sábado, junho 30, 2012

O Evento de Tunguska foi há 104 anos

Árvores caídas após a explosão (foto tirada durante a expedição de Kulik, em 1927)
 
O Evento de Tunguska foi uma queda de um objeto celeste que aconteceu em uma região da Sibéria próxima ao rio Podkamennaya Tunguska, em 30 de junho de 1908. A queda provocou uma grande explosão, devastando uma área de milhares de quilómetros quadrados. A ausência de uma cratera e de evidências diretas do objeto que teria causado a explosão levou a uma grande quantidade de teorias especulativas sobre a causa do evento. Apesar de ainda ser assunto de debate, segundo os estudos mais recentes a destruição provavelmente foi causada pelo deslocamento de ar subsequente a uma explosão de um meteoroide ou fragmento de cometa a uma altitude de 5 a 10 km na atmosfera, devido ao atrito da reentrada. Diferentes estudos resultaram em estimativas para o tamanho do objeto variando em torno de algumas dezenas de metros.
Estima-se que a energia da explosão está entre 5 megatoneladas e 30 megatoneladas de TNT, com 10–15 megatoneladas sendo o mais provável. Isso é aproximadamente igual a 1000 vezes a bomba lançada em Hiroshima, na segunda guerra mundial, e aproximadamente um terço da Bomba Czar, a mais poderosa arma nuclear já detonada. A explosão tinha energia suficiente para destruir uma grande área metropolitana e derrubou cerca de 80 milhões de árvores em uma área e 2150 quilómetros quadrados, estimando-se que tenha provocado um terramoto de aproximadamente magnitude 5 na escala Richter.
Apesar de ser considerado o maior impacto terrestre na história recente da Terra, impactos de intensidade similar em regiões remotas teriam passado despercebidos antes do advento do monitoramento global por satélite nas décadas de 1960 e 70.

Localização aproximada do evento de Tunguska, na Sibéria

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