Já em 1936, o seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud foi decapitado num acidente de automóvel na Hungria, na sequência do qual visitou a Virgem Negra de Rocamadour. Em 1949, a morte de outro grande amigo, o artista Christian Bérard, esteve na origem da composição do seu Stabat Mater.

A música de Poulenc
O ambiente parisiense da época é fielmente representado na versão de Poulenc de "Cocards" de Cocteau. Esta obra chamou a atenção de Stravinski que recomendou Poulenc a Sergei Diaguilev, sendo o resultado desta colaboração o ballet "Les Biches", no qual ele expressa a sofisticação frágil dos anos 20, uma compreensão verdadeira do idioma do Jazz e (no adagietto) lirismo romântico que cada vez mais influenciou a sua obra.
As suas obras mais conhecidas são talvez as canções para voz e piano, em especial as escritas a partir de 1935, quando começou a acompanhar o grande barítono francês Pierre Bernac. As suas versões de poemas de Apollinaire e do seu amigo Paul Eluard são particularmente boas, cobrindo uma vasta gama de emoções.
Compôs 3 óperas, sendo a maior "Les Dialogues des Carmélites" (1953-56), baseada em acontecimentos da Revolução Francesa, e as suas obras religiosas têm um toque de êxtase como o que apenas se encontra nas obras de Haydn. Das suas obras instrumentais, o concerto para órgão (1938) é muito original no tratamento do instrumento solista.
A sua música, eclética e ao mesmo tempo pessoal, é essencialmente diatónica e melodiosa, embelezada com dissonâncias do século XX. Tem talento, elegância, profundidade de sentimento e um doce-amargo que são derivados da sua personalidade alegre e melancólica. A morte acidental do seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud conjugada com uma peregrinação à Virgem Negra de Rocamadour, em 1935, levaram Poulenc a regressar ao catolicismo, resultando em composições em tom mais austero e sombrio.


O Domingo Sangrento norte-irlandês foi há 41 anos


Bloody Sunday (Irish: Domhnach na Fola) - sometimes called the Bogside Massacre - was an incident on 30 January 1972 in the Bogside area of Derry, Northern Ireland, in which 13 unarmed civil rights protesters and bystanders were shot and killed,another 13 were wounded, later in hospital one of the wounded died,making the body count rise to 14, by soldiers of the British Army. The incident occurred during a Northern Ireland Civil Rights Association march; the soldiers involved were the First Battalion of the Parachute Regiment (1 Para).Thirteen males, seven of whom were teenagers, died immediately or soon after, while the death of another man four and a half months later has been attributed to the injuries he received on that day. Two protesters were also injured when they were run down by army vehicles. Five of those wounded were shot in the back.


Sunday, Bloody Sunday - U2

Yes...

I can't believe the news today
Oh, I can't close my eyes
And make it go away
How long...
How long must we sing this song
How long, how long...
'cause tonight...we can be as one
Tonight...

Broken bottles under children's feet
Bodies strewn across the dead end street
But I won't heed the battle call
It puts my back up
Puts my back up against the wall

Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday

And the battle's just begun
There's many lost, but tell me who has won
The trench is dug within our hearts
And mothers, children, brothers, sisters
Torn apart

Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday

How long...
How long must we sing this song
How long, how long...
'cause tonight...we can be as one
Tonight...tonight...

Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday

Wipe the tears from your eyes
Wipe your tears away
Oh, wipe your tears away
Oh, wipe your tears away
(Sunday, Bloody Sunday)
Oh, wipe your blood shot eyes
(Sunday, Bloody Sunday)

Sunday, Bloody Sunday (Sunday, Bloody Sunday)
Sunday, Bloody Sunday (Sunday, Bloody Sunday)

And it's true we are immune
When fact is fiction and TV reality
And today the millions cry
We eat and drink while tomorrow they die

(Sunday, Bloody Sunday)

The real battle just begun
To claim the victory Jesus won
On...

Sunday Bloody Sunday
Sunday Bloody Sunday...

A Ti Catarina Chitas nasceu há 100 anos

(imagem daqui)
Catarina Sargenta, a Ti Chitas para todos os que tiveram o privilégio de com ela privar, nasceu em Penha Garcia, concelho de Idanha-a-Nova, a 30 de janeiro de 1913.


terça-feira, janeiro 29, 2013

Música dos anos oitenta para geopedrados...

Como os Geopedrados vão reunir-se novamente (no fim de semana de 5 a 7 de abril, no Norte de Portugal) aqui fica uma música, dedicada aos colegas de curso que nele irão participar, para recordar os gloriosos anos oitenta:



Roquivários - Cristina

Abriste uma excepção só para ele
A vida tem destas coisas
Pensaste que p'ra ti era um amigo
Mas não te via assim

Dizes que te guardaste só para ele
Ficaste sempre à espera
Estás cansada de tanto tempo esperar
Agora és uma fera

Cristina, não vais levar a mal
Mas beleza é fundamental
Cristina, não vais levar a mal
Mas beleza é fundamental

Essa imagem da tua cama está
Ainda bem real
E as coisas que me contaste têm para ti
valor emocional

Hoje tu não precisas de protecção
És dona de ti mesma
Já não tens que ter medo da escuridão
Nem de te deitares cedo

Cristina, não vais levar a mal
Mas beleza é fundamental
Cristina, não vais levar a mal
Mas beleza é fundamental

Essa imagem da tua cama está
Ainda bem real
E as coisas que me contaste têm para ti
valor emocional

Hoje tu não precisas de protecção
És dona de ti mesma
Já não tens que ter medo da escuridão
Nem de te deitares cedo

Cristina, não vais levar a mal
Mas beleza é fundamental
Cristina, não vais levar a mal
Mas beleza é fundamental

Cristina, não vais levar a mal
Mas beleza é fundamental
Cristina, não vais levar a mal
Mas beleza é fundamental

Oohh Cristina!

Hyde, o vocalista dos L'Arc-en-Ciel, faz hoje 44 anos

Hideto Takarai (29 de janeiro de 1969, Wakayama, Japão), conhecido exclusivamente pelo seu nome artístico Hyde, é um cantor, compositor, produtor musical e ator japonês. Ele é mais conhecido como vocalista das bandas L'Arc-en-Ciel e Vamps. Nos L'Arc-en-Ciel o seu nome é escrito como hyde, nos Vamps é estilizado como HYDE.
Ele se juntou ao L'Arc-en-Ciel em 1991, depois de deixar a banda Jerusalem's Rod, na qual ele foi guitarrista. Além de ser o vocalista e letrista principal do L'Arc-en-Ciel, Hyde lançou quatro álbuns e 8 singles a solo. Em 2008 ele formou a banda Vamps com K.A.Z, e começou a sua própria gravadora independente, chamada VAMPROSE.



Rasputine morreu há 96 anos



Grigoriy Yefimovich Rasputin, místico russo, nasceu dia 22 de Janeiro de 1869 em Pokrovskoie, Tobolsk e foi assassinado no dia 29 de Dezembro de 1916 aos 47 anos em Petrogrado, actual São Petersburgo. Foi uma figura influente no final do período czarista da Rússia.


Influência na corte russa
Por volta de 1905, a sua já conhecida reputação de místico introduziu-o no círculo restrito da Corte imperial russa, onde diz-se que Rasputin chega mesmo a salvar Alexei Romanov, o filho do czar, de hemofilia.
Perante este acontecimento, a czarina Alexandra Fedorovna dedicar-lhe-á uma atenção cega e uma confiança desmedida, denominando-o mesmo de "mensageiro de Deus". Com esta protecção Rasputin passa a influenciar ocultamente a Corte e principalmente a família imperial russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Nacional Russa.
Todavia, o seu comportamento dissoluto, licencioso e devasso (supostas orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade) justificará denúncias por parte de políticos atentos à sua trajectória poluta, entre os quais se destacam Stolypine e Kokovtsov. O czar Nicolau II afasta então Rasputin, mas a czarina Alexandra mantém a sua confiança absoluta no decadente monge.


Assassinato
A Primeira Guerra Mundial trouxe novos contornos à actuação de Rasputin, já odiado pelo povo e pelos nobres, que o acusaram de espionagem ao serviço da Alemanha. Escapa à várias tentativas de aniquilamento, mas acaba por ser vítima de uma trama de parlamentares e aristocratas da grande estirpe russa, entre os quais Yussupov.
Rasputin também foi conhecido pela sua suposta e curiosa morte: primeiro ele foi envenenado num jantar, porém sua úlcera crónica fê-lo expelir todo o veneno, posteriormente teria sido fuzilado atingido por um total de onze tiros, tendo no entanto sobrevivido; foi castrado e continuou vivo, somente quando foi agredido e o atiraram inconsciente para o rio Neva é que ele morreu, não pelos ferimentos, mas afogado (existe um relato de que, após o seu corpo ter sido recuperado, foi encontrado água nos pulmões, dando apoio à ideia de que ele ainda estava vivo quando atirado ao rio, parcialmente congelado.


O Zeca despediu-se do seu público há 30 anos

Passam hoje 30 anos sobre o último grande concerto de Zeca Afonso, já fortemente debilitado pela doença que o matou, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Com todos os amigos a ajudar (os manos Salomé, Fausto, Júlio Pereira, Sérgio Godinho e muitos outros...) fez história nessa noite.

Recordemos a data com uma sua música, uma pungente e triste despedida:

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Música (quase) geológica para geopedrados...



Diamonds - Rihanna

Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond

Find light in the beautiful sea
I choose to be happy
You and I, you and I
We're like diamonds in the sky

You're a shooting star I see
A vision of ecstasy
When you hold me, I'm alive
We're like diamonds in the sky

I knew that we'd become one right away
Oh, right away
At first sight I felt the energy of sun rays
I saw the life inside your eyes

So shine bright, tonight, you and I
We're beautiful like diamonds in the sky
Eye to eye, so alive
We're beautiful like diamonds in the sky

Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond
We're beautiful like diamonds in the sky

Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond
We're beautiful like diamonds in the sky

Palms rise to the universe
As we, moonshine and molly
Feel the warmth we'll never die
We're like diamonds in the sky

You're a shooting star I see
A vision of ecstasy
When you hold me, I'm alive
We're like diamonds in the sky

At first sight I felt the energy of sun rays
I saw the life inside your eyes

So shine bright, tonight, you and I
We're beautiful like diamonds in the sky
Eye to eye, so alive
We're beautiful like diamonds in the sky

Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond
We're beautiful like diamonds in the sky

Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond
We're beautiful like diamonds in the sky

So shine bright, tonight, you and I
We're beautiful like diamonds in the sky
Eye to eye, so alive
We're beautiful like diamonds in the sky

Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond

Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond
Shine bright like a diamond

Shine bright like a diamond

Sugestão de site - viedeoreportagem do JN sobre a mina da Panasqueira

O Jornal de Notícias (JN) colocou no seu site um filme, com bastante informação intercalada, sobre a mina da Panasqueira e que merece a nossa atenção e recomendação. Como geólogo, neto de mineiro, amante de buracos, de martelos, capacetes, carbureto e frontais, fiquei com uma enorme inveja dos jornalistas que fizeram a reportagem... Vão ver, que vale a pena:

Assina a petição para a Criação da Ordem dos Geólogos

Petição Criação da Ordem dos Geólogos - último dia

Encontra-se ainda disponível no alojamento on-line para petições públicas a petição para a Criação da Ordem dos Geólogos. A petição irá ser entregue na Assembleia da República no final deste mês pelo que se apela a todos aqueles a favor desta iniciativa e que ainda não assinaram a petição que o façam até ao dia 28 de janeiro de 2013 e que a divulguem pelos seus contactos. A petição pode ser assinada por TODOS os cidadãos.

Para: Assembleia da República

Os geólogos são profissionais com formação superior específica no vasto domínio do estudo do solo, do subsolo e dos processos geológicos activos, de que depende um tipo de conhecimento do território de importância estratégica para o desenvolvimento do país.

A profissão de geólogo tornou-se nas últimas décadas uma profissão complexa e muito diversificada devido à participação numa grande variedade de domínios de actividade nos sectores da indústria extractiva, da indústria da construção, da consultoria e da prestação de serviços ao Estado e às empresas.

Neste quadro complexo, os geólogos defendem a necessidade da criação de uma associação pública profissional, assentando esta aspiração em quatro pontos fundamentais:

1) A necessidade de uma regulação da profissão de geólogo, visando definir o campo e o âmbito da profissão e os respectivos actos profissionais no concerto das demais profissões;

2) A convicção de que o Estado deve confiar essa acção reguladora aos próprios geólogos que, face à actual complexidade da sua actividade profissional, estão melhor apetrechados para a realizar com eficiência e ponderação do interesse público;

3) A necessidade de criar condições que permitam a certificação da profissão em regime de reciprocidade com instituições homólogas estrangeiras, visando garantir a livre circulação dos geólogos, tanto portugueses como estrangeiros, dentro e fora do espaço europeu;

4) A necessidade de dispor de um código de princípios deontológicos e de dispositivos jurídico-disciplinares adequados à regulação da profissão e à defesa da independência do julgamento profissional.

A estreita relação entre a natureza da profissão e o interesse público emerge com clareza do breve enunciado de algumas das áreas paradigmáticas da intervenção profissional dos geólogos:

- Segurança e protecção civil: previsão e prevenção de desastres naturais visando a protecção da vida humana e a limitação de danos (identificação das falhas sísmicas e zonamento do perigo sísmico das regiões e dos sítios, monitorização da actividade vulcânica, controlo da erosão torrencial, da estabilidade das encostas e das arribas de praia ou adjacentes a outros espaços públicos);

- Análise de riscos e economia das grandes obras: estudo das condições geológicas para o projecto e construção das grandes obras de engenharia e identificação dos riscos quer financeiros, quer relativos a falhas de desempenho induzidas por causas geológicas (a derrapagem do custo final das grandes obras é correntemente devida, ou atribuída, à falta ou à insuficiência dos estudos geológicos);

- Saúde pública: prevenção dos riscos de contaminação dos solos e das águas subterrâneas, com base no estudo dos sistemas aquíferos, da sua vulnerabilidade e dos processos de propagação dos contaminantes; avaliação da contaminação dos solos e dos métodos de descontaminação;

- Gestão dos recursos naturais: prospecção e avaliação dos recursos minerais (metálicos e não metálicos), dos recursos em energia (geotermia, petróleo e gás) e em espaço subterrâneo (armazenamentos subterrâneos de gás natural e de CO2, destino final de resíduos), conservação do património geológico e da geodiversidade;

- Reconhecimento dos fundos oceânicos da ZEE de Portugal, a maior Zona Económica Exclusiva da Europa, de grande valor estratégico e potencial base de um novo paradigma do desenvolvimento económico do país.

Assim, é em nome do interesse público e da correlativa necessidade de auto-regulação da profissão de Geólogo, que pedimos aos cidadãos que subscrevam esta petição solicitando à Assembleia da República a criação da Ordem dos Geólogos.

Os signatários: