segunda-feira, dezembro 07, 2009

Amália canta Ary



Meu amor, meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento

Meu limão de amargura, meu punhal a escrever
nós parámos o tempo, não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer

Meu amor, meu amor
meu pássaro cinzento,
a chorar a lonjura,
do nosso afastamento

Meu amor, meu amor
meu nó de sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura, este céu não tem ar
nós parámos o vento, não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar

Sem comentários: