domingo, agosto 14, 2011

Os massacres de Badajoz, onde imensos oliventinos lusofalantes foram asssassinados, começaram há 75 anos

Capa do Diário de Lisboa do sábado 15 de Agosto de 1936. A manchete diz: "Badajoz foi entregue aos legionários e regulares marroquinos.""Cenas de horror e desolação na cidade conquistada pelos rebeldes." A crónica a assinatura Mário Neves e inclui a entrevista com Juan Yagüe, onde informa que já há 2.000 fuzilados.

O massacre de Badajoz ocorreu nos dias posteriores à Batalha de Badajoz, durante a Guerra Civil Espanhola, e foi o resultado da repressão exercida pelo exército sublevado contra civis e militares defensores da Segunda República, após a tomada da cidade de Badajoz pelas forças sublevadas contra a Segunda República, em 14 de Agosto de 1936.
Constitui um dos acontecimentos mais controvertidos desta guerra, pois o número de vítimas desta matança varia ostensivamente dependendo dos historiadores que a investigaram. Além disso, ao resultar vencedor da contenda o bando sublevado, nunca houve uma pesquisa oficial em relação ao sucedido na cidade da  Estremadura. Em qualquer caso, as estimações mais comuns indicam que entre 2000 e 4000 pessoas foram executadas, em uns fatos tipificados por várias associações de direitos humanos como crimes contra a humanidade. Também é considerado provado que foi cometido genocídio, e desde 2007 existem várias denúncias interpostas para tal consideração.
No comando das tropas que perpetraram o massacre de Badajoz encontrava-se o general Juan Yagüe, que, após a guerra civil, foi designado ministro do Ar pelo general Franco. A partir destes fatos, Yagüe foi popularmente conhecido como o carniceiro de Badajoz.
Segundo o censo, Badajoz tinha 41.122 habitantes em 1930, pelo qual de ser correta a cifra de 4000 executados, a percentagem de retaliados atingiria 10% da população.

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