segunda-feira, outubro 31, 2011

O Halloween visto por Lady Gaga


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Quadrilha - poema de Carlos Drummond de Andrade cantado


Há seis séculos a Dinastia de Avis era reconhecida por Castela

A 31 de outubro de 1411 foi assinado em Ayllon um tratado de paz entre os reinos de Castela e de Portugal, que também incluía a França e Aragão. Este tratado foi ratificado pelos dois reis. Contudo, quando D. João II de Castela atingiu a maioridade, foi feita uma nova ratificação do tratado, a 30 de abril de 1423, onde estiveram presentes os embaixadores portugueses D. Fernando de Castro e o doutor Fernando Afonso. Era ainda o reflexo dos problemas vividos entre as duas mais importantes coroas ibéricas durante a crise de 1383-1385.
Estas tréguas eram extremamente importantes para Portugal, pois permitiam a manutenção da praça de Ceuta. Mas a paz definitiva só foi alcançada pelo Tratado de Medina del Campo, assinado a 30 de outubro de 1431. D. João I, o monarca português, enviou a Castela, como seus embaixadores, Pedro e Luís Gonçalves Malafaia, assistidos pelo doutor Rui Fernandes e pelo secretário Rui Galvão.
Antes desta data, o período de paz conseguido pelas citadas tréguas entre os dois reinos permitiu retomar o povoamento das zonas raianas e fixar as populações. Permitiu igualmente, como nos diz Gomes Eanes de Zurara, implementar o comércio nas áreas fronteiriças, com a retoma das seculares relações de vizinhança entre as povoações dos dois lados.
A situação de conflito latente com Castela, mantida até 1411, fez endividar o país com as despesas inerentes à guerra. Contudo, a fase vivida entre esta data e a assinatura definitiva do tratado de paz afastou por completo a ameaça de uma invasão castelhana, embora não tivesse desvanecido um permanente clima de tensão entre estes dois reinos.
Durante todo o reinado de D. João I, o país viveu sob esta ameaça latente e num clima de suspeição relativamente a Castela, embora Portugal tenha encontrado uma boa alternativa ao voltar-se para Marrocos e para o Atlântico, enquanto o rei de Espanha se ocupava da conquista de Granada, o último reduto muçulmano na Península.

Houdini morreu há 85 anos

Harry Houdini, nome artístico de Ehrich Weiss (Budapeste, 24 de março de 1874 - Detroit, 31 de outubro de 1926), foi um dos mais famosos escapistas e ilusionistas da História.

Carlos Drummond de Andrade nasceu há 109 anos

Os ombros suportam o mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espectáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Carlos Drummond de Andrade

O baterista dos U2 nasceu há 50 anos!

Lawrence "Larry" Joseph Mullen Jr. (Dublin, 31 de outubro de 1961) é um baterista irlandês, fundador e integrante da banda U2. Foi Larry que colocou, em 1976, o aviso na Mount Temple High School buscando pessoas para formar uma banda, o Feedback, que acabou tornando-se o U2.
Mora com Ann Achenson desde os tempos de colégio (nunca se casou), com quem tem três filhos, Aaron Elvis (1995), Ava Elizabeth (1998) e Ezra (2001). Ele viveu com seus pais e suas irmãs Cecilia e Mary (morta em 1973 num acidente) em Arlene, subúrbio de Dublin. Larry foi matriculado em várias escolas até achar o que queria na Mount Temple High School. Antes da bateria, tentava tocar piano até que Cecilia o presenteou com sua primeira bateria. Nos primeiros meses do U2, apenas ele sabia tocar realmente. Suas outras "paixões" são Harley-Davidsons e Elvis Presley.
Ele trabalhou em vários projetos fora do U2 durante sua carreira , incluindo uma colaboração com Michael Stipe e Mike Mills do R.E.M. para formar o Automatic Baby em 1993 e trabalhando com o companheiro de banda Adam Clayton na regravação do tema do filme Mission: Impossible em 1996. Ele e o U2 tem vários prêmios incluindo 22 prémios Grammy.

Johannes Vermeer (provavelmente) nasceu há 379 anos

A alcoviteira (1656): A figura da esquerda crê-se ser o auto retrato de Vermeer

Johannes Vermeer (Delft, 31 de Outubro de 1632 - Delft, 15 de Dezembro de 1675) foi um pintor holandês, que também é conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer.
Vermeer viveu toda a sua vida na sua terra natal, onde está sepultado na Igreja Velha (Oude Kerk) de Delft.
É o segundo pintor holandês mais famoso e importante do século XVII (um período que é conhecido por Idade de Ouro Holandesa, devido às espantosas conquistas culturais e artísticas do país nessa época), depois de Rembrandt. Os seus quadros são admirados pelas suas cores transparentes, composições inteligentes e brilhante com o uso da luz.
Pouco se sabe da sua vida. Era filho de Reynier Jansz e Dingenum Baltens. Casou-se em 1653 com Catharina Bolenes e teve 15 filhos, dos quais morreram 4 em tenra idade. No mesmo ano juntou-se à guilda de pintores de Saint Lucas (São Lucas). Mais tarde, em 1662 e 1669, foi escolhido para presidir à guilda. Sabe-se que vivia com magros rendimentos como comerciante de arte, e não pela venda dos seus quadros. Por vezes até foi obrigado a pagar com quadros dívidas contraídas nas lojas de comida locais. Morreu muito pobre em 1675. A sua viúva teve de vender todos os quadros que ainda estavam na sua posse ao conselho municipal em troca de uma pequena pensão (uma fonte diz que foi só um quadro: a última obra de Vermeer, intitulada Clio). Depois da sua morte, Vermeer foi esquecido. Por vezes, os seus quadros foram vendidos com a assinatura de outro pintor para lhe aumentar o valor. Foi só muito recentemente que a grandeza de Vermeer foi reconhecida: em 1866, o historiador de arte Théophile Thoré (pseudónimo de W. Bürger) fez uma declaração nesse sentido, atribuindo 76 pinturas a Vermeer, número esse que foi em breve reduzido por outros estudiosos. No princípio do século XX havia muitos rumores de que ainda existiriam quadros de Vermeer por descobrir.
Conhecem-se hoje muito poucos quadros de Vermeer. Só sobrevivem 35 a 40 trabalhos atribuídos ao pintor holandês. Há opiniões contraditórias quanto à autenticidade de alguns quadros.
A vida do pintor é contracenada no filme "Girl with a Pearl Earring" (2003) do diretor Peter Webber. A atriz Scarlett Johansson interpreta Griet, a moça com brinco de pérola.

Indira Gandhi foi assassinada há 27 anos

Indira Priyadarshini Gandhi (Allahabad, 19 de novembro de 1917 - Nova Délhi, 31 de outubro de 1984) foi primeira-ministra da Índia entre 1966 e 1977 e entre 1980 e 1984.

Filha de Jawaharlal Nehru; foi a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe do governo indiano. tinha o sobrenome do marido Feroze Gandhi, que havia mudado seu sobrenome para "Gandhi" por razões políticas.
Brilhante política, estrategista e pensadora, possuía grande ambição política. Como mulher e ocupando a mais alta posição do governo numa sociedade, na época, ainda bastante patriarcal, esperava-se que Indira fosse uma líder de pouca relevância, mas as suas acções provaram o contrário.
Filiou-se em 1939 ao Partido do Congresso Nacional Indiano, e passou mais de um ano presa por atividades durante a guerra. Seus primeiros anos na política foram dedicados a ajudar o pai, Nehru, primeiro-ministro, exercendo o cargo de presidente do Congresso (1959-60). Tornou-se ministra da Informação e Radiodifusão no gabinete de Lal Bahadur Shastri, e em 1966 foi escolhida para suceder Shastri como primeiro-ministro.
Durante os anos seguintes esteve engajada em uma prolongada rixa com a velha liderança do Congresso, mas derrotou-os com a ajuda da ala esquerdista, em 1969-70. Como Primeiro Ministro, Indira usou com cuidado os instrumentos de que dispunha para consolidar seu poder e autoridade. Usando seu poder de nomeações, criou gabinetes notoriamente débeis. Criou seu próprio partido do Congresso, depois da cisão de novembro de 1969, dentro do partido do Congresso Nacional Indiano.
Reeleita em 1971 — depois de campanha feroz nos moldes de sua conhecida plataforma socialista com o slogan célebre (garibi hatao ou expulsar a pobreza) — conseguiu melhorar a sorte de seu próprio governo com os êxitos da guerra indo-paquistanesa de 1971, contra o vizinho Paquistão, apoiado pelos Estados Unidos da América, em Bengala do Leste, onde a intervenção da Índia permitiu aos separatistas locais coroar sua própria guerra de independência de nove meses com a criação de uma república independente, o Bangladesh. Depois de invadir o Paquistão Oriental, o exército indiano não derrotou o Paquistão porque a Índia tinha aceitado a idéia do Paquistão, após a partilha. O presidente estadunidense Richard Nixon numa mensagem para Indira, despachou o porta-aviões USS Enterprise para a baía de Bengala, mas o exército indiano em breves dias já terminara seus assuntos no Paquistão do Leste. Além do mais, a União Soviética tinha oferecido auxílio, em caso de confrontação com os Estados
O apoio norte-americano ao Paquistão deve ser encarado pelo prisma da Guerra Fria. O Paquistão era aliado dos Estados Unidos e a India vista como próxima a Moscou, embora oficialmente não-alinhada. A Índia retirou suas forças do Paquistão ocidental, mas já estava criada a República do Bangladesh. Pode-se considerar que foi uma derrota para os Estados Unidos e seu aliado Paquistão, tendo provocado uma onda de orgulho na Índia. Indira foi adorada pelas massas, depois da vitória e um dos inquéritos do instituto Gallup a mostrava como a pessoa no Governo mais admirada do mundo.
Após a bem-sucedida guerra indo-paquistanesa de 1971, sua popularidade subiu no auge, tendo depois declinado na década de 70. Quando ameaçada com a perda de sua posição por um processo jurídico em função de atividades eleitorais ilegais, declarou estado de emergência (1975-77) e governou a Índia ditatorialmente, auxiliada por apaniguados, como seu filho mais novo, Sanjay.
Após a derrota nas eleições de 1977 para Morarji Desai, sua carreira parecia estar encerrada, mas em 1979 a sua facção no Partido do Congresso reelegeu-a e ela governou até ser assassinada, em 1984, por um extremista sikh. Em (1983-84) foi-lhe atribuído o Prémio Lênin da Paz. O seu filho mais velho, Rajiv Gandhi (1944-1991) sucedeu-a como primeiro-ministro.
A Indira se atribui a nacionalização dos bancos na Índia, o que os economistas da época desaconselhavam, mas que conseguiu-lhe aprovação das massas, reflexo da fúria do povo comum no momento em que diversos bancos particulares tinham falido e arrastado os depósitos do povo, que recebera apenas uma fração. E numerosos bancos particulares eram operados por companhias holding, com interesses variadíssimos, de modo que o povo achava que o dinheiro depositado não estava sendo bem usado. A rede nacionalizada criada por Gandhi criou as instituições de sucesso de hoje, que recebem a confiança geral. Indira tomou também a medida corajosa de fazer cessar as pensões particulares como os pagamentos a título pessoal feitos aos Estados principescos, que ela considerava anacrónicos, dado o caráter democrático do país após sua independência.
Outro sucesso foram seus esforços em prol de autossuficiência alimentar para a Índia em cereais - a Revolução Verde .As iniciativas de seu Governo para diversificar e aumentar as colheitas em todo o país acabaram com a dependência da Índia em importações de cereais. O sucesso da Revolução Verde levou seu partido, o do Congresso, a vencer de modo arrasador as eleições legislativas de 1972 em diversos estados.
Indira Gandhi é também considerada a iniciadora do programa nuclear indiano. A Índia fez seu primeiro teste nuclear em 1974, teoricamente para propósitos pacíficos. A segunda série de testes em 1998 levou ao reconhecimento das capacidades nucleares do país.
 
(...)
Os anos seguintes de seu Governo ficaram marcados por um rompimento grave nas relações entre os hindus e sikhs que levariam finalmente a seu assassinato. Alarmados com o aumento de popularidade de um líder missionário Sikh, figura altamente politizada, Sant Jarnail Singh Bhindranwale, os líderes da Índia mais se perturbaram com a proclamação por parte dele de que os Sikhs eram,comunidade soberana que devia se autogovernar.
Temendo o apoio do Paquistão ao movimento, em junho de 1984 Gandhi ordenou uma Operação Estrela Azul, assalto militar ao santuário sagrado em Amritsar intitulado Harmindar Sahib ou Templo de Ouro, templo mais importante de prece para os Sikh, que fora ocupado por Sant Jarnail Singh e seus partidários e militantes e transformado em esconderijo secreto de armas. Gandhi deu ordem ao Exército para irromper pelo santuário e os ocupantes recusaram-se a sair. Na luta que se seguiu houve 83 soldados e 493 ocupantes mortos, incluindo os líderes, além de numerosos feridos.
Os Sikhs encheram-se de raiva com a profanação do santuário e sua alienação teve consequências dramáticas, pois em 31 de outubro de 1984, Indira Gandhi foi assassinada por seus dois guarda-costas Sikh, Beant Singh e Satwant Singh. Morreu minutos depois de entrar no All India Institute for Medical Sciences (AIIMS), em Nova Délhi. Beant Singh foi morto durante o assassinato e Satwant Singh condenado a morrer enforcado em 1988. Em New Délhi, irromperam motins anti-Sikh em que mais de dois mil sikhs inocentes morreram. Muitos membros do partido do Governo, e do Congresso estiveram implicados nos motins, alguns ainda aguardam julgamento nos tribunais. Indira parece ter tido uma premonição de sua morte pois na própria noite em que morreu, num discurso, disse: "I don't mind if my life goes in the service of the nation. If I die today, every drop of my blood will invigorate the nation», ou seja, «Não me importa se perco a vida ao serviço da nação. Se morrer hoje, cada gota de meu sangue revigorará a nação.»


Dia das Bruxas, Halloween ou Dia do Bolinho?


Três Reis de Portugal nasceram nesta data


D. Fernando I de Portugal, nono rei de Portugal, (Lisboa, 31 de outubro de 1345 - 22 de outubro de 1383). Era filho do rei D. Pedro I de Portugal e sua mulher, a princesa D. Constança de Castela. D. Fernando sucedeu a seu pai em 1367. Foi cognominado O Formoso ou O Belo (pela beleza física que inúmeras fontes atestam) e, alternativamente, como O Inconsciente ou O Inconstante (devido à sua desastrosa política externa que ditou três guerras com a vizinha Castela, e até o perigo, após a sua morte, de o trono recair em mãos estrangeiras).
Com apoio da nobreza local, descontente com a coroa castelhana, Dom Fernando chegou a ser aclamado Rei em diversas cidades importantes de Norte a Sul da Galiza.

D. Duarte I de Portugal (Viseu, 31 de outubro de 1391Tomar, 9 de setembro de 1438) foi o décimo-primeiro Rei de Portugal, cognominado o Eloquente ou o Rei-Filósofo pelo seu interesse pela cultura e pelas obras que escreveu. Filho de D. João I de Portugal e D. Filipa de Lencastre, desde cedo foi preparado para reinar como primogénito da ínclita geração. Em 1433 sucedeu a seu pai. Num curto reinado de cinco anos deu continuidade à política exploração marítima e de conquistas em África. O seu irmão Henrique estabeleceu-se em Sagres, de onde dirigiu as primeiras navegações e, em 1434, Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador. Numa campanha mal sucedida a Tânger o seu irmão D. Fernando foi capturado e morreu em cativeiro. D. Duarte interessou-se pela cultura e escreveu várias obras, como o Leal Conselheiro e o Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela. Preparava uma revisão da legislação portuguesa quando morreu, vitimado pela peste.

D. Luís I de Portugal (nome completo: Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando de Saxe-Coburgo e Bragança; Lisboa, 31 de Outubro de 1838Cascais, 19 de Outubro de 1889) foi o segundo filho da rainha D. Maria II e de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota. Luís herdou o trono depois da morte do seu irmão mais velho, D. Pedro V em 1861. Ficou conhecido como O Popular, devido à adoração pelo seu povo; Eça de Queirós chamou-lhe O Bom.

domingo, outubro 30, 2011

Ocorreram hoje três sismos sentidos pela população micaelense no Sistema Vulcanotectónico do Fogo-Congro

Mapa - IM

Segundo o Instituto de Meteorologia (IM), ocorreram hoje três pequenos sismos, em S. Miguel, sentidos pela população:

Data(TU)Lat.Lon.Prof.Mag.Ref.GrauLocal
2011-10-30 16:43 37,73 -25,45 1 2,0 Maciço do Fogo IIVila Franca
2011-10-30 16:28 37,75 -25,42 1 2,1 Congro (S. Miguel) IIVila Franca
2011-10-30 16:08 37,74 -25,45 - 2,2 Maciço do Fogo IIVila Franca


Para se entender melhor o porquê desta crise sísmica, sugere-se a visita desta página do CVARG.

 Mapa - CIVISA

ADENDA: o Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CIVISA) dá uma intensidade um pouco superior aos  sismos (III ao primeiro e II/III aos outros dois) e os valores da magnitude têm também uma pequena diferença relativamente aos anunciados pelo IM.

As ondas de choque de seis anos do (des)governo de Sócrates continuam a sentir-se...

Há gigantes unicelulares no fundo das fossas oceânicas!

Células gigantes encontradas a dez mil metros de profundidade
Xenophyophorea é um ser parecido com as amebas, com 10 centímetros de diâmetro
2011-10-25


Em Julho passado, durante uma expedição organizada pelo Instituto de Oceanografia Scripps e a National Geographic à Fossa das Marianas, o local mais profundo dos oceanos, foram encontradas pela primeira vez a dez mil metros de profundidade Xenophyophoreas, animais unicelulares parecidos com amebas mas que medem mais de 10 centímetros de diâmetro.


À volta destas que são as maiores criaturas unicelulares que existem, existia uma série de outras formas de vida que, em grande parte depende delas. Para levar a cabo esta missão, os engenheiros da National Geographic desenvolveram câmara robotizadas capazes de subir, descer e percorrer livremente a região submarina mais inexplorada do planeta.

Sabe-se que as 
Xenophyophoreas são abundantes no fundo do mar, havendo mesmo sítios que estão literalmente forrados com elas. No entanto, não se tinham encontrado até agora a mais de sete mil metros de profundidade. A National Geographic filmou-as a 10 641 metros.

Apesar da sua abundância pouco se sabe sobre elas, pois não é possível traze-las à superfície sem as danificar gravemente, ficando assim impossibilitado o seu estudo em laboratório .

Apesar das dificuldades, investigações recentes demonstraram que estes seres vivos podem concentrar no seu organismo altos níveis de chumbo, urânio, mercúrio e suportam também uma quantidade muito elevada de metais pesados. Estão perfeitamente adaptados a viver na escuridão, a baixíssimas temperaturas e debaixo de uma pressão que poucos seres vivos podem suportar.

O biólogo que organizou a expedição, Doug Bartlett, considera que a investigação mostra que estes organismos podem dar abrigo a um grande número de seres multicelulares. A identificação destas células gigantes nos ambientes marinhos mais profundos da Terra abre novas vias para o estudo da biodiversidade, do potencial biotecnológico e da adaptação a ambientes extremos.


Há 23 anos Ayrton Senna tornava-se Campeão Mundial de F1 pela 1ª vez



Extensão da Pista e Número de Voltas: 5,859 m e 51 Voltas
Pole Position: Ayrton Senna - 1'41"853
Volta mais rápida: Ayrton Senna - 1'46"326
Líderes por volta: Alain Prost - 1ª à 15ª, 17ª à 27ª, Ivan Capelli - 16ª e Ayrton Senna - 28ª à 51ª
Pilotos que concluíram a prova - 17
Abandonos - 9
Na largada, o motor do carro de Senna falhou e ele não conseguiu fazer o carro sair do grid. Mas ao mesmo tempo que os demais pilotos de atrás se desviaram do carro do piloto brasileiro, ele manteve o pé na embraiagem para deixar deslizar o carro, porque o grid de Suzuka é numa descida. Assim que ele conseguiu fazer o motor funcionar, Senna tinha caído para a 14ª posição, mas a partir daquele momento, começa a fazer uma grande corrida de recuperação.
Completou a primeira volta em 8º; a segunda em 6º; a terceira em 5º; a quarta em 4º; a 11ª volta era o 3º; quase no final da 19ª volta ia para 2º com o abandono de Capelli; ao completar a 20ª volta, Prost olha pelo retrovisor direito e vê que o 2º colocado não era o italiano da March, e sim o carro de Senna que vinha andando cada vez mais rápido.
Quando vinha para terminar a 26ª volta, o piloto francês faz o contorno da chicane e fica preso atrás do Rial de Andrea de Cesaris; com isso o brasileiro se aproxima mais na saída da chicane e no início da reta colou no carro do piloto francês; ao abrir a 27ª volta, Senna aproveitou o vácuo do seu companheiro de equipe na descida da reta dos boxes e ultrapassou-o, que ao ser ultrapassado, tentou espremê-lo na pequena área de escape da mureta dos boxes, mas isso foi em vão porque o piloto brasileiro contornou a primeira curva à frente dele.
Até ao final, não houve nenhuma novidades, e assim Ayrton Senna pode vencer a prova e ser Campeão Mundial pela primeira vez.

Orson Welles gerou uma onda de pânico com uma emissão radiofónica há 73 anos

 New York Times headline from October 31, 1938

The War of the Worlds was an episode of the American radio drama anthology series Mercury Theatre on the Air. It was performed as a Halloween episode of the series on October 30, 1938, and aired over the Columbia Broadcasting System radio network. Directed and narrated by actor and future filmmaker Orson Welles, the episode was an adaptation of H. G. Wells's novel The War of the Worlds.
The first two thirds of the 60-minute broadcast were presented as a series of simulated "news bulletins", which suggested to many listeners that an actual alien invasion by Martians was currently in progress. Compounding the issue was the fact that the Mercury Theatre on the Air was a "sustaining show" (it ran without commercial breaks), adding to the program's realism. Although there were sensationalist accounts in the press about a supposed panic in response to the broadcast, the precise extent of listener response has been debated.
In the days following the adaptation, however, there was widespread outrage and panic by certain listeners who believed the events described in the program were real. The program's news-bulletin format was decried as cruelly deceptive by some newspapers and public figures, leading to an outcry against the perpetrators of the broadcast. The episode secured Welles's fame.

Michael Jackson lançou o álbum Invincible há dez anos

Invincible é o décimo álbum de estúdio do cantor americano Michael Jackson lançado pela Epic Records em 2001, que reúne dezasseis canções inéditas. Foi a primeira coleção de canções inéditas lançada pelo artista em dez anos, e tem como convidados o guitarrista Carlos Santana, a cantora Brandy e contém ainda um rap póstumo de Notorious B.I.G.
Nas canções "Unbreakable", "You Rock My World", "Break of Dawn" e "Threatened", Jackson assume a execução rítmica, tocando todos os instrumentos musicais.
O álbum estreou no primeiro lugar entre os mais vendidos em treze países, incluindo Estados Unidos, Inglaterra, Austrália e França. O lançamento de Invincible foi seguido pelos compactos de "Butterflies" na América e de "Cry" na Europa, Ásia e Oceania. Apesar de ter vendido mais de 13 milhões de cópias o álbum foi considerado pela crítica um fracasso comercial comparado aos trabalhos anteriores. Desentendimentos entre Jackson e a direção da Sony Music levaram à interrupção da divulgação de Invincible pouco depois do Natal de 2001.
O álbum recebeu elogios da crítica e foi votado pelos leitores da Billboard como o melhor da década.

(...)

Durante a rápida divulgação do álbum ficaram explícitas as divergências entre Michael e o então-chefe da Sony Music, Tommy Mottola. Os problemas começaram em 2000, quando Jackson tentou retirar a licença das gravações originais do catálogo dele da gravadora para lançamento independente. Assim, Michael não precisaria dividir os lucros com a Sony. Entretanto, os advogados de Jackson encontraram cláusulas no contrato dele com a gravadora que impediam a transação.
Para evitar uma disputa judicial, Michael e a Sony fecharam um acordo que permitiria que ele abandonasse a gravadora depois do lançamento de Invincible, mas não antes de um pacote de coletâneas que reuniriam os maiores sucessos dele. A crise se acentuou quando a canção "You Rock My World" vazou para as rádios ilegalmente e teve que ser lançada como primeiro compacto do álbum. Michael queria "Unbreakable" e se negou a colaborar com a divulgação: não fez aparições promocionais e não gravou videoclipes para os compactos de "Butterflies" e "Cry".
Em 2002, Jackson convocou entrevista coletiva para externar os conflitos com a gravadora e chamou Mottola de 'maligno' e 'racista'. A Sony reagiu por meio de nota enviada à imprensa afirmando estranhar as alegações, uma vez que Tommy já havia sido marido de Mariah Carey, descendente de negros.
A imprensa chegou a especular que as vendas de Invincible, consideradas fracas por muitos especialistas, teriam acentuado as divergências entre o astro e a gravadora.

Música para aquecer os corações nestas longas noites que se aproximam...



Goo Goo Dolls - Iris

And I'd give up forever to touch you
Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now

And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
Cause sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

And I don't want the world to see me
Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything seems like the movies
Yeah you bleed just to know your alive

And I don't want the world to see me
Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

I don't want the world to see me
Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am

A Rainha Dª Maria, esposa de D. Manuel I, casou com Rei de Portugal há 511 anos

D. Maria de Aragão e Castela ou D. Maria de Trastâmara y Trastâmara (Córdoba, 29 de Junho de 1482 - Lisboa, 7 de Março de 1517) foi uma infanta aragonesa, segunda esposa de D. Manuel I, a qual viria a ser rainha de Portugal desde 1501 até à sua morte.
Teve quatro irmãos, entre os quais Joana a Louca, rainha de Castela, e Catarina de Aragão, esposa de Henrique VIII de Inglaterra (da qual o rei inglês se virá a querer divorciar e que estará na origem da separação da Igreja Anglicana da Católica Romana), e ainda Isabel de Aragão (esposa do príncipe Afonso de Portugal e primeira mulher de D. Manuel I).
A morte desta última, em 1498, durante o parto do seu filho, levou a que D. Manuel, numa política de aproximação entre as duas casas reais peninsulares, se viesse a consorciar com a sua irmã Maria em 30 de Agosto de 1500, tendo aí iniciado-se uma ligação dinástica com a Espanha tão profunda que, em última análise, estará na origem dos acontecimentos de 1580.
D. Maria faleceu em 1517, com apenas 35 anos, de causas naturais. Foi sepultada na Madre de Deus, donde foi trasladada para o mosteiro de Belém.

A Batalha do Salado ocorreu há 671 anos

A Batalha do Salado foi travada a 30 de Outubro de 1340, entre Cristãos e Mouros, junto da ribeira do Salado, na província de Cádis (sul de Espanha).

Abul-Hassan, rei de Fez e de Marrocos, aliado com o emir de Granada, decidira reapossar-se a todo o custo dos domínios cristãos, e as forças muçulmanas já haviam entrado em acção contra Castela. A frota do prior de S. João do Hospital, almirante castelhano, que tentara opor-se ao desembarque dos mouros, foi completamente destroçada por uma tempestade, e esse desastre obrigou Afonso XI de Castela a humilhar-se, mandando pedir à esposa - a quem tanto desrespeitara com os seus escandalosos casos amororos com Leonor de Gusmão - que interviesse junto de seu pai, o rei português Afonso IV de Portugal, para que este enviasse uma esquadra de socorro.
Estava D. Maria recolhida num convento em Sevilha e, apesar dos agravos que sofrera, acedeu ao pedido. Todavia, Afonso IV, no intuito de humilhar ainda mais o genro, respondeu ao apelo dizendo, verbalmente, ao enviado da filha, que se o rei de Castela precisava de socorro o pedisse directamente. Vergando o seu orgulho ao peso das circunstâncias, Afonso XI de Castela repetiu pessoalmente - por carta - o pedido foi feito, e o soberano português enviou-lhe imediatamente uma frota comandada pelo almirante genovês Manuel Pessanha (ou Pezagno) e por seu filho Carlos. Mas era cada vez mais desesperada a situação de Afonso XI, a quem o papa censurava asperamente.
Além da frota portuguesa, Castela recebia um reforço de doze galés cedidas pelo rei de Aragão, mas tudo isto nada era em comparação com o número incontável dos contingentes mouros. O rei de Granada, Yusef-Abul-Hagiag, tomou em Setembro de 1340, o comando das tropas, às quais pouco depois se juntou, em Algeciras, um formidável exército sob as ordens de Abul-Hassan. A ameaça muçulmana era apavorante os mouros, embora repelidos nas primeiras tentativas de ataque a Tarifa, não deixavam prever a possibilidade de vantagens futuras para as hostes cristãs.
Reconhecendo quanto lhe seria útil a ajuda efectiva do rei de Portugal, Afonso XI de novo rogou a intervenção de D. Maria. Esta acedeu uma vez mais e foi-se encontrar com D. Afonso IV, em Évora. O soberano português atendeu as súplicas da filha, e logo esta foi dar a boa notícia a seu marido, que ansioso, a fora esperar a Juromenha.
D. Afonso IV reuniu então em Elvasjunto com D. Martim Peres de Soveral, cavaleiro de Avelar, 1276 - 1343, senhor das honras de Soveral e da Lapa, o maior número possível de cavaleiros e peões, e à frente do exército, que ia aumentando durante o caminho com os contingentes formados em vários pontos, dirigiu-se a Castela, onde por ordens do genro foi recebido com todas as honras. Em Sevilha, o próprio Afonso XI acolheu festivamente o rei de Portugal e sua filha, a rainha D. Maria. Ali se desfizeram quanto menos momentaneamente, os ressentimentos de passadas discórdias.
Assente entre os dois monarcas o plano estratégico, não se demoraram em sair de Sevilha a caminho de Tarifa, tendo chegado oito dias depois a Pena del Ciervo avistava-se o extensíssimo arraial muçulmano. Em 29 de Setembro, reunido o conselho de guerra, foi decidido que Afonso XI de Castela combateria o rei de Marrocos, e Afonso IV de Portugal enfrentaria o de Granada. Afonso XI designou D. João Manuel para a vanguarda das hostes castelhanas, onde íam também D. João Nunes de Lara e o novo mestre de Sant'Iago, irmão de Leonor de Gusmão. Com D. Afonso IV viam-se o arcebispo de Braga Gonçalo Pereira, o prior do Crato, o mestre da Ordem de Avis e muitos denotados cavaleiros.
No campo dos cristãos e dos muçulmanos tudo se dispunha para a batalha, que devia travar-se ao amanhecer do dia seguinte. A cavalaria castelhana, atravessando o Salado, iniciou a peleja. Logo saiu, a fazer-lhe frente, o escol da cavalaria muçulmana, não conseguindo deter o ataque. Quase em seguida avançou Afonso XI, com o grosso das suas tropas, defrontando então as inumeráveis forças dos mouros. Estava travada, naquele sector, a ferocíssima luta. O rei de Castela, cuja bravura não comportava hesitações, acudia aos pontos onde o perigo era maior, carregando furiosamente sobre os bandos árabes até os pôr em debandada.
Nessa altura a guarnição da praça de Tarifa, numa surtida inesperada para os mouros, caía sobre a retaguarda destes, assaltando o arraial de Abul-Hassan e espalhando a confusão entre os invasores. No sector onde combatiam as forças portuguesas, as dificuldades eram ainda maiores, pois os mouros de Granada, mais disciplinados, combatiam pela sua cidade sob o comando de Yusef-Abul-Hagiag, que via em risco o seu reino. Mas D. Afonso IV, à frente dos seus intrépidos cavaleiros, conseguiu romper a formidável barreira inimiga e espalhar a desordem, precursora do pânico e da derrota entre os mouros granadinos. E não tardou muito que numa fuga desordenada, africanos e granadinos abandonassem a batalha, largando tudo para salvar a vida. O campo estava juncado de corpos de mouros vítimas da espantosa mortandade.
E o arraial enorme dos reis de Fez e de Granada, com todos os seus despojos valiosíssimos em armas e bagagens, caiu finalmente em poder dos cristãos, que ali encontraram ouro e prata em abundância, constituindo tesouros de valor incalculável. Ao fazer-se a partilha destes despojos, assim como dos prisioneiros, quis Afonso XI agradecer ao sogro, pedindo-lhe que escolhesse quanto lhe agradasse tanto em quantidade como em qualidade.
Afonso IV, porém num dos raros gestos de desinteresse que praticou em toda a sua vida, só depois de muito instado pelo genro escolheu, como recordação, uma cimitarra cravejada de pedras preciosas e, entre os prisioneiros, um sobrinho do rei Abul-Hassan. A 1 de novembro ao princípio da tarde, os exércitos vencedores abandonaram finalmente o campo de batalha, dirigindo-se para Sevilha onde o rei de Portugal pouco tempo se demorou, regressando logo ao seu país.
Pode imaginar-se sem custo a impressão desmoralizadora que a vitória dos cristãos, na Batalha do Salado, causou em todo o mundo muçulmano, e o entusiasmo que se espalhou entre o cristianismo europeu. Era ao cabo de seis séculos, uma renovação da vitória de Carlos Martel em Poitiers.
Afonso XI para exteriorizar o seu regozijo, apressou-se a enviar ao Papa Benedito XII uma pomposa embaixada portadora de valiosíssimos presentes, constituídos por uma parte das riquezas tomadas aos mouros, vinte e quatro prisioneiros portadores de bandeiras que haviam caído em poder dos vencedores, muitos cavalos árabes ricamente ajaezados e com magníficas espadas e adagas pendentes dos arções, e ainda o soberbo corcel em que o rei castelhano pelejara.
Quanto ao auxílio prestado por Portugal, que sem dúvida fora bastante importante para decidir a vitória dos exércitos cristãos, deixou-o Benedito XII excluído dos louvores que, em resposta, endereçou a Afonso XI em consequência da opulenta «lembrança» enviada pelo rei de Castela. D. Afonso IV, que durante o seu reinado praticou as maiores crueldades, ficaria na História com o cognome de «o Bravo», em consequência da sua acção na Batalha do Salado.


sábado, outubro 29, 2011

Recordar a inconfundível voz de Georges Brassens e o seu cáustico humor




Il n'y a pas d'amour heureux - Georges Brassens

Rien n'est jamais acquis à l'homme. Ni sa force
Ni sa faiblesse ni son cœur. Et quand il croit
Ouvrir ses bras son ombre est celle d'une croix
Et quand il croit serrer son bonheur il le broie
Sa vie est un étrange et douloureux divorce

Il n'y a pas d'amour heureux

Sa vie elle ressemble à ces soldats sans armes
Qu'on avait habillés pour un autre destin
A quoi peut leur servir de ce lever matin
Eux qu'on retrouve au soir désarmés incertains
Dites ces mots ma vie et retenez vos larmes

Il n'y a pas d'amour heureux

Mon bel amour mon cher amour ma déchirure
Je te porte dans moi comme un oiseau blessé
Et ceux-là sans savoir nous regardent passer
Répétant après moi les mots que j'ai tressés
Et qui pour tes grands yeux tout aussitôt moururent

Il n'y a pas d'amour heureux

Le temps d'apprendre à vivre il est déjà trop tard
Que pleurent dans la nuit nos cœurs à l'unisson
Ce qu'il faut de malheur pour la moindre chanson
Ce qu'il faut de regrets pour payer un frisson
Ce qu'il faut de sanglots pour un air de guitare

Il n'y a pas d'amour heureux

Il n'y a pas d'amour qui ne soit à douleur
Il n'y a pas d'amour dont on ne soit meurtri
Il n'y a pas d'amour dont on ne soit flétri
Et pas plus que de toi l'amour de la patrie
Il n'y a pas d'amour qui ne vive de pleurs

Il n'y a pas d'amour heureux
Mais c'est notre amour à tous deux

Bissaya Barreto nasceu há 125 anos

(imagem daqui)

Fernando Baeta Bissaya Barreto Rosa (Castanheira de Pera, 29 de Outubro de 1886 - Lisboa, 16 de Setembro de 1974), mais conhecido por Bissaya Barreto, foi um professor de Medicina da Universidade de Coimbra e político. Entre outras funções, foi deputado à Assembleia Nacional Constituinte (1911), dirigente do Partido Republicano Evolucionista e depois da União Liberal Republicana. Após o golpe de Estado de 28 de Maio de 1926 aderiu à União Nacional, de que foi um destacado dirigente.

Bissaya Barreto fez os seus estudos primários e liceais em Coimbra.
Matriculado na Universidade de Coimbra, fez parte da geração de estudantes da Greve Académica de 1907. Frequentava, na altura, o 1.º ano da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e foi um dos 160 alunos (chamados intransigentes) que não renovaram a matrícula para fazer exame.
Na Faculdade de Medicina acaba a licenciatura em 1913, formando-se, anos antes, em Filosofia e Matemática, com excelentes notas.
Sendo ainda aluno universitário, lecciona, no Colégio de Coimbra, a disciplina de Ciências Físicas e Biológicas, colaborando na altura com o professor Sidónio Pais, que porventura o terá influenciado.
Em Coimbra, enquanto estudante, foi um republicano convicto. Pertenceu, quando frequentava o 4.º ano de Medicina, ao comité civil da organização carbonária autónoma de Coimbra, "Carbonária Portugália", em Janeiro de 1910. Ao mesmo tempo, faz parte, em Coimbra, da loja maçónica Revolta (aliás, como todos os do comité de estudantes da Carbonária Portugália) com o nome simbólico de Saint-Just, tendo atingido o 5.º grau do Rito Francês.[1]
Participou, como delegado, no Congresso do Partido Republicano, realizado em Coimbra.
Colega de Oliveira Salazar na Universidade, acompanhou-o depois na tertúlia do Centro Académico de Democracia Cristã (CADC), e pode dizer-se, tal era a admiração pessoal que tinha por ele, que foi Salazarista antes do Salazarismo. O ditador, mais tarde, agradeceu-lhe a atenção dedicada.
Concluída a licenciatura em Medicina, Bissaya-Barreto opta pela vida política, sendo eleito pelo círculo eleitoral da Figueira da Foz, para a Assembleia Constituinte de 1911. Em Lisboa, frequenta a Escola Médica e as aulas do professor e cirurgião cabeça, ao mesmo tempo que ocupa o seu lugar no parlamento. Após 3 anos regressa a Coimbra, onde faz provas para professor agregado da Faculdade de Medicina, regendo depois a cadeira de "Técnica Cirúrgica" e exerce clínica. Como cirurgião, percorre a província, operando em Vila Real, Guarda, Santa Comba Dão, Mealhada, Castanheira de Pera, Figueira da Foz.
Bissaya-Barreto que fez parte (1932) da Comissão Central da União Nacional, juntamente com Manuel Rodrigues, Armindo Monteiro, Lopes Mateus, e sob chefia de Salazar, foi, ainda, Presidente da Junta de Província da Beira Litoral, procurador à Câmara Corporativa e, ao longo do tempo, desenvolveu uma importante acção no campo social e da saúde pública.
Impulsionou sanatórios, leprosarias, casas da criança, refúgios para idosos, institutos maternais, bairros económicos, campos de férias, colónias balneares, estando à frente da campanha de luta contra a tuberculose, a lepra e a loucura. À sua iniciativa se devem os Sanatórios de Celas e dos Covões, actualmente Hospital Pediátrico de Coimbra e Hospital Geral, respectivamente. Também a criação da Maternidade Bissaya Barreto, o Hospital Sobral Cid, o Hospital Psiquiátrico do Lorvão, o Hospital Rovisco Pais (que foi uma moderna leprosaria) o Hospital da Figueira da Foz, entre outras instituições que ainda se encontram em funcionamento.
Em 26 de Novembro de 1958, criou uma Fundação, em Coimbra, que tem o seu nome, com sede na casa onde viveu.
Após o 25 de Abril foi exonerado de todos os seus cargos, morrendo em Lisboa a 16 de Setembro de 1974.
Actualmente, a Fundação Bissaya Barreto tem em funcionamento um Centro de Documentação com diversos documentos, fotografias e bibliografia sobre a sua vida e a sua obra.