quinta-feira, abril 14, 2011

Há 99 anos o Titanic chocava com um iceberg

Fotografia de um iceberg na vizinhança do local do naufrágio do Titanic, tirada em 15 de Abril de 1912 pelo camareiro chefe do Prinz Adalbert que disse que o iceberg possuía tinta vermelha igual a aquela encontrada no casco do Titanic.

Ao anoitecer de domingo, 14 de Abril, a temperatura tinha caído para quase congelamento e o oceano estava calmo. A Lua não estava visível (estando dois dias antes da Lua Nova), e o céu estava limpo. O Capitão Smith, em resposta aos avisos de icebergs recebidos pelo rádio nos dias anteriores, traçou um novo curso que levava o navio um pouco mais o sul. Às 13.45 daquele dia, uma mensagem do Amerika avisou que grandes icebergs estavam no caminho do Titanic, porém, já que Jack Phillips e Harold Bride, os operadores do dispositivo Marconi de rádio, eram empregados da Marconi e pagos para retransmitir mensagens de e para os passageiros, eles não estavam focados em retransmitir mensagens "não essenciais" de gelo para a ponte. Mais tarde naquela noite, outro aviso de um grande número de icebergs, desta vez do Mesaba, não chegou a ponte.
Às 23.40, enquanto navegavam a 640 km dos Grandes Bancos da Terra Nova, os vigias do mastro, Frederick Fleet e Reginald Lee, avistaram um iceberg bem em frente do navio. Fleet imediatamente tocou o sino de alerta do mastro três vezes e ergueu o comunicador para falar com a Ponte. Preciosos segundos se perderam até que o comunicador foi atendido pelo Sexto Oficial Paul Moody onde Fleet gritou "Iceberg logo à frente". O Primeiro Oficial William Murdoch deu ao timoneiro Robert Hitchens a ordem de "tudo a estibordo", e ajustou as máquinas para ré ou para parar, o testemunho dos sobreviventes é conflituoso. A proa do navio começou a deslocar-se do obstáculo e 47 segundos após o avistamento do iceberg, não conseguindo eveitar a colisão. O iceberg arranhou o lado estibordo (direito) do navio, deformando o casco e soltando vários rebites debaixo d'água por uma distância de 90 m. Enquanto a água entrava nos compartimentos dianteiros, Murdoch acionou o fechamento das portas a prova d'água. Apesar do navio conseguir ficar flutuando com quatro compartimentos inundados, os seis primeiros compartimentos foram abertos e estavam fazendo água. Os compartimentos inundados faziam a proa do navio ficar mais pesada, permitindo que mais água inundasse o navio. 20 minutos após a colisão, a proa já começava a inclinar. Além disso, por volta de 130 minutos após a colisão, a água começou a sair do sexto para o sétimo compartimento sobre a antepara que as dividia. O Capitão Smith, alertado pelo solavanco do impacto, chegou na ponte e ordenou parada total. Pouco depois da meia noite de 15 de abril, após um inspecção feita por oficiais do navio e por Thomas Andrews, foi ordenado que os botes fossem preparados para lançamento e que sinais de socorro começassem a ser enviados.

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