terça-feira, dezembro 11, 2012

O último voo tripulado à Lua chegou ao nosso satélite há 40 anos

Apollo XVII
Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 seguntos
                                  Imagem da tripulação                                           
Esq. p/ dir: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)
Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.

Tripulação

O Fim do Começo
Apesar da cortina estar-se a fechar sobre o Programa Apollo, o ato final foi espetacular. A área de alunagem do Módulo Lunar Challenger, num bonito vale cercado de montanhas no limite do Mar da Serenidade, prometia ser um paraíso geológico. Em fotografias tiradas antes da missão, a área escolhida para o pouso, Taurus-Littrow, estava cheia de pedras roladas das montanhas em volta, e no vale no centro destas montanhas podiam ser vistas inúmeras crateras escuras, provavelmente produzidas por material vulcânico.
Para explorar esta preciosidade geológica, a direção de voo tinha escolhido uma tripulação de dois homens com, talvez, a mais ampla gama de capacidades de todas as tripulações da Apollo. O comandante Eugene Cernan era um veterano de duas missões anteriores, tendo voado na Gemini IX e na Apollo X. Era o único comandante que já havia pilotado o Módulo Lunar no espaço e havia poucos, no corpo de astronautas, que conheciam a nave espacial tão profundamente. E o seu co-piloto e piloto do ML Challenger, Harrison "Jack" Schmitt, não apenas conhecia o módulo profundamente, mas também era um geólogo profissional, que havia sido um ativo participante no planeamento das primeiras missões Apollo. Se a região lunar de Taurus-Littrow era um paraíso geológico, então Harrison Schmitt era o geólogo.

A montagem dos materiais das experiências
Após o pouso perfeito, Cernan e Schmitt começaram seu trabalho na superfície, descarregando e montando o  rover lunar e depois as experiências do ALSEP - sigla que denominava o conjunto de material e materiais tecnológicos que acompanhava cada missão. Muitos destes materiais tecnológicos eram exclusivos da Apollo XVII e de vários deles esperava-se que transmitissem informações da estrutura geológica ao redor do vale de Taurus-Littrow. Os materiais tecnológicos que já haviam sido usados em missões anteriores, incluíam o material de circulação de calor, um detector de raios cósmicos semelhante ao usado na Apollo XVI e um tubo de núcleo como aqueles perfurados nas Apollos XV e XVI.
Os novos materiais tecnológicos levados incluíam um instrumento para determinar a composição da fina atmosfera lunar, um invento para detectar meteoritos e um gravímetro de longa duração, feito com a intenção de que fosse um detector de ondas gravitacionais.

O rover lunar em Taurus-Littrow

Eugene, o reparador e bate-chapas
Em algumas das missões anteriores, os astronautas passaram um tempo na cabine do Módulo Lunar, entre as atividades extra-veiculares, fazendo pequenas reparações em equipamentos estragados. Charles Conrad e Alan Bean, da Apollo XII consertaram uma escala partida e David Scott e James Irwin, da Apollo XV, usaram fita adesiva para prender uma antena quebrada do equipamento de emergência. E, é claro, a tripulação da Apollo XIII usou fita isolante, papelão e tubos para que as caixas de metal de hidróxido de lítio do Módulo de Comando, pudessem funcionar na batalha contra a elevação do nível de dióxido de carbono na nave, na sua célebre viagem quase catastrófica.
Durante o período de descanso após a primeira AEV (Atividade Extra-Veicular, o período que os astronautas passavam fora do módulo, na superfície lunar) da Apollo XVII, Eugene Cernan praticou a arte de bate-chapas, usando fita adesiva e mapas de reserva, para substituir um guarda-lamas perdido durante o começo da primeira excursão lunar.
O que aconteceu é que, enquanto Cernan carregava equipamento no rover, no início da AEV, ele acidentalmente prendeu o seu martelo sob o guarda-lamas traseiro direito do rover e arrancou-o. Ele então prendeu o guarda-lamas com fita adesiva de volta ao lugar, com alguma dificuldade por causa da poeira que cobria tudo e impedia uma boa colagem. Mas apesar dos melhores esforços, durante o regresso ao ML, a fita soltou-se e o guarda-lamas perdeu-se. A tripulação da Apollo XVI perdeu um guarda-lamas quase do mesmo modo e, interessado em evitar problemas como superaquecimento de baterias e trincos travados no rover lunar, Cernan queria moldar um novo guarda-lamas de substituição. Enquanto eles dormiam, membros da equipe de apoio no Centro Espacial Johnson, em Houston, descobriram como fazer um guarda-lamas substituto e como prendê-lo ao ro lunar e John Young, comandante da Apollo XVI, vestiu uma roupa espacial para testá-lo. Pela manhã, Young e Cernan conversaram sobre como fazê-lo e o conserto foi um sucesso.
O primeiro passeio lunar foi um pouco frustrante para o geólogo-astronauta Schmitt, porque graças ao defeito do rover eles puderam recolher muito pouco material do solo lunar.

Harrison Schmitt no solo lunar

O Buraco-na-Parede
No segundo dia na Lua, para iniciar os trabalhos, Cernan e Schmitt dirigiram seis quilómetros para oeste, num lugar chamado Buraco-na-Parede - porque, visto e fotografado do espaço, que era a referência para denominação de todos os acidentes geográficos lunares pela NASA, ele parecia, obviamente, com um buraco numa parede - na base de uma escarpa de montanhas. Nas fotografias tiradas em órbita pela Módulo de Comando da Apollo XV, ele parecia ser um lugar por onde seria possível subir os oitenta metros até ao topo da escarpa, sem forçar as capacidades do rover lunar. Do módulo Challenger, durante o descanso, Cernan e Schmitt podiam ver uma parte do Buraco-na-Parede no horizonte, além da borda da cratera chamada Camelot. Ele estava, como Cernan o descreveu, a uma pequena distância na direção sul. A superfície era suave e apesar de estarem a a andar uma boa parte do caminho numa encosta da montanha, não precisaram de muito esforço para subir. Uma vez no topo, eles dirigiram mais um quilómetro, até ao sopé do Maciço Sul das montanhas e lá passaram uma hora recolhendo amostras de pedras soltas, roladas no alto.
Apesar de terem gasto a maioria de seu tempo de trabalho num declive bastante íngreme e precisar vigiar os lugares onde pisavam, eles acharam o declive muito pouco desconfortável, assim como a tripulação da Apollo XVI. Os dois astronautas conseguiam movimentar-se com relativa facilidade dentro de suas roupas pressurizadas e usavam as suas ferramentas de mão como bengalas para se levantarem do chão, após se abaixarem para ver mais de perto alguma pedra no solo.
A primeira paragem da dupla para recolha geológica foi tranquila, e por isso o Controle de Voo em Houston decidiu alongar a estada deles, até o máximo permitido por uma volta a pé forçada, por causa do stock de oxigénio. Com a experiência feita pela tripulação da Apollo XIV como guia, a NASA havia feito uma estimativa conservadora de que, na ocorrência de uma quebra do rover, os astronautas poderiam manter uma média de velocidade a pé no retorno de 2.7 km/h. Mantendo uma margem de reserva – mas sem margem para a capacidade de stock do Sistema de Purificação de Oxigénio – a estimativa de uma velocidade média de retorno de 2.7 km/h significava que Cernan e Schmitt teriam que deixar este local no máximo após três horas e meia de AEV.

Queda de Schmitt na Lua

A jornada lunar continua
Continuando o passeio, a tripulação coletava amostras sem precisar descer do rover, nem retirar o cinto de segurança, usando uma pá de cabo longo para apanhar as amostras de pedras mais vistosas do solo. O tempo nestas excursões lunares sempre era muito controlado. Enquanto Schmitt recolhia amostras, Cernan aproveitava para tirar fotos, com a nova lente de 500 mm fabricada para a NASA.
A maneira como os astronautas subiam de novo no rover lunar, após descer para observar e recolher amostras, ou tirar fotografias, era interessante: para fazer isso, eles ficavam em pé ao lado do veículo, perto de seus assentos e olhando para a frente. Pulavam para os assentos e se tivessem sorte, com a ajuda da baixa gravidade, caíam sentados na posição certa; mas, numa das vezes, Cernan errou o salto e caiu sentado no chão.
A próxima paragem da dupla estava planeada para a borda de uma pequena cratera, algumas centenas de metros a norte do Buraco-na-Parede, na base da escarpa da montanha. Os dois tiveram uma viagem algo perigosa descendo a ladeira e, quando saíram dela, Cernan pediu uma homologação de recorde de velocidade lunar, de 18 km/h. Apesar da seu pedido não poder ser controlado por fonte independente, não há dúvidas de que ele estava andando rapidamente e ainda teve que manobrar para evitar um pião na descida da encosta.
A ferramenta favorita de Schmitt era uma pá com a qual ele podia ser mais seletivo na recolha e também podia ser usada para cavar pequenas valetas. Durante a missão, ele trabalhou com uma técnica de descansar a ponta da pá no chão e descer seus dedos pela haste do cabo o suficiente para que o ato de despejar a rocha recolha dentro do saco se tornasse algo mais fácil; mas mesmo assim, a recolha de solo provou ser uma incumbência mais difícil do que havia sido para outros astronautas, que usavam equipamentos com cabos longos e pinças, como ferramentas das suas recolhas. Num certo momento, ele teve uma queda espetacular, caindo girando até ficar com mãos e joelhos no chão, e quando se levantou teve que esperar alguns minutos, para se certificar que a sua câmara não se tinha estragado. Felizmente, câmara e lentes estavam incólumes e Cernan chegou com um par de pinças para ajudar Schmitt a apanhar o material espalhado.

Vídeo dos astronautas da Apollo XVII caminhando e cantando na Lua

Solo laranja na Lua
Trinta e sete minutos após terem parado, Eugene Cernan e Harrison Schmitt estavam em movimento novamente. O próximo alvo era uma cratera chamada Shorty e todos tinham grandes esperanças de que fossem encontrado algo geologicamente pouco usual. Vista da órbita, a Shorty parecia ser sinistra e diferente. Ela localiza-se logo após a extremidade de um terreno que desabou da montanha e é muito mais escura que a região em redor. Como era típico durante as paragens geológicas da Apollo XVII, quando Cernan estacionava o rover lunar, Schmitt pulava para fora e dava uma rápida vi em volta, enquanto Cernan cuidava de limpar a poeira no rover e outros "afazeres domésticos". Eles estavam parados perto de uma grande pedra quebrada e Schmitt saiu primeiro para olhar e depois levar uma tina de recolha de amostras. Estando um pouco envergonhado com a sua primeira queda lunar, ele não começou a recolha de amostras até que Cernan estivesse pronto para ajudá-lo. Tendo visto de perto uma grande pedra arredondada e quebrada na sua frente, ele voltou para apanhar a tina e começar a apanhar amostras, quando imediatamente notou que havia algo muito pouco comum no solo que havia mexido com seus pés e parou por uma fração de segundos. Na paragem na escarpa da montanha, ele havia visto pontos coloridos no solo, os quais, após um momento de considerações, pareciam ser pontos de luz do Sol, refletidos pela chapa dourada da frente no rover. E ali na cratera Shorty, a tripulação da Apolo XVII havia achado solo cor de laranja na Lua.
Como eles podiam andar três vezes mais rápido do que a velocidade de uma caminhada a pé presumida pelos planeadores da AEV, quando Cernan e Schmitt dirigiam-se de rover em direção ao ML Challenger, o tempo necessário para a caminhada a pé deixou de ser uma coisa importante. Após andarem uma parte do caminho de volta, fizeram uma breve paragem para montar uma carga sísmica, fazer uma rápida recolha de amostras e continuaram em direção à borda sul da Cratera Camelot, uma grande cratera de impacto um quilómetro a oeste do ML.
Por cerca de vinte minutos, Cernan e Schmitt trabalharam num quadrante limitado de um campo de rochas na Camelot, conscientes do potencial de tropeçarem em algo. Recolheram amostras de rocha, amostras de solo caídos sobre as rochas por impactos próximos e compararam amostras de solo escavado entre as rochas. Trabalharam rápida e eficientemente e satisfeitos com eles próprios por um dia de trabalho bem feito, pulavam e cantavam enquanto faziam o seu caminho de volta até ao rover lunar e depois, para o ML.

Eugene Cernan em Taurus-Littrow; ao fundo, o Maciço Sul

O último passeio da Missão Apollo na Lua
Os planos para o terceiro e último dia eram tão desafiadores quanto os do Dia 2 e o trabalho acabou sendo igualmente recompensador. Saindo do Módulo Lunar, Cernan e Schmitt dirigiram-se para norte cerca de três quilómetros, até à base do 'Maciço Norte' e lá cruzaram 400 m de encosta para nordeste, em direção a uma grande rocha partida, que havia sido vista nas fotografias de Apollo XV. Na verdade, um certo número de rochas havia sido selecionadas nas fotos antes da missão e a rocha partida, em particular, parecia ter traços em comum. Após o pouso, Schmitt pôde escolher rochas e percursos no 'Maciço Norte' e agora, a medida que se aproximavam da montanha, se tornava evidente que os percursos no solo vistos nas fotos, como aqueles que eles tinham visto no dia anterior no 'Maciço Sul', consistiam em cadeias de depressões parecidas com crateras, escavados pelas rochas quando elas balançavam, tombavam e escorregavam pela montanha abaixo. A rocha dividida assentava exatamente abaixo de uma falha considerável na encosta e, evidentemente, tinha caído, batido no solo com força considerável, partido e escorregado alguns metros até parar. Observando em detalhe, ela havia se quebrado em cinco pedaços, tendo o maior deles de seis a dez metros num dos lados.
Apesar do lado da montanha ser consideravelmente íngreme logo acima da pedra, quando Cernan estacionou o rover, ele e Schmitt descobriram que seu trabalho seria bem difícil. Eles pouco tinham reparado sobre os detalhes da escarpa quando se dirigiam à rocha partida; mas quando pularam do rover  lunar, tiveram que se inclinar para a frente a fim de ficarem em pé no talude. Nos lugares em volta da pedra, eles podiam se empertigar no sulco que ela havia cavado, mas na maior parte da hora que passaram ali, precisaram lutar contra a inclinação da montanha. Foi graças à confiança que havia sido conquistada com os trabalhos anteriores em taludes e encostas das Apollo XV e XVI – além dos dois primeiros dias de sua própria missão – que, enquanto eles riam e faziam piadas sobre o talude, não mostraram nenhuma hesitação em completar o trabalho.
Após a missão, apenas Cernan teve algum pesar com seu trabalho no penúltimo local de recolha; ele estava triste de não ter tido tempo de escrever o nome de sua filha na saliência superior coberta de poeira da rocha. Ele recolheu uma amostra da poeira e o ponto pode ser visto numa famosa fotografia tirada por Schmitt, com o vale visível ao fundo. Alan Bean, que se tornou pintor após ter ido a lua na Apollo XII, depois corrigiu a falha de Cernan pintando a cena e colocando o nome de Tracy, a filha de Cernan, no lugar. Para aqueles que conhecem a história, a rocha partida do penúltimo ponto de recolha na Lua se tornou conhecida como a Pedra de Tracy.
Se a subida até a pedra havia sido extenuante – e é importante dizer que apesar do esforço nenhum deles teve batimentos cardíacos superiores a 130 por minuto – a descida não deixou de ser divertida. Após terminar sua coleta sob a Pedra de Tracy, Cernan voltou em direção ao jipe pulando muito rápido. Quando ele se aproximava vindo pelo trilho formado pela queda da pedra, colocou muito peso sobre o seu pé direito e caiu de forma espetacular. Como o solo era macio, sem pedras protuberantes no chão e como Cernan estava em descida, a queda pareceu ser pior do que realmente foi. Na verdade, caiu bastante devagar, graças à baixa gravidade, podendo manter algum controle e aterrou em cima das mãos e dos joelhos, evitando bater com a sua câmara no chão. Era a segunda queda de um astronauta na Lua.
Neste momento, os astronautas já estavam fora do ML há cerca de cinco horas. Eles tinham estado trabalhando duro o dia inteiro, andando em terreno áspero e rugoso em volta das escarpas. Apesar do controle de Houston insistisse que eles deviam partir imediatamente, Cernan e Schmitt decidiram ficar por mais alguns minutos, de maneira que pudessem acabar a trincheira, tirar algumas fotografias e guardar algumas amostras. Trabalharam rápida e eficientemente. Houston não os interrompeu.

O ML Challenger no espaço, indo ao reencontro do MC America para a volta para a Terra, após três dias na Lua

O encerramento da missão Apollo
Nenhuma das missões Apollo podia ser mais do que uma rápida viagem de reconhecimento a uma área de alunagem em particular, em virtude da contenção de custos de todo o Projeto Apollo. O prazo final dado em 1962 pelo Presidente John Kennedy para uma alunagem tripulada - fim da década de 60 - havia forçado a NASA a desenvolver o mais simples hardware capaz de completar uma missão de alunagem e foi devido às equipes de construtores que, na época destas missões, as tripulações pudessem passar três dias na Lua e tivessem o rover lunar para ampliar o seu alcance na superfície. Não havia mais nenhuma esperança de fazer algo, além de arranhar a superfície lunar e produzir um esboço da história geológica da Lua.
No final da missão Apollo XVII, havia amostras suficientes de lava das regiões montanhosas, para que os geólogos estivessem confiantes de terem entendido como as grandes bacias lunares, como o Mar da Serenidade, haviam sido criadas pelos impactos de meteoros, como as montanhas se tinham erguido e como os 'maria' (de lava, arrefecida durante milhões de anos na superfície lunar, se haviam formado pelas erupções de lava que venham de tempos em tempos do interior do satélite. E havia detalhes intrigantes, os quais, se não foram completamente explicados, pareciam ser consistentes com as ideias gerais. Se, por exemplo, alguns geólogos se desapontaram com o facto de não terem encontrado evidências de vulcanismo em qualquer das áreas de alunagem das Apollo, a descoberta dos solos negro e alaranjado na cratera Shorty – combinado com o subsequente mapeamento feito em órbita por Schmitt, de regiões similares por todos os lugares em volta das bordas do Mar da Serenidade – tornou fácil para os geólogos descreverem a fase de formação dos 'maria' (plural de mare) na evolução lunar.
Eugene Cernan gostava de descrever a Apollo XVII como 'o fim do começo' e, certamente, de uma perspectiva científica, a Apollo foi um começo maravilhoso.
Como estavam capacitados pelas experiências das missões anteriores, Cernan e Schmitt ficaram com todos os recordes de tempo gasto na superfície, distância percorrida, números de amostras recolhidas e quantidade de fotografias tiradas; as experiências anteriores lhes deram confiança em suas habilidades para fazer um trabalho bem feito. Como as outras tripulações, eles aprenderam rapidamente como tirar proveito das condições do ambiente lunar. Então, apesar do facto que equipamentos e procedimentos mais eficazes ainda serão produzidos no futuro para tornar possível a condução de operações lunares de maneira mais efetiva, há muito o que ainda pode ser aprendido com a experiência das missões Apollo.
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