sexta-feira, outubro 24, 2008

50.º Aniversário da erupção do Vulcão dos Capelinhos - O Fim

Do Blog Geocrusoe, com a devida vénia, publicamos o seguinte post que assinala os 50 anos do final da erupção dos Capelinhos:


A erupção dos Capelinhos iniciou-se a 27 de Setembro de 1957 e no dia 24 de Outubro de 1958 foi observada a última emissão de materiais incandescentes faz hoje, precisamente, 50 ANOS.

Edifício vulcânico construído pelo vulcão dos Capelinhos pouco após o termo da erupção (foto de Ferreira, O. Veiga, 1959, dos SGP e extraída do álbum do vulcão dos Capelinhos 2008 -DRAC)

À semelhança dos 13 meses de actividade eruptiva, entre Setembro de 1957 e Outubro de 1958, e do mesmo número de comemorações oficiais do 50.º Aniversário dos Capelinhos, entre Setembro de 2007 e Outubro de 2008, o blog Geocrusoe, ao longo destes últimos 13 meses, associou-se também à efeméride e procurou descrever e explicar, de uma forma acessível a todos, os marcos mais importantes desta erupção ocorridos sensivelmente 50 anos atrás. Hoje este ciclo comemorativo, iniciado com o post 50.º Aniversário do Vulcão dos Capelinhos - O Início encerra igualmente. Os vários posts sobre este tema estão reunidos com a etiqueta Capelinhos.

Os primeiros sinais do início da erupção do vulcão dos Capelinhos com emissões submarinas e descoloração da água do mar
(Origem da foto indicada na imagem)

Poderão surgir outros posts relacionados com os Capelinhos, quer de índole científica, como de produção cultural de eventos que entretanto ocorram, mas doravante deixam de fazer parte do ciclo e apenas integrados no espírito deste blog "impressões de um geólogo isolado numa ilha vulcânica, bela e cosmopolita".

Observação aérea do edifício final da erupção dos Capelinhos, o topo da linha de costa sensivelmente assinalado com um traço amarelo e o farol dentro de uma elipse a vermelho (Origem da foto indicada na imagem)

Importa recordar que o vulcão dos Capelinhos durante o seu período eruptivo foi uma catástrofe natural, com impactes sociais e económicos muito graves que se estenderam por muito mais anos. Deste fenómeno resultou não só a destruição de habitações, solos agrícolas e culturas, como também desencadeou uma intensa emigração para os Estados Unidos, Canadá e mesmo no Limpopo em Moçambique, que depois se abriu a partir de outras ilhas, o que se permitiu a muitas famílias um desenvolvimento económico que não teriam conseguido na sua terra natal, também provocou uma redução populacional muito significativa responsável pela diminuição do dinamismo social e económico desta ilha.

O edifício vulcânico dos Capelinhos hoje, visto da zona do Farol

Felizmente, assim como o açoriano tem recuperado de muitas outras catástrofes e a longo prazo foi mesmo capaz de tirar proveito dessas situações. O Vulcão dos Capelinhos hoje é um marco turístico e científico desta ilha, com todos os benefícios económicos que daí resultam. É ainda um agente agregador de memórias colectivas e individuais um fermento de dinâmicas culturais que unem todos os estratos sociais do Faial, de tal modo que o legado do Vulcão dos Capelinhos é um elemento de orgulho dos faialenses, 50 anos após a Erupção dos Capelinhos.

Edifício vulcânico dos Capelinhos visto do mar 50 anos após a erupção
(foto propriedade da DR Ambiente)

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