quinta-feira, setembro 28, 2006

avaliassão dus prufeçores, versão 2.0

Com algum atraso (desta vez as nossas fontes não colaboraram...) aqui fica mais humor do Ministério da Inducassão...








Autoria: Antero Valério

terça-feira, setembro 26, 2006

Deslizamento em Gaia

Ocorreu em Vila Nova de Gaia um pequeno deslizamento, em 24.09.2006, que provocou perdas materiais e um ferido.
Mais informações em:
Citando a notícia do Público:
Deslizamento de terras em Gaia deixa três famílias desalojadas

24.09.2006 - 18h56 Lusa O deslizamento de terras ocorrido ao início da tarde em Vila Nova de Gaia, na escarpa do rio Douro, junto à Ponte do Infante, deixou três famílias desalojadas, tendo a autarquia já garantido o realojamento de uma delas, já que as restantes optaram por ficar com familiares.

A chuva intensa que hoje caiu na zona do Grande Porto esteve na origem do deslizamento de terras, que além de provocar danos nas habitações das três famílias fez ainda um ferido ligeiro.O vice-presidente da Câmara de Gaia, José Guilherme Aguiar, avançou que a família a realojar irá para um apartamento da empresa municipal Gaia Social, com o apoio da Segurança Social.José Guilherme Aguiar indicou que as habitações afectadas são clandestinas e serão demolidas. "Além de serem construções não licenciadas, não existem condições de segurança naquela zona", sublinhou o autarca, que acrescentou que "foi um milagre" o deslizamento de hoje não ter provocado mais vítimas.
NOTA: Post n.º 300...!

Espeleólogo na revista Domingo do CM

Espeleólogo, 35 anos, o Português da Semana segundo a revista Domingo, do Correio da Manhã, de 24.09.2006...!

Como não está on-line a notícia, aqui fica a digitalização da mesma...




segunda-feira, setembro 25, 2006

Levantamento do calhau IV

Erecção do menir é uma tarefa «gigantesca»
Arqueólogos e voluntários vão recorrer a uma máquina de rasto


O menir do Barrocal, perto de Reguengos de Monsaraz, voltou hoje a dar «luta» aos arqueólogos e voluntários que o tentaram levantar, tendo a conclusão dos trabalhos sido adiada para segunda-feira, com recurso a tecnologias do século XXI. A notícia é avançada pela Agência Lusa.
«Já demos por terminado o trabalho ao final da tarde e retomamos a operação segunda-feira, às 08:00, para acabar de levantar o menir, desta vez com a ajuda de uma máquina de rasto», disse à agência Lusa Manuel Calado, o arqueólogo que, durante o fim-de-semana, coordenou o «megaconserto» do monumento megalítico.

O menir do Barrocal, na herdade do mesmo nome, a «dois passos» da vila medieval de Monsaraz (Reguengos de Monsaraz), é o maior monólito do distrito de Évora e o segundo maior da Península Ibérica.

Descoberto há alguns anos, no início do enchimento da albufeira de Alqueva, o menir, com 5,70 metros de altura e 15 toneladas de peso, datado de há cerca de sete mil anos, encontrava-se tombado e, recentemente, tinha sido removido da sua posição devido a trabalhos agrícolas.
Esse facto foi aproveitado para, no início deste ano, uma equipa da Faculdade de Letras de Lisboa iniciar o seu estudo, tendo sido decidido, terminada a investigação, que o menir fosse reposto na sua localização original, desta feita já ao alto, como é normal nestes monumentos megalíticos.

A operação, denominada «megaconserto» e iniciada sábado, pretendeu recriar os métodos usados na pré-história para erguer o monólito e, por isso, as centenas de voluntários que acorreram ao local utilizaram apenas a sua força de braços, quer em troncos que serviram de alavancas, quer nas cordas para puxar o monumento.

A jornada de sábado, após mais de cinco horas de intenso esforço, terminou com o menir a «meia altura», num ângulo de 45 graus, esperando os arqueólogos que o trabalho ficasse hoje concluído.
O que não chegou a acontecer, não só porque esta segunda jornada de trabalho apenas contou com a afluência de cerca de meia centena de voluntários, como também porque o levantamento do menir «é, de facto, uma tarefa gigantesca», como frisou Manuel Calado.
«Colocámos mais pedras a servir de base às alavancas e, depois, como havia menos pessoas, utilizámos os jipes para puxar as cordas. O menir ainda subiu mais um bocadinho, mas resolvemos adiar o resto para segunda-feira».

Deixando de lado os métodos pré-históricos, é a vez de tecnologias mais modernas entrarem em campo, ou seja, o menir do Barrocal vai acabar de ser levantado com a ajuda de máquinas pesadas, mas Manuel Calado recusa que o facto seja encarado como uma derrota.
«Vamos recorrer às máquinas que, convencionalmente, se utilizam neste tipo de restauros arqueológicos, mas não por alguma falha. Queríamos fazer uma operação de arqueologia experimental, nunca antes feita em Portugal com um menir deste tamanho, e conseguimos porque o levantámos, embora não totalmente», frisou.

Para o arqueólogo, ficou provado que «erguer este monumento deve ter sido uma tarefa gigantesca e muito difícil, que necessitou de paciência, perícia e muita gente».
«A ajuda das máquinas, nesta fase, explica-se por falta de tempo, porque não dá para prolongar os trabalhos durante os dias ou semanas que os pré-históricos terão tido, e porque os voluntários também já estão cansados», argumentou.

A fase final do levantamento deverá ser «rápida», acrescentou o arqueólogo, garantindo estar «muito satisfeito» com a operação, que vai permitir que, futuramente, em colaboração com os proprietários da herdade e a autarquia de Reguengos de Monsaraz, o menir, já ao alto, possa vir a ser visitado pelo público.

domingo, setembro 24, 2006

Passeio Pedestre em Alvaiázere



Organizado pela Câmara Municipal de Alvaiázere e pela Al-Baiaz – Associação de Defesa do Património, decorre em 05.10.2006 o 2º Passeio Pedestre "Nos Trilhos da Geodiversidade". Esta actividade (ver link) é gratuita, com inscrições até à véspera, e começa às 09.30 horas em frente à Domus Municipalis.

Do folheto retirámos os seguintes elementos:


ROTA – “NOS TRILHOS DA GEODIVERSIDADE”
A Rota “Nos trilhos da Geodiversidade” é um passeio pedestre que tem como objectivo a visita e o conhecimento de alguns dos recursos naturais e património, existentes no Concelho de Alvaiázere, nomeadamente a Serra de Ariques e o Vale da Mata.
O percurso da Rota foi traçado de forma a possibilitar, partindo da vista panorâmica que a Serra de Ariques permite, a fruição e conhecimento de alguns dos aspectos ligados à geodiversidade e biodiversidade local, sem se tornar um circuito muito extenso, abrangendo desta forma uma maior faixa etária passível de participar nesta actividade.

PASSEIO PEDESTRE
O Pedestrianismo é uma actividade desportiva na Natureza em que intervêm aspectos desportivos, turísticos, culturais e ambientais.

O Pedestrianismo é um Desporto não competitivo, nem agressivo, pratica-se em plena Natureza com os benefícios característicos das actividades de ar livre.
Estimula a observação do meio natural, a observação da fauna e flora, promovendo o seu respeito e admiração.

Pode ser praticado por amplas camadas da população, em grupos, em famílias, etc., fomentando a amizade, o intercâmbio cultural, facilitando o conhecimento do nosso país, as suas gentes, costumes e tradições.

O Pedestrianismo não requer um equipamento sofisticado, nem material técnico, tal como conhecimentos prévios de cartografia, orientação, etc... É uma válvula de escape para o sedentarismo das grandes cidades e de fuga ao stress característico das sociedades urbanas.


Ética e Conduta:
- Utilize vestuário e calçado confortável (não se esqueça do chapéu);
- Faça-se acompanhar de uma garrafa de água e um pacote de açúcar;
- Siga somente os trilhos aconselhados pelos guias;
- Tenha cuidado por onde põe os pés;
- Evite barulhos e atitudes que perturbem a paz dos locais;
- Não danifique a natureza;
- Não abandone o lixo, leve-o até ao ecoponto ou a um local onde haja serviço de recolha;
- Não colha amostras de plantas, rochas ou vestígios arqueológicos;
- Seja afável com os habitantes locais, esclarecendo quanto à actividade em curso e aos carreiros do percurso.


Características do percurso:
- Distância a percorrer: 3,5 Km
- Nível de dificuldade: Baixa a Média
- Desníveis: Mediamente acentuados com pequenas ascendentes e descendentes
- Tipo de Caminho: Caminhos tradicionais e alguns estradões.

Levantamento do calhau III

Foto do levantamento, do GEMA Blog:


Nota: é favor clicar na imagem...

Levantamento do calhau II

O Correio da Manhã, na sua edição de hoje (24.09.2006) publica, numa grande notícia, a tentativa de levantamento do Menir:

‘MegaConserto’: Reguengos de Monsaraz
Menir resiste no chão



A força foi muita e a vontade dos populares também. Mas, apesar das mais de 150 ajudas que compareceram ontem na Herdade do Barrocal, Reguengos de Monsaraz, revelou-se muito difícil levantar do chão, através de métodos primitivos (força física, paus e cordas), um menir com cerca de 15 toneladas e mais de cinco metros de altura.

Durante cinco horas, a última das quais iluminada pelos faróis de diversos automóveis, mais de 30 homens, mulheres e crianças manejaram as alavancas de madeira colocadas por debaixo do menir. Outras 120 puxaram as cordas, mas apenas conseguiram colocá-lo a 45 graus acima do chão.

Hoje, o trabalho, em tudo semelhante aos processos utilizados na Pré-História, irá continuar com a ajuda de populares por forma a colocar o menir tombado no respectivo lugar. Se eles não comparecerem em número suficiente, o processo será concluído com a auxílio de máquinas.

“Não temos pressas porque isto não é uma obra de construção civil. O importante é que as pessoas participem e percebam o quanto era difícil levantar um menir com processos técnicos e com materiais acessíveis na Pré-História”, referiu o arqueólogo Manuel Calado, um dos responsáveis por este ‘megaconserto’ que decorreu no equinócio de Outubro: “Esta é uma data simbólica porque hoje o Sol nasceu exactamente a Leste. Este menir poderá estar relacionado com os astros porque estava também virado a Leste.”

Apesar do esforço, o ambiente de festa e o espírito de grupo nunca abandonaram os participantes na iniciativa. Filipa Silva, aluna da Faculdade de Letras de Lisboa, esteve sempre na linha da frente, tanto nas alavancas como nas cordas: “Não é fácil. Vamos conseguir”, declarou, convicta, ao CM. Um pouco mais atrás nas cordas, José Guerreiro, de Reguengos, sugeria: “Se não tivermos cuidado, os paus do tripé que ajudam a levantar o menir podem partir-se com a pressão.”

Quando o menir estiver levantado, a Herdade do Barrocal deixará um trilho aberto para que as pessoas o possam visitar.

MONUMENTO RELIGIOSO OU UM MARCO

Os menires são monumentos pré-históricos em pedra, cravados verticalmente no solo, às vezes bastante grandes. Para erigi-los, os homens provavelmente começavam por levantar uma coluna em honra de um deus ou de um acontecimento, embora a maioria dos historiadores os relacionem com o culto da fecundidade (menir isolado), um marco territorial (isolado), um orientador de local (isolado) ou um santuário religioso (em círculo, de que Stonehenge, em Inglaterra, é o exemplo mais famoso).

As primeiras construções megalíticas da Europa Ocidental localizam-se em Portugal e datam de finais do VI milénio antes da nossa era. O Cromeleque dos Almendres, a 13 quilómetros de Évora, é o maior conjunto de menires estruturados da Península Ibéria e um dos mais importantes da Europa.

FESTA REGADA A TINTO DE REGUENGOS

Para que os populares ganhassem uma força extra para ajudarem a levantar o menir, os promotores do ‘megaconserto’ promoveram uma grande festa com churrasco gratuito à mistura. Entre o entrecosto e as febras grelhadas, o chouriço e o pão alentejano, o que teve mais ‘saída’ foi o vinho novo da Adega Cooperativa de Reguengos. “Já há por aí uns quantos bem ‘lubrificados’... As garrafas têm desaparecido daqui com grande velocidade”, disse ao CM Manuel Bugalho, um dos homens que estava a distribuir comida e bebidas pelas mais de 300 pessoas que estiveram na Herdade do Barrocal.

A meio da tarde, muitos dos que acorreram ao local, sobretudo os mais jovens, já estavam encostados aos fardos de palha colocados por debaixo dos sobreiros a fazer de bancos. “O vinho não perdoa para mais quando é à borla!”, comentou um outro homem de serviço ao ‘bar’.

Entre os populares que assistiam ao levantar do menir estavam algumas figuras da política nacional e local. O presidente da Câmara de Reguengos, Vítor Martelo, apareceu à tarde acompanhado pelo eurodeputado socialista Capoulas Santos. O ex-eurodeputado do CDS-PP, Rosado Fernandes, também assistiu ao ‘conserto’.

HISTÓRIA

O MAIOR

Com 5,70 metros de altura, o menir do Barrocal é o maior encontrado no distrito de Évora e reconhecido, pelas dimensões e significado científico, como um dos mais importantes da Península Ibérica.

ALQUEVA

Descoberto no início do enchimento da barragem do Alqueca, foi removido durante trabalhos agrícolas realizados na Herdade do Barrocal, entre S. Pedro do Corval e Monsaraz.

ÉVORA À FRENTE

O distrito de Évora é a área da Península Ibérica onde existe maior número de monumentos megalíticos: só no concelho de Reguengos de Monsaraz existem mais de 150 identificados.

CINCO MIL ANOS

Os menires que têm sido encontrados datam de há cerca de cinco mil anos e estão relacionados com as estruturas culturais das primeiras comunidades de agricultores da região.

CM - texto de Alexandre M. Silva, Évora (24.09.2006)

sexta-feira, setembro 22, 2006

A verdadeira Face em Marte

Do portal da ESA - Agência Espacial Europeia - retirámos a seguinte notícia:


A sonda espacial Mars Express da ESA obteve imagens da região Cydonia, o local onde se encontra a famosa “Face em Marte”. As fotografias da HRSC (a câmara estéreo de alta resolução a bordo da sonda) incluem algumas das imagens mais espectaculares jamais obtidas do Planeta Vermelho.
Depois de várias tentativas frustradas, devido à altitude e à poeira e névoa atmosféricas, para obter imagens da região de Cydonia no período de Abril de 2004 a Julho de 2006, a HRSC a bordo da Mars Express obteve finalmente, a 22 de Julho, uma série de imagens que mostram a famosa ‘face’em Marte com um detalhe sem precedentes.

Os dados foram recolhidos durante a orbita 3253 sobre a região da Cydonia, com uma resolução no solo de aproximadamente 13,7 metros por pixel. A região Cydonia encontra-se aproximadamente a 40,75º Norte e 350,54º Este.

“Estas imagens da região de Marte Cydonia são verdadeiramente espectaculares”, disse o Dr. Agustin Chicarro, cientista do Projecto Mars Express. “Elas fornecem não só uma visão completamente nova e detalhada de uma área famosa para os fãs dos mitos espaciais em todo o mundo, mas também um detalhe impressionante de uma área de grande interesse para os geólogos planetários, e mostra mais uma vez o grande potencial da câmara da Mars Express.”

A Cydonia está localizada na região de Marte Arabia Terra e pertence à zona de transição entre terras altas do sul e as planícies do Norte de Marte. Esta transição é caracterizada por largos vales, cheios de material resíduo e de pequenas elevações isoladas de várias formas e dimensões.


NOTA: Para comparação, publicamos a foto original, da NASA, que os Ufologistas diziam comprovar a existência de ET's...


Medalhas na Espeleologia



Da mailing-list espeleo_pt recebemos a seguinte informação:

Medalhas de Bronze para Portugal na 1.ª Competição Internacional de Espeleologia

A Federação Portuguesa de Espeleologia (FPE) vem por este meio informar que uma comitiva composta por 9 atletas portugueses participou nos Juegos Mundiales de Sevilla, um evento que decorreu de 14 a 17 de Setembro de 2006 na cidade espanhola de Sevilha e que reuniu, pela primeira vez em competição, um conjunto de 22 desportos não olímpicos. A Selecção Portuguesa participou na modalidade de espeleologia desportiva, em três provas distintas: circuito, resistência (120m) e velocidade (30m), tendo trazido para Portugal duas medalhas de bronze.

A prova de circuito consiste na progressão num trajecto em corda, com cerca de 60 metros de extensão, que os atletas têm que percorrer no menor espaço de tempo e cometendo o menor número de faltas possível; as provas de velocidade e resistência consistem na progressão vertical em corda, no menor tempo, das distâncias de 30 e 120 metros, respectivamente.

Na prova de velocidade, Samuel Ribeiro conquistou um brilhante 3º lugar com um tempo de 00:55:86 segundos, tendo a prova sido ganha pelo ucraniano Leksiy Zhdanovych (00:46:38 segundos), seguido do russo Daniel Cheridnichenko (00:51.94 segundos).
Na prova de resistência, Samuel Ribeiro voltou a conquistou o 3º lugar com um tempo de 06:43:88 segundos, tendo a prova sido ganha pelo russo Denis Provalov (05:35:46 segundos), seguido do ucraniano Leksiy Zhdanovych (05:39.85 segundos). De salientar ainda o 6º lugar de Carlos Ferreira que concluiu a prova em 07:26.16 segundos.
Na prova de circuito a medalha de ouro foi para o atleta russo Daniel Cheridnichenko, seguido pelo medalha de prata, o ucraniano Olessiy Zhdanovych e pelo medalha de bronze, o russo Denis Provalov. Os portugueses Luís Costa e Samuel Ribeiro acabaram a prova em 9º e 10º
lugares respectivamente.
Numa competição que foi dominada pelos atletas de leste, a Selecção Portuguesa foi considerada a equipa revelação, ao ter trazido para casa duas medalhas de bronze e ter conseguido excelentes prestações nas diversas provas.

A Selecção Nacional presente em Sevilha foi composta pelos seguintes atletas:

• Samuel Ribeiro – Núcleo de Espeleologia de Condeixa
• Miguel Pessoa – Núcleo de Espeleologia de Condeixa
• Pedro Koch – Núcleo de Espeleologia de Condeixa
• Carlos Ferreira – Grupo Protecção Sicó
• Pedro Dias – Grupo Protecção Sicó
• Miguel Rosa – Grupo de Espeleologia e Montanha de Aveiro
• Luís Costa – Grupo de Espeleologia e Montanha de Aveiro
• José Coelho – Liga para a Protecção da Natureza
• Daniel Araújo – Liga para a Protecção da Natureza

Estão disponíveis algumas imagens do evento em:
http://www.fpe-espeleo.org (menu Press)

Mais informações:
http://www.sevilla2006juegosmundiales.com/espeleologia.htm

PS - Os nossos parabéns ao Samuel Ribeiro, ao Núcleo de Espeleologia de Condeixa, à FPE, aos restantes espéleologos e grupos envolvidos e à comunidade espeleológica nacional...!

quinta-feira, setembro 21, 2006

Levantamento do calhau

Do GEMA - grupo de estudos do megalitismo alentejano - recebemos a seguinte proposta de actividade:

Megaconserto
Equinócio de Outono | 23 de Setembro de 2006

Venha levantar o maior menir tombado da Península Ibérica.
A partir das 15h.


Megaconcerto
The Zani Dislexic Band
Felipe Melo
Jam Session
A partir das 19h.

Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz | Herdade do Barrocal de S.Lourenço


PS - Quanto ao calhau propriamente dito:

Barrocal | Reguengos de Monsaraz

CMP 1/25000: 473
Coordenadas Militares Hayford Gauss Datum Lisboa (metros): M=262790 P=164093

Descrição
Monólito tombado, de forma achatada, de tipo “lâmina de punhal”. Na metade superior da face visível, observam-se algumas gravuras (serpentiforme, círculos, semi-círculos e báculo).

Contexto arqueológico
O menir insere-se numa área muito rica, em termos de povoamento neolítico, dominando visualmente o território de Monsaraz, onde se localizam os menires do Outeiro e da Belhoa, assim como as antas do Olival da Pega e da Belhoa.

Contexto paisagístico
Trata-se de uma área de granodioritos e tonalitos, em que o menir ocupa uma pequena clareira, sem afloramentos visíveis; o menir localiza-se na parte superior de uma encosta pouco declivosa, exposta a Nascente.

Observações
O menir foi escavado e parcialmente publicado, por M. V.Gomes.

O incêndio no PNSAC


Confirma-se a ideia inicial, aqui colocada no seguinte post. A mina da Bezerra está mesmo a arder por dentro (e não só na escombreira) e boa parte da Serra dos Candeeiros e da Serra da Pevide, áreas importantes do PNSAC, arderam. Entre as perdas, fica uma que me custa muito - o Carvalhal do Figueiredo. Os seus carvalhos lusitanos e os seus medronheiros eram local excelente para quem fazia o troço inferior do Percurso Pedestre (circular) da Corredoura, que liga a Bezerra à Corredoura.

Algumas fotos do mesmo:



Duas fotos do Carvalhal do Figueiredo e outra da Cisterna Colectiva de Cerro Ventoso, vista do percurso

PS - O meu obrigado ao João Ribeiro, director da Ecoteca de Porto de Mós e geólogo formado um pouco antes de mim em Coimbra, um brilhante artista do qual tivemos a honra de publicar algumas poesias e um carvão no Blog, e à jornalista Patrícia C. Santos, do jornal Portomosense (e também ao seu jornal regional) pelas informações prestada e simpatia da respostas.

terça-feira, setembro 19, 2006

Os planetas anões...


Da Wikipédia (a enciclopédia interactiva da Internet) retirámos a seguinte definição:

"Um planeta anão é um corpo celeste muito semelhante a um planeta, dado que orbita em volta do Sol e possui gravidade suficiente para assumir uma forma com equilíbirio hidrostático (aproximadamente esférica), porém não possui uma órbita desempedida. Um exemplo é Ceres que, localizado na cintura de asteróides, possui o caminho de sua órbita repleto daqueles pequenos astros.

De momento conhecem-se três planetas anões no sistema solar, são eles: Plutão, Éris e Ceres."

Se Plutão (ou o planeta duplo Plutão-Caronte, para ser mais preciso...) e Ceres não são propriamente desconhecidos (com a curiosidade de Ceres também, no século XIX, ter sido considerado algum tempo um planeta principal...) já Éris é o nome oficial (finalmente...) que a IAU deu a Xena (o estúpido nome que alguns deram ao astro 2003 UB313, antes de este ter nome oficial). Citando novamente o texto da Wikipédia sobre Éris:

"Éris é um planeta anão nos confins do sistema solar, numa região do sistema solar conhecida como disco disperso. É o maior planeta-anão do sistema solar e quando foi descoberto, ficou desde logo informalmente conhecido como o 'décimo planeta', devido a ser maior que o então planeta Plutão.

Éris tem um período orbital de cerca de 560 anos e encontra-se a cerca de 97 UA do Sol, em seu afélio. Como Plutão, a sua órbita é bastante excêntrica, e leva o planeta a uma distância de apenas 35 UA do Sol no seu periélio (a distância de Plutão ao Sol varia entre 29 e 49,5 UA, enquanto que a órbita de Neptuno fica por cerca de 30 UA)."

Curiosamente este planeta anão tem um satélite, que na proporção lembra o caso da Terra e da Lua:

"A lua de Éris, Disnomia, foi descoberta a 10 de Setembro de 2005. Estima-se que Disnomia seja oito vezes menor e sessenta vezes menos brilhante que Éris e que orbite esse último em cerca de catorze dias.

O sistema Éris-Disnomia parece semelhante ao sistema Terra-Lua. Apesar das dimensões mais reduzidas dos dois objectos, o satélite de Éris está dez vezes mais próximo do planeta que orbita que a Lua da Terra apesar de ser oito vezes menor que a nossa lua."

domingo, setembro 17, 2006

O Sal de Leiria II

Como nos foram postas algumas questões sobre este post - O Sal de Leiria - passamos à explicação... Sugerimos ainda que vão clicando nas figuras, para as verem em tamanho decente.

O aparecimento do Oceano Atlântico

1. Há muito tempo atrás, no Triásico, quando havia um só continente (esse mesmo, a Pangeia...) e se podia ir a pé de Leiria para os actuais bancos (pesqueiros - ou mais exactamente bacalhoeiros...) da Terra Nova, no Canadá, esse mesmo continente começou a estalar (a partir, por falhas, e a abater) e a criar uma depressão que rapidamente (geologicamente falando - não esquecer que, na Geologia, a unidade tempo usual é o milhão de anos...) se encheu de água salgada.

Zona de Porto Moniz - Carta Geológica de Leiria

2. Este episódio é ponto de partida da abertura do nosso Oceano Atlântico. Mas, nesta fase, a intensa evaporação dos lagos temporários conduz à formação de rochas sedimentares muito especiais, ditas evaporitos, que consoante o que ia sobrando da salmoura inicial, davam origem a sedimentos ricos nos elementos químicos da água salgada. É assim natural que, aqui em Leiria, se encontrem esses sais, em particular a halite (NaCl), equivalente mineralógico do vulgar sal de cozinha das salinas/marinhas normais (em que se pega em água do mar e, ao evaporar o H2O, fica precipitado o sal). Mas não foi só este mineral, da classe dos Halogenetos, que precipitou: o valioso gesso - CaSO4.2(H2O) - é também extraído no concelho de Leiria, na gesseira de Souto da Carpalhosa.

Gesseira de Souto da Carpalhosa - Leiria

Zona de Souto da Carpalhosa - Carta Geológica de Leiria

3. A história continua, mas tarde precipitaram calcários sobre os evaporitos, houve subida de magmas e fracturação - não necessariamente por uma ordem muito simples - e estes materiais subiram até à superfície, mas, por hoje fica por aqui...

História geológica (sua evolução) da zona costeira de Leiria

sábado, setembro 16, 2006

Incêndio na antiga mina da Bezerra?

Segundo informações contraditórias que recebemos (e que estamos a tentar confirmar com as nossas fontes locais...) a antiga mina de carvão da Bezerra, no concelho de Porto de Mós, esteve a arder... Se são as antigas escombreiras, o problema não é grave. Mas se o fogo lavra no interior, então o problema agrava-se...

Mina desactivada ainda arde

Quase um mês depois do grande incêndio que ocorreu no lugar da Bezerra, freguesia de Serro Ventoso, a antiga mina de carvão, desactivada na década de 40 do século passado, está a fumegar e a criar mal-estar na população do local. Segundo o Região de Leiria apurou, houve alguns populares que se dirigiram à Junta de Freguesia. Com queixas sobre o fumo e o cheiro que por ali abunda, por força dos resíduos carboníferos que ali ainda existem. Carlos Venda, presidente da Junta Serro Ventoso, reconhece-se que se trata de “uma situação incomodativa para a população da Bezerra”, que espera “esteja em vias de solução”, uma vez que a Câmara Municipal “vai proceder a uma intervenção com vista à resolução problema”. O presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, João Salgueiro, admite que aquela é “uma situação complicada”, uma vez que se trata de resíduos de carvão que existem no interior da mina e o fogo ao entrar por fendas existentes “incendiou escombreiras, chegando a ver-se chama no exterior”. O autarca acrescenta que “o carvão está a arder lentamente” e daquela combustão resulta “o monóxido de carbono e anidridos sulforosos, o que provoca algum mal-estar na população” porque, “para além de tóxicos, são irritantes”. João Salgueiro refere que a solução para resolver o problema “passa por asfixiar a mina, mas o acesso é difícil”, sendo quase impossível “a deslocação de máquinas para o local”. Contudo, “adiantou que se está a tentar resolver o problema com uma máquina giratória”.

Texto de Armindo Vieira
Edição 3625, 08 de Setembro de 2006, do Região de Leiria - link



Podem ainda ler o texto do Portomosense, quinzenário regional da vila, que simpaticamente nos enviou autorização para publicar este material:

Mina da Bezerra arde há três semanas

O incêndio que devastou uma grande área do concelho, há cerca de três semanas, continua a dar problemas, uma vez que os escombros da exploração da antiga Mina da Bezerra estão em combustão desde essa altura. Hoje a situação poderá estar resolvida, uma vez que estava prevista para ontem, quarta-feira, dia seis, uma intervenção com o intuito de extinguir o incêndio "através do corte de oxigénio, colocando terra de forma a abafar o fogo", referiu João Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós.

O autarca adianta que já foi colocada no local terra para a intervenção. A dificuldade dos acessos impediu que as máquinas da Câmara Municipal realizassem a tarefa, pelo que está previsto a presença no local de uma máquina giratória que consiga transportar a terra para os escombros da exploração da Mina. João Salgueiro salienta que é, precisamente, a dificuldade no acesso a razão pela qual foi impossível extinguir o incêndio até agora.

Já na segunda-feira, dia quatro, esteve no local um técnico da Direcção Geral de Geologia e Energia, confirmando que só através do abafamento do incêndio, cortando o oxigénio, será possível a sua extinção, disse João Salgueiro.

Luís Carreira, comandante dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, refere que a corporação já despejou milhares de litros de água no local, esforço que "foi em vão", uma vez que "são camadas profundas" que estão em combustão, refere o responsável.

Apesar de lavrar há três semanas, o incêndio "tem sido mais visível nos últimos dias, talvez por causa da subida da temperatura", refere Luís Carreira, afirmando que "apesar do cheiro desagradável não deverá estar em perigo a saúde pública".

Também João Salgueiro sublinha que "esta situação não põe em causa a segurançadas pessoas".

Patrícia C. Santos - Portomosense (08.09.2006) - Link



Quanto à local Rádio D. Fuas, do mesmo grupo do jornal anterior, esta publicou a seguinte notícia no seu site - Link:

PS - Se calhar a mata do Figueiredo ardeu - se assim aconteceu é uma brutal perda para Porto de Mós, para o PNSAC, para o percurso pedestre Bezerra - Corredoura (que aproveitava parcialmente o trilho de comboio que leva o carvão da mina para a vila) e para quem ama a Natureza...

Conferência sobre Espeleologia

Já com horário, a primeira das Conferências sobre Espeleologia do NEL, em 22 de Setembro de 2006 (6ª-feira), será às 21.30 horas, no Auditório 1 da ESEL - Leiria, tem como tema Monitorização de Morcegos Cavernícolas e é apresentada por Gabriel Mendes, da Associação dos Espeleólogos de Sintra - AES.

Aqui fica o cartaz:

sexta-feira, setembro 15, 2006

O Sal de Leiria

Post estereofónico com o Blog GeoLeiria...

Embora hoje Leiria não tenha (ainda...) salinas, até há pouco tempo elas existiam: a fonte salgada de Porto Moniz (entre o Liceu actual - Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo - e a Estrada Nacional 1 - actual IC2) e a exploração da Junqueira (Monte Redondo).

Da primeira (Porto Moniz) nada resta - só esta foto, tirada por professores da Rodrigues Lobo, há mais de 10 anos, mostrando vestígios das salinas:


Do segundo local, diz um documento da Câmara Municipal de Leiria (CML) que:
"Em 30 de Julho de 1921, com 37 anos, José Duarte Rolo Júnior regista o descobrimento de uma mina de sal-gema no sítio da Junqueira.
Das suas salinas saíram toneladas do sal “Império” que eram vendidas na região, bem como em Lisboa, Malveira e Vale de Cambra."


Este local, que actualmente tem o aspecto da foto anterior, irá novamente transformar-se em salina, pois no âmbito do projecto INTERREG III B - SAL - " Revalorização da Identidade das Salinas do Atlântico - Recuperação e Promoção do Potencial Biológico, Económico e Cultural das Zonas Húmidas Costeiras" está previsto, até ao final do Verão de 2006, recuperar as salinas e fazer a limpeza da área, proceder à instalação de um passadiço e promoção de uma zona de lazer, colocação de painéis informativos e elaborar folheto de divulgação. Assim, a partir de 2007 as salinas da Junqueira, Monte Redondo, vão passar a integrar a Rota do Sal Europeia conjuntamente com quatro cidades portuguesas (Aveiro, Castro Marim, Figueira da Foz e Leiria), três locais espanhóis (Alava, Cádis e Santa Lúzia) e quatro franceses (Noirmoutier, Ré, Guérande e Séné).

Mais informações nos seguintes links:

quinta-feira, setembro 14, 2006

Geologia de Caiaque X

No sábado passado decorreu uma das actividades da Geologia no Verão 2006 da Ciência Viva com mais procura a nível nacional - falamos da Geologia de Caiaque, dos Doutores Manuela Vinha, Fernando Figueiredo, Lídia Catarino e Jorge Dinis (Departamento de Ciências da Terra - DCT/UC), feita em conjunto com outra, intitulada Sem chuva nos montes, secam-se as fontes (no Mondego em canoa), do Doutor Mário Quinta Ferreira (Instituto Pedro Nunes/Departamento de Ciências da Terra - DCT/UC).

Em 10 posts (numerados, mas com outros posts intercalados) tentámos dar uma parorâmica geral sobre esta actividade, que, esperamos, leiam e vejam na totalidade - aceitam-se protestos, críticas e sugestões para serem, eventualmente, alterados... Esperemos que gostem!






Nota: in memoriam do Professor Doutor Manuel Bernardo de Sousa, estudioso do Complexo Xisto-Grauváquico, nosso ex-professor, e ao menino Américo, das Minas, que era do Casal da Misarela, tão precocemente falecidos. Onde quer que estejam, estarão sempre no coração dos Geopedrados...

Geologia de Caiaque IX

O finalmente: garimpo, fotografia aérea em estereoscópio, observação dos minerais à lupa e das suas propriedades magnéticas