quarta-feira, janeiro 11, 2006

Sismo(s) em Portugal III

E a falha continua a mexer-se...

Depois do sismo de 09.01.2006, pelas 16.40, que, pelo site do IM, teve magnitude de 5,1 (5,4 segundo o USGS e 5,8 na versão IGN-Espanha...) houve um sismo, às 01.09 de 10.01.2006, de magnitude de 5,0 (na óptica do IM, mas com valor de 5,7 segundo o IGN-Espanha e 5,6 segundo o USGS).
Em seguida, ainda dia 10 de Janeiro, houve um sismo com magnitude de 3,8 segundo o IM, no Golfo de Cadiz, mas que o IGN-Espanha refere como sendo a Sul de Faro (e com valor de 3,7...). Já o USGS acha que o sismo teve magnitude de 4,5 e tem direito a estar no mapa mundi dos Sismos.



Estes três sismos (e algumas réplicas) são visíveis no sismograma feito pela Estação de Manteigas - Portugal, que aqui apresentamos.

Depois disso têm continuado a ocorrer diversos sismos no Banco Josephine (v. g. 10.33 e 11.59 horas de 11.01.2006, segundo o IGN-Espanha, com valores de 3,8 e 4,3 de magnitude) e provavelmente a pequena crise sísmica irá continuar.

Mas, já agora, até por causa de um comentário a um post anterior, umas perguntinhas:
1. Porquê valores tão díspares para as magnitudes dos sismos?
2. Porque é que o IM não pôs no site, desta vez, nenhum comunicado?
3. Porque é que o IGN-Espanha fala, para o mesmo sismo, de Sul de Faro e o IM-Portugal de Golfo de Cadiz?

P.S. - Este é que é o 100º Post deste Blog...!

3 comentários:

Desambientado disse...

Fernando.

Qual é a tua opinião sobre esses sismos?
Não sou supersticioso, mas...., poderá ter alguma possibilidade dos epicentros serem os meus do Grande Terramoto de Lisboa?

Fernando Martins disse...

Teoricamente é bom - a energia está dissipar-se lentamente...
Mesmo que venha aí um grande, o epicentro é mais longe do que o de 1755, que destruiu Lisboa (que foi provavelmente em Gorringe, mais para Este do Banco Josephine). Mas não acredito que aí venha um grande.

Desambientado disse...

Uf..
Fico muito mais descansado.
No de 1755, chegou um maremoto até Angra do Heroísmo e Horta.
Parece inclusivamente que houve grande actividade na falha Açores-Gilbraltar.