domingo, outubro 23, 2011

Dois atentados suicidas mataram 299 soldados franceses e norteamericanos em Beirute há 28 anos

 Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute

Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, a organização pode ter sido um nome de guerra para o Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos em um único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos norteamericanos no exterior do país, desde a Segunda Guerra Mundial .
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 pára-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Pára-quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado em um único ataque, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.

Sem comentários: